Aquele encontro seria engraçado, se não fosse tão constrangedor, Mateus continuou com o braço esticado em direção a Luis, esperando que este aceitasse o chiclete como talvez um pedido de desculpas. Já Luis continuava admirando aquela criatura tão angelical na aparência e com uma língua tão ferina. Na cabeça de Luis passou em segundos milhares de pensamentos, serio, foi frações de segundos, ali parado olhando Mateus, mas foi tempo suficiente para que Luis questionasse a si mesmo se existia criatura tão encantadora como aquele garoto ali parado a sua frente, pensou em como nunca havia notado em homem nenhum, e quando digo nenhum é nenhum mesmo, nem nele mesmo, havia tanta beleza junto. Seu coração batia acelerado, suas mãos suavam era impossível àqueles pensamentos, Luis era hétero, ou melhor, era homem, para ele nunca existiu homem hétero, homem bi ou homem homossexual, ou se era homem ou não era. Ele repudiava aquele pensamento, sentiu nojo de si próprio mais nojo ainda sentiu de Mateus e sua atitude não estava longe de expressar tão asco ao novo amigo, ou seria inimigo? Luis deu um tapa na mão de Mateus, fazendo com que a embalagem de Trident voasse longe de seus olhos, o ódio que expressava em seu rosto era tamanho que Mateus chegou a temê-lo, mas não deixou transparecer, levantou-se foi ate onde estava seu chiclete e o pegou, tirou um do pacotinho e levou a boca.
Mateus: Melhor que não queira mesmo, sobra mais pra mim assim... (E com um sorriso diabólico no rosto disse) Adoro melancia... Foi um prazer te conhecer Luis... É Luis certo? ... Tanto faz. Outro dia a gente se fala, ou seja, na próxima aula da mocreia sua tia.
Ele saiu dançante pelo bar e subiu em direção as salas de aula, se fosse outra pessoa Luis teria partido-lhe a cara com um soco, mas aquele garoto o deixava com a guarda baixa, o deixava bobo.
Janaína: Luis respira garoto, pela mor de Deus criatura se mova, fale algo, por favor!
Luis: Algo...
Laila: Não sei ainda por que você se preocupa Jana homem é tudo igual, a gente se escabela por eles, e eles só ficam tirando uma com a nossa cara.
Luis: Então esse é o amor de menino que vocês chamam de amigo? Se isso ai for amigo de vocês, sinto muito, mas a gente para por aqui, não vou sair junto com um ser tão deprimente como essa criatura.
Laila: Também não é pra tanto Luh, ele só expressou seu pensamento em relação a sua tia, nunca ouviste falar sobre liberdade de expressão?
Luis: Olha minha cara, liberdade de expressão é uma coisa, agora ofensa gratuita a uma pessoa, ainda mais pelas costas e outra coisa bem diferente, é covardia, e quer saber, fui...
Luis levantou-se da mesa e sem esperar pelas meninas, arrancou da carteira duas notas de vinte jogou sobre a mesa e disse:
Luis: Fiquem com o troco, comprem bala, ou melhor, Trident de melancia para o amiguinho expressivo de vocês.
Logo saiu daquele bar, em seu peito algo doía, era um sentimento que vinha de dentro, ele sentia seus olhos marejarem, tentou de tudo jogar a culpa disso no fato de amar sua tia, e se sentir ofendido ao vê-la sendo humilhada assim, mas se sentia triste por não ter tomado uma atitude diante do belo Mateus, que belo o que, aquilo não era belo, era a figura do capeta em pessoa.
Luis tentava de toda forma criar uma imagem negativa de Mateus em sua cabeça, mas bastava fechar os olhos e aquelas esmeraldas cintilantes dominavam seus sentidos. Na tentativa de apagar esses pensamentos, Luis parou próximo a sua casa em um bar qualquer, e resolveu buscar o melhor remédio para uma frustração, a bebida. Já se passava das quatro da manhã, quando Luis chegou bêbado em casa, sua mãe e tia esperavam-no sentadas no sofá, os olhos de Laís estavam vermelhos devido ao choro, o rapaz as ignorou por completo e seguiu para o quarto, mas ainda pode ouvir o dialogo das duas.
