“E quem um dia irá dizer,
que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração
E quem irá dizer,
que não existe razão.”
{Mônica}
Não sei o que eu faço da minha vida. Não aguento mais a pressão da Helena para participar da orgia que ela quer promover, mas, ao mesmo tempo, não tenho coragem de contar toda a história para o Edu.
Eu não consigo mais confiar na Helena ... mesmo que eu participe da orgia, quem me garante que ela não vai inventar outra coisa e me chantagear novamente. Mesmo que ela tenha prometido jogar tudo fora, quem me garante que vai mesmo ... Como confiar nela? Mesmo depois de tudo o que eu fiz para reaproximá-la do Edu ...
O que eu faço, meu Deus !?!?! O que eu faço !?!?! Que inferno !!!!
Bom, já que eu estou no inferno, vou abraçar o capeta e seja o que Deus quiser. Como não tenho coragem de contar tudo para o Edu, frente a frente, vou escrever a história toda. Algumas partes ele vai se lembrar. Se tudo der errado, eu deixo tudo escrito para ele e dou outro rumo à minha vida. Vamos lá:
“Querido diário, meu nome é Mônica e eu amo o meu marido Eduardo, mas eu o traí ...”.
Melhor eu começar de novo e arrancar essa página, mas como irei falar ao meu marido, sobre a traição? Eduardo é um cara mais ou menos pacífico, mas dependendo da situação, tem explosões bem enérgicas e eu tenho certeza de que ele vai ficar enfurecido.
Mesmo escrevendo, está muito difícil, mas acho melhor começar a contar a história do começo e quem sabe eu consiga minimizar um pouco o impacto.
“Querido diário, meu nome é Mônica e eu amo de paixão o meu marido. O nome dele é Eduardo e eu o chamo carinhosamente de Edu na frente dos amigos, mas nós temos o apelido de Môdi, Mô di my life.
Diferente da música, nós nos conhecemos na faculdade e eu não tinha tinta no cabelo, ele não tinha dezesseis e não jogava futebol de botão com o seu avô, mas ele sabia beber e era o terror da cercania onde morava e transava com várias garotas da faculdade.
Acabei misturando a música, mas o fato é que meu marido é um gostoso. Não é lindo, como um Brad Pitt, mas é bem bonito e é um gostoso. Quando nos conhecemos, ele fazia faculdade de Educação física e eu de pedagogia.
A gente se conheceu justamente numa chopada organizada pela minha turma. Era uma chopada famosa na UERJ, chamada de Chopada da Pedagorgia. O curso de pedagogia tinha praticamente só mulheres e os frequentadores assíduos das nossas Chopadas eram os alunos de Engenharia, Educação Física e Direito.
Uma colega minha conhecia uma amiga dele chamada Keyla, que também fazia Educação Física, e eles eram da mesma turma. Minha colega então chamou a Keyla e perguntou sobre o rapaz, que seria o meu futuro marido.
Em princípio, ela não disse que eu estava interessada nele, e essa Keyla, até achou que a minha colega era que estava interessada. Ela disse que ele era muito galinha e cada chopada que ele ia, pegava uma garota diferente e às vezes até duas. Fiquei meio chocada com essa informação, mas pensei que poderia ser um exagero.
Keyla então nos disse que tinha um outro amigo que era bem mais bonito que o Eduardo e que além de bonito, era pirocudo e fez um gesto com as mãos, sinalizando esse atributo dele. O espaço entre suas mãos, devia ter quase 30cm e eu tive a minha confirmação. Essa Keyla realmente era muito exagerada.
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Minha colega riu, disse que queria sair com ele e completou dizendo que quem estava interessada no outro era eu. Ela me olhou de cima a baixo e falou que o Eduardo não saía duas vezes com a mesma mulher. Ele tinha medo de se apaixonar num momento errado da vida e pôr tudo a perder, porque primeiro ele queria crescer na vida.
Achei isso bom, por um lado, pois ele tinha uma meta e não seria um cara acomodado, mas ao mesmo tempo eu pensei que ele só vai me comer e depois eu serei apenas mais uma em seu caderninho de conquistas, ou quem sabe o lanchinho da madrugada, caso a caçada do dia não tenha rolado.
Acabamos saindo num encontro de casais. Ana, a minha colega, com o Tarcísio e eu com o Edu. Marcamos de sair numa sexta-feira, após as nossas aulas. Edu já tinha um carro nessa época e nós fomos ao Centro de Tradições Nordestinas, vulgarmente chamado de “feira dos paraíbas” por alguns ou apenas feira de São Cristóvão.
Era um lugar bem animado e eu nunca tinha ido. Tinha música ao vivo pra dançar forró e várias opções de comida nordestina. Escolhemos um restaurante bem temático e comemos baião de dois com aipim cozido. Pedimos uma porção extra de queijo de coalho e carne de sol, também. A comida era fantástica e foi a minha primeira refeição com o meu futuro marido.
Edu não era muito falante, mas era desenvolto quando precisava, entretanto o Tarcísio era o contrário. Estava sempre falando algo e era muito comunicativo. Ele mexia com as pessoas sem nunca ter visto antes e até fazia alguns comentários sobre as outras mulheres, mesmo acompanhadas de seus pares, mas ele fazia de uma tal forma que não ficava grosseiro e o elogio acabava sendo ao casal e assim dessa forma ele atraía os olhares de várias mulheres.
