Marcando Território
O final do ano de 2023 se aproximava e Kleber depositava todas as suas esperanças no espírito natalino que invade as pessoas nessa época para colocar um final na situação que vinha vivendo nos últimos meses. Ele sentia que não dava para continuar vivendo daquele jeito.
Mesmo esperançoso, ele não podia também esconder a sua revolta com tudo o que vinha acontecendo. Ele se perguntava a todo instante como é que foi que as coisas chegaram naquele ponto, já que o momento exato em que tudo aquilo começara e de como acontecera ele sabia e assumia toda a culpa do que tinha acontecido.
Lalana, a sua filha querida a quem ele dedicara os últimos anos de sua vida e por quem daria a vida se preciso fosse não era mais a garota que o fascinava e essa admiração, esse amor que tinha por ela tinha ultrapassado em muito o amor de um pai por uma filha.
Ele fora obrigado a reconhecer isso. Ele sabia que, mesmo toda a iniciativa tendo partido dela que o seduziu, não só uma vez, mas todas as vezes que desejou, era por culpa dele. Afinal, ele era o pai que tinha a obrigação de proteger à sua filha e agir sempre de forma honesta e responsável para que ela se tornasse a adulta que era de se esperar.
Inteligente demais e com uma beleza muito acima da média, Lalana se tornara uma mulher sensual e unira essas duas qualidades da pior maneira que se podia esperar. Ela usava esses atributos para seduzir e dominar. O pior de tudo é que ele percebeu cada movimento que ela fazia em direção à conquista de seus objetivos e não fez nada e isso também era um fator que tornava tudo mais complicado, pois o que o impediu de agir no momento certo foi exatamente o complexo de culpa que carregava em virtude de ter se deixado levar por ela, quando se entregou aos maiores prazeres que tivera em sua vida.
E agora ele sabia. Tinha que pagar o preço de todos esses prazeres.
Logo depois de retornar da Europa Lalana agia normalmente. Seu comportamento era tão normal que parecia que ela sequer tinha se ausentado por quase um mês, inclusive, a forma como ela se jogava para o lado de Kleber, oferecendo a ele não apenas sua atenção e carinho de filha, mas também o seu corpo jovem e sedento de prazer, o que ele evitava com muito esforço. Ele tinha o firme propósito de assumir seu relacionamento com Naomi e sabia que, para isso, teria que fazer com que seu relacionamento com Lalana voltasse a ser apenas aquele que é normal entre um pai e uma filha.
Lalana, porém, não desistia e suas ações foram ficando cada vez mais direta e ousada. Logo quando ela voltou da viagem ela agiu como se nada tivesse mudado, porém, ao entrar no quarto de Kleber usando um baby-doll totalmente transparente e uma minúscula calcinha, era rechaçado pelo pai que, ora alegando estar com dor de cabeça e outras alegando que teria se levantar muito cedo no dia seguinte em virtude de algum compromisso, negava-se a aceitar o jogo dela.
Isso não evitou algumas situações complicadas, como no dia em que, depois de achar que tinha conseguido se livrar do assédio de Lalana, Kleber dormiu e acordou na manhã seguinte com ela totalmente nua ao seu lado e com o corpo enroscado nele.
Ao perceber que o pai estava irredutível em atender aos seus desejos, Lalana mudou de tática e foi buscar ajuda de Thyra que a princípio ficou receosa de atender ao pedido da amiga e chegou até mesmo a lhe dar algumas sugestões:
– Isso pode não dar certo Lalana. E você também deveria respeitar a vontade de seu pai. Se ele não quer, então não vai rolar.
– Aí é que você se engana. Ele nunca quis e eu consegui e depois ainda repetimos. Com a sua ajuda ele não vai resistir.
A união daquelas duas jovens em torno de um mesmo objetivo fez com que a vida de Kleber ficasse ainda mais difícil e ele recorreu à única tática que entendeu ser possível. Ele passou a evitar ficar na presença das duas garotas, principalmente quando Michele ou Gunnar não estivessem juntos e, para isso, inventava alguma desculpa e corria para os braços de Naomi com quem, depois de uma conversa franca ocorrida no dia seguinte àquele em que ela saiu contrariada de sua casa depois da reação de Kleber ao receber a ligação de Lalana, concordaram em se manter afastados um do outro.
