Elas acabaram se acertando após alguma conversa e uma boa quantidade de bebida. A noite acabou sendo deliciosa, tirando dois ou três momentos em que a Iara ou o Mark acabaram tocando em lembranças de um passado comum, fazendo a Fernanda arregalar os olhos, apertar os lábios e dedilhar nervosamente os dedos sobre a mesa. Aliás, não pude deixar de notar que vez ou outra a Iara mexia no seu decote, chamando a atenção de todos e fazendo Fernanda a encarar, inconformada. Mark, por mais que encarasse, quando notava que sua esposa o olhava, ele desviava o foco e fazia cara de paisagem. Ainda assim, tomou alguns bons beliscões na costela. No final, rimos muito e a noite foi muito divertida, embora eu tenha decidido nunca mais convidá-los para jantarmos os quatro juntos. Ali eu havia notado que a Iara ainda tinha algum sentimento pelo Mark, talvez não amor, mas desejo, tesão, certamente. Ainda assim, a noite renderia…
(CONTINUANDO)
Não sei com qual intenção, mas a Iara disparou a me explicar o que eu já havia entendido, que eles tiveram um caso no passado, deixando-me agora aturdido com os detalhes pitorescos e excitantes:
- Numa cachoeira, Iara? Poxa…
- Poxa o quê? Foi bom demais, Gegê, mas passou, é passado, entendeu? Deixa o Mark pra lá que hoje eu quero só você.
- Aqui!? No meu apartamento?
- Ué! Por que não? Já estamos aqui mesmo.
- Mas peraí! Por que você disse que hoje me quer sozinho? Quer dizer que amanhã pode ser diferente?
- Hein!?
- Ué! Você disse que hoje você me quer sozinho, não disse? Mas e amanhã, vai querer quem, o Mark?
- Hummmmm… - Ela resmungou até mesmo virando os olhinhos: - A ideia é boa! Será que a Nanda topa?
Nem bem terminou de falar e ela já pulou em cima de mim. Coincidência ou não, o Mark parecia ter acendido um rastilho de pólvora e agora eu que teria que desarmar aquela bomba. Consciente da potência limitada da minha banana de dinamite, sabia que a luta seria árdua, mas não fugi ao bom combate. Novamente a transa tinha tudo para ser épica. Apesar de tudo, eu queria muito, mas especialmente a Iara parecia querer muito mais. Ela estava disposta, mais acesa, muito mais tesuda:
- Tira a minha roupa, Gegê. Hoje, você vai poder se acabar nas minhas carnes do jeito que você quiser. Topo tudo!
O pedido dela foi uma ordem para mim e em segundos, estávamos ambos nus. Tentei levá-la para o meu quarto, mas no corredor ela me empurrou de encontro à parede, jogando-me como se eu fosse uma lagartixa e se ajoelhando à minha frente:
- Hummm… Tá tão duro, safadinho! - Disse e abocanhou o meu pau duro: - Ficou com tesão de saber que um ex comedor da sua mulher esteve aqui hoje, ficou?
- Mas você não falou que não chegaram a transar quando foram namorados?
- É, mas transamos depois… Eu te falei, ué!
- Porra, hein, Iara!? Você tá querendo me brochar?
- Ah, esquece disso, Gegê. Ele já está amarrado e pelo jeito da Fernanda, aqueles dois não se desgrudam tão fácil.
Naquele momento, eu só disse um abafado “Fiquei, fiquei!” e não sei porque disse isso. Ela deve ter entendido como resposta a sua primeira pergunta e ficou ainda mais tarada. Abocanhou todo o meu pau com uma vontade, deixando apenas as bolas de fora e depois de chupá-lo, lambê-lo, beijá-lo, mordê-lo, enfim, se satisfazer como quis, me deu um apertão que culminou num urro abafado e dolorido:
- Porra, mulher…
- É pra você não gozar rápido, “amore”. - Disse e começou a me puxar pelo pau em direção ao meu quarto.
Ela me jogou na cama e começou a me punhetar com uma vontade fora do normal, parecia estar transtornada. Meu tesão foi às nuvens, obviamente, e se ela não tivesse me dado aquele apertão tempos atrás, eu teria gozado no mesmo instante. Ela passou a alternar entre chupadas, lambidas, beijos, punhetas com a mão e seios, fez de tudo o que quis comigo enquanto eu admirava sua técnica:
- Vem! Agora eu quero uma chupada bem gostosa enquanto eu te conto o que eu e o Mark fizemos certa vez numa rede de balanço…
“Ah, caralho! O Mark de novo…”, pensei, mas nada falei, enquanto já me posicionava entre suas pernas. Ela abriu ainda mais os seus lábios vaginais com uma das mãos, tudo sem tirar os olhos de mim:
- Vem, Gegê. Chupa a minha bucetinha, chupa. Mostra pra mim que você sabe fazer mais gostoso que o Mark, mostra.
