CONSULTÓRIO DA DRA. THAIS.
— Roberto, se Sandra e incontrolável como diz, ela é então controlada pelos próprios desejos. Aliás, todos somos guiados pelos nossos desejos. É saudável termos controle disso até certo ponto e quando não temos, somos passíveis de sermos controlados por quem manipula nossos desejos.
— Isso significa que eu deixando de escrever posso tê-la “libertado” como diz, mas também a deixo vulnerável para ser manipulada por alguém mal-intencionado.
— Sim, tem razão, mas porque você seria bem-intencionado e outra pessoa não? Se ela está com Rebeca, deve estar segura, embora ela deva aprender a se conhecer melhor e não ser tão incontrolável, se ela for mesmo como você diz.
Roberto olha para o chão, desapontado.
— Não acredito que seja uma pessoa mal intencionada, só quero que entenda que você exerce um fascínio nessas mulheres, muito grande para não ter autocrítica. Percebo que está começando a entender que sua escrita exerce sim uma influência poderosas sobre algumas de suas leitoras.
— Eu apenas escrevo, entende? Como isso é possível? Como posso influenciar ou manipular alguém com apenas textos escritos?
— Porque tudo passa pelas fantasias, Roberto. Tanto homens quando mulheres podem erotizar características diversas. Há mulheres que se interessem por homens mais bem vestidos, outras com inteligência ou apenas pela forma de se expressar. Há quem se derreta apenas por um sorriso. Nesse e muitos outros casos há um denominador comum: a fantasia. Desejar é fantasiar, em nossas vidas desejamos pessoas, perfeitas em nossas fantasias, e desagradáveis na realidade. Quando se esconde atrás de um pseudônimo e oferece a leitura, você acessa as fantasias delas diretamente. É um atalho.
— Então a senhora acha que devo continuar sem escrever?
Thais respira fundo.
— Não diria isso. A escrita é um hábito saudável e você o retomará naturalmente em algum momento. Só te digo para entender como ela funciona e como ela exerce esse poder em suas leitoras. Assim terá ciência do mal que pode fazer a quem lê seus textos.
— Mas se faço mal, então deveria parar.
— Não necessariamente. A escrita é um exercício da sua sexualidade, por isso digo ser saudável. Quem lê e se excita também a exerce da mesma forma. Se olhar mais para esse exercício e entender o que estimula nessa mulheres, perceberá se elas querem mesmo fazer parte de um harém ou apenas se apegam desesperadamente a qualquer forma de prazer.
ROBERTO
Perder o emprego da forma que perdeu levou Roberto a um completo desânimo. Sentiu-se traído por Denise, o que o levava a uma completa desmotivação. Não queria escrever mais e nem mesmo vontade de trabalhar tinha. Precisou de Amanda e as demais mulheres procurarem indicações de trabalho para manter Roberto ativo de alguma forma. Assim descobriram uma mulher chamada Suzana, que precisava de dar uma arrumada em um computador lento.
Não foi com boa vontade que Roberto aceitou esse trabalho, mas a visita ao consultório de Íris lhe deu um pouco de motivação. Afinal, era um trabalho simples, provavelmente faria um backup e uma formatação para limpar um computador sobrecarregado. Lidar com computadores era fácil, sua preocupação era a relação com pessoas e clientes que não entendem seu trabalho e exigem mais coisas do que é possível. Não seria este o caso.
Suzana era uma jovem estudante, tão introspectiva quanto Roberto. Atrás dos óculos com armação grande e quadrada, havia um rosto delicado. Os cabelos lisos se estendiam até o meio das costas. Tinha uma voz doce e suave, quase inaudível, tamanha a timidez. A blusa fechada e a saia longa revelavam muito pouco das suas formas. Sendo uma mulher de poucas palavras, mostrou o notebook ao técnico e foi para seu quarto. Parecia o paraíso. Enquanto avaliava o computador, Suzana não apareceu uma vez para fazer qualquer pergunta, nem reclamar da demora ou pedir qualquer coisa a mais. A cliente era muito discreta, proporcionando um silêncio que Roberto experimentava apenas em sua casa. Estava até gostando de trabalhar.
Ao fazer um backup antes de formatar o notebook, Roberto percebeu uma série de arquivos de textos com nomes muito peculiares. A coincidência daqueles títulos o instigou a abrir aqueles textos. Para sua surpresa, eram seus próprios contos.
