TALITA
Capítulo 1
11 de julho de 2456. Planeta: Marte. Cidade: Nova Delta 2.
Ela se olhou no espelho, demoradamente. Deu um longo suspiro, abaixou a cabeça, virou-se e pulou em direção à cama. Chorou baixinho, jurando que seria a última vez que faria isso. Mas precisava. Pela última vez, precisava...
Um ano antes, há alguns anos-luz dali...
“Engenharia, reporte!”.
“As coisas estão feias aqui, Tenente Talita! Nossos escudos vão agüentar no máximo mais 15 minutos. Temos que escolher entre continuar atirando ou fugir. Não vamos durar muito aqui”, repondeu a tenete Annia.
Talita teria que pensar rápido. O que fazer nessa situação? Os comandantes já estavam mortos, a responsabilidade de salvar o restante da tripulação da nave era dela, naquele momento. A decisão estava tomada, mas até para fugir dali precisaria de um plano.
“Annia, preciso que você me consiga energia para um vetor de fuga em 19.27 marco 9. E preciso de energia nesses motores para darmos o fora daqui!”
“Tenente, tenho más notícias. O último tiro que tomamos desmontou nossos escudos em diversas áreas da nave. Estamos vulneráveis para transporte externo e...”
Ela não ouviu mais nada. Tudo passou em câmera lenta. Primeiro uma explosão, e ela sentiu um forte impacto na parte inferior do seu corpo, que a jogou longe. Depois, na sua frente, dois seres se materializaram. Gritou para Annia tirá-los dali. Um deles disparou um raio amarelo contra ela. Ela não sentiu dor. Em seguida, apagou completamente...
Acordou devagar, totalmente perdida. Sentiu algo estranho. Era dor. Forte. Viu que estava no hospital. Tentou levantar a cabeça, mas não conseguiu. Não conseguiu mover um músculo! Notou que estava com a cabeça presa. A dor era muita. Apagou.
“Tenente...” Ouviu o chamado ao longe. Pensou estar na nave e gritou “cuidado!”.
“Tenente, acalme-se. Está segura, agora.”
“Onde estou? O que houve?”
“Calma. Vamos com calma, ok? Está bem, está segura. Conseguiu tirá-los daquele inferno. Salvou metade da tripulação.”
“Graças a Deus! Mas e...” Só então olhou para si. Quase desmaiou novamente. Começou a soluçar, mas foi amparada pelo médico.
“Calma, tenente. Por favor, calma. Você está viva e é quase um milagre, depois dos tiros que levou.”
“Chama isso de viva? O que sobrou de mim? Olhe pra mim! Como vou viver assim?”
“Tenente, primeiro, deixe me apresentar. Sou Dr. Luís, e cuido de sua saúde desde que chegou. Faz três meses que está em tratamento, e tivemos que mantê-la desacordada. Preciso que se inteire do porquê está assim. Posso falar?”
“Claro. Não vou a lugar algum, mesmo.” As lágrimas corriam...
“Você chegou aqui quase sem vida. Sua perna esquerda estava totalmente destroçada, seu peito levou dois tiros e não sabemos bem do que aqueles raios são feitos. Como viu, perdeu sua perna esquerda. Nós até fizemos o implante da prótese eletrônica na sua perna. O problema veio depois. Por algum motivo que não conseguimos entender, e pode estar vinculado aos tiros que levou, seu corpo rejeitou a prótese da perna. Seu corpo reage a qualquer tratamento que tentamos fazer. Quase perdemos você. E não houve outra opção senão retirar a prótese. Mas não foi só isso. Os tiros, de alguma forma, afetaram você. Modificaram-na. E nestes três meses, você se alterou fisicamente. Por isto este aspecto tão diferente. Ainda estamos estudando o caso. Você ficou muito mais forte, mais definida. Ganhou contornos que não tinha, se posso dizer assim.”
“Preciso me ver. Preciso me ver. Por favor, me consiga um espelho!”
