Parte 1.
Dizem que a vida, vem sempre em ondas, que vão e voltam, como o mar. E vou explicar como e porque eu entro nesta história. E minha louca paixão com a incrível Lolita, menina de beleza encantadora, que eu conheci desde jovenzinha e me despertava muito desejo. É também a história de um misterioso romance proibido. E como foi que a reencontrei depois de vinte e dois anos.
[NOTA DO AUTOR] - Lander, é o rapaz que me contou esta história. Ele escreveu:
Eu acho que esta é uma história muito complicada de contar. Mas é baseada em fatos reais.
No bairro onde fomos criados, tinha um senhor que para os nossos padrões, era considerado rico, filho de imigrantes europeus fugindo da guerra, dono de uma loja e discos. Seu nome era Stanzyk, casado com a dona Lieve. Seu Stanzyk devia ter perto de cinquenta anos, e sua esposa, dona Lieve não tinha nem quarenta. A família era composta pelo casal e duas filhas, a Lolita e a Loidjane. Isso se passa lá por volta de 2007. A Lolita tinha 16 nos e a Loidjane, mais nova, tinha uns 10 anos.
Havia uma fofoca no bairro, de que o seu Stanzyk tinha conhecido a dona Lieve em um puteiro, e se apaixonou. E outras conversas também falavam que eles frequentavam uma casa de swing, do outro lado da cidade, pois tinham sido vistos entrando na casa por um morador do nosso bairro.
Eu não sei dizer se essas conversas que rolavam pelo bairro, eram verdadeiras ou falsas. Talvez, fosse invenção, por inveja, pois a dona Lieve era muito bonita, com um físico de chamar a atenção por onde passasse, corpo tipo violão, cintura fina, cadeiras mais largas e ancas arredondadas. Era uma forma esbelta, sem barriga, sem nem mesmo fazer academia.
Mas, tempos depois, veio a notícia de que a dona Lieve teve um câncer de mama. Disseram que ela não quis fazer quimioterapia, no início, e quando resolveu fazer o tratamento, já foi tarde, e ela foi internada, durou pouco, vindo a falecer.
A Lolita, de 16 anos, nunca foi de se misturar com a turma jovem. Ela também era muito linda de rosto e de corpo, tinha puxado a mãe. Eu sempre senti uma atração alucinada por ela, mas era tímido e não tinha a ousadia de a procurar.
Lolita era colega da minha prima, no colégio, e quando a mãe morreu, já bem próximo do natal e do término das aulas, a minha prima disse para ela se enturmar mais, para espairecer, se distrair, superar a tristeza pelo fato da perda da mãe.
No início ela até ficou mais sociável. Me lembro de ter conversado com ela umas três vezes, nos encontros dos amigos da rua, numa das esquinas onde havia uma padaria e um café. Só que isso durou apenas o mês de janeiro, das férias, e depois ela já se fechou de novo, se afastou, e todos achavam que foi o pai dela que a proibiu de estar com a gente.
Na época, também ficamos sabendo que a irmã mais nova, Loidjane, depois da perda da mãe, tinha ido passar as férias com a tia, irmã da mãe, que vivia numa casa na praia, mas depois, não retornou, e acabou morando com a tia para sempre.
Depois da morte da dona Lieve, minha prima nos confidenciou que a Lolita tinha confessado que o seu Stanzyk não era o pai legítimo dela, que era apenas pai de criação. Quando o seu Stanzyk conheceu a dona Lieve, mãe dela, ela era bebê, já que o pai legítimo tinha abandonado a mãe dela.
Aí que as coisas foram ficando mais claras, provavelmente a mãe teve que se prostituir para sustentar a filha, e naquela situação, conheceu o Sr. Stanzyk. Quando a minha prima nos tinha revelado que ela não era filha legitima do seu Stanzyk, nós também comentamos para ela das coisas que ouvimos falar sobre o casal. Podia ser verdade o que falavam, até mesmo deles irem na casa de swing. Pelo fato do marido saber que dona Lieve foi prostituta, poderia ter despertado nele o fetiche, de vê-la com outros. Mas isso já era nossa especulação e nossas fantasias. Minha prima disse não saber de nada sobre aquilo, mas confirmou que era bem estranho o modo com que o seu Stanzyk tratava a Lolita, com muito zelo, e parecia sempre muito enciumado.