Laís: Emília você viu o estado que ele chegou? Meu Deus eu fiquei tonta só de sentir o cheiro de álcool que sai por seus poros, o que esta acontecendo com meu filho?... (e calou-se embargada pelo choro que teimava em cair)
Emília: Laís vá dormir, amanhã bem cedo converso com ele, tenho certeza que terá uma boa explicação pra isso...
Laís: Minha irmã nada justifica, ele mentiu pra você, saiu sem avisar, andou sabe-se lá por onde, bebeu, chegou quase ao amanhecer do dia, e se quer se justificou isso é inadmissível, ele pode ter 23 anos, mas enquanto viver sobre o meu teto me deve explicação e eu as quero agora!
Emília: Se você for até aquele quarto, só vai piorar as coisas, ele não esta em um estado confiável, amanhã converso com ele, é melhor uma pessoa imparcial, com você a única coisa que teremos é mais brigas, vá dormir que do meu sobrinho cuido eu, ta?
A conversa ainda continuou madrugada a fora, mas Luis não mais ouviu, o sono e a bebida o derrubaram e ele adormeceu já se passava das sete da noite quando acordou, o dia se tinha ido, a noite já começava, o silêncio em casa era total, Luis ainda cambaleante e com uma dor de cabeça terrível andou pelos cômodos da casa, na geladeira encontrou um recado de sua tia:
“Calanguinho fui trabalhar, sua mãe e Raul tiveram que fazer uma viagem de negócios para o interior, me espere acordado, quando chegar quero ter uma conversa com você”
(Fato narrado mais tarde por Laila a Luis)
Na faculdade três pessoas conversavam no horário vago, devido à falta de um professor, o assunto em pauta: Luis.
Mateus: Eu não sei o que vocês viram naquele troglodita sem caráter, aquela resma de papel chamex sem cor me agrediu, ouviram, me agrediu, e vocês ainda ficam do lado dele?
Laila: Para né Mateus, ele não te agrediu só deu um tapa na sua mão, e também o que você queria após ofender a tia dele e ainda por cima oferecer chiclete na maior cara lavada do mundo?
Mateus: Aquilo não foi só um tapa, minha mão ainda dói, e também eu ia lá saber que o fulaninho tinha matado serviço pra sair pra beber com vocês, se as duas espertinhas tivessem me esperando, ao invés de terem ido se assanhar pra branco de neve do planalto central, nada disso teria acontecido, ou seja, a culpa é toda de vocês.
Janaína: Só o que me faltava mesmo, você bancar a donzela indefesa e ainda nos culpar, deixa de frescura seu enrustido fdp...
Mateus: Alto lá enrustido é o pai de quem diz, eu não estou com frescura, muito menos bancando a donzela, to sendo sincero porra, agora se vocês vão criar um clube pro Luis ai o azar é de vocês, só peço que quando forem pesar a amizade de vocês, lembre-se de quem sempre esteve pronto a ajudá-las, a passar cola nas provas, fazer trabalhos sozinho e nem cobrar por isso, agora me digam só o que aquela folha de papel higiênico Urca fez pra vocês? Hein, me digam o que aquele viadinho filhinho de papai fez pra vocês?
Laila: Calma ai, tanto o Luis como você são nossos amigos não por que fazem favores pra gente, mas sim por que gostamos de vocês indiferentemente do que podem ou não proporcionar a nós, e outra eu não admito que ofenda ele, sendo que o coitado nem aqui esta para se defender, e eu tenho certeza que ele é hetero.
Mateus: (risada histérica) Você esta apaixonada pela bichinha da laje que nunca viu sol na vida, ai meu Deus tadinha de você amiga, vai se decepcionar muito, me diga quando eu errei em relação a algum rapaz mais delicado aqui da facu hein?
Laila: Você esta é louco, eu apaixonada pelo Luis, faça-me o favor né. Ele é só meu amigo e eu duvido que ele seja gay.
Janaína: Mas e se for Lai, e se ele for como vai ser?
Laila: Mais Jana será que ele é? Não posso acreditar nisso, impossível...
Naquela mesma noite, durante o intervalo Laila telefonou a Luis, contando da conversa que teve com os amigos
Luis: E você ainda tem duvida que sou homem porra! Vou ter que te levar pra cama pra provar, por que se for isso fala logo que hoje não to pra brincadeira...