Entretanto, outros fatos contribuíram para que os dois apaixonados não precisassem cumprir à risca esse acordo. É certo que a Naomi não aceitou mais ir até à casa de Kleber, porém, como ela comprou um apartamento para ela com o dinheiro que lhe coube pela venda do apartamento em que ela vivia com o ex-marido, eles passaram a se encontrar ali com muito mais frequência do que imaginavam e o culpado disso era ele que, muitas vezes, depois de se despedirem na empresa no final do expediente, ia para a sua casa e, não suportando a solidão e ansiando por estar próximo de sua amada, pegava o carro e corria até a casa dela, onde passavam as noites juntos.
E foi esse o artifício que Kleber passou a usar para se afastar de Lalana quando ela dava início aos seus joguinhos de sedução. Ele arrumava uma desculpa qualquer e saía de casa, correndo para os braços de Naomi que via com bons olhos essa situação, pois se o Kleber se apaixonara por ela depois da primeira vez em que eles transaram, ela já tinha o mesmo sentimento por ele há muito tempo.
Lalana, ao sentir que estava fracassando em suas tentativas de transar com o pai, resolveu mudar de tática. De repente, em vez da mulher sedutora que fazia questão de exibir seu corpo e sempre demonstrar o seu desejo, passou a ser uma garota dedicada que agia como se a única tarefa que tinha nesse mundo era agradar ao pai.
Isso, como não poderia deixar de ser, plantou uma preocupação na mente do homem, Kleber sabia que agora, se simplesmente recusasse as ações de sua filha e se afastasse dela, estaria dando motivos para que ela se sentisse feridas em seu sentimento e isso era a última coisa que ele queria. Então, a princípio, o efeito desejado por Lalana que era fazer com seu pai se dedicasse exclusivamente a ela, deu certo. Kleber se viu obrigado a se distanciar de Naomi.
Essa nova situação, que poderia ser a solução dos problemas de Lalana, acabou por se tornar um problema maior ainda, pois agora ela tinha o Kleber ao seu lado, porém, não podia ter aquilo que mais desejava que era transar com ele. Para ele era pior ainda em virtude de ele, apesar de se manter tranquilo por estar na presença da filha, sentia cada vez mais a falta de Naomi.
Por outro lado, a bela mulata começou a sentir que o copo contendo seu descontentamento com aquela situação estava começando a se encher e, mais dia ou menos dias, iria transbordar e ela temia por esse momento, mesmo sabendo que ele seria inevitável.
Lalana tentou resolver o seu lado do problema forçando ainda mais uma transa entre o pai e sua amiga Thyra. Kleber, em uma tentativa de evitar permanecer como alvo daquelas duas meninas que, quando unidas representavam um real perigo, retomou a tática de se ausentar de casa e isso acalmou a impaciência de Naomi.
Kleber não percebia isso, mas tudo o que ele fazia para ajeitar a situação de um lado, complicava do outro. A aproximação de Lalana para evitar reclamações e as chantagens emocionais que ela começou a usar, o afastava de Naomi e, quando procurava mais por Naomi, se afastava da filha. Ele se sentia naquela situação explicada pela frase popular: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Enquanto isso, o seu afastamento de Michele, esse sim bem concreto, pois desde que começara a sair com Naomi jamais voltou a transar com ela, ia ficando cada vez maior. A experiente mulher, sabendo do que se tratava e também de quem se tratava, assistia a tudo sem intervir em nada. A única exceção foi quando ela advertiu Thyra de que estava sendo usada pela amiga e que deveria se cuidar para que, no final da história, a culpa não recaísse toda sobre ela. Thyra não levava a mãe a sério e minimizava a preocupação dela dizendo que Lalana tinha o controle de tudo.