Quando ela terminou o ensino secundário, minha prima deixou de conviver com ela e ficamos sem maiores notícias.
Dois anos depois, ficamos sabendo que a Lolita tinha feito 18 anos, e logo eles se mudaram do bairro. Depois que eles se mudaram, foi visto um perfil da Lolita no Orkut, que era a única rede mais usual que existia na época. Mas, tinha pouco conteúdo, somente foto dela junto da mãe, dela com a mãe e a irmã, e dela com o seu Stanzyk, em situação normal, e estas últimas pareciam ser mais atuais. E mais nada. Parecia ser um perfil esquecido, sem uso. E nunca mais se viu mais nada deles. Seu Stanzyk quando se mudou vendeu o negócio dele, a loja de discos. E ficou entre nós, amigos da época, a desconfiança por algum tempo, de que o seu Stanzyk, talvez teria começado um relacionamento conjugal com a Lolita. Eu não a esqueci nunca mais.
E aqui, volto a citar a frase. Dizem que a vida, vem sempre em ondas, que vão e voltam, como o mar. Vou explicar como e porque eu entro nessa história.
Vinte e dois anos depois, eu havia me formado, como advogado, tinha casado, tive um relacionamento muito bom com minha noiva por cinco anos, nos casamos e éramos muito apaixonados. Eu fazia parte da equipe de um grande escritório, que tinha clientes e causas por defender em alguns estados e várias cidades, o que me obrigava a viajar regularmente, passando dois ou três dias fora. Já estávamos casados há dois anos quando certa vez, eu já estava no aeroporto, esperando o embarque para viajar a trabalho, no final de uma manhã, recebo a informação do escritório de que a audiência que estava agendada foi adiada, o que não me obrigava a viajar. O escritório ia se encarregar de alterar a passagem. Como eu fiquei com a tarde livre, decidi que iria voltar para casa e peguei um taxi. Quando, meia hora depois, eu cheguei em casa, vi na frente do portão, o carro de um dos amigos, um casal com quem tínhamos muita amizade já fazia alguns anos. Na hora, não pensei nenhuma maldade, pois jamais pensei desconfiar da minha esposa, a Maia, e nem dos amigos. Moramos em um condomínio de casas, e por ter um sistema muito bom de segurança, estando alguém em casa, não temos o hábito de trancar a porta à chave durante o dia. E, talvez por instinto, entrei em casa sorrateiramente, sem fazer alarde. Não vi ninguém na sala. Deixei minha pequena mala de viagem no hall da entrada, e fui avançando pela casa, passei pela porta da copa-cozinha em estilo americano, e subi os degraus que levavam ao andar dos quartos e da saleta de estar. Temos três quartos, dois são suítes, e um transformamos em escritório. Logo que cheguei na saleta superior, que usávamos como sala de TV e música, ouvi nitidamente os gemidos intensos da minha esposa. Meu corpo todo se arrepiou inteiro. Eu conhecia aqueles gemidos na voz da Maia. Na mesma hora, tive a certeza que ia constatar um adultério. Saquei do meu telefone e liguei para gravar vídeo. Fui me aproximando dos quartos e os ruídos vinham da minha suíte principal. A porta estava aberta, eles não esperavam nem temiam a chegada de ninguém. Com muita cautela espreitei para dentro, e vi minha esposa, nua, cavalgando a rola do meu amigo que deitado sobre a nossa cama de casal, arfava excitadíssimo com aquela foda deliciosa. Gelei e fervi no mesmo instante. Eles estavam meio de lado, então não podiam notar minha presença escondido na entrada, apenas com a câmera apontada. Mas, como advogado treinado e experiente, tratei de me assegurar que gravava as cenas sem ser visto. Ouvi minha esposa dizer:
— Ah, o corno demorou a viajar dessa vez! Estava com saudade dessa rola.
— Eu também não aguentava mais. – Disse o falso amigo.
A minha vontade era invadir logo o quarto, e surpreender os dois, fazer um escândalo, mas, por alguma razão, a raiva me deu sangue frio, me fez ficar quieto, gravar o máximo que pudesse, e pensar na vingança que teria.
