O famoso dia seguinte foi marcado pela liberação do corpo de Carla. Não quis me envolver no translado e nos processos que viriam a seguir. O agente dela tinha total autonomia e tenho certeza que até pelo amor que ele sentia por ela faria as coisas de forma correta.
Junto a Antônio fomos até o parque da Disney. Me senti criança de novo. Sem meus pais, trabalhando desde cedo, minha infância talvez não tenha sido como a de muita gente. Aquele momento era de muita nostalgia, diria eu que de muita alegria senão houvesse tido o falecimento da Carla.
Passei um dia espetacular na companhia do meu agora enteado e prometi a ele que voltaríamos no futuro com a Mayara e quem sabe a Ana também, mais o baby que viria nos próximos meses.
Uma ligação de Mayara no meio da tarde me deixaria preocupado. Ela tinha voltado para Floripa, onde esperaria o nosso retorno. Esteve em um shopping da cidade e foi abordada por uma pessoa estranha, que diz querer saber onde estava o Pedro. Pelas características que ela me passou, deveria ser o tal “Jefe”. Isso me preocupou, pois segundo o agente de Carla ele queria vingança.
Naquele exato momento não poderia fazer nada para proteger minha agora esposa, já podia considerar isso. Estava no outro lado da América. O que fiz foi ligar para o meu advogado, explicar tudo e pedir a ele que providenciasse uma equipe de segurança. Passei o contato da Mayara e ele ficou de providenciar tudo.
Até mais a noite os seguranças já estavam a disposição da minha amada e eu pude ficar mais calmo. Tranquilo de fato era mais difícil.
No dia seguinte retornamos ao Brasil. Após muitas horas de vôo e conexões, chegamos no aeroporto Hercílio Luz, já praticamente noite.
Mayara foi nos receber, estava feliz e cada vez mais linda. A gravidez vinha fazendo bem para ela. Aquele brilho dela no olhar me trazia calma e paz.
Do aeroporto fomos a um restaurante na Lagoa da Conceição para jantar e depois fomos para casa, imaginava eu que descansar.
Em casa, sozinhos, pude explicar mais detalhes do caso Carla, ela também pode me explicar sobre a abordagem do cidadão que ao que tudo indica era o Jefe.
Ela me relatou que a abordagem foi meia seca, até um tanto assustadora. Não foi agressiva, contudo ela viu um brilho de ódio no olhar dele. Disse a ela ainda algo em tom de ameaça, falando que ele me encontrava por aí...
Seguro e forte na hora disse a ela:
- Olha, eu gostaria muito de encontrar esse camarada. Acho que tenho uma conta para acertar com ele...
Ela na hora ficou com medo, mas tranquilizei ela, dizendo que a partir de agora até solucionar isso não dispensaria os seguranças.
Com relação a Carla contei toda a conversa com o agente dela, a parceria futura e até sociedade com ele. Dei a ela detalhes da vida de Carla que soube.
Ela me abraçou forte e rindo disse:
- Que coisa Pedro! Mas vou te falar viu, era meio óbvio, ela tinha mesmo essa cara de biscate.
O assunto Carla já era passado, página virada, tanto que virou piada, eu ri e respondi:
- Diga a verdade, eu fui um corninho bonitinho pelo menos né?
Ela suspirou fundo e disse:
- Bonitinho mesmo! Que tal gostosão dar uma de caçador essa noite? Sua presa aqui está subindo pelas paredes!
Imediatamente avancei nela beijando aquela boca gostosa. Era um beijo com tesão e paixão!
Minhas mãos avançaram por suas costas, chegando a sua bundinha. Sua camisola logo desceu por aquele corpo perfeito. Aquela barriguinha de gravida dando sinais que apareceria, aquela pele macia dela me deixava louco de tesão!
Comecei a beijar seu pescoço, lambendo cada parte daquela pele, descendo para o seu colo, peito que naquele momento estava mais inchado. Com a minha boca ia dando um banho de língua no seu corpo enquanto com minhas mãos eu fazia descer sua calcinha lentamente.