Ana ficava bem incomodada com isso, mas eu e Edu ríamos sem parar das coisas que o Tarcísio falava e fazia. Teve uma hora que ele viu um casal dançando forró de forma meio desajeitada e nos disse que “ia ali e já voltava”.
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O Tarcísio era doido. Ele chegou pro casal, conversou com eles e começou a dançar com a mulher. Ele pegou a mulher e durante uns 3 minutos acabou com ela na dança e o marido, meio bravo, só olhando. Depois disso, eles conversaram mais um pouco e o casal voltou a dançar, ainda desajeitado.
Ele então pegou a mão do cara, botou mais pra baixo na cintura da mulher, quase na bunda, e fez o cara botar a coxa encostando na virilha da mulher, enquanto ele engatou atrás dela, dançou com o casal meio que sanduichando a mulher e guiava os dois. Alguns minutos depois, ele desengatou dela, falou algo aos dois e voltou pra nossa mesa.
Continuamos ali rindo e falando sobre o acontecido e, quando já estávamos bem entrosados, e praticamente nos beijando, chegou um garçom nos oferecendo uma garrafinha de cachaça e uma outra de catuaba.
O garçom disse que era cortesia do casal que estava dançando, nos serviu as bebidas, fizemos um brinde erguendo nossos braços em direção a eles e bebemos de uma golada só. A bebida desceu queimando e essa foi a primeira vez que eu tomei catuaba. Maldita bebida dos infernos!!!
Dançamos um pouco, demos uns amassos e beijos muito calientes, kkkk. Eduardo tinha um dos beijos mais gostosos que eu já experimentei na vida e com a ajuda da bebida eu estava bem generosa, digamos assim, e ele se aproveitou disso, passando a mão na minha bunda e nos meus seios.
Minha amiga e o Tarcísio sumiram de vista e isso foi ótimo porque eu e Edu ficamos ali nos curtindo, nos beijando e sarrando. Foi uma loucura! Fomos para um canto mais escuro e eu botei a mão dentro da sua calça e bati uma punheta pra ele, enquanto ele não parava de me beijar.
As coisas estavam indo além do que eu tinha previsto, mas eu estava adorando e não tinha por que ficar me segurando e fazendo joguinhos. Eu estava na idade de aproveitar e se ele quisesse me comer ali, eu daria. Só não tomei iniciativa, pra não parecer que sou muito fácil, mas a verdade é que eu não sou mesmo, mas com ele senti uma segurança e um interesse que me fez ficar um pouco apaixonadinha.
Depois de alguns minutos de agarramento, ele me perguntou se eu tinha hora pra chegar em casa e eu disse que não. Ele olhou pra mim e piscou, sorrindo maliciosamente.
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Encontramos com Tarcísio e Ana um tempo depois e fomos embora. Ana estava um pouco estranha, parecia um pouco chateada e Tarcísio estava brincalhão como sempre. Ele ficou conversando ao pé do ouvido com ela e logo os dois estavam se agarrando no banco de trás.
Edu ligou o rádio e numa daquelas coincidências do destino, a música que estava tocando era “Eduardo e Mônica” do Legião Urbana. Nós olhamos um pra cara do outro e começamos a rir. Tarcísio e Ana também riram e ainda disseram que essa seria a música do casal, mas eu tratei logo de cortar isso e disse que não tinha casal nenhum. Só bons amigos.
Edu olhou pra mim e disse que amizade é tudo, e os dois voltaram a se pegar no banco de trás, enquanto eu cantarolava a música junto com o Edu. Na primeira oportunidade eu dei um beijo nele e eu mal sabia, naquela hora, mas aquele beijo mudaria pra sempre as nossas vidas. Ele olhou pra mim, sorriu, ficou pensando durante alguns segundos no que iria falar, mas fomos interrompidos por um gemido da Ana, que disse pro Tarcísio parar porque ainda estava toda dolorida.
Aquilo fez Edu perder o foco e ele começou a rir, e eu também. Tarcísio pediu desculpas a ela, mas continuou os beijos, até que eu ouvi um barulho de zíper. Eduardo reclamou com ele que o carro estava limpinho e Tarcisio respondeu que ia tomar cuidado, mas dependia mais da Ana do que dele.
Eu olhei pra trás e Tarcísio disse pra eu não ficar espiando, mas já era tarde. Foi muito rápido, mas eu vi minha colega Ana chupando o pau do Tarcísio. Estava meio escuro, mas consegui ver que era grande e grosso. Fiquei corada na hora e o Edu ficou olhando pra mim com um sorrisinho estranho.
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Comecei a ouvir o barulho que ela fazia com a boca e um leve gemido do Tarcísio, e aquilo estava me incomodando um pouco. Edu percebeu e falou ao Tarcísio pra parar com isso. Ele respondeu que já estava quase terminando. Edu então aumentou o volume do rádio e isso realmente melhorou um pouco. Quando chegamos até a casa da Ana, ela ainda não havia terminado e o Tarcísio então falou pra ela parar e ficar esperando. Edu reclamou com ele novamente, mas ele disse que estava quase.
