Oi, pessoal. Meu nome é Davi.
Hoje quero contar sobre o presente de sete anos de casamento que dei para o Ivan; presente que nem ele e nem eu iremos nos esquecer.
Falando um pouco da gente: tenho trinta anos, sou branco, moreno, alto, e tenho o corpo magro típico de um homem sedentário. Ivan, meu marido, tem trinta e quatro anos, é negro, usa cavanhaque e deixa sempre a barba por fazer; seu cabelo crespo tem sempre estilos e cortes diferentes, pois ele gosta de mudar a aparência, de tempos em tempos. Sua altura é igual à minha e, diferentemente de mim, ele é um homem parrudo; sua musculatura desenvolvida, dos tempos em que malhava, se mistura às camadas de gordura que vem acumulando com a idade e a alimentação de quem trabalha muito e tem pouco tempo para se exercitar.
Para mim, seu corpo nunca foi tão atraente como é agora.
Estamos juntos há uma vida. Somos parceiros, amigos, companheiros, confidentes, trabalhadores e privilegiados por termos muitos amigos e famílias unidas. Só temos coisas boas em nossas vidas. Somos gratos e, na medida do possível, aproveitamos muito. Adoramos a companhia um do outro, damos muitas risadas juntos e nos damos muito bem.
Só que, como qualquer casal, também temos nossos problemas.
E, durante um bom tempo, nosso principal problema foi o sexo.
A falta dele, para ser mais específico.
Durante muitos meses, nossa vida sexual andou bastante parada, quase nula.
Somos enfermeiros. Damos plantões em diferentes hospitais e trabalhamos em horários distintos. Ivan atua na UTI de um grande hospital particular, e eu, no centro cirúrgico de outro. Sempre ralamos muito para conquistar nossas coisas e fomos felizes por isso, mas, ao longo dos anos, sem que percebêssemos, nossa vida sexual, antes tão ativa, foi ficando em segundo plano.
Ao menos, até o dia do nosso aniversário de casamento.
Poucos meses antes da ocasião, acabei sendo forçado a prestar mais atenção na insatisfação de Ivan em relação a isso. Eu também me incomodava, mas ia levando; deixando o cansaço tomar conta e trocando noites de sexo por maratonas de filmes e séries com meu marido por outras atividades caseiras e rotineiras.
Confesso que, na maioria das vezes, era Ivan que insistia mais para que rolasse algo. Eu fugia. Até que um dia ele desistiu. Vez ou outra rolava uma mamada, ou ele me comia em alguma posição que não exigia tanto de nós dois. Infelizmente, para um casal que sempre se amou muito, passamos muito tempo fodendo muito pouco.
Sei que isso é normal; ainda mais num relacionamento longevo feito o nosso. Mas, em parte, acho que faltou levarmos um papo mais sério sobre o assunto. Fomos deixando a coisa passar como se não fosse importante, e aí, deu no que deu.
A história do presente de casamento começou no dia em que vi, pela fresta da porta do banheiro, o Ivan pelado, sentado no vaso, tocando uma punheta enquanto assistia a algum vídeo no celular. Aquilo me intrigou e me excitou. Fiquei pensando nas imagens e situações que estariam deixando ele de pau duro e se masturbando sozinho, longe de mim.
Os dias se passaram e esqueci aquela história, até que, numa noite em que saímos para beber e voltamos para casa completamente loucos, Ivan cambaleou até o sofá, se jogou nele e apagou. Enquanto o contemplava, lembrei da punheta no banheiro e não resisti a tentação de pegar seu celular e dar uma fuçada. Com o coração a mil, abri sua galeria e vi, entre milhares de fotos e vídeos nossas, dos nossos amigos, da nossa família, do nosso cachorro, das nossas viagens e lugares favoritos, mais mil fotos e vídeos de todo tipo de bunda e de cu. Até aí, normal. A galeria do meu celular sempre foi cheia de picas. Mas, um olhar mais atento fez com que eu percebesse que algumas dessas fotos estavam armazenadas nas pastas do Whatsapp e do Instagram.
