A transa do domingo de carnaval parecia ter sido a reconciliação. Em um tempinho que Felipe estava no banheiro, olhei novamente o notebook e as mensagens tanto de Max, como do rapaz de Natal (Lucas) haviam sido apagadas. Será se ele se arrependeu de trair? Será se estava suspeitando que eu sabia de algo? Eu devia ter deixado ele me trair com Lucas e pegar os dois no flagra? Um amigo havia sugerido compartilhar a localização do celular dele para tentar rastreá-lo, mas achei arriscado e não fiz.
Como as conversas haviam sido apagadas, fique “mais tranquilo”, porém com uma pulga atrás da orelha. Na segunda-feira ele teria folga e mais uma vez passamos o dia juntos. Nesse dia bebi, f1 com ele. Tinha sido muito boa a experiência de outro dia de transar chapado. Quem sabe não rolaria de novo. Mas foi mais um dia normal, assistindo, comendo e ficando na cama. Eu já estava com tudo planejado. Já sabia a senha do celular e quando ele dormisse, durante à noite eu iria pegá-lo e investigar melhor. Diferente do notebook, teriam provas mais evidentes. Ele nunca apaga conversas ou fotos. Tem coisas muito antigas de até outros namoros. Não seria difícil.
Nos preparamos pra dormir, mas eu fiquei ligado, só fingindo. Não poderia cair no sono, senão perderia minha oportunidade. Levantei algumas vezes para ir ao banheiro, para sentir se ele estava acordado e esperava ele virar para o lado contrário ao celular para que a luz não denunciasse. Quando ele virou, estava com a respiração bem forte e fazia movimentos com a boca, como balbuciando. Eu levantei, como se fosse ao banheiro e devagar peguei seu celular e levei para o banheiro. Lá desbloqueei e fui ao instagram. Eu já tinha visto a conversa dele com um amigo (Mauro) no instagram, mas coisas normais, fofocas e comentários.
Abri o whatsapp, além das conversas com pessoas mais próximas e da família, pessoas que eu já conhecia, estava nas recentes a conversa com Mauro. Ali iniciava a noite de terror. Mauro havia o procurado para desabafar algumas coisas do seu relacionamento e ele do mesmo modo também fez. Grande parte da conversa aconteceu no sábado à tarde, hora em que ele saiu para ir comprar umas coisas no mercado e eu fiquei em casa “dormindo”. Mauro relatava o desejo de ficar com outras pessoas, mesmo gostando muito do namorado. Era tentado por algumas aventuras, pois o namorado tbm era comum. Talvez fosse a rotina de ter sempre a pessoa ao lado. Felipe concordava e dizia que tinha vontade de chupar um pau peludo e suado, porque eu era e sempre estava muito limpinho e depilado. Desde o início da relação, sempre gostei de estar depilado e bem limpo, usar um hidratante. A meu ver era algo positivo e que sempre fiz todas as vezes que ficava com alguém. Mas compreendo os gostos, embora ninguém nunca tivesse me dito isto.
Ele relatava que tinha um carinha (Max), com quem sempre ficava quando estava com aulas na faculdade, (dava todas as descrições do indivíduo) estava tentando ficar com ele. Que já tinha perguntado várias vezes, pois fazia academia ao lado do prédio onde Felipe morava. Felipe contava que era só uma subidinha rápida dele após o treino que o banho seria de língua e uma mamada bem gostosa. Mauro aprovava tudo. Dizia que faria o mesmo e inclusive tinha aprontado nesses últimos dias. Aquelas mensagens terminaram de rasgar o véu da admiração que eu tinha por Felipe. Ele dizia que eu não imaginava o que ele já fez. Eu sabia que ele podia ter sido muito puta antes, mas não imaginava que teria sido mais que eu. Pois eu iniciei minha vida sexual ainda criança, ou seja, tinha muito mais experiências. Para mim, era muito mais fácil eu trair, pois tinha antes uma vida mais libertina e sem relacionamentos fixos.
Nessa conversa com Mauro havia muito mais coisa. Esse fato recente me levou a confirmar que ele estava realmente querendo ficar com Max, pois passou conversando a semana inteira com ele no modo temporário e que talvez a redução das nossas transas não tenha sido pelo estresse ou remédio ou falta de tesão. Felipe contava a Mauro que estava transando pouco, contou as vezes exatas que eu tbm contava pros meus amigos. O que me colocava em dúvida era se isso era um desejo de momento, ou essas ficadas anteriores com Max eram no período que já estávamos juntos.