De início, Roberto achou curioso uma moça aparentemente tão discreta ter preferência pelos seus textos, uma vez que tendem mais ao pornográfico do que o erótico. Entretanto, começou a se perguntar porque ela copiaria seus textos para publicar em outro lugar, como se fossem dela. Sua reflexão foi cessada pelo fechamento abrupto de seu notebook.
— O senhor não pode bisbilhotar os arquivos de seus clientes. — disse Suzana, com uma voz doce, mas se esforçando em se impor.
Roberto sabia que não deveria ter feito aquilo, mas ver seus textos sendo copiados o incomodou. Não tinha outra forma de contra argumentar sem se revelar.
— A senhora que não devia copiar textos de terceiros para publicar como se fossem seus.
Suzana franziu o cenho.
— Eu não publico esses textos. Guardo os que gosto, pois algum dia esse site pode sair do ar.
Roberto ficou sem reação.
— Aliás, o que o senhor tem a ver com isso?
Sem ter o que responder e arriscando ser posto para fora sem nem mesmo terminar o trabalho, ele assumiu ser o autor daqueles textos. Suzana, claro, desconfiou, mas com aquele homem respondendo prontamente a qualquer pergunta sobre os personagens, o ceticismo da estudante ruía lentamente.
— É o senhor mesmo, não acredito que o estou conhecendo.
— Não fique me chamando de senhor. Me chame de Roberto.
— Desculpa, senhor… quer dizer, Roberto. Não é todo dia que se esbarra com seu autor favorito.
Um sorriso tão discreto quanto Roberto consegue controlar brota em seu rosto. Fazia tempo que não era elogiado pessoalmente pela sua escrita. Agradeceu, sem graça, e abriu o notebook para retomar o seu trabalho. Suzana, entretanto, não parecia satisfeita.
— Preciso te perguntar uma coisa. Essas histórias, elas são reais?
Roberto parou de mexer no computador, pensando no que responder.
— Nenhuma é cem por cento. Muitas têm inspirações em coisas que já vi ou vivi, mas boa parte é ficcional.
— A da médica, a urologista, o que tem de real?
— A história é toda ficção, mas a personagem é inspirada numa pessoa real.
Suzana estava impressionada com saber mais sobre suas histórias favoritas. Se antes só queria ler enquanto aquele homem estranho fazia seu trabalho, passou a querer saber tudo dele. Não apenas perguntava, mas queria falar sobre os textos.
— Acho que você vai melhor nas que você inventa mais. Gosto muito daquela onde o personagem algema a mulher naquela salinha escondida na empresa. Aliás, adorei todo o cenário que você inventou de um harém secreto na empresa.
O comentário, porém, não trazia boas lembranças a Roberto.
— Tem bem pouca invenção nessa história. Essa mulher é minha ex-chefe e hoje em dia não gosto nenhum pouco de lembrar dela.
Suzana franziu o cenho.
— Está me dizendo que aquela sala é real, assim como aquelas mulheres todas?
Roberto nada disse, o olhar dele para Suzana antes de voltar ao seu trabalho disse tudo.
— Não acredito! Essa série toda é incrível, eu fiquei muito… — Suzana pausa para escolher melhor as palavras — animada com a narrativa e o desfecho. Aliás, amei o epílogo.
Em outras circunstâncias, Roberto se sentiria melhor ouvindo aqueles elogios. Eram justamente os textos inspirados em sua experiência com aquele grupo de mulheres se tornaram uma lembrança do que perdeu, injustamente. O silêncio que tanto gostava, foi tomado pelas perguntas de uma fã eufórica que insistia em lembrá-lo do que queria esquecer.
Suzana, por outro lado, sentia-se numa oportunidade única. Tinha vontade de dizer o quanto aquele homem conseguiu excitá-la, sem saber como. Queria dividir algo com ele, mas a indiferença a incomodava. Se ele não queria se abrir sobre suas histórias, ela decidiu se abrir sobre as dela. Assumiu, então, o notebook e mostrou seus próprios textos. Pediu a Roberto para ler um deles.
— Seus textos são ótimos. Se não os publicou, devia fazê-lo.
Não era a resposta que Suzana queria ouvir.
— Não são ótimos. Meus textos não chegam perto dos do senhor.
— Pelo contrário, os seus são excelentes textos eróticos. Os meus são pornográficos.
— Isso não importa.
— Claro que importa. Se isso não importa, o que importaria?
Suzana respira fundo antes de continuar.
— Você se excita escrevendo os seus?
Roberto fica um tempo calado, pensando na melhor forma de responder. Enfim, falou a verdade.
— Sim, isso acontece.