Laila: Também não é assim né Lu, to ligando pra te avisar só, não precisa me ofender, afinal eu sou sua amiga em primeiro lugar, e outra quem sabe da sua sexualidade é você, nunca me fez nada para duvidar ou para acreditar nela, então vê se manera essa boca por que se não esquece que te conheço manezão.
Luis: Desculpa minha linda, mas é que ontem eu fiquei chateado com esse teu amigo. Aquele pivete além de ofender minha tia, tirou uma com a minha cara, e hoje tu liga e diz que ele ta desconfiando da minha sexualidade, você quer que eu fique como, hein? Se até você prefere acreditar nele do que em mim.
Laila: Olha só Luis a questão não em quem eu confio ou desconfio, o problema é entre vocês, os dois são meus amigos, e acredito que vocês só se conheceram de forma equivocada. Se fosse outra circunstancia certeza que eu e Jana estaríamos do seu lado, pô tu é homem, Mateus também, você acha que ele curte só ter a nós mulheres como amigas, ele assim como você precisam ter amigos homens, caso contrario a única coisa que terão é gente levantando suspeita sobre a sexualidade de vocês, eu gostaria muito que vocês se entendessem...
Luis: Olha linda, eu ate que ficaria de boa com ele, mas antes ele tem que pedir desculpas por tudo que disse a meu respeito e de minha tia, porra ele pisou feio na bola.
Laila: ta eu vou ver o que faço em relação a isso, mas, por favor, independente da reação dele, eu e Jana queremos sua amizade, mas também queremos a dele.
Luis: De boa, agora vou desligar tenho que tomar um banho para esperar minha tia, hoje a coisa promete aqui em casa. Beijos.
Laila: Beijos gato e se cuida!
Luis entrou no Box do banheiro, mas não pensava na sua tia, ou na conversa que teria que encarar, não estava preocupado em ter que se justificar, ou justificar a bebedeira da noite anterior. Sua cabeça estava longe, estava presa em duas esmeraldas cintilantes, e isso corroía o coração do garoto. Como explicar a seu coração que ele não poderia sentir nada em relação a Mateus, como explicar a seu corpo que sentir desejos por um garoto moreninho, todo gostosinho e olhos verdes intensos, era errado? Luis repudiava esses sentimentos, mas gostava da sensação que sentia, nunca havia gostado de ninguém de verdade, nunca sentira desejo assim a primeira olhada, geralmente namorava garotas, sentia desejo por elas, no momento da transa, antes disso tanto fazia se elas estavam com ele ou beijando o primo do interior, mas com Mateus não, com ele era diferente, era o primeiro garoto a despertar em Luis qualquer sentimento bom, bonito. Ao fechar os olhos ainda podia vê-lo entrando no bar, com todo o seu gingado, seu molejo. Via-o oferecendo trident, ai como era bonito..
Luis: Moleque chato sai da minha cabeça, por favor. Eu sou homem não posso sentir desejo por você porcaria.
As lágrimas caiam misturadas com a água do chuveiro, quando as percebeu, sua atitude foi de ódio, raiva e surpresa. Começou a esmurrar a parede com violência, não podia aquilo era errado, como explicar a seus pais, que ele poderia ser gay, não, eles já haviam se decepcionado com a Tia Emília que era lésbica, se Laís soubesse que o único filho era gay teria um infarto e morreria de desgosto. Não definitivamente, Luis não era gay, só estava surpreso com a beleza de Mateus, era consequência de seu isolamento, tanto tempo sem se relacionar com meninos que acabou pegando sintomas femininos.
Luis: É isso, preciso mesmo é de um amigo homem, alguém para me emprestar testosterona, um macho pra me ensinar a ser homem de novo, e não esse socó que sou hoje vou fazer as pazes com esse tal de Mateus ser amigo dele pode me trazer lucro, bonitinho daquele jeito deve atrair um monte de gatinha. Hehehehe
Após resolver sua crise de identidade, pelo menos Luis achava que sim, restava encarar tia Emília e explicar por que estava bêbado, resolveu que o melhor era dizer a verdade, pelo menos a metade dela. Iria omitir os pensamentos em relação a Mateus, mas não esconderia que ele a havia ofendido.
Já era tarde quando Emília chegou em casa, o cansaço dominava seu semblante, mas Luis estava determinado, tinha que lhe pedir desculpas, não estava cumprindo com o acordo entre os dois, e alem de tudo estava decepcionando a pessoa que ele mais amava em toda a terra, até mais que sua mãe.