Meu coração bateu com tanta força que cheguei a ouvi-lo. Minhas mãos suaram frio. Meu corpo inteiro começou a tremer. Ivan se revirou na cama e eu me apressei em tentar ver o que podia em seu celular, sem me atentar aos detalhes. Abri seu Instagram e corri os olhos pelo chat. Entre dezenas de conversas, encontrei um papo de Ivan com um jovem rapaz negro que vivia em outro estado. Pelo que pude ver da conversa, eles já se conheciam havia muitos anos e já tinham ficado em algum momento.
O que vi ali foi putaria total. Um papo sacana em que meu marido e seu amigo falavam com saudades das fodas que tiveram no passado. O cara mandou fotos do bundão gostoso para Ivan, que retribuiu com fotos da pica duraça. Havia também alguns vídeos. Um do sujeito piscando o cuzinho para Ivan. Outro do Ivan batendo uma punheta. O papo acabou com meu marido enviando para o amigo uma foto do pau peludo todo melado de porra branca e cremosa.
Me deu raiva de ver tudo aquilo. Não pelo papo em si, mas por Ivan nunca ter me contado sobre esse cara e sobre a conversa. Não sei como eu teria lidado com aquilo caso ele tivesse me contado. Só sei que odeio mentiras.
Só que aquela sacanagem toda também me deixou com um tesão do caralho E, por razões que não entendi, em vez de acordar Ivan e começar uma briga, coloquei seu celular onde havia achado e fui para nossa cama tocar uma punheta.
Não foi a foda do passado do meu marido que me excitou. O que me enlouqueceu tesão foi saber que, enquanto ele ficou de putaria com aquele cara, eu provavelmente estava em casa, ou talvez até mesmo ao seu lado, assistindo inocentemente à TV, ou mexendo inocentemente no celular, em uma época em que não andávamos tão sexuais um com o outro.
O incidente trouxe à tona a memória de algo chato que aconteceu em nosso primeiro ano de relacionamento. Quando nos conhecemos, trabalhávamos no mesmo hospital, embora em departamentos diferentes. Nesse hospital, eu tinha um amigo chamado Vítor, um garoto lindo e safado. Pouco depois de Ivan e eu termos começado a namorar, apresentei os dois. A afinidade foi imediata. Em poucas semanas, eles já não se desgrudavam e passaram a viver para cima e para baixo, sempre de papo e de risos. Eles conversavam o tempo todo, fosse pessoalmente ou pela internet. A certo ponto, Ivan falava de Vítor o tempo todo e passou a dar um jeito de inclui-lo em todas as nossas conversas, planos e rolês. Ele, que nunca foi lá muito de demonstrar o afeto que sentia pelas pessoas, não descansou enquanto não encontrou o presente de aniversário perfeito para Vítor.
No começo, não dei muita bola. Ivan tinha o direito de ser amigo de quem bem quisesse. Depois, passei a estranhar e a observar. Depois, passei a me incomodar. Então, comecei a falar sobre o assunto com Ivan. E, em pouco tempo, já estávamos brigando por causa do nosso amigo. Como é comum nesses casos, Ivan me garantiu que eu estava maluco, vendo coisas que não existiam e prestes a arruinar uma amizade bacana para nós dois.
Nunca quis bancar o namorado tóxico, então, segurei a onda.
Não foi fácil.
Um dia, Ivan e Vítor começaram a agitar um rolê em alguma balada na Augusta. Eles foram combinando tudo e eu não interferi. Eu tinha sido convidado, mas, por alguma razão, não senti que minha presença era assim tão desejada. Acabou que, no final, a noite do rolê coincidiu com um plantão noturno meu. Por fim, decidi aproveitar a oportunidade de demonstrar que eu era um cara desapegado, tranquilo, seguro, e levei numa boa a ideia meu namorado curtir a noite paulistana com um cara bonito de quem ele não parava de falar a respeito e de criar situações para inclui-lo em nossas vidas. Desejei bom divertimento aos dois e fui trabalhar. Eram meu amigo e meu namorado, afinal. Eu tinha que confiar nos dois. Do contrário, tais relações não tinham razão de ser.
