Ele acorda lentamente com o barulho de cães latindo, está deitado no chão, com roupas sujas e tem vômito perto de onde sua boca estava, definitivamente não lembra nem de longe o homem que ele já fora, ficar sem a Raquel só lhe trouxe empecilhos e desgostos.
Levanta e vai até o sujo banheiro de suas acomodações, passa a mão no espelho na tentativa de limpá-lo, se vê sujo e maltrapilho, barba por fazer e mais magro. Lembra-se das refeições completas que Raquel lhe preparava, a vida era outra, sentia saudades e basicamente ele acabou com tudo por achar que poderia ter tudo.
Olha em volta e o que lhe restou foi somente dor e decepção, decidiu tomar um banho e colocar a última roupa limpa que lhe restava. Liga o chuveiro frio e se lava com um teco de sabão. Faz a barba e parece mais jovem, se veste e anda pelo pequeno quarto, como poderia resolver essa situação, não queria ser preso, mas tinha que ver Raquel e se desculpar com ela.
Primeiro, se desculparia e depois se entregaria. Estava decidido. Iria até o hotel, despistaria os seguranças e falaria com Raquel. Ainda hoje.
Raquel estava tomando sol enquanto via Carolina nadar na piscina, seus pais haviam saído para ir em casa e buscar itens de primeira necessidade, mesmo Raquel tendo insistido muito em que comprassem tudo novo para evitar ir em casa onde Oliver poderia encurralá-los, mas Raquel foi voto vencido, depois que Oliver não apareceu mais todos relaxaram.
Ele já tinha um plano, iria se disfarçar de garçom e chegar perto de Raquel. E assim foi feito, conseguiu uma roupa de garçom e foi chegando perto da piscina, viu Carolina primeiro, estava saindo da piscina e chegando perto de Raquel que estava embaixo de um guarda sol, elas se beijam carinhosamente, tudo parece normal e Raquel parece estar bem.
Existe somente um problema: o segurança está logo atrás de Raquel e está armado. Como ele iria se aproximar? Ao observar a cena notou que o segurança da entrada do hotel trocava com o segurança em loco a cada 30 minutos, assim sempre estaria alerta caso houvesse perigo.
O que ele tinha que fazer era aproveitar uma troca e se aproximar, ele estava vestido como garçom não levantaria suspeita, e teria que contar com a sorte para que nem Raquel nem Carolina fizessem um escândalo. Após cerca de meia hora ele teve sua chance, se aproximou com dois drinques para perto da mesa de Raquel.
- Por favor, não grite.
Ela demorou alguns segundos para entender quem estava falando com ela. Quando percebeu se agitou, Carolina estava distraída na piscina e não via o que estava acontecendo.
- Eu só vim me desculpar, vou me entregar a polícia, eu errei em tudo por não ter valorizado você e a vida que nós tínhamos.
- Eu jamais irei te perdoar porque você ameaçou a vida da Carolina, a minha, me roubou e, ainda, me deu um tiro. Jamais irei lhe perdoar e espero que você seja condenado a uma alta pena.
- Me desculpe, me desculpe.
O segurança retornava quando percebeu a presença dele, Oliver levantou as mãos e se deitou no chão, foi pego e imobilizado em questão de segundos, verificou se Raquel e Carolina estavam bem e saiu com Oliver.
Somente agora Carolina percebeu o que ocorrera, saiu correndo ao encontro de Raquel, elas se abraçaram e Carolina estava preocupada:
- Eu não o vi, foi muito rápido, ele fez alguma coisa?
- Queria se desculpar pelos seus erros e disse que iria se entregar, espero que ele não saia tão cedo.
Carolina a abraçou com cuidado com o ombro ferido, e lhe beijou dizendo que finalmente estava tudo bem, finalmente ficaria tudo bem. Elas foram para o quarto acompanhadas pelo segurança que ficou, ele estava visivelmente perturbado com o aparecimento de Oliver, Raquel lhe dirige a palavra:
- Não se preocupe, mas uma vez ele só mostrou que é capaz de tudo para ter o que quer, não culpo vocês, ele quis se despedir só isso, não vale a pena ficar se martirizando com isso.
Entrou no quarto com Carolina e fechou a parta, cansada dos eventos recentes, olhou nos olhos de Carolina e começou a chorar, não aguentava mais a ansiedade instalada em sua vida:
- Não consigo mais conviver com esse desassossego que nos rodeia, sei que agora acabou, mas fiquei tão cansada, preciso de um banho e de uma nova perspectiva.