Luis: Tia precisamos conversar não é? Tenho que justificar o porquê de ter furado com a senhora, por que bebi ontem, eu resolvi falar a verdade... E já resolvi que voltarei amanhã a acompanhá-la nas aulas todos os dias... Emília observava o sobrinho sem dizer nada, e ele estava a cada segundo mais desesperado, ele não a reconhecia, seria normal se ela estivesse aos gritos como sua mãe, mas não ela permanecia impassível.
Até que meneou a cabeça afirmativamente e disse:
Emília: Não há o que conversar Luis, lembre-se que já fui jovem um dia, pode ate parecer que não, mas já fui, e por isso entendo que às vezes tomamos algumas atitudes que parecem depreciativas aos olhos alheios, não precisa se justificar, só espero que isso não se repita, por que na próxima vez não serei tão complacente, e sua mãe é que tomará as rédeas da situação, e a menos que você queira um escândalo, não fará isso novamente.
Luis: Pode ficar sossegada tia, não se repetirá, prometo!
Emília: E quanto a me acompanhar amanhã ou o resto da semana, não será necessário, mas agradeço mesmo assim!
Luis: O que? A senhora esta me dispensando, é isso? Fui demitido?
Emília: (risos) Não garoto bobo, não é isso, é que amanhã inicia a semana dos cursos de educação e não haverá aula, se quer vou essa semana na faculdade, por isso não será necessário, mas segunda regressamos a rotina, certo?
Luis: Tudo bem tia, quando precisar, estarei sempre aqui à disposição...
Emília: Ótimo, agora vou me deitar estou morta de cansaço, boa noite!
Luis: Boa noite durma bem tia!
Ao contrario do que pensava Luis a conversa com sua tia, foi totalmente diferente das que tinha com a mãe, foi tranquila, sem rompantes de fúria, e por fim, esclarecedora. Ele estava parcialmente feliz, mas algo o deixava triste, saber que não veria as meninas o resto da semana era terrível, pior ainda era não poder ver Mateus, lhe pedir desculpas por ter o tratado tão mal, após ele tentar se desculpar das ofensas contra Emília. Afinal oferecer Trident de Melancia, era sua forma de pedir desculpas, e Luis havia sido estúpido e o agredira, como perdoar ato tão covarde? Incrível como aqueles olhos esmeraldas podiam acalmar um bicho selvagem a ponto de ele assumir toda a culpa e ainda querer se desculpar por ser não domesticado.
Luis: Ai que coisa chata preciso tanto ver aqueles olhos de novo, eu preciso da amizade daquele garoto, preciso respirar o mesmo ar que ele, preciso mesmo tocar sua mão, afagar seus cabelos em caracóis... aiai... Menino como pode ser, você esta dominando meus pensamentos... Que vontade de mascar um trident sabor melancia.
A noite passou, veio mais um dia e esse passou como a força do pensamento, era quarta-feira e Luis ainda se questionava se ia ou não a faculdade ver aquele trio de encrencas que ele já adorava tanto.
Luis: Tia essa semana ae da faculdade tem horário de intervalo?
Emília: Creio que não calanguinho, são diversas palestras toda noite, sei que sábado tem uma confraternização no salão da faculdade, mas acho que é só isso mesmo, mas por que a pergunta?
Luis: Não é nada, é que queria ir lá ver as meninas, só isso mesmo...
Emília: Acho aquela Laila uma bela garota, e acho que ela gosta de você...
Luis: Sai fora tia, ela é só minha amiga, e eu respeito ela de mais, mesmo achando mó gostosa.
Novamente Luis ficaria em casa, não sairia, não veria Jana e Lai, e muito menos Mateus, pensou em ligar, mas preferiu deixar para o dia seguinte, ligaria para Laila e perguntaria se Mateus aceitou o acordo.
Pensamento de Luis: Se ele aceitar, vou transbordar de felicidade, por favor, menino seja meu amigo, quero muito você do meu ladinho todos os dias, quero ver seu sorriso quando eu disser algo engraçado, quero te abraçar nos momentos de felicidades... Nossa vai ser tão bom voltar a ter um amigo homem, quero ver uma partida de futebol no estádio, jogar sinuca, ir pra balada paquerar as meninas, e ao seu lado tenho certeza vai ser perfeito isso tudo.
