O rapaz era Davi, tinha vinte e três anos. De família muito simples, fazia faculdade e estágio em uma empresa de grande porte, que conquistou após avaliação de seu rendimento na faculdade e rigorosa seleção. Morava com a mãe e o irmão mais novo em um bairro perto da região central do Rio. A mãe trabalhava muito e com a ajuda da avó conseguiu criar os filhos. Davi era muito estudioso, o que garantiu aprovação no ENEM em ótima colocação e pôde fazer o curso que tanto quis: Comunicação Social, voltado para área de publicidade. Ingressado em uma universidade federal, conseguiu bolsa de monitoria e assim ajudava a mãe. O estágio na empresa foi iniciado no último ano, era muito promissor e praticamente um passaporte para alguma agência famosa de publicidade. Ele estagiava lá há poucos meses.
Como era muito estudioso e ainda fazia pequenas atividades para ajudar em casa, só foi ter vida social depois que entrou para a faculdade, onde conheceu Bel, sua namorada. Davi gostava muito dela e procurava fazer suas vontades. O sexo era bom, mas era claro que ele não se satisfazia tanto quanto Bel, apesar de ser muito bonita. Já a namorada sabia desfrutar e aproveitar de seu corpo esguio e gostoso, seus ombros largos e a beleza simples e marcante de seu rosto.
A empresa que Davi fazia estágio, tinha um prédio confortável em Ipanema. No térreo e sobreloja funcionava uma loja: espaçosa, moderna, sempre bem frequentada e com um charmoso café no anexo. Nos andares de cima funcionam os setores de diretoria e jurídico, administração, pessoal, publicidade e marketing, além de um refeitório e salas de reuniões e um andar de estacionamento para funcionários da diretoria. Ao todo eram oito andares. Davi estudava de manhã, almoçava no bandejão da faculdade e ia para Ipanema, onde ficava das 14 às 18h. Gostava muito do que fazia e se dedicava com prazer, chamando a atenção da sua coordenadora cada vez mais, tanto pelo interesse quanto pela competência. Ao sair do trabalho, pegava o metrô para voltar para casa e continuava sua rotina: tomava banho, jantava e ia estudar e, sempre antes de dormir, conversava um pouco com sua mãe e seu irmão sobre o dia.
João resolveu ir de carro para o trabalho, às vezes ia a pé, não morava longe. Ao entrar na rua, viu o rapaz da Lapa andando na calçada e estava a poucos metros do seu local de trabalho. João acelerou e parou na entrada da garagem. Logo em seguida, Davi se aproximou pela calçada e quando o empresário foi descer do carro, viu o crachá da sua empresa no pescoço dele. João Paulo entrou rápido no estacionamento, largou o carro de qualquer jeito para tentar pegar o mesmo elevador, não ia usar o privativo da diretoria. Enquanto isso, Davi entrou no prédio e passou pela catraca para pegar o elevador. João Paulo estava trêmulo, afinal o rapaz que estava habitando seus pensamentos e fantasias trabalhava para na sua empresa. Correu para tentar pegar o elevador junto com ele
Meio agitado, João observou o elevador chegar, a porta se abriu e lá estava Davi. Cumprimentaram-se de maneira simpática, porém polida. Discretamente olhou para o crachá e viu seu nome: Davi Couto. O jovem desceu no quinto andar e aí então o homem apertou o andar que ia.
Chegou em sua sala e se sentou, pensando no rapaz, quem seria, o que fazia ali? Ágil do jeito que era começou a pensar em uma maneira de se aproximar sem se expor, afinal era o dono e não podia misturar as coisas. Passados alguns minutos, acessou o sistema de pessoal a fim de pesquisar. Após breve pesquisa, descobriu que o rapaz tinha vinte e três anos e era estagiário há poucos meses e que sairia em seis meses, já que ia se formar. Viu a foto e se apaixonou mais ainda. Pesquisou endereço, dados e currículo. Tinha sido aprovado na seleção da sua exigente coordenadora de publicidade, então devia realmente ser um profissional promissor!