Gravei mais dois minutos, até que eles tiveram um orgasmo intenso. Somente depois, saí silenciosamente, peguei minha mala e peguei o meu carro que estava na garagem. Desci a leve rampa da garagem com o carro desligado e somente na rua eu dei a partida. Estava abalado, meio fora do ar. Saí do condomínio, e quando saí no controle da portaria, me lembrei que o sistema de segurança gravava as entradas de todos os carros, e as saídas. Fiquei com isso na cabeça e decidi que iria pedir cópia das gravações, caso precisasse.
Como eu não tinha para onde ir, fui para o escritório, o que surpreendeu meus colegas, que não esperavam meu retorno, mas logo tudo voltou ao normal. Fui para a minha sala, e disse que aproveitaria o dia para estudar os processos em andamento. E me fechei por lá. Eu não tinha nenhuma vontade de voltar para casa. No final do dia, fui para um hotel e fiquei pensando no que iria fazer. Por fim, decidi que iria enviar uma cópia do vídeo para o falso amigo, e para a minha esposa. E deixar que me procurassem. E gravaria suas conversas. E fiz, justamente, depois do expediente terminar, no escritório, para que nenhum deles pudesse ligar para lá à minha procura. Era por volta das dezenove horas quando enviei o vídeo para ambos. Não demorou nem dez minutos, recebi a ligação da minha esposa, assustada:
— Amor, o que é isso?
— Amor? O que é isso? Você que tem que explicar. – fui logo direto.
Houve um longo silencio de uns seis segundos, onde eu ouvia apenas a respiração ofegante dela. Depois ela perguntou:
— Você contratou espião para me gravar dentro da minha própria casa?
Eu estava preparado:
— Você contratou um Pau Amigo de Programa para fazer sexo e me trair na minha própria cama? Faz quanto tempo que vocês têm um caso?
— Por favor, querido, vamos conversar? Onde você está?
— Não quero conversar. Depois da sua traição, gravada, na nossa cama, nosso casamento acabou. Vou tratar dos papéis. Divórcio imediato. Você tem vinte e quatro horas para pegar suas coisas, e ir para algum lugar. Não me interessa onde. As contas que tínhamos conjuntas, eu já cancelei seu acesso. Deixei as suas contas pessoais e os seus cartões. Mas não abuse, pois não pagarei suas despesas. Agora está por sua conta.
Ela ouvia calada, sem contestar. Continuei:
— E tem mais, não faça nenhum tipo de questionamento. As provas que tenho são irrefutáveis. Se você não fizer o que estou propondo, enviarei o vídeo para as pessoas que você não quer que saibam da sua traição. Pode imaginar quem são? Você que sabe.
Minha esposa escutou aquilo, sem saber o que responder. Ainda tentou argumentar:
— Amor, por favor, preciso me explicar. Eu errei. Mas eu o amo. Me deixe pelo menos falar com você ao vivo.
— Não quero mais ver você, se possível. Adeus. Não quero expor você, nem estragar a família e as amizades. Faça o que eu pedi. Senão, terá que enfrentar as consequências.
Desliguei o telefone e não demorou um minuto, recebi a chamada do falso amigo.
— Oi, Lander, amigo, precisamos falar.
— Não somos mais amigos. Aliás, agora eu sei que você nunca foi. Hoje sabemos seu filho da puta. Não quero falar com você, se possível, nunca mais. Não vou expor você perante sua família, mas trate de ajudar a sua amante a sair da minha casa até amanhã, e fiquem quietos. Se ela aceitar o divórcio não serão expostos. Só isso que tenho a dizer,
Desliguei o telefone e não atendi mais as chamadas que se pretiram por quase uma hora. Tanto dela como dele.
Naquela noite, certamente, não consegui dormir, e no dia seguinte, liguei no escritório e avisei que como estaria viajando, tiraria o dia para tratar questões pessoais. Se me procurassem, era para dizer que eu estava viajando. Deixei o meu aparelho desligado até no final do dia. Quando anoiteceu, peguei o carro e fui até ao meu condomínio, entrei e passei em frente à minha casa. Não havia carro nenhum na garagem e as luzes estavam apagadas. Contornei a quadra, e estacionei o carro. Entrei na casa, e de fato, notei que várias coisas pessoais da minha esposa haviam sido retiradas.