No dia seguinte Luis acordou tarde, já era quase cinco da tarde, a noite havia sido turbulenta, havia sonhado com tantas coisas, que não se lembrava bem de nenhuma, mas uma certeza tinha, a maioria era com Mateus, aquele garoto realmente dominava seus sonhos. Demorou-se um pouco ainda na cama, e logo foi tomar banho e fazer sua higiene pessoal, no banho tentou se masturbar um pouco, fazia tempo que não tinha um belo orgasmo, ou se quer um feio, tentou por um tempo pensando nas meninas que já havia ficado, mas nada conseguiu, pensou então nas modelos gostosas das revistas pornô que tinha embaixo do colchão e também não obteve o resultado esperado. Pensou então em Mateus, e começou a imaginar situações onde via Mateus fazendo um belo oral em seu pau, sentir aquela boquinha carnuda, aqueles lábios tão bem desenhados acolher seu membro com ternura e carinho, fez Luis fechar seus olhos, se contorcia de prazer, e sua mão já nem estava em seu pau, elas percorriam todo o seu corpo, barriga, peito, mamilos e lábios. Gemia de prazer, estava no ápice, imaginava Mateus subindo por sua barriga com pequenas mordidinhas e beijinhos até chegar ao seu pescoço e ali dar uma bela de uma lambida. Via também o corpo de Mateus como ele imaginava ser perfeito, saradinho, mas não conseguiu imaginá-lo nu por inteiro, em sua imaginação ele usava uma cueca preta com a estampa Bad Boy enorme na bunda. Quando Mateus se aproximou de Luis para um beijo, um estalo fez se ouvir no banheiro, ou melhor, na mente de Luis, como pode ele estava sentindo prazer em imaginar um homem beijando seu corpo, lhe fazendo sexo oral? Isso não é coisa de homem, isso é boiolice das grandes.
Luis: Como que pode gente, to virando bicha... Quase gozei de tanto prazer, meu Deus se na imaginação é assim, imagina de verdade?
Luis resolveu não pensar naquilo, terminou seu banho ainda com o pau duro saiu se secou, e resolveu ligar pra Laila, precisava saber se Mateus o havia perdoado.
Luis: Alo baranguinha mais linda da minha vida!
Laila: Eu baranga? Sei né, fala a verdade tu e doido pra dar uns cata na baranguinha aqui não é?
Luis: (risos) Oh se sou, um dia tu não me escapa barriguinha sexy, mas diz ai piriguete como você esta, e a Jana? E essa coisa de semana da educação? Como vai ser, a gente não vai se ver mais? E o Mateus conversou com aquele pateta metido?
Laila: Calma menino respira... Uma pergunta de cada vez...
Luis: Responde então poxa!
Laila: Ta bom vou tentar, afinal foram tantas perguntas. Lá vai: primeiramente eu estou magnífica como sempre, a Jana ta assim mais ou menos, por que aquilo ali é barbi de camelô.
Luis: Aff...
Laila: Aff nada deixa terminar porra loca. Quanto à semana essa coisa chata não é obrigatória então não vamos fazer, a gente precisa de horas, mas vou me preocupar com isso semestre que vem. Quanto ao Mateus à gente ainda não conversou, ele também não vai essa semana na facu, pra variar né, mas assim que der eu falo com ele pelo MSN.
Luis: Que chato queria ver vocês essa semana, vamos sair no fds?
Laila: Ai que super, vamos sim, mas pra onde?
Luis: Qualquer lugar, bar, boate, isso tem aos montes, chama a Jana e o pestinha lá do seu amigo.
Laila: To vendo que você resolveu mesmo ser amigo dele né?
Luis: Fazer o que, e isso ou ficar longe de você e da Jana...
Laila: Por falar nisso ela ta me ligando, depois a gente se fala, bjim... tu tu tu...
Luis: Vaca nem esperou eu me despedir!
Sexta-feira, Laila e Janaína confirmaram sair no sábado, mas ainda não tinham noticias de Mateus, no celular só dava caixa postal, Msn nem sinal, o coraçãozinho de Luis doía toda vez que ouvia uma das amigas dizer, sinto muito amigo.
