“Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Sou tão tranquilo e tão contente”
(Eduardo) – Antes que você diga qualquer coisa, eu assumo que errei ao perder a cabeça lá na delegacia, mas eu não tive culpa.
(Mônica) – Edu, pelo amor de Deus, eu já ouvi a sua história um milhão de vezes lá na delegacia. Eu só quero saber uma coisa. Aquela droga era sua? – Perguntou minha esposa de forma incisiva, me olhando nos olhos.
(Eduardo) – Lógico que não! Porra, Mônica! Não acredito que você me perguntou isso! Puta que o pariu …
(Mônica) – Eu queria ouvir da sua boca e olhar nos seus olhos, sem ninguém por perto. Só isso.
(Eduardo) – Você me conhece muito bem. Sabe que eu sou contra o uso de drogas. Se você chegou a pensar nisso por um segundo, é porque você não me conhece.
(Mônica) – O que você quer que eu pense? – Perguntou novamente de forma incisiva, provavelmente pra ter certeza e eu respondi de forma ríspida.
(Eduardo) – Que eu sou inocente e fui vítima de corrupção policial, porque aquela droga não era minha e em nenhum momento eu achei que fosse sua.
(Mônica) – Me desculpa, mas eu tinha que perguntar.
(Eduardo) – Não, você não tinha … eu vi o seu olhar de decepção quando eu fui acusado.
(Mônica) – Se ponha no meu lugar, Edu! – Disse Mônica, um pouco emocionada e com os olhos já meio marejados.
(Eduardo) – Hoje eu vou dormir no quarto de hóspedes ...
Saí do quarto e dei um soco na parede do corredor. Mônica veio correndo e me perguntou se eu estava bem. Disse a ela que estava e que não era preciso me internar numa clínica. Ela chorou e fechou a porta do quarto.
Fui ao quarto da Nayla, porque até agora eu não tinha conversado com a minha filha e eu queria saber se ela estava bem. Entrei em seu quarto e ela estava de joelhos ao lado da cama.
(Eduardo) – O que foi, filha? Está rezando?
(Nayla) – Estou, pai. Estou pedindo a Deus que não deixe você se separar da mamãe.
(Eduardo) – Ah, filha … nós só tivemos uma discussão igual a várias outras e isso acontece com qualquer casal. É difícil manter tudo sempre alegre, mas amanhã as coisas vão melhorar.
(Nayla) – Seu olho tá roxo, pai e foi por minha culpa. – Disse minha filha, começando um leve choro.
Eu abracei minha filha dizendo que ela não tinha culpa de nada e ela me disse que a Janaína ouviu alguém falando que eu devia estar usando drogas pra aguentar o ritmo de trabalho, porque eu estava trabalhando muito.
A filha do Tarcísio é foda, mas numa coisa ela tinha razão! Depois que eu assumi todas as academias, mesmo delegando algumas coisas, era muito trabalho. Eu estava muito triste e falei com a minha filha com os olhos cheios d’água.
(Eduardo) – Nayla, eu nunca usei drogas na minha vida e nunca vou usar.
(Nayla) – A tia Lena disse isso. Ela falou que não existe uma pessoa mais careta do que você e que você nunca iria fazer isso e ela ainda deu um esporro na Janaína, pra ela não ficar falando besteira.
Eu nunca poderia imaginar isso vindo da Lena ... Acho que ela está realmente voltando a ser quem um dia eu conheci. Acho que ela precisava mesmo desse choque de realidade e ser um pouco mais humilde.
(Eduardo) – Filha, me conta o que aconteceu na piscina.
(Nayla) – Eu, Jana e Wanda estávamos conversando sobre uma série de TV e aí aqueles garotos ouviram a gente conversar sobre a série e entraram na nossa conversa e aí, de repente o papo virou um negócio de BV (boca virgem) e a Jana disse que não era mais BV e a Wanda também. Todos ficaram me zoando porque eu era a única BV dali.
(Eduardo) – E aí o garoto te agarrou?
(Nayla) – Mais ou menos … todo mundo estava botando pressão pra eu perder o BV e eu não queria porque eu tenho um crush na escola e eu queria perder o BV com ele. – Disse minha filha com um certo receio.
(Eduardo) – Eu vi você sendo agarrada!!!