João ficou pensativo, afinal sabia que não podia se envolver com funcionário, isso iria expor sua vida e a da pessoa e gerar comentários na empresa. Tinha responsabilidade e levava o trabalho a sério, mas ia dar um jeito, já que estava tão perto, não ia perder a oportunidade de conhecê-lo. Tinha que começar a agir logo!
Pouco antes do fim do expediente, saiu e ficou observando do outro lado da rua. O jovem saiu do prédio e foi em direção ao metrô. João abriu dois botões da camisa, dobrou as mangas e procurou ficar menos arrumado e foi atrás. Ao passar por ele, se olharam e o jovem o cumprimentou com aceno de cabeça e um sorriso rápido e João, preparado, aproveitou a oportunidade.
- Oi, acho que a gente se conhece! - disse.
- Sim! Quer dizer… não… enfim, pegamos o mesmo elevador hoje. - disse o rapaz com um sorriso tímido.
- Então agora a gente se conhece, prazer, João!
- Prazer João, meu nome é Davi!
- Nunca tinha visto você. É novo?
- Também nunca tinha visto você… estou lá há poucos meses, sou estagiário. E você? Trabalha há muito tempo na empresa? - perguntou Davi. João Paulo teve certeza que o rapaz não sabia quem ele era.
- Já tem algum tempo. Você é da área de publicidade, então?
- Sim, consegui a vaga, sempre quis muito fazer estágio lá, é muito valorizado pela excelência das campanhas. E você?
- Ah, eu sou da contabilidade… nada tão emocionante… disfarçou.
Foram conversando e desceram para a plataforma do metrô. Entre outras coisas, Davi falou que adorava o estágio, estava perto de se formar e que estudava no bairro da Urca. João falou de outros assuntos e ficou animado com a receptividade do rapaz, Davi era espontâneo e muito comunicativo, apesar de tímido, e ele deveria ir com calma, afinal, já tinha encontrado quem tanto procurava.
Ambos entraram no mesmo metrô. João avisou que desceria em Copacabana, dizendo que morava lá. Na verdade, mantinha um apartamento para eventuais encontros e brincadeiras sexuais. Despediram-se e Davi continuou. Era o início da história dos dois.
João estava ansioso, andava rápido, como se estivesse procurando alguma coisa. Precisava extravasar a energia que percorria seu corpo. Ao dobrar a esquina esbarrou em outro homem e se olharam. O clima de tesão foi imediato.
- Tenho um apê ali, vamos? - disse João.
- Agora! - respondeu o outro.
Pensando em Davi, o empresário usou e abusou do corpo do outro, que retribuía da mesma forma. O sexo forte, em pé, na sala, mostrava dois machos em busca de prazer e gozo. Após chupar o outro, João entregou o lubrificante para ele e colocou o preservativo. Virou-o para a parede, segurou pela cintura e encaixou, sendo ajudado com uma empinada de bunda. Ao sentir o membro de João, o homem reclamou, mas deixou entrar tudo, devagar e sem parar. O calor do corpo do rapaz em torno do seu pau, dava mais prazer. Ambos sabiam o que queriam: sexo forte. Ao provocar João, o homem empinou mais e pediu força, quando começou a receber as estocadas fortes, sentindo dentro de si a dor e o prazer do sexo. Não demorou muito e ambos gozaram. O outro tirou a camisinha do pau de João de chupou gostoso, querendo sentir o tamanho e o gosto do pau que tinha acabado de receber.
- Valeu, cara, quando sair do elevador é só apertar o botão na parede do lado esquerdo que o portão abre.
- Cara, nem me vesti!
- Eu sei, termina aí, vou tomar um banho. Quando sair, bate a porta! - João foi para o banheiro e o outro terminou de se vestir e saiu, de certa forma satisfeito com o sexo gostoso que teve e ao mesmo tempo mal com a sensação de descarte. Nem perguntaram seus nomes. Mais um sexo casual. E foi embora enquanto João tomava banho.
Quando Davi chegou em casa comentou com a mãe que tinha conhecido um funcionário da empresa e que tinha achado ele muito legal. Com sua namorada, também. O assunto da noite foi sobre João: era um cara simpático, que se arrumava muito bem, boa pinta, inteligente e que tinha uma ótima conversa.
CONTINUA