Luis: Me passa o número do Mateus Laila, vou ligar pra ele, vou insistir ate conseguir...
Laila: Nossa! Você esta mesmo determinado em fazer as pazes com ele né? Anota ai o numero...
Luis precisava falar com Mateus, sua masculinidade dependia disso, ou ele criava coragem e falava com o garoto esmeralda, ou se rendia aos sentimentos que tanto tentava rejeitar.
Discou os números que a amiga havia passado por duas vezes, e somente ouvia a voz mecânica da gravação dizendo: “Está é a caixa postal de Mateus, no momento não posso atender, deixe seu recado após o sinal!”. Foram várias mensagens deixadas, nenhuma ligação retornada. Luis não iria desistir, tentaria durante todo o dia, mas falaria com Mateus.
Luis: Meu Deus esta chamando...
Mateus: Aff... Quem é você? Porra desiste, será que não percebeu que não quero te atender nas primeiras vinte ligações rejeitadas?
Luis: Desculpa, se soubesse que estava incomodando não teria insistido tanto... Vou desligar... Tchau...
Mateus: Espera... Quem fala... É o... Luis?
Luis: Nossa já reconhece minha voz fácil assim é?
Mateus: Deixa de ser ridículo, eu ouvi suas mensagens né...
Luis: (Risos sem graça)... É que eu e as meninas estamos planejando sair esse sábado, tipo barzinho, balada, e queríamos saber se você esta afim...
Mateus: E, nem rola cara, não da, estou no interior, não tem ninguém em casa, se sair não tem como voltar pra cá depois...
Luis: Tu dorme aqui então... – Luis só percebeu o que havia dito segundos depois ao não obter resposta de Mateus. -... Quer dizer se você quiser...
Mateus: Ah, nem sei velho, não ando com animo pra festa, e eu pensei que tu não ia com a minha cara.
Luis: Impressão sua velho, nada a ver, você tem direito de expressar suas idéias eu não tenho nada a ver com isso, não é?
Mateus: Sei lá mano, mas eu critiquei sua tia, e nem a conhecia direito, no seu lugar ficaria puto comigo...
Luis: E quem disse que não fiquei? Na verdade quis te matar naquela hora, mas já passou, as meninas te elogiam tanto, acho que o ódio passou, creio que podemos ser bons amigos.
Mateus: Verdade? Nossa fico muito feliz em saber que um cara como você quer ser meu amigo!
Luis: Um cara como eu? E que tipo de cara eu sou?
Mateus: (risos envergonhados) AH! Tipo você é um cara bacana, mais velho... Bonito...
Luis:...
Mateus: Ei você ainda ta ai?
Luis: Estou sim, mas me diz vai ou não sair com a gente? Vamos sair lá pelas 22:30, e só voltamos depois do dia amanhecer, ai tu dorme o domingo aqui em casa...
Mateus: Nem sei mano, nem conheço você ou sua família...
Luis: Como não conhece, e minha tia Emília, e se não conhece agora é a melhor hora pra conhecer uai...
Mateus: Ta ta, eu vou sim então, tipo pra chegar ai tenho que sair cedinho daqui, oito da manhã já estou ai na capital.
Luis: Perfeito já tem meu número, quando chegar me liga que te busco na rodoviária, ai a gente já sai, vai ao shopping ou algo do tipo.
Mateus: Beleza mano, então até amanhã, abraço ai...
Luis: Falou, até amanhã, beijo...
Mateus desligou imediatamente, Luis ainda estava se refazendo do susto ao perceber que tinha mandado beijos para um homem, mas não era isso que ele queria dizer, ou melhor, fazer? Seu desejo era realmente de dizer beijo e não abraço, ele queria mesmo beijar aquela boca carnuda...
Luis resolveu cortar o cabelo, ir a um salão, fazer sua depilação, já estava peludo no peito e pelos era algo que detestava, não sabia por que aquele desejo de estar bonito para uma simples saída com os amigos, ou melhor, sabia sim, seu desejo era agradar a certos olhos cor de esmeralda, era ficar bonito para aquele que já era perfeito aos seus olhos.
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pessoal sobre eu odeio amar voce, resolvi dar uma pausa, estava muito diicil fazer as correções e ajustes no texto!
irei fazer isso devagar e com calma! Espero que curtam essa conto, ele eh uma delicia rsss