Nessas idas e vindas o tempo foi passando, o mês de setembro chegara e trouxera consigo a primavera e depois deixara espaço para o mês de outubro e a situação de Kleber continuava como uma gangorra, com momentos em que se sentia feliz ao lado de Naomi e outros que se sentia mais próximo de Lalana e, em cada um desses momentos, o sentimento de culpa por estar se afastando da outra.
Tudo continuaria dessa forma se não fosse um acidente. Para Kleber tudo não passava de um azar muito grande, enquanto a Naomi insistia em que ele não devia acreditar apenas em azar, pois era azar demais para não ter tido a ajuda de alguém para acontecer.
Era uma sexta-feira e Kleber resolveu que naquele dia não voltaria para sua casa e convidou Naomi para saírem juntos. Sua ideia era jantarem juntos, irem a uma balada caso fosse o desejo dela e depois para algum motel ou mesmo para o apartamento dela, sendo essa a opção escolhida por Naomi por entender que, estando em sua casa, eles poderia continuar juntos durante o dia seguinte, já que não iriam trabalhar no sábado.
Por não se sentir com vontade de ir até sua casa, Kleber resolveu saírem juntos do escritório e irem a um bar para um happy hour e depois saírem para jantar. Naomi aceitou a sugestão dele com a condição de que, antes de se dirigirem ao restaurante escolhido, eles passassem na casa dela para que ela tomasse um banho e trocasse de roupa. A exigência foi aceita e cumprida, porém, com um adicional, pois bastou aos dois pombinhos se sentirem protegidos dentro do apartamento dela para se atirarem na cama e transarem deliciosamente. O tesão entre aquele casal nunca diminuía e eles não tinham controle nenhum sobre isso. E nem se esforçavam para ter.
Foram os quarenta e poucos minutos que eles gastaram para se darem prazeres e tomar um banho que acabou por provocar o acontecimento que se seguiu, pois se eles tivessem ido direto ao restaurante que escolheram, certamente teriam saído antes de lá.
Naomi e Kleber haviam degustado um prato leve e ele optara por uma sobremesa e estava aguardando a chegada da mesma, com suas duas mãos segurando as de Naomi sobre a mesa, com os olhos grudados repletos de promessas quando se ouviu uma voz irritada atrás dele:
– Então é isso seu Kleber? Esse é o motivo de você estar me evitando?
Kleber, já reconhecendo aquela voz que para ele era inconfundível, se virou falando com admiração:
– Lalana! O que você está...
– Jantando papai. Só vim aqui para jantar. – E virando-se para Naomi, disparou: – E você biscate interesseira. Já conseguiu o que você queria de seu chefe?
Naomi, que se preparava para dizer alguma coisa estacou ao ouvir a acusação pesada que Lalana lhe fazia. Sentiu sua pele queimar como se de repente fosse acometida de uma febre violenta, porém, um nó na garganta calou sua voz e as lágrimas nos olhos tornou todo o quadro à sua frente nebuloso. Ela podia apenas enxergar os vultos à sua frente e tentava distinguir entre eles qual seria o de Lalana, o de Michele ou o da filha desta. Então ouviu a voz de Kleber a defendendo:
– Não fale desse jeito Lalana. Além de não ser verdade, você não tem o direito de ofender a ninguém aqui.
A reação da garota foi mais violenta ainda:
– Não falar desse jeito? Quem você pensa que eu sou. Você acha que pode me usar e depois jogar fora?
Aquela acusação em voz alta, com todos os frequentadores do restaurante ouvindo deixou Kleber apavorado. Sem reação, ele assistiu com um olhar agradecido a Michele se aproximar de Lalana e segurar em seu braço a obrigando a se virar. Ele não pode saber o que ela disse, porém, independente do que fosse, o deixou agradecido ao ver que Lalana não continuou com suas acusações e se deixou conduzir por Michele para fora do restaurante.