Quanto voltei para casa, pela manhã, vi os dois jogados em nossa cama. Desmaiados. Tinham bebido pra caralho. Ivan havia vomitado no chão e apagado. Estavam deitados longe um do outro, ambos com braços e pernas esticados e pendendo para fora da cama. Vítor dormia sem camiseta, só de bermuda, e Ivan usava somente uma cueca slip cinza.
O tesão foi imediato e inesperado, assim como a raiva de ver Vítor ali, ocupando meu espaço, sem que eu tivesse sido previamente comunicado. Sem alternativa, suspirei de exaustão, tirei toda a roupa, ficando só de cueca, empurrei Vítor para o lado, arrumei espaço na cama e deitei; nosso amigo ressonando entre nós.
Não consegui dormir.
Meu pau estava duro feito pedra.
Meses se passaram. Minha relação com Ivan e minha amizade com Vítor seguiram normalmente, até o dia em que meu amigo me pediu para tentar ajustar algum problema de configuração em seu celular. Tentando ajudá-lo, fui mexendo no aparelho do meu amigo, até ser dominado pelo impulso de dar uma conferida nas suas conversas com meu namorado. E fiquei em choque ao ler os papos de teor sexual entre os dois. Era puro suco de putaria. Com uma sensação horrível, fui lendo semanas e meses de papo, até descobrir que eles não haviam transado mesmo — afinal, beberam além da conta —, mas tinham se pegado no banheiro da balada. Em meio a centenas de mensagens, li quando Ivan quase implorou para que Vítor não contasse para mim o que havia acontecido entre eles.
Foi feio. Fiquei arrasado, magoado, e muito puto. Menos pela pegação entre os dois, mesmo que, na época, meu namoro com Ivan fosse totalmente fechado, e mais porque havia sido enganado por duas pessoas de quem eu gostava e em quem eu confiava.
Nutri rancor por um bom tempo. Depois, deixei para lá. Somos todos humanos feitos de carne e nervos. Ivan me pediu desculpas e, relutante, eu aceitei. Já nossa amizade com Vítor azedou. Nunca mais soubemos um do outro.
Ainda assim, ao longo dos anos, me pegava, vez ou outra, tentando imaginar como havia sido a pegação dos dois na balada, ou, então, fantasiando sobre tudo o que poderia ter acontecido entre os dois na cama enquanto estavam sozinhos e livres da minha presença. Foram muitas as vezes em que imaginei Ivan e Vítor se beijando de língua; Ivan chupando os peitinhos gostosos de Vítor, ou então, enfiando a mão por dentro da calça do nosso amigo e passando o dedo pelo cuzinho dele; os dois gemendo, ofegantes, e querendo fazer muito mais.
Gozei pra caralho pensando em tudo isso.
Até que, com o passar dos anos, atirei essa história no fundo da memória.
Ao menos, até a chegada de Cícero, meu novo colega de trabalho, em nossas vidas.
Cícero tem vinte e cinco anos, é branco, loiro e tem olhos verdes. É expansivo e suas expressões de gênero oscilam entre o masculino e o feminino. Sua característica mais chamativa é o seu bundão imenso e redondo. Todo mundo fala do seu rabão gostoso. E ele adora.
Amigável, Cícero se aproximou de mim e logo viramos colegas de almoços, cigarros e fofocas. Nada muito íntimo, embora ele gostasse de me contar sobre suas aventuras sexuais com homens mais velhos, casados e que pagam de heterossexuais chefes de família tradicional.
Não demorou para que Cícero fosse acolhido pelo pessoal do hospital e que passasse a marcar presença em nossos rolês e happy hours. Ele divertia a todos aonde ia e adorava chamar atenção de todas as maneiras possíveis. E Ivan, que conhecia todos os meus amigos e colegas, não demorou a conhecê-lo e, como todos nós, caiu de amores pelo menino.
Logo no primeiro dia, um funk pesadão começou a estourar nas caixas de som do nosso boteco favorito e Cícero pulou de pé e foi rebolar ao som das batidas do pancadão. Sua bunda era perfeita e ele tinha total domínio sobre ela. Ele devia enlouquecer os machos quando cavalgava na pica deles. Impressionados, todos rimos, aplaudimos e filmamos sua performance cheia de caras, bocas, e gestos sensuais. Dava para ver perfeitamente a sua calcinha fio-dental sob o tecido da sua calça branca.