Edu então sugeriu pra gente sair do carro e eu achei uma ótima idéia. Ficamos ali do lado de fora, encostados no carro dele. Já era de madrugada, mas a rua era tranquila e bem residencial, contudo, ficamos de olho pra não sermos assaltados.
Minutos depois escuto o Tarcísio urrar e falar “engole tudo safada”. Meu Deus, era vergonhoso isso. Tarcísio nem saiu do carro e Ana saiu meio envergonhada. Ela foi se despedir de mim e dar um beijinho na minha bochecha, mas eu falei pra ela ficar longe de mim com esse bafo de porra. Ela riu e pediu desculpas.
Eduardo entrou no carro e me pediu pra eu esperar do lado de fora. Eles conversaram rapidamente e eu vi o Eduardo dar dinheiro pro Tarcísio. Eles então saíram do carro e o Tarcísio veio se despedir de mim, dizendo que iria pegar um táxi.
O que vou contar agora é uma coisa que eu acreditava só acontecer em filmes, mas isso selou o nosso futuro. Ele foi dirigindo, mas não me disse pra onde ia e voltou a me perguntar se eu tinha hora pra chegar em casa. Voltei a dizer que não e ele sorriu pra mim. Fiquei com medo dele ser um tarado psicopata por trás daquele rapaz encantador e gentil, mas algo me dizia que ele era do bem. Eduardo me levou até a praia da Barra e estacionou bem próximo da calçada. Estava tudo meio deserto e eu fiquei com um pouco de medo, mas ele disse pra eu confiar, que não tinha problema. Estava um clima agradável e até um pouco frio, por causa do vento. Ele percebeu e me abraçou.
Ele subiu no capô do carro e me chamou pra fazer o mesmo. Com a ajuda dele eu subi. Depois ele subiu no teto e eu fiz o mesmo, com o seu auxílio, mais uma vez. Nos deitamos ali e ficamos conversando sobre vários assuntos. Falamos sobre as nossas vidas e ele me explicou a amizade dele com o Tarcísio, revelando até que ele tinha uma filha bebezinha chamada Janaína. Poucas pessoas sabiam disso e ele me pediu discrição.
Contou que o Tarcísio já o havia salvado de uma bela de uma enrascada, quando foram assaltados e uma outra vez quando ele pegou uma mulher casada, mas o Edu jura que não sabia e o marido era policial e queria matar o safado que comeu a mulher dele.
Tarcísio se apresentou como se fosse o Edu e quase morreu com um tiro no peito, mas ele, com a lábia dele, conseguiu resolver falando que a esposa do cara era uma biscate e se não fosse ele, seria outro. O policial se separou da mulher e ainda ficou amigo do Tarcísio. Até hoje o policial acha que o nome do Tarcísio é Eduardo.
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Ficamos ali conversando durante muito tempo até que ele me disse que estava parando com as noitadas porque as notas dele estavam começando a cair e ele não queria diminuir o CR dele. Disse ainda que não acreditava no que estava acontecendo, mas estava sentindo uma coisa diferente comigo desde que me viu e eu disse que também sentia algo assim por ele.
Por fim, ele disse que quando ligou o rádio e ouviu a música, pensou que só podia ser coisa do destino e ali, naquela hora, percebeu que eu seria a mulher da vida dele. Não sei se isso era um joguinho barato pra me comer, mas funcionou e fizemos amor, ali mesmo, no carro dele, pela primeira vez.
Eu estava morrendo de vergonha de tirar a roupa, mas ele foi me passando confiança e eu fui ficando parcialmente nua. Era um pouco desconfortável, não vou negar, mas a adrenalina e essa novidade de fazer sexo em cima do teto de um carro foi o combustível para que eu me soltasse.
Ele chupou a minha buceta de uma forma que ninguém tinha feito antes, chupando cada pedacinho de mim, até que chegou ao clitóris e ali ficou brincando com a língua, me fazendo gemer e às vezes algum gemido mais alto me deixava com medo e eu colocava a mão na minha boca, mas quando ele colocou dois dedos dentro de mim, eu fui a loucura e comecei a gozar.
Rapidamente ele bebeu o meu gozo e parte dele foi usado pra lubrificar o meu cuzinho, que também foi invadido pelos seus dedos, arrancando mais gemidos de mim. Eu já estava molinha e Edu continuava a me chupar. Nunca vi alguém gostar tanto de chupar uma buceta que nem ele e em pouco tempo tive outro orgasmo, ainda mais forte que o primeiro e dessa vez eu gemi sem me importar com quem pudesse ouvir.
Ele então se levantou e desceu do carro e em seguida me ajudou a descer. Olhamos pro teto do carro e estava meio amassado, e rimos disso, mas logo ele veio me beijar e eu pude sentir o gosto da minha gozada em sua boca. Eu nunca tinha feito isso antes, mas gostei de sentir o meu próprio gosto.