Chamei um chaveiro 24 horas, e mandei trocar o segredo das fechaduras das duas portas. Aquela noite foi outra muito complicada, me senti muito mal. A traição, descoberta de surpresa, de uma esposa que eu amava, causou uma dor terrível, que não passava.
Na semana seguinte ela ainda tentava me procurar, mas eu não dei chance. Por medo que eu divulgasse o vídeo, ela acabou recuando. Pedi a um colega para tratar do divórcio, e consegui que ela aceitasse as minhas condições sem grandes dificuldades.
Para os amigos mais chegados, eu disse que foi uma decisão conjunta, depois de uma briga muito feia. Mesmo que desconfiassem de alguma coisa, não me pressionaram para contar os motivos. Alguns, continuaram amigos dela também e eu que me afastei da maioria.
Os dias foram passando e eu aos poucos fui me fortalecendo, amortecendo a dor, a tristeza e a raiva.
Com a ajuda de uma imobiliária, consegui vender a casa três meses depois, e me mudei para um apartamento menor em outro condomínio. E cumpri com o que foi acordado no divórcio. Risquei a minha ex-esposa da minha vida.
Mesmo traumatizado, aos poucos, toquei a minha vida, e me tornei um solteiro caçador. Saía com mulheres que conhecia em situações vagas, no trabalho, em bares, ou até por aplicativo. Não queria mais envolvimento com nenhuma, e certamente, exatamente por isso, parece que as tornava mais insistentes. Algumas realmente, seriam ótimas parceiras, mas eu não queria ter nenhum tipo de relacionamento mais sério.
Quase dois anos depois, eu estava saindo algumas vezes com uma mulher jovem que era uma excelente parceira no sexo, advogada, divorciada, liberal, safada, independente, bonita e gostosa. E foi ela que me levou para conhecer os bares de swing e baladas liberais da cidade. Eu fui e acabei gostando da safadeza, e repeti a ida com ela algumas vezes. Até que numa noite, quando eu menos esperava, vi entre os presentes uma loira linda, de seus trinta anos, deliciosa, acompanhando um senhor bem idoso, de seus setenta anos. Qual não foi a minha surpresa ao reconhecer o senhor Stanzyk, e quase tive um ataque do coração ao me deparar com a Lolita.
Ela estava maravilhosa, se transformou numa mulher de corpo perfeito, e que irradiava sensualidade. Meu coração se acelerou diante da presença deles, e não consegui me conter, fui até à mesa, e cumprimentei a ambos, educadamente.
O velho me olhou intrigado, certamente sem me reconhecer, mas a Lolita na mesma hora exclamou:
— Lander! Que prazer revê-lo! Quanto tempo!
Ela tomou a iniciativa e se levantando, me deu um abraço apertado. Pude sentir o bico duro dos seios dela, sem sutiã, sob o vestido, pressionando meu peito.
Agradeci, fiz sinal para que se sentasse, e aceitei quando ela me indicou para me sentar diante deles. Eu estava sozinho pois a advogada que foi comigo naquela noite, já estava se divertindo em algumas das dependências da casa. Quando me sentei no assento diante do Sr. Stanzyk, tendo à minha direita a Lolita, tratei de me apresentar:
— Eu era um dos vizinhos de vocês no bairro, onde o senhor tinha a loja. Depois que se mudaram nunca mais soube notícias.
O velho, não estava caquético, ainda era um velho muito lúcido, que mantinha certa elegância, não era muito barrigudo, usava uma barba branca bem aparada, tinha os cabelos baixos, embora com uma ligeira careca no alto da cabeça. Parecia ter diminuído um pouco de tamanho, ou talvez, eu que tivesse crescido. Ele me observava, com aspecto sereno, sem se mostrar intimidado ou envergonhado. Ele foi sincero:
— Não me recordo de você naquela época, mas hoje vejo que é um homem jovem e elegante, e que parece estar muito bem. Fico contente em encontrar amigos da minha Lolita.
Ela completou:
— Puxa, eu tinha saudade, muito tempo me perguntei o que era feito de vocês. Paizinho andou muito triste com a morte da mamãe, e tive que cuidar dele. Mas, você, Lander, eu nunca esqueci, sempre foi um rapaz muito na sua e discreto.