Olhei para Ivan. Ele se divertia como os demais. Não parecia impressionado além da conta pelo show do Cícero. Mas eu sabia que ele curtia um bundão. Porém, não deu qualquer bandeira diante de todos nós, por mais bêbado que estivesse.
Em casa, muito loucos, rindo à toa, fomos, aos tropeços, até a cama. Deitados, ligamos a TV e sintonizamos algum reality show qualquer. Só que o rebolado de Cícero não me saía da cabeça. A certa hora, não aguentei mais e peguei meu celular, onde eu tinha feito alguns breves vídeos da dança do meu amigo, fazendo questão de enquadrar perfeitamente a sua bunda.
— Olha isso — mostrei casualmente o vídeo a ele.
Ivan viu, riu e apenas assentiu, com um ar impressionado.
— Dança muito — comentou.
Não me contentei com aquela resposta.
— E é gostoso — aticei. — E safado. Me conta cada putaria...
Mais uma vez, Ivan apenas assentiu. Esse jeitão dele, de quem nunca estava nem aí para nada, além de falso, era muito irritante.
Resolvi apelar.
— Comeria ele?
Meu marido enfim olhou para mim.
— Como é? — perguntou.
— Você comeria ele?
Ivan tentou de todo jeito se esquivar da minha pergunta. Só que eu não ia desistir. Insisti tanto que, no final, ele se limitou a dizer que sim, porém, que, embora atraente, Cícero não era tudo isso.
Eu não sabia por que, mas não conseguia, ou não queria acreditar em Ivan.
Tive uma ideia louca de chupar o pau dele enquanto ele assistia ao vídeo, mas sabia que ele não iria topar. Foram muitas as vezes em que tentamos nos aventurar incluindo fantasias com outras pessoas em nossas fodas e nunca dava certo. Por mais que gozássemos juntos, logo em seguida eu era dominado por acessos de ciúmes e insegurança e passava a encher Ivan de questionamentos e de cobranças. Portanto, não demorou para que qualquer menção a sexo a três ou outras experiências mais ousadas desaparecessem completamente das nossas conversas, fantasias e fodas.
No trabalho, sem pensar muito a respeito, passei a falar mais de Ivan para Cícero; coisas sobre nossa rotina, nossa vida de casal, nossa história, e, claro, um ou outro comentário inocente sobre nossa vida sexual. De um jeito sutil, fiz Cícero saber que Ivan era um cara comedor. Depois de um tempo, eu já falava aberta e detalhadamente sobre nossas fodas e sobre o corpo dele. Era uma delícia ver Cícero sorrindo, de um jeito safado, com um olhar travesso e malicioso, certamente tentando imaginar como seria a pica do meu marido.
Semanas mais tarde, percebi que meu amigo e meu marido já se seguiam em todas as redes sociais. Vez ou outra, via-os trocando memes pelo chat do Instagram. Nada demais.
Ao longo de um ano, saímos diversas vezes para bares, chácaras, baladas e todo tipo de festa. Cícero e Ivan já não precisavam mais de mim para intermediar seus papos. No final de semana na chácara, tive que aturar os dois grudados o dia inteiro, muitas vezes, isolados do restante do pessoal, falando baixo e rindo de tudo. Sentado em uma cadeira de praia, óculos escuros no rosto, filmei os dois o tempo inteiro. Com uma toalha, disfarcei minha excitação ao ver Cícero usando apenas uma sunga azul conversando bem pertinho de Ivan, que usava sunga amarela. À distância, não tirava os olhos da bunda perfeita de Cícero e do pau mole marcado na sunga de Ivan.
O funk não demorou a estrondar e Cícero já foi logo rebolar aquele cuzão na cara de todo mundo. E, dessa vez, Ivan não tirou os olhos dele e do seu corpo quase nu. E eu fiquei ali, pensando no que se passaria na mente do meu marido.
Bateram os ciúmes e a insegurança. Não aguentei e reclamei com a Ivan sobre seu entusiasmo excessivo pela amizade com Cícero, que não sabia conversar com meu marido sem tocar em seus braços e em seu peito peludo. Mais uma vez, ouvi que estava sendo louco, paranoico.