Mas nem tudo foi alívio, pois ao chegar à porta de saída, Lalana se desvencilhou da mão de Michele que segurava seu braço e voltou até Naomi e, diante de uma plateia assustada, desferiu um tapa no rosto dela que ecoou em todo recinto. Em seguida, Thyra que havia acompanhado a amiga e fora seguida por sua mãe e com a ajuda dessa, seguraram firmemente os braços de Lalana e a levaram embora, deixando ao sair uma esteira de um pranto nervoso.
Para todos os frequentadores do restaurante, bem como seus funcionários, tratava-se de um caso em que um homem maduro seduzira uma garota e, depois de fodê-la, a abandonou trocando por uma mulher um pouco mais velha.
Nas redes sociais naquela noite o vídeo de Lalana agredindo Naomi iria viralizar.
Kleber passou a noite fazendo companhia à Naomi e Lalana foi levada por Michele e Gunnar para a casa deles. Uma noite com todos programando se darem bem, Kleber e Naomi, Lalana e Thyra que já tinham conversado sobre passar a noite juntos e Michele e Gunnar pretendendo esticar a noite em algum clube aonde estariam abertos a fazerem novos relacionamentos terminou de forma ruim para todos. O que ocupava a mente deles era a de que aquele final de semana seria muito difícil.
No final, foi muito mais estranho que difícil. Lalana, ao acordar, agia como se nada tivesse acontecido. Quem a visse naquela hora e não soubesse do que acontecera na noite anterior certamente iria pensar que ela estava em um dos momentos mais felizes de sua vida. Foi curtindo essa felicidade que ela convenceu aos pais de sua amiga para que fizessem um churrasco e curtissem o dia morno na piscina que agora pertencia às duas famílias.
Também não demorou em que ela demonstrasse quais eram suas reais intenções. Logo que se reunirão ao lado da piscina, enquanto o Gunnar preparava a carne para o churrasco, Michele estava na cozinha de sua casa preparando o acompanhamento para o mesmo, Lalana saiu da piscina aonde brincava com Thyra a provocando com beijos em seu rosto e boca e se dirigiu ao Gunnar. Ao se aproximar dele que estava com o corpo encurvado sobre a mesa dosando o tempero que usaria na carne, ela o abraçou por trás e já foi levando uma de suas mãos até o pau do homem que, ao sentir o contado do corpo jovem e quente dela e uma de suas mãos tocando seu pau por cima da sunga que usava, não resistiu e, virando o rosto para trás, falou para ela:
– Você deve estar pensando que essa é aquela hora em que eu devia dizer que não devemos fazer isso. Se for isso, você está errada, pois eu não vou falar isso.
Dizendo isso, virou-se de frente para ela e abraçou o seu corpo coberto apenas com um minúsculo biquíni e puxou de encontro ao seu enquanto sua boca procurava pela boca dela que facilitou a tarefa dele erguendo o rosto, levando a mão à nuca dele e entregando-se àquele beijo apaixonado.
Diante do olhar arregalado de Thyra, pois se fosse ela a tomar essa iniciativa ninguém iria estranhar, porém, se tratando da comportada e certinha da Lalana, aquilo era difícil de entender, Lalana foi se abaixando depositando beijos no tronco e barriga de Gunnar até se ajoelhar diante dele enquanto puxava sua sunga para baixo e livrasse o pau dele da prisão provocada pela sunga. Imediatamente, segurou na base do pau dele e avançou com seu rosto cobrindo a metade do pau dele com sua boca quente e macia.
Quando Michele chegou próximo à churrasqueira o Gunnar tinha acabado de gozar na buceta de Lalana que, depois de deixar o pau dele bem duro com sua boca, arrancou a parte debaixo do biquíni e se deitou de costas sobe a mesa, abrindo as pernas e estendendo os braços para ele enquanto falava:
– Vem Tio. Fode a minha buceta, mas fode com gosto que eu quero gozar muito nesse seu pau gostoso!