“Já imaginava isso. Vou lhe ajudar a levantar, com cuidado. Mas, afora a perna, acredito que você se surpreenderá com sua aparência. E de forma positiva!”
“Preciso me ver nua. Poderia... Ora, esqueça. Você já me viu nua, quando me operou.” Ele apenas sorriu.
“Posso sair, se você quiser.”
“Não, deixe assim. Me ajude a ficar em pé, por favor.” Ela se levantou e, com ajuda dele, tirou o avental. A imagem era ao mesmo tempo terrível e agradável. Sentiu-se olhando para uma estranha. Não havia nada no lugar de sua perna. E isso a chocou muito. Mas, ao mesmo tempo, estava incrível!
Ela não acreditava no que estava vendo. Realmente estava muito diferente! Maior, mais forte, na verdade. Mais curvilínea. Seios grandes! Nunca teve seios grandes! Estava ‘gostosa’, por assim dizer. Ela era magrinha e agora estava um ‘mulherão’. Até seu rosto tinha mudado. A pele estava mais bronzeada. O que estava acontecendo?
“Como vou andar?”
“Seu corpo reage a tudo: materiais sintéticos ou derivados, metal... Nada fica muito tempo em contato com seu corpo sem que você reaja. Lamento isso. Mandei confeccionar duas muletas para você. Não temos muletas a não ser em museus, mas você precisará delas. Infelizmente, seu corpo rejeita qualquer coisa. Seu corpo reage a outros tecidos apenas alguns minutos depois de vestirmos você. Veja que seu avental é sintético. Aliás, o único sintético que seu corpo aceitou. As muletas são revestidas com isso”.
“Por favor, quero me deitar. Não estou me sentindo muito bem. Espere! Minha casa. Ainda tenho minha casa? Nossa, nem lembrei disso.”
“Claro, ela continua lá. Vi na sua ficha que você não tem família. Precisará de alguma ajuda no início. Podemos providenciar uma enfermeira e...”
“Não. Sempre me virei sozinha pra tudo. Não vai ser diferente agora...”
“Está bem, mas sua situação é diferente. Você irá demorar para se acostumar. De qualquer forma, você ficará mais alguns dias aqui”.
O tempo passou depressa. Muita fisioterapia e muitos exames aconteceram. O relacionamento com Dr. Luís evoluiu para uma grande amizade. Ele tinha todo o carinho do mundo com ela. Ajudou-a a aprender a usar as muletas. Acompanhou-a na tentativa de usar uma prótese revestida de couro sintético, o que não deu muito certo, pois ela sentia fortes dores ao apoiar o corpo na prótese. Acabou por desistir dela. As muletas seriam suas companheiras para sempre.
Mas o que mais sentiu foi a atração de Luís por ela. Embora ela se sentisse estranha, ela viu o fascínio que causava nele. Quando ele a tocava nas fisioterapias, havia uma espécie de choque nela. Depois de algum tempo, viu que era puro tesão.
O dia de sair do hospital chegou. Ele a acompanhou até sua casa. Já havia se passado um mês desde que acordou. E ela tinha mudado mais ainda. Estava coma pele bem bronzeada, os cabelos escuros e os olhos cor de mel. Seus seios tinham crescido mais ainda, sua bunda e coxas estavam bem redondas. Sua boca mais carnuda. Estava realmente linda. E Luís não cansava de dizer isso a ela. E a bunda, então: Nossa! Antes de sair do hospital, ela tirou suas medidas. Estava com 114 cm de quadril e 111 cm de busto! Uma mulher infernalmente linda!
Entrou em casa devagar, para não tropeçar em nada. O apartamento era pequeno, como tudo em Marte. Já estava totalmente acostumada com as muletas, mas viu que teria que adaptar algumas coisas.