- Vou fazer você esquecer ele rapidinho… - Falei, já caindo de língua.
- Uuuuuuuiiiiii! - Ela gemeu alto e brincou: - Melhor mesmo, senão eu dou para ele outra vez. E ele sabe me fazer gozar bem gostoso, “visse”!?
Desafio feito, desafio aceito, afinal o prêmio em jogo era bom demais. Mergulhei de cabeça naquela boceta, literalmente. Enfiei boca, língua, nariz, dedo, aliás, dedos, e uma vontade homérica para fazer aquela mulata gozar alto e esquecer de vez o meu amigo. Devo ter feito um bom trabalho, porque em minutos ela começou a tremer e gritar enquanto eu pressionava com a língua seu clítoris e apertava sua vagina por dentro com dois dedos.
Eu ainda não me sentia o campeão e após vestir a camisa no pequeno “Gê”, parti para o segundo tempo, penetrando na mulata sem sequer deixá-la respirar direito. O pequeno Gê deve ter acertado em cheio o Ponto G da mulata, porque ela deu um urro de surpresa. Foi o suficiente para eu entender que estava avançando bem, mas a partida ainda não estava ganha. Eu precisava avançar mais. Passei a alternar as penetrações entre lentas, rápidas, rasas e profundas. Ela gemia sem parar e num movimento mais avançado, pelo gritinho que deu, pensei ter descoberto o mapa do tesouro. Repeti o movimento e ele gritou ainda mais alto. Daí para a frente foi só alegria para mim e gritos para ela. Não que ela não estivesse alegre, estava e muito, mas as reações eram diferentes, entretanto, com a mesma finalidade.
Perdi a noção do tempo e só fui me dar conta do adiantado da hora quando a camisinha se rompeu após ela gozar novamente. Tive que trocar o uniforme e voltar para a partida, afinal, o time adversário ainda não estava derrotado. Ela, desta vez, me combateu e me deitou na cama, subindo em cima de mim e dando a melhor rebolada que já tive em vida. Aliás, aconselho a todos os homens transarem com uma mulata pelo menos uma vez na vida, é sem igual: a cintura delas parece feito de mola e rebolam como poucas. Eu tentei retomar o controle da partida diversas vezes, mas, verdade seja dita, eu estava derrotada e a ponto de gozar, e gozei. Como eu gozei gostoso. Iara não chegou a gozar novamente, mas estava extasiada e satisfeita com a transa e isso era o que bastava, tanto que adormeceu poucos minutos depois sobre mim, sorridente e exausta.
No dia seguinte, fiz um caprichado café da manhã para a gente e ela me perguntou se podia tomar uma ducha antes de ir embora. Naturalmente permiti e me permiti tomar essa chuveirada com ela. Resultado óbvio: transamos novamente até cansar, no box do banheiro, depois na cama, mas o ápice foi quando ela quis brincar de “pega-pega” e saiu correndo pela casa. Por um azar do destino, ou porque ela fingiu muito bem, a pobrezinha caiu de quatro no tapete da minha sala. Ver aquela bunda exposta, ousando piscar para mim, foi o cúmulo: não deixei passar e surrei aquela grutinha apertada, gozando rios em seu escuro túnel.
Nova ducha e dessa vez, ela não me deixou entrar junto. Descansamos um pouco e fui levá-la para sua casa. Ela merecia o mínimo de carinho e dedicação da minha parte depois dessa noite extremamente mal dormida. Voltei para o meu apartamento totalmente aéreo e abobado, mas absurdamente feliz com o rumo que minha vida vinha tomando.
Como na vida nada é bom o suficiente para durar para sempre, recebi uma chamada de um número que eu não conhecia. Curioso, atendi e para a minha surpresa, era a Lucinha:
- Gê! Desculpa… Gervásio, preciso da sua ajuda.
- Oi para a senhora também, dona Lúcia Helena. - Tentei brincar, mas o tom de sua voz já indicava ser algo bastante sério: - Desculpa a brincadeira. Está acontecendo alguma coisa?
- Está, mas eu não queria falar por telefone. Será que a gente não poderia se encontrar hoje, sem falta, por favor?