Seu pedido foi atendido com o homem se controlando para não gozar antes que ela tivesse o seu segundo orgasmo. Michele, olhando para a buceta de Lalana de onde escorria a porra que ele havia depositado no interior dela, nada disse e aguardou enquanto olhava com indignação para o marido que, ao sentir que estava sendo criticado por aquele olhar silencioso, nada disse. Foi Lalana que, depois de se levantar, se aproximou de Michele e falou:
– Que cara é essa Michele? Você sempre se esforçou para nos ensinar a agir como puta e agora fica aí com essa cara de puta arrependida?
Michele teve que se controlar para não pular no pescoço de Lalana. Para ela, compartilhar o homem amado, ser compartilhada por ele e obter e dar prazer com isso era uma coisa, agora, ver seu marido sendo usado como um objeto por uma pirralha que no fundo só queria se vingar do pai era outra muito diferente.
Entretanto, julgou que aquele não seria o melhor momento para cobrar qualquer coisa de Lalana e logo chegou à conclusão que não era mesmo, pois quando procurou pela garota que havia sumido de sua frente, a encontrou na piscina nos braços de seu marido em um beijo apaixonado.
Era evidente que aquele ato de Lalana fazia parte de um plano para atingir ao seu pai. Ela decidira que, uma vez que o pai não ia ceder aos seus desejos, e em sua cabeça deturpada pela obsessão que a invadia, acreditava que suas ações provariam ciúmes nele e com isso atingiria seu objetivo.
Que objetivo seria esse? Certamente não ocorria a ela que não se tratava apenas de amor. Aquilo não podia ser amor. Ela podia sim amar ao pai como homem, porém, o que ela almejava conquistar agora era o poder. Lalana queria ter o poder total sobre o pai. O mesmo poder que sentia ao dominar o Gunnar usando para isso seu corpo.
Foi por isso que, ao perceber que o Kleber chegara em casa, passasse a desempenhar o papel de puta destruidora da vontade dos homens e obrigou ao Gunnar a fodê-la mais uma vez, agora no colchão de ar ao lado da piscina e, sabendo que mesmo fechado em seu quarto seu pai a ouviria, gritava ao anunciar que mais um orgasmo se aproximava:
– Vai tio. Me fode. Fode a sua cadelinha tio. Faça com que eu goze gostoso nesse seu pau. Eu quero gozar muito hoje.
Lalana estava certa. Angustiado, Kleber ouvia a tudo. Mas o acerto da garota era só em relação ao fato dele ouvir, pois ele não sentia ciúmes dela. Em vez disso, ele sentia uma angústia pela situação em que se encontrava. Para ele, não se tratava apenas do fato de seu relacionamento com Naomi estar em risco, pois ele acreditava que, por mais que houvesse declarado seus sentimentos para ele, ela não iria jamais desculpá-lo por ter sido agredida diante de uma enorme plateia em um restaurante que era considerado de ‘grife’ em sua cidade.
E sua angústia era ainda maior por causa do sentimento de culpa. Revendo suas atitudes, ele sabia que fora fraco ao deixar tudo acontecer. Ele jamais deveria ter se envolvido com Michele e, com sua filha então, nem pensar. Aliás, era certo acreditar que o fato de transar com a amiga na presença do marido dela o tornara o elo fraco daquela corrente e que Lalana tinha se aproveitado disso para conseguir o objetivo de transar com ele.
Não bastasse isso, ele cedeu quando ela quis transar novamente e, para piorar, aceitou que as garotas trocassem os pais o que depois descambou para uma orgia completa, com todos transando com todos na piscina.
Tudo isso levava a outro problema. Kleber reconhecia sim sua culpa e não se perdoava por ter se deixado manipular daquele jeito, porém, ele não sabia se estava pronto para pagar um preço tão alto pelo seu perdão. Para ele, fazer com que tudo voltasse ao normal seria muito simples. Bastaria ele se afastar de Naomi e essa sua atitude lhe restituiria o poder de evitar qualquer relacionamento com Michele, Lalana e Thyra. Ou qualquer outra que aparecesse no futuro.
Então a pergunta era: Até que ponto estaria disposto a afastar de Naomi, cortando qualquer tipo de relação com ela?