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Ele então me deitou em cima do capô do carro, que estava bem quentinho por causa do motor, e aquilo foi me dando umas ondas de calor pelo corpo que me fez sentir protegida e aquecida. Edu levantou as minhas pernas e as apoiou em seu peito e ombros, enquanto foi posicionando sua rola na minha buceta. Eu nem me lembrei de camisinha na hora, e só curtimos o momento.
Sua rola tinha um bom tamanho e grossura e uma outra colega safada que eu tinha iria dizer que era pau de namorado. Explicando isso, é aquele pau que tem o tamanho perfeito pra te dar prazer e não te machuca, mas consegue ter um bom encaixe e era perfeito pra mim, pois Edu tinha um pau reto e eu já tive um lance com um cara que tinha o pau torto e me machucava um pouco.
Ele bombava em mim com força e eu sentia nossas virilhas se chocarem. Era perfeito. Tudo era perfeito! Nos beijávamos de vez em quando e numa dessas vezes que ele parou pra me beijar, me levantou do capô e me fez ficar de costas pra ele. Suas mãos passeavam pelos meus seios e buceta, e aos poucos ele foi me inclinando até eu ficar debruçada no capô do carro e eu pude sentir aquele calor do motor do carro em meus seios.
Ele abriu as minhas pernas e ficou atrás de mim, posicionando sua rola novamente na minha buceta. Instantes depois senti ele me penetrar novamente de forma cuidadosa, mas firme. Eu já estava toda molhada e senti sua rola avançar até nossas virilhas se encontrarem novamente.
Seus movimentos começaram lentos, mas foram aumentando e ficando mais potentes, até que eu gozei de novo. Isso nunca tinha acontecido comigo e parecia que eu estava com febre. Meu corpo estava quente, mas eu sentia a brisa do mar com um ventinho frio.
Eu gemia, falava coisas malucas, voltava a gemer, dessa vez o nome dele e foi quando eu senti que sua rola ficou mais grossa e pulsante. Ele tirou de dentro de mim e eu senti jorrando todo aquele prazer na minha bunda e nas minhas costas.
Eu estava no paraíso, pois nunca tinha sentido tantos orgasmos assim antes e quando eu pensei que tinha acabado, ele voltou com sua rola dura e ficou esfregando no meu cuzinho. Travei na hora, pois nunca tinha feito anal antes.
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Quando eu travei, ele se afastou de mim e eu senti sua língua esfregar no meu buraquinho. Eu só suspirei e gemi, pois era a primeira vez disso também. Edu estava me proporcionando experiências que eu nunca havia sentido e isso me fez ficar cada vez mais atraída por ele.
Quando ele me pediu pra relaxar, eu ainda estava meio travada e em dúvida se eu faria isso mesmo, mas o tesão que eu estava no momento me fez querer experimentar. Confesso que doeu, mesmo com a saliva, o meu gozo e o dele juntos servindo de lubrificação.
Doeu e doeu muito, mas depois ficou suportável e eu até consegui gozar mais uma vez com a rola dele no meu cu. Tive a ajuda do meu dedo mexendo no meu clitóris, tornando o momento mais prazeroso, tanto que repetimos isso horas depois.
Ficamos ali até o sol nascer e as primeiras pessoas começaram a surgir na praia. Tomamos água de côco e comemos um salgado daqueles que bate e entope, porque eu estava com tanta fome que comeria um boi.
No sábado tinha uma festa na piscina da casa de um amigo dele. Ele me convidou e claro que eu aceitei o convite. Ele me levou em casa, e meus pais estavam putos comigo porque só apareci as 10h da manhã, mas naquela época, celular era pra poucos ainda e eu estava sem cartão de telefone, porque algum engraçadinho fez um buraco no orelhão e quando eu enfiei o cartão, o orelhão o estragou.
Meus pais queriam chamar o Edu pra conversar, porque ele estava me esperando dentro do carro. Eu disse que iria pra uma festa na casa de um amigo e só voltaria a noite, para então conversarmos. Meu pai nem queria deixar eu sair e disse que se eu saísse, ia me por pra fora de casa, mas minha mãe conversou com ele e me ajudou.
Fomos pra casa do amigo dele e nós continuamos a conversar sobre muitas coisas, que não eram sobre o céu, a terra, a água e o ar, mas sobre família, viagens e emprego. Quando chegamos ao destino, ele me abraçou e pegou na minha mão. Fomos entrando na casa de mãos dadas e quando chegamos no quintal, onde tinha a piscina, Tarcísio já estava lá. Ele nos viu juntinhos e começou a cantar a música “Eduardo e Mônica”. Ninguém entendeu nada, mas quando chegamos mais perto e ele me apresentou como Mônica pra sua turma, todos riram.
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Tarcísio viu que Edu ainda estava com a mesma roupa e falou algo no ouvido dele e fizeram um cumprimento ensaiado estilo soquinho com hang loose, algo assim ... Achei desnecessário, mas levei na boa. Eu estava tão encantada com o Edu que depois eu iria conversar sobre isso com ele e dizer que eu não gostei, mas acabei não fazendo.
Fui apresentada a muitas pessoas e eu estava ficando cada vez mais encantada com o Edu, mas nesse dia, infelizmente eu também conheci a pessoa que iria desgraçar a minha vida. Ela se chamava Helena.