Maior do que meus ciúmes, era minha obsessão com algo que, aparentemente, só existia na minha cabeça. Depois de meses instigando e observando as interações entre Ivan e Cícero, eu não pensava em outra coisa que não testar a fidelidade do meu namorado. Todos os meus desejos giravam em torno das situações que imaginava entre os dois.
Enquanto isso, em casa, a vida sexual continuava mediana, quase inexistente.
Mais meses se passaram. Minha curiosidade era proporcional à minha insegurança e medo de que Ivan passasse a gostar mais de Cícero do que de mim. Ao mesmo tempo em que passei a criticar o comportamento do nosso amigo para meu namorado, seguia instigando Cícero com mil histórias sobre o corpo e a performance sexual do meu marido. Cícero nunca disse nada, mas era nítido que salivava com tudo o que eu contava.
Eu já não pensava em mais nada além desse morde-e-assopra. Eu aproximava os dois quando batia o tesão e os afastava quando batiam os ciúmes. E, no meio disso tudo, eu tocava mil punhetas imaginando meu marido tendo um caso com meu amigo.
No dia do nosso aniversário de sete anos juntos, nosso casamento mudou para sempre.
Felizes, Ivan e eu saímos com nosso pessoal para comemorar em uma baladinha. Bebemos de tudo um pouco, a ponto de passarmos mal e precisarmos equilibrar a bebedeira com água e refrigerantes.
Nesse dia, as coisas saíram um pouco de controle. Louco, Cícero puxou meu marido para o funk e rebolou com a bunda encostada no seu pau. Desta vez, Ivan reagiu. Na frente de todos os nossos amigos, segurou a cintura de Cícero e simulou estocadas. Todos rimos, achando tudo o máximo. Meu corpo ferveu de ciúmes e de tesão. E foi ali que decidi qual seria o melhor presente de casamento que eu daria para o meu marido. E o melhor presente que eu ganharia.
Juntos, Ivan e Cícero fizeram performances sensuais e provocativas. Estavam quase prestes a se pegar diante de todos nós. Era nítida a explosão de desejo entre ambos.
Achei ridícula e humilhante aquela exposição.
E também achei um puta de um tesão.
Eu poderia ter ido reclamar com Ivan. Ele teria baixado a bola na mesma hora. Mas preferi me fazer de distraído, só para ver no que tudo aquilo poderia dar; se é que iria dar em alguma coisa, ou se tudo não passava de loucura minha.
A festa rolou até de madrugada. A certa hora, a amiga que viera com Cícero se mandou com um sujeito que conheceu na balada, deixando-o sem carona. Ele reclamou horrores, pois tinha pouco dinheiro para voltar para casa. Foi então que tive a ideia de convidá-lo para ir dormir no nosso apartamento, afinal, Ivan e eu morávamos perto de um grande terminal de ônibus, e, de lá, Cícero poderia ir para casa na manhã seguinte, gastando bem menos do que com um aplicativo. Aliviado com a oferta, Cícero nem pensou duas vezes e topou. Já Ivan não se incomodou com a presença de uma terceira pessoa bem na noite do nosso aniversário de casamento.
Fomos todos embora. No caminho, rimos, brincamos, falamos bobagens. Chegando em casa, ligamos o som e Ivan fez caipirinhas para todos nós. Não demorou para que Cícero ficasse apenas de cueca e Ivan vestisse um shortinho esportivo cinza e bem curto.
Depois de duas doses de caipirinha, todos os filtros que restavam sumiram. Estávamos muito loucos. Cícero já dançava bem perto de Ivan, quase esfregando o rabo na cara dele, que, sentado no sofá, de pernas abertas, não se movia. Apenas bebia e filmava atentamente cada movimento do nosso amigo, alternando os olhares entre a bunda e o rosto dele, ambos cheios de intenções maliciosas em suas expressões. A certo ponto, Cícero sentou no colo de Ivan, de costas para ele, e rebolou, provocativo. Ivan apenas sorria e eu assistia a cena de longe, sentado sobre a braçadeira do sofá, na outra ponta. Sem disfarçar mais o meu tesão, eu apertava meu pau duro por cima da minha cueca de seda, enlouquecido pelos olhares sacanas que os dois trocavam. Vez ou outra, durante sua dança, Cícero aproximava sua boca da de Ivan. Eles se encaravam e então Cícero se afastava, rindo, ciente de que era desejado.