Sentiu o ar lhe faltar nos pulmões somente em pensar nessa possibilidade e sentiu que a Naomi era tão importante para sua sobrevivência quanto o ar que respirava.
As alternativas eram impossíveis. Ele teria que se afastar de Naomi ou Lalana continuaria a agir de formas a se afastar dele. Pior que isso. O afastamento de Lalana envolvia a incerteza de qual o tipo de vida que ela escolheria para viver. No que ela se transformaria agindo do jeito que estava para provocar uma reação nele? Afastar de sua filha e deixar que ela seguisse sua vida da forma que quisesse também não era uma opção, pois ele se sentiria responsável por tudo o que aconteceria com ela.
Não tendo a mesma capacidade para resolver esses tipos de problemas que tinha para resolver os problemas profissionais, ele acabou escolhendo a pior das opções que foi a de não tomar nenhuma decisão. A desculpa que encontrava para si mesmo era a de que, com o tempo, lhe ocorreria algo que pudesse ser útil.
Enquanto isso, Kleber foi tocando sua vida da forma que conseguia. Não perdeu Naomi, porém, como seus encontros passaram a ser mais discretos e a moça não escondia seu descontentamento por isso. Por outro lado, Lalana ia se tornando cada vez mais ativa na execução de seus planos e chegou ao ápice quando, em um domingo à tarde, trouxe vários colegas para sua casa com o pretexto de dar uma festinha e o que aconteceu na piscina da casa, em plena luz do dia, foi uma enorme suruba.
Kleber resolveu que estava na hora de colocar um freio nas ações da filha, porém, ele temia que ela fizesse algum comentário a respeito do fato deles terem transado. Lalana fazia isso sempre que ele chamava a atenção dela por suas atitudes, porém, até aquele dia, ela só fizera isso quando estavam apenas os dois e uma única vez na presença de Gunnar. Mas ele tinha certeza de que a filha não hesitaria em revelar o segredo deles ao todos os presentes, pois ela estava cada vez mais incontrolável.
Pensando nisso, ele resolveu recorrer à Michele. Afinal, ela também era responsável por as coisas terem chegado naquele ponto. Foi ela que o seduziu e depois o introduziu no mundo liberal que vivia com seu marido e foi ela também, junto com o marido, que transou com a própria filha e Kleber sabia que isso foi um dos fatores que mais ajudou a convencer a Lalana a se entregar a ele.
Pensando nisso fez algo que nunca tinha feito antes que foi o de olhar para a janela para ver o que acontecia naquela piscina e o que viu o deixou enojado. Só havia ali duas garotas e uma delas era sua filha e a outra uma japonesa miúda. Tudo naquela descendente de oriental era pequeno: estatura, seios, bunda, porém, ela fodida como gente grande, pois no exato momento em que Kleber olhou para a piscina, ela estava de quatro sobre o colchão e chupava o pau de um rapaz enquanto outro a fodida por trás e um terceiro estava ao lado dele aguardando sua vez. Não se passaram três minutos para que ele entendesse que os dois garotos que estava atrás da moça estavam se revezando, pois um enfiava o pau nela e dava algumas socadas e em seguida saia para dar lugar ao outro. De onde estava ele não soube a princípio se ela estava sendo fodida na buceta ou cu, porém, diante da diferença da reação dela depois de algumas trocas, ficou evidente que os dois buraquinhos daquela garota estavam sendo devassados por aqueles dois sádicos.
Procurou então por Lalana e não a viu. Porém, os gritos que ele ouvia e sabia ser dela só podia indicar que ela estava na varanda, fora do seu raio de visão. Então ele desceu rapidamente a escada e quando saiu pela porta da cozinha se deparou com aquela cena que a deixou fora de si. Sua filha estava montada sobre um rapaz enquanto outro a fodida por trás, indicando que ela estava sendo duplamente penetrada. Na sua frente, em pé, outros três jovens se revezavam em foder sua boquinha e, enquanto ela chupava uma rola, usava as duas mãos para ficar masturbando aos outros dois. Kleber teve a percepção de que aquilo só podia ser uma foda na posição “aviãozinho” que Michele havia comentando para ele uma vez dizendo que essa era uma fantasia dela.