Naquele momento eu não sabia a merda que iria dar porque ela se mostrou uma grande amiga. Na hora eu percebi que ela era bem safada e não tinha papas na língua. Zoava todo mundo e muitos homens ficavam de olho nela, querendo ficar com aquela mulher linda e gostosa.
Edu sumiu um pouco e me deixou ali na fogueira, ou seria na cova dos leões? Ele foi pegar uma sunga emprestada com o dono da casa que se chamava Paulo e era namorado da Keyla, aquela que não tinha ido muito com a minha cara, mas hoje estava mais simpática.
Fizeram um monte de perguntas sobre mim e eu tentando lidar com essas amizades do meu futuro marido. Eram pessoas legais a princípio, mas tudo aparência. Infelizmente alguns ali eram barra pesada, mas se faziam de santinhos.
Quando Edu voltou, já chegou me dando um beijão na boca e todo mundo gritou. Tarcísio o chamou pra conversar junto com o Paulo e um outro cara chamado Gilson, que era irmão da Keyla e eu fiquei com as meninas conversando.
Pra encurtar um pouco, Edu me levou pra um quarto e nos trancamos lá. Se antes o sexo já tinha sido bom, dessa vez, na cama, foi melhor ainda. Edu era bem criativo e fizemos muitas posições. Saíamos pra comer e tomar banho e assim foi a tarde inteira e a noite inteira. Acabamos dormindo ali, e quando acordei e olhei no relógio, eram quase duas e eu vou me ferrar ... Meu pai vai me matar.
Acordei Edu chorando e explicando a situação pra ele, que na mesma hora pegou o telefone e ligamos pra minha casa. Ele se prontificou a falar com meu pai e explicou tudo. Disse que não era moleque e que estava apaixonado por mim e no dia seguinte iria até a minha casa para conversar pessoalmente com ele.
Meu pai quis falar comigo e só disse uma palavra. ‘Vadia’.
Chorei muito e Edu ficou puto com meu pai, mas aos poucos foi entendendo o lado dele. Eu era filha única e para os meus pais, eu era bem certinha. Foi foda dormir de novo, mas Edu me abraçou e ficamos ali agarradinhos. Pouco antes de dormir, eu senti sua boca na minha orelha e ele disse: “eu te amo”, pela primeira vez.
Eu fiquei quieta, pois ele achava que eu estava dormindo e eu fingi que estava porque eram muitas emoções que eu sentia naquele momento.
Assim começou a nossa história.
Agora vem a parte mais difícil.
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Faltava pouco mais de uma semana pra gente se casar. Vou explicar o porquê do casamento. A minha relação com o meu pai ficou horrível depois daquele dia. Ele me ama ainda, é claro, mas naquele momento a situação era bem ruim.
A gente brigava todo santo dia e minha mãe tentando ajudar, mas estava chegando a um ponto que estava afetando o casamento deles. Eu não escondia nada do Edu e eu já dormia na casa dele de vez em quando, o que deixava meu pai ainda mais puto comigo, porque isso não era coisa de uma moça direita, mesmo conhecendo o Edu e sabendo das intenções dele, que eram sérias.
Edu já estava de saco cheio também e começou a planejar o futuro junto comigo. Aos poucos a ideia do casamento foi ganhando peso e isso, por um lado foi bom, porque fez o meu pai sossegar.
Mas então, a nossa vida virou de cabeça pra baixo. Depois de uma festa, em que nós dois bebemos um pouco além da conta, acabamos transando, sem camisinha, no banheiro do local. Foi aquela rapidinha que fez um estrago enorme e ficamos grávidos.
Foi aquele desespero. Minha mãe chorou de alegria e tristeza, já o meu pai só não me bateu porque eu estava grávida. Ele ficou muito puto com o Edu, e comigo então, nem me olhava na cara. Os pais do Edu, apesar de o amarem, ficaram putos com ele também, mas depois se conformaram e nos ajudaram muito.
Edu, pra aplacar a fúria do meu pai, me pediu em casamento e antecipamos os nossos planos. Tivemos que correr com tudo e ele pediu dinheiro emprestado ao Otávio, que queria dar o dinheiro como se fosse um presente de casamento, mas Edu não aceitou.
Helena cismou que eu tinha que ter uma despedida de solteira e eu disse que não queria isso, mas ela disse que seria uma espécie de chá de panela picante e eu acabei aceitando. Combinei com o Edu que ele também poderia fazer uma despedida de solteiro, mas ele disse que não estava a fim.
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Os meses passaram rápido e o Edu estava radiante com a ideia de ser pai. Todos os dias que ele chegava em casa, dava um beijo e ficava conversando com a minha barriga. Era muito fofo e eu cheguei a ficar emocionada várias vezes.
Era excepcional o carinho que ele tinha comigo e com o bebê. A compra do primeiro sapatinho, foi ele quem fez. A pequenina camisa do “Time do Coração”, o macacãozinho de Jedi do Star Wars, além de vários brinquedinhos e bichinhos de pelúcia.
Às vezes, ele nem me dava atenção e ficava conversando com a minha barriga por horas, falando sobre futebol, filmes e tantas outras coisas. Eu até dormia, pois escutar a voz do Edu, sussurrando me trazia uma calma ...