(Nayla) – O garoto queria me beijar e eu estava em dúvida ainda. Foi aí que a Jana me chamou e eu olhei pro lado. O garoto se aproveitou da minha distração e me agarrou e me beijou. Eu fiquei sem reação, por causa do susto e ele então me agarrou mais ainda e enfiou a língua dele na minha boca. Foi nojento – Fazendo uma careta e continuando – … e ele ainda apertou o meu bumbum e quase enfiou a mão dentro do biquíni, mas o tio Tarcísio chegou na hora.
(Eduardo) – Sinto muito que tenha passado por isso, filha! Aquele garoto não presta, porque não se deve fazer isso. Não se pode tocar o corpo de ninguém, sem o devido consentimento. Entendeu? Se alguém te tocar sem o seu consentimento, em qualquer lugar, você me avisa ou avisa a sua mãe.
(Nayla) – E se alguém que eu gosto muito me tocar?
(Eduardo) – É errado do mesmo jeito, porque você ainda é muito novinha. Eu ainda não falei com a sua mãe sobre aquele vídeo …
(Nayla) – Da suruba? – Disse ela rindo.
Acho que ela achava engraçado o som da palavra. Pelo menos eu torcia que fosse isso.
(Eduardo) – Isso, aquele vídeo … sei que você já está virando uma mocinha e algumas coisas irão mudar, mas não se sinta pressionada a mudar porque os outros querem. Tudo tem o seu devido tempo.
(Nayla) – Pai, é verdade a história de que o tio Tarcísio tem um pinto grande? Ouvi vocês falando que ele era pirocudo. – Disse baixinho, novamente com receio e abaixando a cabeça.
Era só o que me faltava … eu não estava a fim daquele papo agora, mas se ela está me falando essas coisas, é sinal que ela confia em mim.
(Eduardo) – Olha, filha, não é legal falar sobre esses assuntos. Esquece isso … aquilo é conversa de adulto e quando você for adulta a gente conversa essas coisas.
(Nayla) – Pai, você já fez suruba?
(Eduardo) – Não, filha! Eu nunca fiz! Por que a pergunta?
(Nayla) – Nada não …
(Eduardo) – Naaayla! Não pode ter segredos pro papai. A gente já conversou sobre isso.
(Nayla) – Promete não ficar com raiva?
(Eduardo) – Prometo.
(Nayla) – É que eu ouvi a tia Lena falando em suruba no celular com alguém e, eu acho que ouvi ela dizendo que a mamãe já fez uma vez e que iria fazer de novo.
(Eduardo) – Nayla, isso é verdade mesmo? Você tem certeza!
(Nayla) – Eu não tenho certeza porque ela chamou a pessoa de “Mô” e nós estávamos com muito sono, quase dormindo. Ela achou que nós estávamos dormindo, mas ouvi ela falando baixinho com alguém. Por isto eu achei que fosse a mamãe.
(Eduardo) – O que mais ela disse?
(Nayla) – Que ela iria convencer a “Mô” a fazer a suruba e que ela já estava quase aceitando.
(Eduardo) – Filha, esquece isso que você ouviu e não comenta isso com ninguém. Você sabe que a tia Lena é meia maluquinha e poderia estar falando de outra pessoa.
(Nayla) – Pai, será que a mamãe já fez vídeo de suruba?
(Eduardo) – Sua mãe nunca fez suruba, Nayla. Agora, vai dormir filha e por favor, chega com essa história de suruba. Eu vou falar com o Tarcísio pra ele também conversar sobre isso com a Janaína e a Wanda.
(Nayla) – Desculpa, pai …
Dei um beijo na testa da minha filha e fui pro quarto de hóspedes dormir. Eu estava puto e queria quebrar o pau pra tirar essa história a limpo com a Lena e com a Mônica, mas pensei melhor e decidi ficar mais atento. Hoje tava todo mundo bêbado e falando demais. Vai que houve algum engano ou que a minha filha tenha entendido errado. Eu queria muito acreditar nessa versão que eu pensei.
Nayla não tinha hábito de mentir, mas agora andando mais com a Jana e Wanda ... ou, quem sabe, está sendo influenciada por outras amiguinhas da escola e passando por essas transformações na adolescência, pode ser que esteja afetando um pouco o discernimento dela. Eu tinha que acreditar nisso, mas agora que a Lena está com um dinheiro sobrando, deve estar realmente querendo fazer uma orgia daquelas.
Eu estava revirando na cama, quando ouvi uma batida na porta. Era Mônica pra saber se eu estava bem. Ela pediu pra entrar, porque estava sem sono e queria conversar.