Fui descendo pela barriguinha e fiz um comentário:
- Papai vai fazer safadeza agora! Não repare!
Continuei com a minha língua até chegar em sua bucetinha!
Tava cheirosa, esperando o macho dela! Comecei a chupar, lambia as laterais, chegava no seu clitóris. Com apoio dos dedos massageava, enfiava a língua no fundo, deixando bem salivada a sua buceta.
Mayara tremia de tesão. Continuei chupando forte aquela buceta e massageando seu grelinho, até que ela tremeu e gozou na minha boca. Que melzinho delicioso!
Voltei a sua cabeça e beijei novamente sua boca com paixão. Fui novamente para o seu pescoço e ela em meu ouvido disse:
- Fode essa putinha que é só tua!
Eu sem precisar pedir duas vezes coloquei ela deitava, abri suas pernas na posição de papai e mamãe e fui penetrando meu pau naquela bucetinha de forma lenta, até com medo pela gravidez. O qual não foi a minha surpresa e ela disse:
- Mete fundo! Com Força! Eu quero com força!
Sem pensar comecei a meter forte, claro que cuidando com a sua barriga, entrava e saia com velocidade. A buceta dela estava lubrificada e ajudava para o entra e sai.
Fiquei nessa por alguns minutos, até que ergui suas pernas na posição de frango assado e soquei ainda mais forte. Ali a barriga ficava protegida e eu podia martelar com vontade aquela buceta.
Mayara gemia e dizia:
- Ai amor fode! Enfia esse pau gostoso! Que saudade dele! Que tesão de pica!
Comecei a entrar e sair com força, até que não consegui segurar e no mesmo instante vi ela estremecer, sendo que gozamos no mesmo instante, enchendo aquela bucetinha de porra!
Depois disso deitamos na cama e ela encostou a cabeça no meu braço. Logo, senti sua mão no meu pau que já dava sinais de vida.
Peguei o lubrificante no criado-mudo, coloquei ela de quatro e soquei na bucetinha dela!
Socava forte, entrava e saia com velocidade moderada, mas dava aqueles fincões mais firmes.
Com o meu dedinho, brincava com o seu anelzinho que piscava pra mim.
Comecei a socar mais forte sua buceta até que ouvi ela dizer:
- Fode o meu cu amor!
Me fiz de bobo e pedi:
- O que? Não ouvi!
Ela gritou (sorte que havia isolamento nos quartos):
- Soca no meu cu! Arrebenta meu cu!
Lubrifiquei o meu pau e a entradinha do seu cuzinho e introduzi devagar meu pau ali. Coloquei devagar até entrar todo ele.
Ela gemia:
- Ai meu cu! Ai que delicia!
Esperei um tempo ela se acostumar e usando meu dedo massageei o seu grelinho, ela imediatamente gritou:
- Soca amor! Come o meu cu!
Comecei a entrar e sair dele, fodendo literalmente, mas de forma lenta, ouvindo seus gritinhos de dor e prazer.
- Ai amor, ai meu cu, ai que delicia, ai eu vou gozar!
Meus dedinhos massageavam de forma mais forte o seu grelinho, até que comecei a aumentar a velocidade das estocadas no seu cuzinho.
Ouvi ela gemer e pedir:
- Vai amor, soca no meu cu! Come tua putinha! Soca forte!
Sem deixar de massagear seu grelinho continuei socando, até que senti ela tremer e gozar!
Ela delirava nessa gozada e com espasmos dizia:
- Ahhhh ahhhhhhh que delícia, meu macho!
Continuei socando forte no cuzinho dela e embalado com suas palavras e seu orgasmo, aumentei a velocidade das estocadas até que explodi dentro do seu cuzinho, enchendo ele de porra!
Após isso, exaustos, caímos na cama e ficamos um olhando para a cara do outro apaixonado. Até que ela me indaga:
- Por que me olhas?