Em nenhum momento eles se tocaram com as mãos. Eu sabia que, se quisesse, tudo aquilo pararia. Bastaria eu dizer e Ivan aceitaria, sem protestar, mesmo puto comigo. Só que eu já estava decidido a saber onde toda aquela atração progressiva entre aqueles dois iria acabar.
Aproveitei um momento em que Cícero foi ao banheiro e me sentei ao lado de Ivan.
Dei-lhe um puta beijo, cheio de desejo, como havia muito não dávamos. Mordi seu lábio e apertei seu pau por cima do short. Estava duro pra caralho. Sem resistir, meti a mão por debaixo de sua roupa e senti a cabeça da sua pica e os seus pelos pubianos totalmente melados.
— Quero que vocês se beijem — eu disse, de repente.
— O quê? — ele perguntou.
— Não se faz de bobo. Sei o que tá rolando. Faz tempo que cê tem tesão nele e ele em você. Quero ver vocês se beijando. Quero que você coma o cuzinho gostoso dele na minha frente. Ele deve estar piscando de tesão pra sentir essa tua pica dura inteira dentro dele. E não adianta negar, que eu sei que você também quer.
— A gente nunca fodeu a três.
— E nem vai. Quero só assistir vocês fodendo. Quero que vocês me esqueçam; que você finja que eu nem existo. Quero que você me traia, que nem me traiu com o Vítor.
Ivan pareceu indeciso. Ele me conhecia. Sabia dos meus ciúmes, dos meus grilos.
— Tem certeza? — quis saber.
Apenas peguei sua mão e a coloquei sobre o meu pau duraço.
— Respondido?
Enfim tornei a ver a expressão sacana, maliciosa, deliciosa no rosto do meu marido.
— Tem certeza mesmo?
— Te restou alguma dúvida?
— Pergunto porque tenho respeitado você até aqui. Depois do Vítor, te respeitei até aqui. A partir do momento em que eu começar, não vou mais parar. Sua opinião, seus sentimentos, sua vontade, nada disso vai valer nada pra mim. Você pode chorar, espernear, implorar pra eu parar, que eu vou arrombar o cuzinho desse puto até leitar.
— É tudo o que eu mais quero.
— Tá mesmo a fim de ser corno manso, né?
Assenti. Mais uma vez, demos um beijão gostoso. Enquanto o beijava, deslizei minhas mãos pelo peito, barriga e pernas de Ivan, doido para ver Cícero fazendo o mesmo.
— Depois que ele voltar, eu vou ao banheiro. Vai ser essa a tua deixa.
Ivan assentiu. Beijei-lhe uma última vez.
— Vai ser esse o teu presente de aniversário — eu disse. — Aproveita. E feliz sete anos de casamento.
Quando Cícero voltou, Ivan foi fazer mais caipirinhas. A cueca do nosso amigo estava transparente de suor. Dava para ver direitinho o seu bundão safado por baixo do tecido fino, e, também, o seu pau mole, balançando a cada movimento de dança que fazia. Eu adoraria chupar o cuzinho dele para receber a pica dura do homem que eu amava, mas, naquela primeira vez, eu não iria tocá-lo e nem permitiria que ele me tocasse. Eu só queria que eles fossem um do outro.
Bebemos mais. Cícero dançou mais. Ivan apenas assistia, imóvel, feito um rei em seu trono, atento aos movimentos de sedução da sua putinha submissa. Não faria nada enquanto eu não desse o sinal. E não iria mais parar depois que eu o desse.
Hesitei. Meu estômago se contorcia de ansiedade e incertezas. Por mais que eu quisesse aquela putaria; por maior que fosse o tesão, eu tinha medo de que tornar meus desejos realidade arruinasse com nosso relacionamento.
Só que era tarde para voltar atrás.