“Estivemos aqui, antes, como pediu, e já adiantamos algumas coisas” disse Luís. “Há comida, trocamos todos os tecidos para sintéticos e confeccionamos algumas roupas. Não sei se você vai gostar, mas acho que vão ficar bem em você.”
“Humm”, disse ela, sorrindo. “Você fez no seu padrão de gosto? Espere aqui. Vou experimentar uma delas.”
Quando voltou, ele quase caiu no sofá. O macacão grudava no corpo. O decote era incrível. Como ela não podia usar roupas de baixo, o resultado era impressionante. “Nossa...” disse ele. Ela riu. Mas sentia um tesão danado! Queria muito aquele homem. E seus olhos diziam isso. Ela se moveu lentamente em direção a ele, que subitamente levantou.
“Bem, acho que já posso ir. Você ficará bem. Qualquer coisa que precisar telefone. Sabe que moro aqui perto. Posso vir quando você quiser e...”
Não deu tempo de dizer mais nada. Ela já estava em cima dele. Agarrou-o e jogou-o no sofá. O estilo do macacão era muito prático, pois em dois segundos já estava nua. Ela viu o efeito que causava nele. Arrancou suas roupas (espantou-se com sua própria força), e atirou-se sobre ele, que já estava pronto! Ao sentir ser penetrada, quase explodiu de tesão. Ela rebolava em cima dele, controlando seu vai-e-vem apenas com a perna direita. Como se sentia forte, o movimento era rápido, firme. Ele estava enlouquecido! Só conseguia dizer “nossa, nossa”. Ela gemia, forte, gostoso, estava se sentindo como nunca se sentira antes. Era enlouquecedor. Gritou várias vezes durante o orgasmo! Só parou porque viu que poderia machucá-lo, de tanto que tremia.
“Nunca senti nada assim. Não sei o que houve comigo, mas me sinto muito, muito melhor. Muito mais mulher!”
“Nossa... quase morri!” disse Luís. “Você foi extraordinária! Esplêndida! Onde aprendeu a fazer isso tudo?”
“Se quer saber, nem mesmo eu sei. Só sei que estou doida por você e quero mais disso. Muito mais!”
Foi uma noite longa, de muito prazer e muitas descobertas. Mas muita coisa ainda estava para acontecer...
Capítulo 2
Ela amanheceu nos braços dele. Quando acordou, parecia acordar de um sonho. Um sonho bom. Mas, naquele momento, começou a pensar no que seria a sua vida a partir daquele momento. Não queria ser uma inútil. Queria voltar à tropa. Mas de que jeito? Como poderiam aceitá-la assim?
Tratou de acordá-lo. Começou a falar sem parar. De como tinha gostado da noite, como gostava dele, como queria voltar a trabalhar... Ele pediu que se acalmasse. Já tinha conversado com o comando da Tropa Estelar e já sabiam onde colocar uma heroína.
“Heroína? Eu? Puxa!” Sentiu-se estranha. Lembrava de alguns detalhes da batalha. Principalmente de quando fora atingida. Viu que se tratava de uma arma diferente. E eles atiraram apenas nela com aquela arma. Por que seria? Tratou de conversar com Luís.
“Na verdade, não sabemos nada. Mas é realmente estranho, pois só você foi atingida. Nenhum outro membro da tripulação teve os mesmos efeitos. É realmente estranho.”
Não falaram mais nisso. Ele se arrumou e voltou ao hospital. E ela tratou de fazer a sua nova casa adaptar-se ao seu novo “estilo”. Passou o dia em uma muleta apenas. E totalmente nua. Adorou estar assim. Sentia-se bem, provocante. Arrumou diversas coisas.
No meio da tarde, ao ver uma foto de sua antiga nave, levou um susto! Teve uma espécie de visão do alien que atirara nela. Ele falou: “Estamos esperando você. Você está quase pronta para se juntar a nós”.