(Mônica) – Edu, me desculpa ter pensado aquilo de você. É que lá, no calor do momento, as coisas foram se encaixando – Falou Mônica quase chorando e continuou – … e, se algum dia, você tiver algum problema com bebidas, drogas ou qualquer tipo de vício, eu irei ficar a seu lado e ajudar você a se livrar do problema. Sei que você é um homem bom. Você é o cara! Eu te amo, Môdi!
Olhei o seu rosto e vi que duas lágrimas escorriam pelas bochechas. Seus olhos também me diziam que tinha chorado bastante antes de vir me ver, mas eu ainda estava muito desapontado e embora eu tivesse vontade de abraçá-la e beijá-la, eu fiquei parado esperando uma iniciativa dela, que não aconteceu.
(Eduardo) – Estou muito magoado, Mônica!
(Mônica) – Eu sei, mas não fica assim não … - Disse minha esposa se aproximando.
(Eduardo) – Eu estou muito chateado. Queria só dormir e esquecer esse dia.
(Mônica) – Eu queria te contar uma coisa, mas é melhor deixar pra outro dia.
(Eduardo) – Tem certeza?
(Mônica) – Tenho! Quando estivermos com os ânimos em ordem, a gente conversa.
(Eduardo) – Ok.
Será que ela realmente está planejando ir à uma suruba?
(Mônica) – Volta comigo lá pro quarto!
(Eduardo) – Deixa eu ficar aqui hoje. Amanhã estarei melhor e a gente conversa. Também quero conversar uns negócios contigo.
Ela tentou novamente, insistindo pra que eu fosse pro quarto e eu disse que não iria mais uma vez. Ela, então, me perguntou se pelo menos iria ganhar o beijo de boa noite.
Eu olhei bem pra ela que aguardava ansiosa a minha resposta e eu a chamei pra vir mais perto. A abracei pela cintura, dando um beijo em sua barriga e me mantive ali abraçado a ela que começou a fazer um cafuné em mim e eu me segurando pra não chorar. Dei outro beijo nela e ela beijou a minha cabeça.
Nossos corpos então se separaram e ela foi em direção a porta. Primeiro ela apagou a luz e eu me deitei de novo virando a cabeça pro lado. Fechei os olhos e ouvi um barulho de porta fechando. Em seguida escutei mais alguns barulhos e abri os olhos pra ver o que era.
Mônica estava nua, ali, na minha frente. Vi na penumbra aquele corpo lindo que eu tanto gosto e sou apaixonado. Seus seios volumosos e naturais faziam inveja a muitas mulheres. Verdade que já não eram tão empinados como há dez anos atrás, pois a cada hora que passa envelhecemos ... e é normal isso. Eu adorava aqueles seios pois eram macios, deliciosos e fui olhando pra baixo e notando que ela estava toda raspadinha com a marquinha do biquíni. Ela me encarava e eu não me cansava de admirar a sua beleza.
Aquelas coxas com uma leve penugem dourada que ela descoloriu. Sei que não dava pra ver isso direito, mas estava lá, pois eu já tinha visto mais cedo. Seu cabelo estava preso com um pauzinho, mas ela tirou, libertando a sua juba de cabelos negros e ondulados até a altura dos seios. Com o pauzinho na mão, ela afastou os cabelos dos seios pra facilitar a minha visão e começou a esfregar o pauzinho no seu mamilo direito, que logo ficou rígido. Fez a mesma coisa com o outro até ficar duro e depois levou o pauzinho na boca e chupou como se fosse um cacete.
Depois de chupar por uns segundos, ela foi descendo o pauzinho e ficou ameaçando enfiar na bucetinha. Ficava simulando uma penetração, mas não chegava a enfiar. Daí ela virou de costas, e eu vi aquela bunda bem redondinha, dando uma leve rebolada.
Eu já estava de pau duro e estava me controlando pra não cair nessa sedução, mas então eu vi que ela enfiou o pauzinho um pouco na buceta e se curvou pra mostrar o cuzinho. Sua mão apareceu com o pauzinho e ficou procurando o cuzinho pra enfiar e ficou só esfregando um pouco na entrada, bem devagar, enquanto sua outra mão estava tocando o clitóris pois ela fazia uma gemidos bem baixinhos.
Parei de tentar resistir e fui até ela a agarrando pela cintura e trazendo ela pra cama. Nos beijamos apaixonadamente por alguns minutos e eu logo disse que isso foi golpe baixo. Ela disse que estava com muito tesão hoje e que eu era o culpado, porque ela me viu brigando e defendendo ela e a filha e isso deixou ela subindo pelas paredes.