— Então, eu não sinto nada escrevendo os meus.
— É melhor assim, não atrapalha a sua concentração. Tenho certeza de que escreve mais rápido do que eu.
— Não serve de nada escrever rápido um texto que não excita ninguém.
— Tenho certeza que as pessoas que leem seu texto vão se excitar.
— Você ficou excitado?
— Não vim para ficar excitado, vim apenas fazer a manutenção do notebook.
— Sabe bem o que perguntei. Fico excitadíssima te lendo. Me masturbo diariamente lendo um conto seu. Já perdi as contas de quantas vezes me fez gozar, de quantas vezes me fez imaginar estar com o senhor ou com elas.
— Por favor, já falei para não me chamar de senhor.
— Me deixa te chamar como eu quiser. Te chamo de senhor sozinha naquele quarto todos os dias.
Roberto engoliu em seco. Aquela moça se esforçava para subir o tom de sua doce voz enquanto tenta brigar com Roberto. Seu pau dava os primeiro sinais de ereção com toda aquela sinceridade.
— Olha, agradeço os elogios, mas não sei o que fazer para lhe ajudar. Escrevo do meu jeito de escrever. Acho pornográfico e uso um pseudônimo para não dar satisfação a ninguém. Eu queria escrever como você, mas o meu jeito é diferente.
— Eu queria ficar molhada com meus textos como fico com os seus. Quando leio, me sinto nas cenas, mas não consigo levar isso para as minhas próprias histórias. Como o senhor consegue?
Já tinha ouvido mais de uma vez aquela mulher de voz doce dizer que se excitava com seus textos e aquilo só o deixava mais excitado. Roberto sempre se deixou levar pela escrita e nunca pensou em uma “fórmula secreta” para provocar mulheres em seus textos. Na verdade, sempre achou seus textos ruins e que só uma meia dúzia de pessoas gostava. Por sorte, todas elas trabalhavam com ele.
Jamais pensou em ensinar como se escreveria algo, mas já não conseguia se recusar a ajudá-la. O fato dela se colocar de forma tão submissa, o chamando de senhor, provocava nele instintos adormecidos. Olhou para o apartamento e viu uma sala relativamente espaçosa, com uma cozinha aberta e começou a ter ideias.
— A primeira diferença que percebo entre meus textos e o seu é que me solto na escrita. Aliás, sempre fui muito introvertido e a escrita era um jeito de fugir disso. Talvez você não consiga fugir. Pode estar precisando de um empurrão.
— Sim, me sinto com vergonha quando escrevo. Como fugir dessa inibição?
— Confia em mim?
— Sim.
Roberto abriu um sorriso malicioso.
— Pode começar a me chamar de senhor.
— Sim senhor.
— Pegue seu telefone e vá até a cozinha. Quando chegar lá você lerá a mensagem que receber, alto o bastante para eu ouvir daqui.
Suzana nada entendeu, mas seguiu a ordem de roberto e foi até a cozinha. Ao abrir o celular e ver a mensagem, arregalou os olhos. Roberto apontou para os ouvidos, dizendo querer ouvi-la.
— “De joelhos, ela viu…”
— Não estou ouvindo.
Suzana respirou fundo.
— “De joelhos, ela viu aquele mastro…”
— “Não foi isso o que escrevi.”
O rosto de Suzana queimava. Olhava para a mensagem na tela do celular e depois para Roberto. Fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez.
— “De joelhos, olhei aquela piroca grossa balançando na minha frente. Naquela altura, me assumi uma puta, cheia de desejos. Aquele pau me encantava pela espessura e a geometria imperfeita. Salivava ao ver o movimento pendular daquele caralho grosso, e tinha tanto desejo que poderia senti-lo na boca”.
Suzana estava nervosa. Não lembrava da última vez em que forçou sua voz a falar tão alto. Ler aquele texto tão obsceno piorava tudo. Sua bochecha queimava e não conseguia parar de pensar se os vizinhos a ouviram ler tantas coisas em tão pouco tempo.
— Muito bem! Agora vá para o seu quarto e feche a porta. Leia a parte que irei te mandar.
— Do quarto vou ter que gritar.
— A ideia é essa!
— Os vizinhos vão ouvir.
— Vão achar ser qualquer pessoa, menos você. Nunca te ouviram gritar.
Suzana foi ao quarto com passos carregados de receio. Roberto ouviu a porta bater, e mais nada.
— Não estou ouvindo nada! — Gritou Roberto.