Começou a gritar, pedindo por socorro. Mas estava sozinha. Foi ao telecom e chamou por Luís. Ele chegou apressado e a encontrou aos prantos. Contou a ele o que aconteceu. Imediatamente pediu que ela se vestisse e fossem ao Comando. Encontraram seu antigo comandante e contaram o acontecido.
“Não sei bem o que pensar, mas parece que eles implantaram em você algum gene mutante. Estão transformando você em alguém deles. Mas não sei com que finalidade. Vamos fazer mais testes em você. Até lá, quero você vigiada o tempo todo. Luís, você será a sombra da Tenente. Vinte quatro horas por dia, no laboratório. Precisamos saber o que está acontecendo, realmente.”
Os dois riram por dentro. Seria uma experiência deliciosa. Mas ela se preocupou. O que estaria realmente acontecendo com ela?
Capítulo 3
Vários dias se passaram no laboratório. Testes e mais testes tornaram a rotina cansativa. Mas as noites de amor compensavam totalmente. Ela não teve mais nenhuma visão. Mas outras alterações começaram a aparecer, e não só no seu corpo. E foi motivo de susto para todos. Ao fazer um teste de esforço, teve um pensamento em destruir o aparelho onde estava. E isto realmente aconteceu: ele se desmanchou! Depois disto viu que poderia, sob forte estresse, mover alguns objetos simplesmente pensando nisso. Luís achava tudo fantástico, mas ela estava realmente preocupada...
Após dias de testes, resolveram pedir um tempo para descansarem. Foram para um parque em Marte, onde um belo hotel tinha sido construído. Após uma noite de amor fantástica, foram passear, caminhando por alguns montes perto do hotel. Ela foi apenas com uma muleta, para ficar de mão com Luís. Foi quando algo impressionante aconteceu. Ao tropeçar em algumas pedras, quase foi ao chão. Quase... porque flutuou no ar antes de cair. Nenhum dos dois acreditava no que estava acontecendo! Era impressionante demais. Ela podia, realmente, flutuar a alguns centímetros do chão. Estava só, sem a muleta, e podia mover-se para qualquer lugar, sem tocar no chão. Começou a rir, pois era emocionante demais!
Ele pediu que ela guardasse segredo disso. Seria muito estranho para outras pessoas. Ela se recompôs, pegou sua muleta e voltaram para o hotel. No quarto, fizeram diversos outros testes. Era fascinante vê-la flutuando de um lugar para outro. Outra coisa chamou a atenção de Luís: seu cabelo clareou muito naquela manhã. E parecia maior, com mais volume. Ela olhou-se no espelho e notou isso. E mais: seus pelos pubianos também clarearam. Ela olhou para Luís e disse: que tal transar com uma loira queimadinha, meu amor? E literalmente no ar? Ele nem precisou responder...
Fizeram amor de uma forma inigualável. Estavam no ar, os dois. Como ela era extremamente forte, podia sustentá-lo sem problema. Ele por cima dela, flutuando juntos, no maior amasso aéreo que alguém poderia imaginar. Ela teve diversos orgasmos, e a cada um parecia que ficava mais e mais intenso. Não queria parar, mas ele não era um super-homem. Dormiram abraçados...
Ao acordar, sentiu-se estranha. Sentiu que algo estava errado. Chamou por Luís. Ele olhou para ela e gritou: “Vou ligar pedindo uma nave hospital. Precisamos levá-la agora!”. Ela nem sabia o que era, mas estava se sentindo mal. “Você está queimando. Literalmente. Por isso seu cabelo clareou. Você está queimando de dentro para fora. Precisamos fazer alguma coisa!”
Ela desmaiou.
Dias depois acordou. Estava numa cama do laboratório e Luís estava adormecido numa cadeira, a seu lado. Chamou por ele. “Achei que ia perder você. Demoramos horas para estabilizar seu corpo. Colocamos você no gelo, literalmente. Foi a única coisa que a estabilizou. Mas não sei porquanto tempo você vai aguentar. Não sei mais o que fazer e...”