Comecei a chupar seus mamilos que estavam durinhos e botei a mão em sua buceta, tocando uma siririca pra ela. Seus gemidos em meu ouvido, me diziam que ela já estava quase gozando e quando enfiei três dedos em sua buceta ela me apertou com força e esbarrou sem querer no meu olho que estava doendo, mas nessa hora eu nem liguei.
Senti aquele melzinho escorrer na minha mão e levei pra minha boca, lambendo e degustando. Depois passei em sua boca, pra que ela também lambesse e nos beijamos novamente. Ela subiu em cima de mim pra cavalgar, mas antes pedi que me chupasse. Ela não me ouviu, ou fingiu que não me ouviu. Senti aquela bucetinha que estava pegando fogo.
Não sei se era o dia que estava muito quente, mas a sua buceta era que nem um forno aquecendo a minha linguiça. Ela estava tão molhada, que meu pau entrou sem nenhum esforço. Eu sentia aquele calor e ela se sentando até encostar em meu saco.
Meu dote está um pouco acima da média com 17cm e de boa grossura e ela às vezes ficava sentada sem mexer o corpo, mas ficava me apertando com sua buceta, graças ao pompoarismo, que ela aprendeu a fazer.
Sua buceta estava quase que literalmente mastigando a minha pica e quando ela faz isso eu gozo mais rápido. Tratei de segurar a cintura dela e iniciei movimentos de baixo pra cima pra não cair nessa armadilha.
Eu ainda queria comer aquele cuzinho e não podia gozar e amolecer. Uma das minhas mãos foi da cintura pra bunda dela e enfiei um dedo em seu cu, arrancando dela mais gemidos e eu percebi que ela já estava quase chegando no seu segundo gozo. Eu conhecia aquele corpo como ninguém e sabia os atalhos. Abracei ela com força e aumentei a velocidade das estocadas, fazendo com que ela respirasse mais forte e gemendo no meu ouvido, me pediu pra não parar.
Não parei, mas diminui a velocidade e ela se levantou um pouco, o suficiente pra virar de costas pra mim e começou a sentar com força, segurando as minhas pernas pra dar mais apoio e força na sentada.
Olhei aquela bunda linda e dei um tapa, bem dado, que deu um estalo bem alto. Ela gemeu e jogou a cabeça pra trás recuperando o fôlego e o susto e continuou a sentar com força, gemendo e falando um monte de palavrão. Eu estava quase gozando, mas eu queria comer o cu dela e falei pra ela parar pra trocar de buraco, mas ela disse que hoje não iria dar o cu pra mim e continuou a sentar até eu gozar em sua buceta.
Assim que ela sentiu o meu gozo, ficou mais excitada ainda e gozou praticamente junto comigo, pois eu ainda estava dando o último jato, enquanto ela tinha alguns espasmos e tremia as pernas.
Ficamos deitados e eu meio chateado disse que queria comer o cuzinho.
(Mônica) – Desculpa , mas hoje não dava, Môdi. Eu não fiz a higiene do local.
Olhei pra ela que estava um pouco envergonhada, mas depois deu um sorriso.
(Eduardo) – Eu não me importo de brincar um pouco no terreno baldio. Se sujar, sujou ...
(Mônica) – Credo! Vai sujar a roupa de cama toda!
(Eduardo) – Pra isso existe máquina de lavar.
(Mônica) – Ahhhhh, não ... É muita porcaria isso. Prometo que amanhã tem cuzinho porque ainda estou com tesão, meu herói. – Falou minha esposa enfatizando a palavra herói e me dando um beijo.
(Eduardo) – Libera esse cuzinho! Prometo não colocar tudo até o fim ...
(Mônica) – Vai botar só a cabecinha?
(Eduardo) – Isso! Só a cabecinha.
Nós dois rimos com a brincadeira.
(Mônica) – O problema é que piru não tem ombro e quando a cabeça entra, o corpo vai junto. Além disso, eu não caio mais nessa mentira, tá? Filho da mãe!
(Eduardo) – Até hoje você tem raiva disso?
(Mônica) – Hoje, não ... mas o meu cu doeu pra caralho, e o pior foi que eu estava contigo, apavorada, cheia de pensamentos de que aquilo era errado e você me enganou. Isso foi o pior! Nunca te contei isso, mas eu quase terminei contigo no dia seguinte. Achei muita sacanagem da sua parte, mas eu conversei com uma amiga depois e ela me disse que no calor do momento as coisas podem extrapolar um pouco.