Fiquei surpreso com aquela fala dela, e no fundo contente de saber que eu não passara despercebido. Claro que eu não precisava perguntar o que eles faziam ali, pois eu também lá estava, em busca de sexo liberal e sem compromisso. Mas foi o Sr. Stanzyk que falou:
— Nós gostamos de vir aqui, vez em quando. Trago minha Lolita para se divertir um pouco, com jovens como você. Com a idade avançando, tenho saído menos, e ela não sai porque não me deixa só. Então, eu a trago para aproveitar um pouco da sua juventude.
Ao ouvir aquilo, dito de forma tão elegante, mas bem esclarecedora, me arrepiei inteiro. Na altura, já tinha amadurecimento e informação suficiente para saber que sendo de uma cultura europeia, a cabeça do velho deveria ser mesmo, muito liberal, desde sempre, e entender aquilo, me ajudava a compreender melhor os boatos do passado.
Foi o velho que me convidou:
— Se você não está com ninguém, ou se quiser, pode ficar aqui com a gente.
Expliquei que vinha sempre com uma amiga, mas ela se divertia livre sem a necessidade da minha presença. Agradeci o convite e tratei de saber se desejavam alguma bebida. Já chamei um garçom e pedi um uísque. O velho agradeceu, falou que não bebia por conta de remédios que tomava, e a Lolita pediu um Martini.
Logo estávamos ali conversando de forma simpática, eu contando um pouco da minha trajetória, do meu trabalho, e o papo era elegante e ao mesmo tempo, sabendo que haveria um momento em que as coisas iam esquentar.
Poucos minutos depois, a Lolita perguntou:
— Aceita dançar um pouco comigo?
Certamente que eu aceitei e nos levantamos, indo para a pista central do salão, onde alguns casais dançavam uma sequência de músicas que fizeram sucesso nas boates dos anos 80. No começo, estávamos mais ou menos apenas nos adaptando, mas quando o DJ trocou aquele set de músicas e começou uma seleção mais romântica, para se dançar junto, eu a abracei e sentia meu corpo dar pequenas descargas elétricas de tanta emoção.
Minha musa da juventude, estava ali, nos meus braços, linda, com um vestido de malha azul petróleo colado ao corpo, modelo tubinho tomara que caia, e bastante curto, deixando suas lindas pernas de fora. Calçava sandálias elegantes de couro preto, e salto alto. Ela com o salto ficava mais alta e permitia que eu a abraçasse sem esforço. Lolita se deixava abraçar e se encostava de um jeito afetuoso e meio provocante.
Estávamos em uma casa de swing, na pista de dança onde começavam muitos dos engates daquelas noites. Mas eu me sentia como se estivesse no baile de debutantes com a primazia da primeira valsa da moça donzela que me encantou o coração na adolescência. Ao mesmo tempo eu tinha consciência de ela, provavelmente, viveu e ainda vivia numa relação de alguma forma amorosa e conjugal com o padrasto.
Meus hormônios ferviam, minha cabeça estava a mil, e meu pau endurecido dentro da cueca, fazia volume que a Lolita podia sentir e parecia gostar. Ele mesma disse:
— Estou sentindo um sinal bem positivo de que você está gostando de dançar comigo.
Eu aproveitei para a apertar mais, e sussurrei:
— Você não imagina quantas vezes eu sonhei ter você assim nos meus braços.
Ele deu um sorriso satisfeito, e respondeu:
— Eu também, sempre desejei isso.
Eu precisava saber qual era o papel do Sr. Stanzyk naquela noite. Então fiz a pergunta de um jeito meio vago:
— E o seu paizinho?
Lolita falou:
— Agora ele é apenas o meu corninho. Mas vivemos como amantes todos estes anos. Hoje ele não consegue mais ser viril, problemas da idade, mas, não é egoísta, me permite ter sexo casual, sem envolvimento. Por isso me traz aqui algumas vezes.
Meu coração não poderia estar mais acelerado. Eu disse:
— Não acredito, você é o meu sonho mais querido, e está tão linda!
Lolita me deu um beijo, depois deu outros, deliciosos, me fez um carinho na nuca, e sussurrou:
— Vamos procurar um lugar mais confortável?
Peguei em sua mão e fomos em busca de uma das cabines ou reservados.
Continua.
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