Isso, até a vida nos mostrar que pode ser dura, e de repente, de uma hora pra outra, nosso filho não estava mais vivo. Eu perdi o bebê. Foi horrível e doloroso pra mim, mas pro Edu foi muito mais, foi devastador.
Até hoje essa tragédia mexe muito com ele e por esse motivo ele nem toca no assunto.
Ainda tive que ouvir o meu pai dizer que isso foi castigo de Deus, porque eu tinha feito filho antes de me casar. Fiquei muito triste com isso, mas eu tive que ser forte, porque o amor da minha vida não estava bem.
Ele teve uma forte depressão. Não se alimentava, não dormia direito, tinha pesadelos, não conseguia trabalhar, e certa vez, o Otávio falou pra eu ficar de olho nele, porque as conversas estavam ficando esquisitas. Mais do que isto. Ele me falou que estavam ficando fúnebres.
Tarcísio e Otávio foram muito importantes nessa fase da nossa vida e foi então que eu tive uma ideia. Edu disse que devíamos adiar o casamento, mas eu o convenci que não deveríamos fazer isso porque nós dois precisávamos reerguer as nossas vidas e aos poucos o Edu foi superando a tristeza, o que me deixou esperançosa.
Continuamos a preparação do casamento e voltamos à discussão da despedida de solteira. Antes, Edu estava meio reticente, quanto a isso e não estava muito seguro, mas agora ele estava mais desencanado. Acho que ele queria me devolver um pouco de alegria, pra espantar de vez o clima meio deprê.
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Ele fez questão de conversar com a Helena na minha frente e deixar claro que confiava nas duas e que seríamos responsáveis. Helena disse a ele, que tinha planejado algo bem “picante”, mas seria com responsabilidade. Edu não gostou muito dessa parte do “picante”, mas confiou em mim e eu jurei que não iria fazer nada demais com ninguém.
Helena então se lamentou e disse que tinha contratado strippers à toa ... Eu olhei pro Edu e fiquei envergonhada, mas ele respirou fundo e disse que não tinha problemas se eles só dançassem e que poderiam até ficar nus, mas só isso.
Helena tentando forçar a barra perguntou se eu poderia beijar os strippers e eu fiquei com mais vergonha ainda. Helena riu e o Edu sério, disse que poderia beijar no rosto. Mas ela era uma “cobra” e perguntou: – Só no rosto? E no corpo? Tipo braço, barriga, perna, sem envolver as áreas sexuais, é lógico ...
Edu ficou calado e ela perguntou novamente ao Edu se podia.
Ele estava meio nervoso, mas não queria mostrar fraqueza, ciúme ou que era careta, dizendo que se não tivesse boca com boca, boca com pau, boca com buceta e boca com cu, tava de boa ...
Helena então disse que estava tudo bem e que dava pra fazer bastante coisa ainda sem usar a boca, mas usando as mãos e deu uma risada. Edu dessa vez ficou puto e disse que não queria nenhum toque nas minhas áreas íntimas, que eu deveria ser responsável e pensar muito bem nas coisas que iriam acontecer.
Depois que a Helena foi embora, eu e Edu tivemos uma briga feia e eu chorei muito, mas entendi o lado dele, que por sua vez, também entendeu o meu lado. No final, ele disse que eu poderia no máximo, masturbar os strippers, mas que mesmo assim ele ficaria um pouco chateado. Ele disse que seria o meu último contato com uma rola diferente da dele. Eu o beijei e disse pra ele não se preocupar, pois não iria acontecer nada disso.
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O dia da despedida de solteira chegou e a Helena conseguiu uma casa emprestada com algum ficante dela e fez uma decoração bem divertida e picante. Tinha muitas coisinhas em forma de piru e peito e o ambiente era bem na penumbra com algumas luzes vermelhas e outras verdes. Estava parecendo um puteiro de beira de estrada.
Ela fez várias brincadeiras e aí chegaram os strippers. Eram três e estavam vestidos de barman e eles eram muito sarados e musculosos, mas eu estava na minha, me divertindo com as minhas amigas. Fiz questão de não beber muito pra ter consciência de todos os meus atos.
Foi quando eu senti um cheiro diferente no ar. Eu tinha certeza de que alguém estava fumando maconha e a noite foi rolando. Me lembro que depois senti um outro cheiro forte e em alguns minutos depois, comecei a ficar bem zonza e foi nessa hora que a Helena me disse que iria acontecer uma brincadeira. Ela me colocou dentro de uma caixa de papelão gigante e disse pra eu ficar ajoelhada.
Ela fechou a caixa e eu ouvi um barulho estranho, e novamente o cheiro esquisito. Eu fechei os olhos e quis sair da caixa, mas estava tudo escuro e quando eu encostei nas paredes da caixa, senti que não era um papelão qualquer. Parecia mais espesso e a caixa nem saía do lugar. Era como se ela estivesse presa, ou alguém segurando.
Chamei por Helena e disse que eu queria sair, mas o barulho da música estava nas alturas. Foi quando entrou um pouco de luz na caixa por uma fresta e eu vi uma coisa entrando pelo buraco. Era uma piroca preta e a Helena disse que era o meu presente. Ela disse pra eu segurar na piroca e bater punheta.