Uma luz extremamente forte surgiu no canto do quarto. Ela ficou cega por alguns instantes, e ouviu gritos de Luís. Depois sentiu que alguém a segurava fortemente.
Capítulo 4
A luz diminuiu. Ela abriu os olhos e teve um sobressalto! Quatro aliens estavam no quarto. Luís estava sob a mira da arma de um deles. Dois a estavam segurando. E um terceiro, que ela conheceu, falou com uma voz estridente:
“Olá, Tenente Talita. Lembra-se de mim? Fui eu quem a atingi na nave.” Ela tentou ir para cima dele, mas os outros aliens eram extremamente fortes. Bem mais do que ela. Não consegui se mexer.
“Ora, vamos, nem tente nada. Somos 8 vezes mais fortes que vocês. E mesmo você, com todas as modificações, não atingiu ainda a força para reagir.”
“O que vocês querem? O que querem de mim?” perguntou ela.
“Estou aqui para lhe explicar o que aconteceu naquele dia. Primeiro, não fomos nós quem explodimos a sua nave. De fato, ajudamos vocês a escapar dos seus inimigos. Apenas aproveitamos a ocasião, e escolhemos você porque estava muito ferida, devido à explosão. Foi uma forma de salvar sua vida e nos ajudar, também. Lamento por sua perna. Implantamos em você uma alteração genética progressiva. Queríamos habitar Marte. E precisávamos testar qual a reação de nosso corpo neste planeta. Precisávamos de alguém que se comportasse como nós, mas que não despertasse suspeitas inicialmente. Entenda, tenente: Somos cientistas, e precisamos de um novo planeta para habitarmos, pois nosso sol está morrendo. Aproveitamos a batalha para iniciarmos nosso experimento. Queríamos apenas ver se poderíamos, ou não, habitar seu planeta. E a última semana mostrou que isso não será possível. Seu sol é bem mais intenso que o nosso, e se viermos para cá acabaríamos queimando de dentro para fora, como está acontecendo com você.”
“O que vão fazer, então? E o que vai acontecer comigo? Vou morrer?” gritou ela.
“Encontramos outro planeta, muito distante daqui. E lá tivemos sucesso. Estamos aqui porque, como eu disse, somos cientistas. Não queria prejudicar você mais do que já fizemos. Vou reverter o processo em você. Mas só posso fazer isso parcialmente. O suficiente para você não queimar mais. Mas algumas das outras alterações são irreversíveis, além de outras que aparecerão em breve. Mas acredito que você gostará de algumas delas. Você viverá. Adeus, Tenente. E obrigado!”
Ele apontou um bastão para ela e disparou. Depois disso tudo se apagou.
FINAL
Seis meses se passaram depois disso. Hoje era o dia do seu casamento com Luís. Ela estava em uma linda roupa de couro sintético branco, toda colada no corpo. Estava de muletas, porque não conseguia mais flutuar.
Seus olhos agora estavam bem azuis. Mais uma das modificações que apareceram. Ela também podia se comunicar com ele apenas por pensamentos. Aliás, podia ler pensamentos de qualquer um. E esta seria sua nova função na tropa: investigadora telepata.
Eles aprenderam diversas formas de fazer amor, aproveitando a ausência da perna. Isto dava uma liberdade incrível de testar novas posições, e Luís ficava doido a cada nova experiência. E ela o amava muito por gostar dela como ela era.
Uma mudança em especial a deixou por demais satisfeita e a ele também: alguma coisa em seu corpo se ajustou e ela poderia ter filhos. Filhos humanos. Frutos de uma grande paixão!
Muitas aventuras ainda estariam por vir. Levantou-se, pegou as muletas, encaixou-as debaixo dos braços. Olhou-se no espelho e lembrou das primeiras vezes em que se viu assim. De como chorou. Agora, ela adorava o que estava vendo. Nunca se sentiu tão linda. Tão perfeita. E tão amada!
Hora de casar!
@2013 by DvoT
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