Coloquei o celular no lugar e tentei deitar de novo. Aquela noite foi horrível, pois não consegui dormir mais, só fazia chorar e cada movimento da boca dele me fazia pensar que estava sonhando com Max, que estava mamando ele. Além da frustração pela fidelidade, me vinha a frustração de não ter aproveitado também e perdido de ficar com pessoas bem mais padrões. Pensei em ir embora, mas não consegui e esperei até às 5h da manhã para me vestir e criar coragem para ir embora. Fui para casa e desliguei tudo aquele dia. Queria dar um sumiço. Tirei a escova de dentes do lugar. Queria ver se ele viria atrás. Mas passou o dia inteiro e ele não procurou. À tarde, decidi contar, mas tinha medo de dizer que tinha fuçado tudo. Chegando lá, o abracei, mas só fazia chorar. Ele questionou o que era, mas não conseguia falar. Saí para buscar comida, pois não tinha almoçado ainda e enquanto esperava, perguntei se no período que a gente tava junto ele já tinha me traído ou tentado. Conversamos e tal, ele enrolou com algumas coisas, disse que já tinha pensado, mas nunca fez nada. Quando voltei lá com a comida, ele disse nos meus olhos que não tinha traído, que não sabia o porquê da minha dúvida. Eu poderia esfregar na cara os prints da conversa do domingo com Lucas e falar sobre tudo. Mas dei um voto de confiança. Nesse dia, voltei para casa e refleti muito a partir dali.
Os dias seguiram e a frequência de sexo não mudou de uma hora pra outra, mas ele começou a procurar mais. No final de semana seguinte, minha família viajaria para a praia e aproveitei para ir também e relaxar um pouco. O corninho ainda tava muito incomodado. Passei a visitá-lo menos e tentei não pensar tanto sobre isso para garantir minha saúde mental. Na última segunda-feira de fevereiro, fui dormir com ele e estava novamente decidido a procurar novamente mais coisas para confirmar se havia mudado mesmo ou se teria rolado algo naquele tempo. Tentei dormir normal e, se acaso acordasse no meio da noite, iria pegar o celular mais uma vez. Assim foi, acordei um pouco depois, peguei o celular dele e trouxe para a cama. Dessa vez, as conversas com Mauro (amigo) haviam sido apagadas, também não havia nada com Max ou Lucas. Fui ao twitter, que normalmente não tinha nada, pois ele só seguia contas normais de notícia ou zoeira.
Eu não esperava que aí estaria o grande trunfo. Ao tocar no perfil, havia outra conta logada com outro nickname. Fui para essa conta e era um perfil +18, só tinha perfis de homens, com vídeos de sexo e tal. Esse não era o problema, pois eu tbm seguia contas assim. Nesse perfil estavam mensagens com caras, troca de nudes e tweets de todas as coisas que ele havia feito nos últimos meses, que dirá anos. Ele relatava todas as suas aventuras e conversava com os boys do bairro por lá. Não eram tweets antigos. As datas eram recentes. Tinha um período sem anda, mas ainda assim bem movimentado. Nos posts, ele contava os desejos de mamar macho suado, peludo, beber leite, falava dos dias que tava com tesão. Perguntava se não tinha ativos na cidade, quem estava pela área, marcava presença em rolês pra f1 e mamar. Relatava inclusive com detalhes o dia que ficou com Max (já estávamos juntos). Foi num gramado da universidade. Max passou pegando no pau e ele o chamou. Ao mesmo tempo que eu tinha tesão com as coisas e em vê-lo fazendo aquilo, me subia também um ódio, pois agora era a confirmação de que as ficadas que ele contava para Mauro e para a outra amiga não eram coisas de um passado tão distante. Todas as datas que ele publicava eram em dias que eu estava viajando e justo nas horas que ele sumia do celular dizendo estar estudando ou que tinha ido correr. Sim, correr e mamar, pois a corrida era nesse gramado onde ele poderia f1 e fazer o que quisesse, pois tem carro. De modo ordinário, tudo acontecia quando eu estava prestes a viajar ou durante os dias da viagem, mas não garanto que não tenha acontecido enquanto eu estava focado na faculdade ou ocupado. Nossa vida sexual no início era muito intensa, passávamos o dia inteiro trocando mensagens e combinando a próxima vez. Ele confessava que a conexão era incrível e por isso eu não me preocupava. Eu só não sabia que existia outra vida paralela de uma puta que dormia do meu lado. O fogo era abissal e maior que o meu e o problema nunca foi o cansaço do hospital. Havia tesão, só estava sendo usado de outras formas. Ou vendo vídeo nesse twitter ou marcando pra mamar os caras por aí. Acho que ele não levava ninguém para o ap, pois os amigos sabiam que ele namorava e havia o risco de eu chegar a qualquer momento também.
Havia um misto de tesão e raiva ao ler as conversas. Tentei fotografar tudo, mas não estava ficando bom no escuro. Então coloquei o celular dele no lugar e pesquisei a conta pelo meu perfil, pois podia analisar melhor. Conferi todas as datas dos tweets, horas, etc. Enfim, essa parte é bem mais história do que sexo mesmo, mas a parte picante vai chegar. Não queria deixar tão longo, mas os detalhes são importantes.
O que vocês acham que vai acontecer? Qual será o final da putinha safada? Comentem aí e votem no conto. Um beijo na bunda!