Falei que não, mas ela disse que ninguém iria ficar sabendo o que rolou dentro da caixa. Eu já estava com a consciência bem precária, mas a Helena apareceu no buraco da caixa e disse que não era uma piroca de verdade, que era um “consolo” e o jogou dentro da caixa. Eu peguei no apetrecho e ri da zoeira dela. Outra piroca apareceu no buraco e ela disse pra eu chupar um e masturbar o outro, que era outro consolo.
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Eu estava muito confusa, mas achei que não teria problemas em chupar um consolo e fantasiar que era um pau de verdade. Entretanto, quando peguei no instrumento e encostei minha boca nele, mesmo com meu estado de consciência alterado, achei que o segundo consolo era muito bem-feito, pois o material se assemelhava muito com a pele humana, diferente do que a Helena tinha jogado na caixa. Só então eu reparei que era um cacete de verdade.
Eu comecei a gritar e bater na caixa. Disse que não chuparia nada e que eu queria sair dali. Helena então abriu a caixa e eu, novamente, gritei com ela. Ela disse que era uma brincadeira e que ninguém iria ficar sabendo. Eu estava muito nervosa e queria beber algo. Me deram um copo de catuaba, que eu bebi todo, de uma vez só ... Foi a última coisa que eu me lembro claramente.
Depois disto eu tive uns flashes e lembro da voz da Helena dizendo que eu não poderia ir pra casa assim, tão alterada, embriagada. O que o Edu iria pensar? Ela me disse que antes eu precisava tomar um banho para melhorar e me fez tirar a roupa e entramos num quarto todo escuro. Eu disse que não estava muito bem e ela disse pra eu me deitar um pouco, enquanto ela iria providenciar o banho.
Acho que dormi, mas acordei durante a noite com alguém me chupando e eu achei que já estava em casa e que era você, Edu. Tentei falar algo, mas a minha voz estava meio embaralhada e eu não estava conseguindo falar direito.
Foi quando eu senti a sua rola entrando em mim, ou pelo menos pensei que fosse a sua rola, só que eu não estava muito a fim. Eu queria dormir e pedi, ou tentei pedir a você pra parar, porque estava machucando. Tinha alguma coisa errada, porque era a primeira vez que eu sentia dor na nossa relação sexual.
Depois de alguns minutos, começou a ficar bom e eu acabei querendo mais e mais. Você estava com muito fogo e me fodia de forma animal, quase violenta. Nem sei durante quanto tempo ficamos metendo, só sei que em determinado momento eu me mijei toda e fiquei cheia de vergonha, mas depois fiquei rindo sem parar.
Ouvi risos e tive a impressão de ter mais gente ali, mas isso era impossível.
Eu sentia muita dor e não entendia por que você estava fazendo isso comigo. Por que será que você estava assim? Seria raiva por eu ter ido na despedida de solteira?
E aí eu apaguei mesmo.
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Quando acordei, senti uma dor no meu ventre e uma ardência na minha buceta, que eu nunca havia sentido antes. Tentei abrir meus olhos, mas não consegui. Cheia de dor de cabeça e com vontade de vomitar, eu estava seca e queria beber agua desesperadamente. Quando, lentamente, eu consegui abrir os olhos, vi que não estava sozinha na cama e a pessoa que estava comigo não era você, meu amor, mas sim o seu melhor amigo, Tarcísio.
Eu estava nua e ele também. Vi seu pau, que era enorme, mesmo flácido e quando eu olhei pra mim, vi que tinha sangue na minha buceta e no lençol. Meu corpo estava cheio de porra e tinha cheiro de urina também. Comecei a gritar e a chorar, acordando o Tarcísio, que me viu nua ao lado dele e ficou desesperado.
Helena estava num canto do quarto, caída no chão e se levantou quando ouviu meu grito. Ela também se mostrava chocada ao nos ver ali sem roupa e do jeito que estávamos.
Eu xinguei muito o Tarcísio e a Helena, falando pra eles como tiveram a coragem de fazer isso comigo. Eles tentaram me acalmar de todo o jeito, mas eu estava muito nervosa, chorando sem parar. Eu estava cheia de dor, porque com certeza eu transei com aquela coisa gigante.
Helena queria me ajudar, mas eu estava com muita raiva e dei um tapa em sua cara e logo em seguida eu vomitei. Ela me amparou e me levou até um banheiro e deu banho em mim. Eu não parava de chorar e quando ela foi ensaboar minha buceta, doeu muito e eu quase desmaiei. Eu senti minha vista escurecer e ela chamou o Tarcísio que entrou de cueca no banheiro. Eles começaram a discutir enquanto tentavam me ajudar.
Ela disse pro Tarcísio ir à uma farmácia comprar uma pomada anestésica, remédio pra dor e um relaxante muscular. Eu xingava os dois, e tentava me manter acordada, mas a dor era lancinante. Fui levada pra um outro quarto e a Helena me vestiu com todo o cuidado e eu já estava um pouco mais calma, meio desligada, olhando pra parede, mas aí eu me lembrava de você, meu amor, e voltava a chorar.