Carol entrou no banheiro, encheu meia banheira de água morna, jogou sais e veio puxando Raquel, tirou sua roupa e a colocou dentro d’água, sentou logo em seguida atrás dela, e lhe abraçou com carinho, ficaram ali até a água ficar fria, Raquel já estava mais calma, os carinhos de Carolina a fizeram relaxar.
Já na cama Raquel passava a mão pelos cabelos de Carolina que estava deitava em seu peito:
- Eu acho que agora eu posso me sentir segura e te aproveitar mais assim como no dia do nosso jantar, tenho aquele dia bem gravado na memória, nós comendo juntas, tomando o whisky de mel e namorando, foi um dia incrível.
- Eu lembro dele com muito carinho, mas quero mais dias assim, onde não haja preocupação nem perigos.
- Sinto que ganhamos esse direito hoje.
Batidas na porta acordam as duas, Carol vai até a porta e abre, são Anitta e Massimo querendo saber o que aconteceu, se elas estavam bem. Raquel conta tudo que se passou e dá ênfase na prisão de Oliver.
- Imagino que vamos ouvir dos advogados mais detalhes sobre a prisão e trarão boas notícias. Anitta se manifesta:
- Sim, minha filha, rezo para que essa história tenha fim.
- Mamãe tenho certeza de que sim, acabou.
- Vamos deixar vocês descansarem e nos encontramos para o jantar, o que acham?
Raquel e Carolina assentiram com a cabeça. Logo fecharam a porta deitaram-se novamente na cama, abraçadas, agora Carolina fazia carinho em Raquel que estava deitava com a cabeça encostada em seu peito, ficaram de carinhos e carícias até a hora do jantar.
Desceram até o restaurante do hotel, lá encontraram os pais de Raquel já sentados lhes esperando, todos tomam vinho exceto Raquel por causa dos remédios para seu ombro. Desfrutam de uma bela refeição e Massimo indaga:
- Minha filha, com tantos desgastes nos últimos dias não pude falar livremente sobre Carolina, e quero falar, que ela tem sido a companheira que nós esperamos para você, Raquel.
Anitta continua:
- Foi uma situação inesperada ver você namorando uma mulher, mas nós gostamos muito de Carolina e fazemos gosto nessa união.
Carolina assente:
- Sinto que tenhamos nos conhecido em uma situação tão adversa, contudo sinto que foi o momento certo para nos conhecermos.
Raquel ergue uma taça e propõe um brinde:
- Á Carolina que tão breve me ensinou o que é amar e ser amada, cuidou de mim com tudo o que tinha e me deu todo esse amor.
Raquel e Carolina dividem um beijo carinhoso e sorriem para todos, satisfeitas em estarem juntas afinal.
Em dois meses, Carolina e Raquel se mudam para a casa reformada de Raquel, que agora adquiriu tons mais alegres e leves do que antes, Raquel pode finalmente começar seu emprego na galaria e Carolina está estudando novamente, logo irá se formar em enfermagem, como era seu sonho.
-.-
Tudo está escuro, Carolina acorda no meio da madrugada, Raquel, ainda, dorme de ladinho, Carolina se encaixa atrás de Raquel, cheirando seus cabelos enquanto respira perto dela, começa a lhe dar pequenos beijinhos no ombro, pescoço, ela vai acordando devagar. Raquel desperta e sente o abraço que lhe aperta suavemente, sente os braços e pernas de Carolina lhe abraçando e começa a entender seus verdadeiros intuitos.
Ela se vira e fica de frente para Carolina, elas se beijam com paixão, tesão que nem parece que gozaram há pouco tempo, Raquel segura o queixo de Carolina e dá uma mordida de leve assumindo seu papel de dominante, aperta o bumbum de Carolina com a mão cheia. As poucas roupas que sobraram são rapidamente descartadas, e elas estão nuas.
Carolina se posiciona e começa a chupar Raquel com desejo, sua virilha, seu clitóris até que ela esteja entregue, Carol não para e ela tem o primeiro orgasmo, sua boceta fica piscando de tesão acumulado, Raquel está mais do que pronta para lhe satisfazer desce até seu ventre e se delicia com seus lábios, lambendo tudo com cadencia e paciência até sentir que ela está prestes a gozar, dá tapinhas para excitá-la e consegue, elas deitam em puro êxtase e voltam a dormir.