Eu ri e disse:
- Não sei como aguentei esses dias longe do amor da minha vida!
Emocionada ela me abraçou e trocamos um caloroso beijo, interrompidos pela necessidade de fazermos nossa higiene antes de irmos dormir.
Naquele mesmo dia seria feito os primeiros contatos do advogado com a família da Ana. Eu havia prometido isso a Carla e independente da reação da menina para comigo, eu iria em frente. No dia seguinte havíamos combinado de ir até o escritório do advogado para falar sobre como havia sido o encontro dele.
Acordei no dia seguinte e a Mayara não estava ao meu lado. Fui ao banheiro, fiz minha higiene e quando desci para o andar debaixo uma enorme e apetitosa mesa com o café da manhã nos esperava.
Minha sogra estava ali e Antônio ainda com cara de sono era paparicado por ela.
A felicidade estava estampada em nossos rostos e sentados ali na mesa, enquanto Mayara fazia o deslocamento cozinha até sala de jantar, minha sogra perguntou:
- O que teria acontecido se lá atrás vocês não tivessem se separado?
Eu na hora dei um sorriso e lhe disse:
- Isso só a Deus dizer. Mas tenho comigo o seguinte. Tudo no seu tempo. Quem sabe estivéssemos felizes, quem sabe hoje não estaríamos juntos não é mesmo?
Ela concordou comigo e disse:
- Eu sempre achei que o afastamento de vocês naquele momento era o melhor a ser feito.
Eu ri e pedi:
- Mas por qual razão a senhora diz isso?
Ela riu e disse:
- Nada contra vocês. Sempre queríamos você como filho e tu sabe disso. Mas vocês eram novos demais, precisavam conhecer o mundo.
Concordei com ela e disse:
- Sem dúvidas nos encontramos na hora certa. Aliás, nos reencontramos.
Naquele dia fomos ao escritório de advocacia no centro da Ilha e fomos muito bem recebidos pelo doutor.
Ele começou falando da abordagem que usou com os pais de Ana e de tudo que sabia da história. Disse que foi fuzilado pelos olhos da mãe dela, mas teve um pouco de consideração e paciência por parte do deputado, até por ele ser uma figura pública claro.
Comentaram com ele que Ana sabia que era adotado, mas jamais imaginaria esses pormenores. Disse que a criança não foi simplesmente adotada. A fila para adoção era grande e eles meio que utilizaram de métodos ilegais para efetuar o registro e efetuaram a compra da criança com um amigo dela que era segundo eles, homossexual. Claro, era o Jefe, eu sabia já da história toda.
Ainda relataram que Ana estava em tratamento de saúde e que nesse momento se recusariam a falar. Pediram que tivéssemos paciência e entendêssemos e que quando fosse a hora eles contariam.
O meu advogado jogou duro e disse que não existe hora e nem paciência para uma história dessas. Enrijeceu o discurso sobre a mãe e ainda jogou nas costas do deputado que a carreira dele pode estar em jogo se a sociedade catarinense, conservadora como é, soubesse o que ocorreu.
Disse que desestabilizou eles com isso e a mulher começou a chorar. Ele esperou ela se acalmar e prosseguiu dizendo que o prazo para que eles contassem a história para a Ana era de apenas 30 dias. Disse ainda que poderiam ocultar o nome do pai, só falar que sabiam quem era e ver se ela queria conhecer ele ou não.
Eles falaram que iriam falar, mas iam ocultar a parte ruim da história. Novamente meu advogado negou e disse que isso atrapalharia o processo de perdão por parte dela. Falou que eles não podiam continuar com essa farsa toda e que a verdade, por mais dolorosa que pudesse ser, seria melhor do que uma mentira.
Eles pediram para falar conosco e o advogado marcou a reunião entre nós para a semana seguinte.
Nessa data estávamos lá, eu, Mayara e optei em levar também o Antônio, até para deixar claro a eles que uma coisa é uma coisa, outra é outra...