Briguei feio com a Helena e ela me dando várias desculpas. Disse que não se lembrava de nada, porque estava muito chapada e quando Tarcísio voltou comecei a brigar com ele também. Inclusive chamei ele de estuprador porque eu estava desacordada e pela violência que meu corpo sofreu, devido às marcas roxas que apareciam pelo meu corpo.
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Eu voltei a chorar e disse que não tinha condições de encarar as consequências. Eu estava tentando lidar com aquilo tudo e cheguei até a pensar em tirar a minha vida, tamanha a vergonha que eu sentia.
Eu queria te contar tudo e sei que você terminaria comigo, mas eu juro que queria fazer isso. Era o certo a se fazer, mas Helena disse que não foi culpa de ninguém e que tudo aconteceu de forma inesperada. Ela disse que estava sofrendo muito pelo que aconteceu.
Tarcísio me implorou pra não falar a você, porque além de ter uma filha, estava com outra a caminho e precisava do emprego e ele imaginava que seria mandado embora por causa do ocorrido, porque você com certeza iria pedir a cabeça dele.
Eles acabaram me convencendo a ficar quieta e eu disse a você que a festa iria continuar com o “enterro dos ossos” e você nem desconfiou. No outro dia, fui pra casa dos meus pais e disse que estava muito cansada e com uma leve ressaca e assim eu ganhei mais um dia, pra você não ver as marcas no meu corpo, porque eu ainda tinha dores e algumas marcas roxas.
Helena me disse pra cobrir os hematomas com maquiagem e me deu a ideia de ficarmos sem transar até o dia do casamento, para o tesão aumentar e termos mais prazer na noite de núpcias e enquanto isso, eu torcia pra minha buceta voltar ao normal e pra minha dor diminuir.
Por sorte, até o dia do casamento, tudo voltou ao normal, só a minha culpa que não sumia. Eu ainda pensava em te contar, mas me faltava força. Eu já tinha perdido nosso bebê e perder você, era uma dor que eu não conseguiria passar.
Nós nos casamos e a cerimônia foi linda. Tudo aconteceu como nós planejamos. A noite de núpcias foi maravilhosa. Eu me empenhei ao máximo pra lhe dar prazer, porque ainda me sentia culpada pela despedida de solteira.
Em princípio, nós iriamos usar camisinha, mas você disse que iria gozar fora e assim passamos três dias em Cabo Frio, transando que nem coelhos e aproveitando as praias.
Quando voltamos pra casa, eu decidi contar tudo a você, mas nós estávamos tão felizes, que aos poucos fui abandonando essa ideia, pois aquilo foi um erro, um descuido que nunca mais iria se repetir e a vida seguiu o seu curso, mas então tive outro problema, porque minha menstruação atrasou e a possibilidade da gravidez me deixou desesperada.
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Eu sempre fui certinha e nunca tinha atrasado. Tentei ainda me convencer de que poderia ser seu, porque na noite de núpcias, fizemos amor sem camisinha, mas depois me lembrei que você gozou fora, na minha boca ou gozou nos meus peitos e na minha bunda. Das outras vezes, sempre usamos camisinha e a verdade é que mulher sempre tem a intuição de quem é o pai e eu tinha certeza de que estava grávida do seu amigo.
Liguei pra Helena chorando e xingando-a novamente e ela foi me encontrar. Eu desconversei e disse que o remorso estava me matando e ela prometeu nunca contar o que aconteceu, mas não mencionei a gravidez pra ela.
Falei com Tarcísio e joguei a bomba no colo dele. O coitado não sabia o que fazer e disse até que assumiria, se fosse o caso e que estaria disposto a fazer o que eu quisesse.
Eu não queria tirar o bebê, mas o que eu poderia fazer? Tarcisio deu a ideia de falar com a Helena, porque ela saberia o que fazer, mas eu disse a ele que não falaria com ela. Esse segredo seria só nosso.
Quando eu disse para você que estava grávida novamente, eu meio que desisti da ideia de te contar a verdade, mas eu prometi a mim mesma, que um dia eu te contaria.
No final, eu vi que a felicidade de ser mãe e ser sua esposa me transformaram na pessoa mais feliz do mundo e pra ser sincera, mesmo me arrependendo da forma que aconteceu, se não tivesse acontecido, a Nayla não teria nascido e eu amo a nossa filha.
Assim como eu sei que você também a ama. A sua ligação com ela é ainda mais intensa que a minha, desde a gravidez.
Você voltou a ser o Edu de antes do nosso casamento. Voltou a beijar e conversar com a minha barriguinha de grávida. Como eu poderia te contar sobre a situação da nossa filha, Edu?
Sim, nossa filha, Edu! Porque pai é quem cuida nas horas difíceis. É quem sustenta e dá apoio, suporte e você meu amor, fez tudo isso.
Você é o melhor pai do mundo. Nunca duvide disso!
Isso é tudo!”.
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Acho melhor eu riscar esta última parte. Mesmo só escrevendo, ainda não tenho coragem ... Se eu tiver que usar este diário para contar a história para o Edu, eu arranco essa última página..
O que vou fazer, meu Deus?
Continua ...