Olhou a sua volta e não viu Michele. Achou normal que ela não estivesse participando daquela putaria entre os adolescentes, porém, estranhou quando também não avistou Thyra. Realmente era apenas Lalana e a japinha e oito rapazes para dar conta da tara das duas.
Aquilo tudo foi demais para o Kleber que, sem poder se controlar, andou apressado em direção à Lalana e sem pronunciar uma única palavra começou a empurrar os caras que transavam com ela. Ao ver de quem se tratava, todos se intimidaram e correram em direção à área gourmet aonde vestiram apressados suas roupas e depois se dirigiam à saída. Os três que transavam com a japonesa, ao perceberem o que acontecia, imitaram aos seus amigos e também fugiram dali.
Enquanto os assustados rapazes procuravam se colocar a salvos da fúria estampada no rosto do Kleber que, apenas com muito esforço conseguiu se controlar e não cometer a tolice de agredir a qualquer um deles, mas que não conseguia sequer abrir a boca para poder dizer tudo o que pensava a respeito deles. Lalana, por outro lado, permaneceu na mesma posição que ficou quando foi jogada para o lado pelo rapaz que estava embaixo dela. Sentada no chão, com o corpo inclinado para trás e o peso sobre as mãos apoiadas atrás ao mesmo tempo em que mantinha suas pernas entreabertas dando ao pai a visão de sua xoxota vermelha e com o canal aberto para deixar registrado que ela estava sendo fodida, olhava para o pai com uma expressão de desafio. Só depois que os rapazes tinham ido embora e sem se lembrar da amiga que permanecia no mesmo lugar e na mesma posição aonde fora deixada pelos amigos, falou:
– O que foi papai. Veio se juntar a nós?
– Você perdeu a noção da decência mesmo, não é Lalana?
– Decência? Eu? Olha só quem está falando? O que foi agora papai? Só você que pode me foder?
Na posição em que estava Kleber podia ver a expressão de susto que o rosto da japonesinha estampava ao ouvir o que Lalana falou e, embora tivesse a intenção de avisar à filha que ela estava sendo ouvida pela amiga, não houve tempo, pois a garota continuava:
– Não faça essa carinha de zangado não papai que eu sei que você ia adorar. Mas eu também quero. Vem aqui vem. Vem me foder de novo!
Ao dizer isso Lalana se deitou de costas no piso frio da varanda e levantou as pernas deixando toda a sua intimidade expostas e a mercê do pai e só quando olhou para ele para repetir o seu pedido viu que ele não olhava para ela. Seguiu então o olhar do pai e só então notou a besteira que estava fazendo. Ela tinha acabado de deixar que pessoas estranhas soubessem de seu segredo.
Lalana teve um segundo para pensar e a única coisa que lhe ocorreu é que não tinha mais o que consertar. O estrago já estava feito. Então, ela seguiu pelo caminho que achou ser o melhor no momento. Com sua mente dominada pelo desejo que sentia pelo pai, ela resolveu aproveitar o momento e desafiou o pai novamente:
– O que foi papai? Gostou da minha amiguinha? O nome dela é Yum. Você que foder com ela? Se você quiser eu chamo.
Só naquele momento, ao ouvir o nome da garota, Kleber notou que estava errado, A amiga de sua filha era asiática sim, porém, não era descendente de japoneses e, conforme teve a confirmação mais tarde, era coreana legítima e estava no Brasil há apenas três anos e, apesar do tamanho diminuto e a expressão infantil, era mais velha que a filha e já contava com dezenove anos.
Mas Lalana percebeu que cometera um erro grave tarde demais. Yum, assustada ao ouvir a amiga dar a entender que permitira que o pai dela a fodesse, se enrolou em uma toalha e saiu de perto deles em disparada e, para único alívio de Kleber, não saiu em direção à rua. Em vez disso, ela correu para o lado da casa de Gunnar. Ao chegar à entrada dos fundos esmurrou a porta que logo foi aberta.