— “O pau era grosso de uma forma que quase não fechei a mão em volta dele. Quando segurei aquele caralho pulsante, senti uma vontade louca de me comportar da forma mais vadia possível. Passei a língua naquele pau inteiro, fazendo minha língua seguir o caminho de uma veia bem grossa no entorno dela. Fiz minha língua chegar até a cabeça vermelha daquele pau e o abocanhei. A piroca era tão grossa que mal cabia na minha boca. Mesmo assim, eu mamei aquela rola gostosa até onde fosse possível”.
Suzana voltou para a sala, com o coração batendo forte. Gritara para ser ouvida fora do quarto fechado, e com certeza foi ouvida por vizinhos. Tinha a respiração ofegante, tamanho o esforço.
— Está indo bem. Quer continuar?
— Sim, senhor!
— Então tire a saia.
— Por quê?
— Você disse ter vontade de ser uma daquelas mulheres quando lê. Então seja uma.
Suzana mordeu os lábios na hora. Roberto já não estava mais na mesa onde trabalhava e sim no sofá. Logo ao lado, a varanda tinha uma porta de vidro e a cortina aberta. Imaginar algum tipo de exibicionismo, típicos dos textos dele, lhe causou sentimentos conflitantes. Tinha medo de se expor, mas aquela sensação entre as pernas crescia. Deixou a saia cair, revelou a calcinha branca e o belo par de pernas. Com um sorriso safado e um gesto dos dedos, Roberto a convida a se aproximar. Com passos lentos ela se aproximou e com o abrir de suas pernas, ela sabia precisar se ajoelhar em frente a ele.
— Leu tudo o que escrevi. Agora quero que termine.
Lentamente, Suzana abriu a calça de Roberto enquanto fazia sua própria narração.
— “Com um pau tão grande, procurei outras formas de me satisfazer. Tinha tanto desejo naquela piroca que esfreguei aquela coisa melada no meu rosto. Bati-o contra a minha face enquanto ria com cara de puta para ele. Voltei até a base e lambi o seu saco. Pus um dos ovos na boca e chupei, fazendo o mesmo com o outro em seguida. Depois voltei a chupar a cabeça do pau dele. Fui e voltei várias vezes até conseguir engolir udo e fazer aquele puto se contorcer na minha boca. Mamei mais aquele caralho até ele gozar. Tirei a boca do pau, escorrendo leite pelo canto da boca.”
Suzana narrou sua parte da história enquanto tirava o pau de Roberto para fora e o masturbava. Ao terminar, já havia perdido totalmente a desinibição. Não se importava mais se estava de frente para a porta de vidro da varanda, ajoelhada de calcinha pegando no pau de um estranho. Sua boceta pegava fogo e só pensava em apagá-lo. Montou em cima de Roberto, lhe beijando na boca. Abraçou a cabeça dele, invadindo lhe a boca com a língua. Seu quadril balançava, se esfregando no abdômen dele, roçando o grelo endurecido.
Roberto aperta a bunda dela e se levanta com ela em seu colo. Segue com ela em seu colo até pressioná-la contra a porta da varanda. Quanto ela puxa a calcinha para o lado, sente o quanto ela está molhada, ao penetrá-la com facilidade. Tinha o gemido manhoso dela em seu ouvido enquanto as pernas delas envolviam a sua cintura. O quadril se mexia discretamente enquanto ele metia. Sentia as mãos dela puxarem seu pouco cabelo, as pernas o apertando e os gemidos aumentando de intensidade. Suzana gozou, apertando-o ainda mais enquanto chorava de prazer.
Enquanto recuperava o fôlego, Suzana tentava olhar para fora. Tinha se dado conta da loucura que fez. Procurava se algum vizinho viu se comida contra a porta da varanda, quando foi virada de frente para ela. A calcinha caiu e sua bunda ardeu com o primeiro tapa. Seu corpo reagiu sozinho, empinando o quadril para receber aquele pau mais uma vez. Duas voltas dadas com a mão em seu cabelo e Suzana foi obrigada a olhar para frente quanto sentiu ser invadida.
Se apoiou firme contra o vidro para segurar os golpes do quadril de Roberto contra o seu. Com a intensidade dos movimentos, gemia sem parar, ouvindo os gemidos dele atrás de si. Olhava para o outro lado e via movimentações nas janelas pelo vidro contra o qual seu rosto era colado. Foi fodida de pé contra o vidro até Roberto gozar. Pode ouvir o Urro daquele homem enquanto sentia o calor da porra jorrada sobre a sua bunda.
— Agora você é minha. — Sussurrou em seu ouvido.