(Eduardo) – Já te pedi um milhão de desculpas por isso e peço novamente.
(Mônica) – Já te desculpei há tempos. – Disse, me dando mais um beijo.
Ficamos abraçados ali mais um tempo e só então percebemos uma movimentação pela fresta da porta. Rimos da nossa filha, mas falamos que deveriamos conversar mais com ela sobre sexo, porque ela estava sendo bombardeada com muita informação de terceiros e isso poderia ser perigoso.
(Eduardo) – Posso te fazer uma pergunta?
(Mônica) – Pode. Só não sei se posso responder, kkkk.
(Eduardo) – Ahhhhh, Mônica!
(Mônica) – Estou brincando! Qual é a pergunta?
(Eduardo) – Você já participou de uma suruba?
Ela me olhou assustada e ficou muda por cinco segundos.
(Mônica) – Não estou entendendo a pergunta. – Falando de forma um tanto cínica.
(Eduardo) – Você não sabe o que é suruba?
(Mônica) – Eu sei o que é, mas não entendi por que está me perguntando isso.
(Eduardo) – Nós temos amigos que fazem suruba e você teve uma época que era muito grudada na Lena. Pronto. Falei.
(Mônica) – Nunca fiz isso! – Falou de forma ríspida e meio chateada.
(Eduardo) – Ok. Era só o que eu queria saber.
(Mônica) – Posso dormir aqui ...com você?
(Eduardo) – Pode, sim.
Ficamos ali deitados, um ao lado do outro, dando uns beijinhos e decidimos dormir, mas eu não conseguia. Acho que ela também não, porque estava se mexendo muito.
(Mônica) – Edu, você tá dormindo?
(Eduardo) – Não.
(Mônica) – Eu nunca estive numa suruba, mas aconteceu uma coisa na minha despedida de solteira. – Disse ela baixinho e com a voz um pouco embargada.
(Eduardo) – Caralho, Mônica! Puta que pariu!
(Mônica) – Me perdoa, meu amor! Me perdoa! Eu posso explicar! Me perdoa! Eu te amo e eu tenho sofrido com isso no meu peito até hoje. Eu sempre quis te contar, mas na hora “H” me faltava coragem. – Disse minha esposa se sentando na cama de forma ofegante e com dificuldade de respirar.
(Eduardo) – Você me traiu na despedida de solteira?
Ela me olhou no fundo dos olhos e começou a chorar, não conseguia falar e parecia até com falta de ar. Pedi pra ela ficar calma e fui buscar água com açúcar pra ela, mas quando eu voltei pro quarto, ela não estava mais lá. Fui até o nosso quarto e a porta estava trancada.
(Eduardo) – Mônica, abre essa porta!
Ela não me respondia, mas eu ouvia claramente barulho de porta de armário junto com outros barulhos.
(Eduardo) – Mônica, o que você está fazendo? Vamos conversar!
(Mônica) – Acabou, Edu! Acabou! Eu fiz merda, e eu não tenho como desfazer. Eu vi a sua cara de decepção e as coisas nunca mais serão as mesmas. Você vai me cobrar algo que eu nunca poderei pagar e talvez você nunca mais confie em mim. Prefiro eu sair de casa, do que você me botar pra fora. – Disse minha esposa aos prantos.
(Eduardo) – Mônica, vamos conversar. Abra essa porta! Eu preciso de uma explicação.
(Mônica) – Não, Edu! Eu não quero falar mais nada. Não vou falar mais nada. Basta você saber que eu te traí. Era isso que você queria ouvir?
(Eduardo) – Lógico que não, mas eu quero uma explicação ... Você estava bêbada? Você sempre foi de beber ... e era a sua despedida de solteira. Eu sei que nós combinamos que não haveria sexo, mas eu preciso de uma explicação.
De repente o barulho parou. Ficou um silencio e eu senti que ela se aproximou da porta por causa da respiração e do barulho de seus pés. Senti que ela se escorou na porta e se sentou ao chão. Fiz a mesma coisa.
(Eduardo) – Eu sei que você jurou que não aconteceria nada, e eu estou perplexo e magoado porque, além de saber que aconteceu, você levou mais de uma década pra me contar.
Ela começou a chorar novamente, de soluçar, e eu pedia pra ela abrir a porta, mas ela não parava de chorar e nem se mexia dali.
(Eduardo) – Mônica, eu vou arrombar essa porta!