Kleber pode ver a garota ser puxada para dentro depois de ouvir alguma coisa e o olhar acusador que Michele lhe dirigiu antes de fechar a porta.
No entanto, sua maior preocupação era com o fato de saber das implicações daquele acontecimento. A reação da garota ao descobrir do envolvimento dele com Lalana já era por si só um problema. Mas esse problema só poderia aumentar em virtude dela ter escolhido justamente a casa de Gunnar e Michele para se esconder.
O que aqueles dois, com a ajuda de Thyra, falariam para aquela garota a respeito daquela situação? No íntimo, ele sabia que não seria nada de bom.
Preocupado com isso, procurou por Michele ainda naquela noite. Primeiro fez uma ligação telefônica e ela o atendeu demonstrando não estar a fim de conversar a respeito do que ela dizia seu “uma grande cagada de Kleber”, porém, diante da insistência dele, Michele prometeu que o procuraria ainda naquela noite para conversar.
Michele cumpriu sua promessa, porém, a conversa acabou não sendo proveitosa. Embora sem assumir que sentia ciúmes de Kleber por causa de Naomi, ela alegava que não queria se meter no relacionamento dele com a filha. Só que, em virtude das alegações de Kleber de que Michele e Gunnar tinham sua parcela de culpa e que a Thyra sempre fora aliada de Lalana, ela perdeu a calma e falou:
– Você está totalmente errado e só está falando isso por causa do que acontece entre meu marido, minha filha e eu. Só que você tem que concordar comigo que a Thyra não nos cria problemas. Com ela, é sexo pelo sexo. Tanto é que ela transa com qualquer um que ela queira, Lá na minha casa não tem cobranças.
– O que acontece na sua casa não é o que provoca os problemas que eu tenho aqui. O que complica a situação é que vocês sempre incentivaram a Lalana nas tentativas dela em me seduzir. Ou você vai dizer que não.
– Pode até ser Kleber. Mas eu nunca esperava que a coisa fosse se tornar essa obsessão toda. Aliás, a culpa é sua, pois se tivesse transado logo com a Lana talvez ela não deixasse essa paixão toda crescer dessa forma e seria apenas sexo pelo sexo. Mas você, como sempre, agiu desse seu jeito de ser, querendo ser o certinho em tudo. Veja só o que aconteceu entre você e a Naomi.
– O que a Naomi tem a ver com isso? – Perguntou Kleber que não entendeu a alusão.
– Lá vem você, o inocente. – Ao ver que Kleber a encarava sem dizer nada, explicou: – Estava na cara que a Naomi estava a fim de dar pra você. E o que você fez? Em vez de comer logo, ficou evitando até que o tesão se transformasse em paixão. Aí, com uma mulher linda como ela é, gostosa e ainda por cima apaixonada, você não pode evitar que uma paixão nascesse nesse seu coraçãozinho puro. Agora aguente.
– É tão aparente assim?
– Lógico que é Kleber. Você ultimamente parece um adolescente que encontrou o primeiro amor. E a Naomi não é diferente de você. Então, o que você quer que eu faça?
– Só explique. O que tem de errado nisso? Sou um homem livre, viúvo e a Naomi só transou comigo depois que já tinha definido com seu marido que iam se divorciar. Não tem ninguém traindo ninguém e são apenas duas pessoas que querem estar juntos. Que problema você vê nisso, Michele?
– Pra mim não é problema nenhum. – Disse Michele sem conseguir disfarçar a tristeza em seus olhos ao ouvir a confirmação de Kleber sobre seus sentimentos com relação à Naomi e depois encerrou o assunto com uma frase que ela sabia ser algo que deixaria ao Kleber abalado: – Isso aí você tem que explicar é para a Lalana. Vai lá. Confesse para ela esse seu “grande amor” e depois fique esperando para ver no que isso vai dar. Quanto a mim, eu quero mais é que você se foda.
Dizendo isso Michele caminhou em direção à saída e se retirou para sua casa, andando sem olhar para trás.