A esposa do deputado parecia que ia me matar. Acho que o ódio do Jefe devia ser pouco perto do que ela estava sentindo.
Ao meu ver imediatamente veio com ironias:
- A pessoa vive uma vida devassa e depois de mais de 15 anos resolve bancar o pai de família.
Nunca levei desaforo para casa e logo respondi:
- Mamar em cargos públicos por mais de 20 anos, receber doação eleitoral de empresas investigadas e comprar uma criança pode né? Bancar o pai é proibido?
Uma pequena discussão começou a se formar até que o deputado, surpreendentemente, bateu na mesa e acalmou os ânimos, dizendo que não era hora de problema e sim de buscar uma solução.
Surpreendente foi porque pelo pouco que conhecia dele, parecia ser um pau mandado.
Imediatamente a mulher disse:
- Eu não admito nem mesmo permito essa aproximação, só por cima do meu cadáver.
Respirei fundo e disse a ela:
- Sua morte é desnecessária para o momento, mas se a tua vida é tão ruim assim eu não posso fazer nada. Com relação a Ana não cabe mais a ti decidir, senão for para o bem, eu largo a merda toda no ventilador e faço explodir isso na vida de vocês.
Ela assustada percebeu que eu não estava para brincadeira e continuei:
- Eu explodo isso tudo na vida pessoal de vocês e o seu marido não se elege nem para sindico mais...
Ficaram todos em silêncio, até que a Mayara surpreendeu e disse:
- E aí qual a decisão? Aqui não tem nenhuma criança e até agora inconsequente só foram vocês.
Fazendo uma expressão negativa com a cabeça, a mulher falou:
- Vamos providenciar isso. Só que gostaríamos que primeiro fosse em particular.
Eu cortei na hora:
- Negativo. Ela já sabe que foi adotada, sempre soube. Querem falar em particular para que? Para fazer a cabeça da menina? Não vou admitir isso.
Pela expressão de contrariedade da mulher, era de fato isso que iria ocorrer. Antônio que estava ali assistindo apenas, tomou a palavra:
- Bom, eu não sou nenhuma pessoa experiente. Mas como namorado dela sei que vou ter que apoiar ela nesse momento.
Todos prestaram atenção naquele “menino” que tinha uma cabeça mais firme que muito adulto. Ele prosseguiu:
- Minha sugestão é que eu acompanhe os pais nesse comunicado.
A mulher respirou aliviada como se o plano dela estivesse dando certo, até que ele continuou dando um balde de água fria nela:
- Caso venha alguma manipulação com relação ao Pedro, não hesitarei em contar a ela sobre a compra dela.
A mulher raivosa disse:
- Você não teria coragem! Eu sou a mãe dela!
Nessa hora perdi a cabeça e disse:
- Cala essa boca, você comprou ela... Nunca teve uma relação boa com a sua filha. Ela fala do seu marido com orgulho e de ti com tristeza. Eu estava bancando o paizão agora? E você?
Nessa hora desarmei a senhora que passou a chorar desesperada.
Nosso advogado preparado cedeu a ela um lenço de papel, ela limpou os olhos e respirou fundo, abrindo o coração disse:
- No fundo estava na hora disso vir a tona... Isso sempre foi um trauma para mim.
O marido segurou as mãos dela e ela continuou:
- Eu não queria, mas acho que isso vai me trazer paz.
Fiz uma expressão positiva e complementei a fala dela:
- Isso vai te libertar. Ninguém consegue viver para sempre na mentira. Quem é de verdade sabe quem é de mentira. Eu nunca vou tirar a condição de vocês de pai, pelo contrário. Mas eu tenho esse direito.
Ela me encarou novamente, dessa forma mais tranquila e eu continuei:
- Não tire esse direito meu!
Olhei para o deputado e falei:
- O senhor tem consciência da gravidade da situação. O senhor sabe o que é ficar mais de 15 anos sem saber que tem uma filha?
Por fim, combinamos o dia e hora do comunicado, que seria naquela mesma semana.