Algo em seu tom de voz começou a me preocupar e vindo dela, eu sabia que poderia esperar tudo. Ao mesmo tempo, me culpei por pensar assim, afinal, já havia se passado quase três anos da última vez em que nos falamos e eu não acreditava que ela pudesse fazer algo para me prejudicar:
- Lúcia, eu… eu tenho alguns compromissos agendados para hoje e…
- Para um domingo!? Por favor, Gervásio, eu nunca te pedi nada. Eu… - Ela se calou, como se estivesse tentando se controlar, respirando fundo: - Por favor, eu preciso muito da sua ajuda. Por favor!
Não tinha mais dúvida alguma, ela estava em apuros ou era uma puta atriz digna de um Oscar. Convidá-la para vir ao meu apartamento não parecia ser correto. Então, decidi deixá-la livre para escolher:
- No meu hotel. Podemos conversar com bastante calma em meu quarto. - Ela disse.
“Eu, hein!?”, pensei já arisco com a possibilidade dela me aprontar alguma:
- Melhor não… - Respondi e propus: - Vamos nos encontrar naquela cafeteria que a gente gostava de frequentar no Shopping Cidade, pode ser? Daí, dali eu vou para o meu compromisso.
- Tá. Pode ser.
- Duas da tarde?
- Duas horas. Ok. Combinado.
Desligamos e fiquei pensativo sobre aquele contato inesperado. Na verdade, eu não tinha compromisso algum, até torcia conseguir convencer a Iara para pegarmos um cineminha e depois uma caminha, mas agora eu já não sabia de mais nada. O dia custou a passar e acabei cochilando, cansado da farra noturna. Acordei quase às treze horas e fui comer algo. Depois, me vesti e fui ao encontro da Lucinha.
Cheguei pouco antes do horário combinado e ela já havia chegado. De longe eu a vi, sentada numa mesa. Vestia um vestido condizente com sua idade, pouco acima dos joelhos e com um discreto decote nos seios. Levantou-se quando viu que eu me aproximava e ela continuava linda, mais magra, com um corte de cabelo estilo “Chanel” e luzes, deixando seus cabelos castanhos permeados por um loiro lindíssimo. Entretanto, seu olhar denunciava cansaço, com algumas olheiras que ela nunca teve enquanto esteve casada comigo. Cumprimentei-a com um beijo no rosto e ela me abraçou, tremendo. No instante, todas as minhas dúvidas se dissiparam e entendi que algo realmente muito sério estava acontecendo. Assim que ela me soltou não perdi tempo:
- O que está acontecendo, Lucinha? - Perguntei, enquanto a acompanhava até sua cadeira e eu próprio me sentava em outra, próxima dela.
- Nosso… Nosso… - Resmungou e começou a chorar.
Pedi uma água para um garçom próximo e, entregue, servi-lhe um copo de água. Depois de beber e conseguir se controlar um pouco, sem tirar os olhos de mim, enfim, conseguiu falar:
- Nosso filho. Ele precisa de um transplante e não estou conseguindo achar um doador compatível… - Disse e voltou a chorar.
Senti como se o chão me faltasse. Minhas vistas se escureceram e eu virei o restante daquela garrafa de água para tentar me controlar. No ato, pedi mais duas para o garçom que, pela forma como nos olhou, entendeu que a situação era realmente muito grave:
- Lucinha, que história é essa?
Ela começou a me falar de tudo o que havia passado desde que nos divorciamos. Quando ela soube que estava grávida, no ato soube que era meu, afinal, mulheres sabem dessas coisas e além disso, a contagem da provável data da concepção não batia com o dia em que havia transado com o Roger. Após o nascimento, então, ao ver o rostinho dele, teve certeza que eu era o pai, pois me disse que ele era minha cópia cuspida e escarrada:
- Ah, tenho algumas fotos dele aqui. - Disse e tirou algumas impressas de sua bolsa, me entregando: - Tenho no celular também. Depois eu te envio.
Quando vi a face da criança, nem DNA seria necessário para provar que o filho era meu, tamanhas as nossas semelhanças. Inclusive, ele tinha uma mesma manchinha de nascimento sobre a mãozinha direita que eu tenho. Eu olhava para as fotos sem saber o que dizer, mas sabia bem quem atacar:
- Você me afastou do meu filho por três anos, Lúcia? Quem você pensa que é para ter feito isso?
- Por favor, Gê, agora não. Eu… Eu já tomei pedrada de meio mundo, não sei mais a quem me socorrer. Só pensei em você…
- Bom, pelo menos você tomou uma decisão correta dessa vez! - Eu a interrompi e também a mim mesmo, pois minha raiva podia esperar, mas o meu filho aparentemente não: - Ok. A gente conversa sobre isso outra hora. O que está acontecendo? Do que você precisa?
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