Ela então se levantou e destrancou a porta, mas não abriu. Eu botei a mão na maçaneta e fui abrindo lentamente. O quarto estava todo bagunçado. As portas do armário estavam abertas e até as gavetas estavam no chão. Duas malas abertas, com algumas roupas dela dentro jogadas de qualquer jeito.
Ela estava no canto do quarto, encolhida e chorando. Não queria olhar pra mim de jeito nenhum, mesmo depois que eu chamei insistentemente pelo seu nome.
(Eduardo) – Mônica, me conta o que você fez!
(Mônica) – Eu não consigo contar ... eu não consigo ... eu já disse que te traí, pra que saber os detalhes? – Disse ela, com a cabeça escondida, ainda sentada no chão, com os joelhos dobrados, chorando e soluçando.
(Eduardo) – Você estava bêbada?
(Mônica) – Isso faz diferença?
(Eduardo) – Talvez! Dependendo do seu estado de embriaguez ... Entendo que era sua despedida de solteira, mesmo assim, eu, obviamente, não estou contente, pois havíamos combinado os limites e você não os respeitou. Você vai me contar os detalhes?
(Mônica) – Se eu contar, você nunca mais vai conseguir me olhar com amor e ternura.
(Eduardo) – Eu te amo! Me conte. Confia em mim!
Disse isso, pra lhe dar segurança e tentar saber mais detalhes, mas eu realmente a amava.
(Mônica) – Não Môdi, não me peça para te contar o que aconteceu. Já está difícil para mim olhar para a sua cara depois de ter confessado a traição.
(Eduardo) – Mônica, só me diz uma coisa, você jura que depois desse dia você nunca mais me traiu? Nem pau na buceta, nem pau na boca, nem boca com boca? Você jura pela nossa filha?
Ela olhou pra mim, estava ainda chorando.
(Eduardo) – Mônica, você ainda não me respondeu ...
(Mônica) – Eu juro pela Nayla e por tudo que é mais sagrado nesse mundo que depois daquele dia eu nunca mais te traí. Eu fiquei tão traumatizada, que eu acho que nem em pensamento eu te traí ...
(Eduardo) – Nem pensando no Brad Pitt?
Falei isso, pra tentar suavizar um pouco o clima e tentar deixá-la mais confortável e assim obter mais respostas.
(Mônica) – Não, seu bobo!
(Eduardo) – Tem certeza?
(Mônica) – Brad Pitt não vale, porque ele é a perfeição de Deus criada na Terra. Palhaço!!! – Disse Mônica rindo em tom de deboche e um breve sorriso aconteceu, mas que logo sumiu.
(Eduardo) – Olha, eu estou muito magoado. Hoje foi um dia foda pra mim! E o que mais me deixa puto, é que você arrastou por anos isso sem confiar em mim. Eu ia ficar puto contigo? Iria e estou, mas acho que talvez não seja motivo pra terminar um relacionamento. Foi só uma diversão, não foi? Foi só sexo e curtição, né?
(Mônica) – Vamos encerrar esse assunto, porque eu estou mal em ter que reviver isso novamente e tem mais ... eu desconfio que eu não estava só bêbada. Você sabe que eu não sou tão fraca pra bebida, mas do jeito que eu fiquei, eu desconfio que alguns dos strippers tenha botado alguma coisa na minha bebida, porque eles eram meio que stripper e barman.
(Eduardo) – Você tinha que ter me avisado isso naquela época! Isso pode ser até considerado estupro!
(Mônica) – Eu juro que estava atenta, mas depois que me serviram catuaba, tudo mudou. Tanto que eu nunca mais bebi essa desgraça. Me perdoa, meu amor! Eu vou te recompensar de alguma forma. Eu juro que eu vou te recompensar. Hoje você só apanhou ...
(Eduardo) – É... Hoje foi foda!
(Mônica) – Você não merece isso. Eu te amo e espero que você realmente me perdoe, do fundo do meu coração.
(Eduardo) – Vamos fazer o seguinte. Hoje eu vou dormir sozinho lá no quarto de hóspedes ... Vamos dormir ... Ou tentar pelo menos. Depois a gente conversa, mas eu preciso ficar sozinho hoje e talvez mais alguns dias.
Fui andando até o outro quarto, tentando não fazer barulho, mais do que já tinha sido feito. Até pensei em olhar a Nayla, mas achei melhor ir direto pro quarto.
Fiquei deitado, olhando pro teto até pegar no sono. A noite não foi tranquila e alguma coisa ainda me deixava desconfortável. Será que ainda tem algum caroço debaixo desse angu?
Continua ...