Optei em não saber detalhes. Iria acontecer no final de semana próximo.
Sem dúvidas foram os dias mais longos da minha vida. Do meu lado tinha uma Mayara grávida, precisando de atenção. Me desdobrei em 2, praticamente me dei férias naqueles dias e organizei minha cabeça e ideias para amparar minha esposa e aguardar esse momento.
No sábado previsto, Antônio foi até a casa dos sogros. Eu olhava o celular a cada minuto.
Após 3 horas que pareceram um dia todo, ele nos liga.
Imediatamente, vendo a minha aflição, foi uma vídeo chamada, ele disse:
- Vou começar pela notícia boa Pedro. A reação dela foi muito boa em saber de ti.
Respirei aliviado e deixei ele falar que continuou:
- E tem mais, contamos tudo, inclusive da compra. A mãe dela simplesmente abriu o coração.
Derramei algumas lágrimas ao ouvir isso, enquanto Mayara temendo meu estado foi buscar uma água com açúcar. Antônio prosseguiu:
- Sim Pedro. Ela entendeu sua situação, sabia que você jamais abandonaria ela. Viu a forma carinhosa que você cuida de minha mãe grávida.
Após isso o semblante do Antônio mudou e logo saquei que tinha a parte ruim da história e logo pedi:
- Manda a notícia ruim!
Torci o beiço na hora e disse:
- A megera... né?
Ele riu e disse:
- É eu te confesso que não sei o que esperar. Mas ela é mãe né? Vamos ser coerentes, temos que entender as atitudes.
Concordei e ele continuou:
- A mãe dela quer vetar o seu contato com ele nesse primeiro momento. Fez todo um charme, começou ficar se lamentando, buscando reminiscências...
Respirei fundo e disse:
- Infelizmente isso eu esperava...
Olhei para Mayara e voltei meus olhos a ligação e disse:
- O pior que ela é em tese a mãe, ela tem o direito de impedir...
Mayara tomou a palavra e disse:
- Podemos começar uma briga jurídica.
Fiz uma expressão positiva com a cabeça e Mayara continuou:
- Só que ela vai jogar duro. Deputado tem boa assessoria jurídica. Além disso, isso vai se estender por anos e logo ela já faz a maioridade.
Pedi a Antônio a opinião dele que imediatamente concordou:
- Acho que pela Ana vocês se encontravam agora. Talvez ela já até lhe chame de pai, ela chorou muito emocionada. Só que comprar briga com a mãe dela agora não dá. Hoje eu faço um bom elo de ligação entre você e ela e logo ela faz 18 e não vai mais precisar dar satisfação para a mãe.
Eu concordei, mas ponderei:
- Em tese é o melhor a se fazer. Mas acho que não podemos deixar por isso mesmo. Devemos achar uma forma de exigir isso dela. Hoje ela deve estar mexida com tudo, eu joguei duro com ela naquele consultório.
Mayara também ponderou:
- Quem sabe com o tempo ela comece a raciocinar melhor amor! Acho que o Antônio tem razão. Você vai ver a Ana nas brechas que dá.
Antônio interrompeu e disse:
- Exato! Em momento algum a mãe dela fez objeção com relação ao nosso relacionamento. Inclusive eu questionei isso e ela me disse que eu fazia bem a sua filha e agora com esse problema renal ela iria precisar muito de todos nós.
Mayara na hora respondeu:
- Ela é mãe, como eu sou. No fundo entendo o lado dela, não sei qual seria a minha reação sabem?
Minha preocupação naquele momento era outra e pedi:
- Quando podemos nos ver?
Ele disse que havia convidado ela para passear no dia seguinte. De repente poderíamos almoçar juntos, o que de pronto concordamos.
Até que a “megera” estivesse mais calma, era dessa forma que deveríamos agir.
Primeiro passo dado, agora era só esperar o domingo chegar e os dias seguintes, que prometiam muitas surpresas e algumas desagradáveis.
Naquele dia, após as emoções vividas e a angustia até ele chegar, Mayara quis que fossemos dar uma arejada nas ideias.
Fomos até a Beira Mar, onde fomos dar uma caminhada e estender essa caminhada até o shopping, onde jantaríamos, iriamos em algumas lojas (baby estava a caminho) e depois retornaríamos para Jurerê.
Durante a caminhada demos uma corridinha de leve, agora a grávida tinha que ir com mais calma naturalmente. A caminhada foi boa e prazerosa. Paramos em um dos bolsões para fazer a hidratação e ali começaria a parte desagradável.
Ao chegar no local, nada mais nada menos que o Jefe estava lá. Junto a ele outro cara que julguei ser namorado ou marido.
Sou uma pessoa que se dá bem com todos, mas ali o nojo foi tanto que fingi não conhecer. Porem, ele me conheceu e logo me interceptou:
- Uau Pedro, arrumou outra? Demorou bastante né?
Olhei para ele com uma cara de cinismo e disse:
- Olha só que honra Jefe! Satisfação em rever você!
Ele na hora devolveu:
- Satisfação? Olha, posso roubar de ti essa outra vagabunda.
Quando ele falou aquilo meu sangue subiu e por mais que eu tentasse ficar quieto não deu e parti para cima dele.
Logo fomos contidos pela Mayara e o marido dele, que até me pareceu ser um cara lucido, ou pelo menos mais do que ele.
Ele dando um dos seus showzinhos disse:
- Agora partiu para a violência? Tu era da paz! O que aconteceu? Ahhhh sei, foi aquele chifre do passado né?
Eu olhei com cara de ódio e surpreendentemente permaneci em silêncio.
Ele continuou me provocando:
- Saiba que esse soco vai te custar caro.
Eu dei de ombros e disse:
- Se é dinheiro procure meu advogado... Sei que gente do teu nível só serve para isso.
Ele riu de forma debochada e disse:
- Dinheiro? Dinheiro eu perdi muito depois que aquela vadia me chutou... que o diabo a tenha agora. Eu vou me vingar de todos vocês, pode apostar!
Mayara me fez um sinal com os olhos e falou:
- Repete o que tu disse! Vamos ver se você é o bom como diz ser!
Ele repetiu as ameaças e ainda disse:
- Aquela vagabunda lá aproveitei de todas as formas. Vendi o corpo dela várias vezes. As fotos que ela tirava era pelada com outros caras. Até vídeos daquela puta eu tenho seu corno manso.
Falou isso e deu as costas.
Mayara sem me deixar argumentar me puxou pelas mãos e disse:
- Vamos agora mesmo dar parte a polícia.
Imediatamente acionei meu advogado para me dar o suporte necessário e rumamos ao centro até a delegacia.
Lá fomos bem atendidos, o que é comum nos órgãos de defesa e segurança catarinenses.
No dia seguinte fomos almoçar num bistrô recém-inaugurado na cidade. Um tocaio de nome Pedro abriu uma filial de seu restaurante carioca, de nome Regina’s.
Antônio naquele dia levaria a Ana, agora já sabendo de tudo. Sua mãe não vetou o contato dela com Antônio, não queria envolvimento dela comigo, naturalmente que era coisa do momento e isso iriamos buscar os direitos posteriormente, nem que para isso eu fizesse com que o seu marido não se elegesse mais nem a síndico de prédio.
O local era sensacional, já havia visto as fotos em rede social. O local era aconchegante e receptivo, logo na recepção haviam artistas entretendo as pessoas. Não havíamos entrado ainda, a espera da Ana e do Antônio.
Assim que eles chegaram ocorreu uma quase fatalidade, onde os detalhes eu não me recordo, apenas sei que vi um rosto conhecido e quando ele executou uma ação, imediatamente me joguei em frente a Ana e só senti dor, muita dor. Minhas vistas começaram a escurecer, via pessoas apavoradas e muito sangue.
Após algum tempo, me acordei no hospital, não havia nada ao redor.
Continua...