Fui ao banheiro. Mijei. Enrolei lá dentro por quase dez minutos. Da sala, eu não escutava nada além da música. Meu coração disparou e eu tremia e suava frio. Parecia que eu ia morrer de expectativa. Meu pau e minhas bolas doíam, tamanho o tesão que eu sentia.
Quando voltei, Cícero estava sentado no colo do meu marido. Ele rebolava devagar em cima daquela pica que, por anos, foi só minha, e eu pouco aproveitei. Eles se beijavam, famintos, vorazes. Devoravam-se, mordiam-se, lambiam-se. Sedento pelo meu homem, Cícero passava as mãos por seu peito suado e cravava suas unhas longas em sua pele, marcando-o. Apertando meu pau duro, voltei ao lugar que me cabia, na braçadeira do sofá. Quando me viu, Cícero esticou o braço e tentou me puxar. Eu o repeli e ele me olhou por um instante, temendo que eu não tivesse gostado do que via. Com um aceno de cabeça, fiz ele entender que ambos poderiam continuar.
E continuaram.
Beijaram-se por um bom tempo naquela posição. Ambos roçavam e pressionavam seus corpos um contra o outro. Ivan puxava a cintura de Cícero para baixo e movia seu quadril para cima, doido para sentir com a pica o rabo do seu putinho. Sem nem registrar minha presença, meu marido beijou o pescoço do meu amigo e lambeu, chupou e mordeu os peitinhos dele, que, com esse estímulo, começou a gemer alto e a falar palavrões.
Ficaram por um tempo na pegação. Mais tarde, Ivan mandou que Cícero ficasse de joelhos no chão. Sem cerimônia, botou a pica para fora, pela lateral do short e botou sua putinha para mamar. Ambos se acabaram. Sedento, Cícero engoliu o pau do meu marido até a garganta, sem reclamar, e então esfregou o rosto naqueles pelos que eu sabia que tinham um cheiro delicioso de macho.
Cícero se acabou de tanto chupar Ivan. Ora ele mamava com vigor, ora passava a língua, da base até a cabeça e vice-versa; sempre olhando nos olhos de Ivan, que xingava, louco de desejo, e segurava a cabeça do seu viadinho contra sua pica até ele ficar sem ar e engasgar.
Eu tinha que tomar cuidado com a punheta. Estava prestes a gozar e ainda tinha muito o que assistir daquela foda gostosa. Queria aproveitar a noite até o fim. Afinal, aquele presente de casamento também era meu.
Depois de deixar bem molhada a pica do meu marido, Ivan mandou que seu amante ficasse em pé. De repente, abaixou sua cueca até o chão. Em seguida, também ficou de pé e ordenou que Cícero ficasse de quatro no sofá, bem de frente para mim. Era a primeira vez que víamos seu bundão imenso, gostoso, perfeito, e com marquinha de sunga. Uma delícia. Ivan soltou uns palavrões só de ver aquela perfeição e abriu o rabo do meu amigo bem na minha frente, revelando aquele cuzinho pequeno, lindo, perfeito e sedento por rola de macho.
Ivan meteu a cara naquele bundão. Beijou, linguou, chupou, mordeu, deu tapas até ficar vermelho. Cícero gemia feito uma cadela no cio e implorava pela pica do meu homem dentro dele. Mas Ivan não tinha pressa e me obrigou a assistir ele se deliciando com a boca no cu de outro cara. Era o meu castigo por privá-lo de sexo por tanto tempo.
Meu pau, todo babado, já estava para fora da cueca fazia tempo. Mesmo sem tocá-lo, senti que ele poderia explodir em uma tremenda gozada a qualquer momento.
Chegou, então, a hora. Ivan puxou Cícero para nossa cama e eu fui atrás. Lá, meu marido foi até nosso armário, abriu-o e pegou uma camisinha. Fui até ele e tirei-a de sua mão.
— Quero te ver engravidar seu namoradinho.
Ele sorriu, sacana e satisfeito. Então, posicionou Cícero de quatro novamente, ajoelhou-se atrás dele e enfiou a pica no cuzinho macio e quentinho do putinho. Era a primeira vez em sete anos que meu marido sentia outro cuzinho. Ou, ao menos, eu acreditava que sim.
Ivan começou metendo devagar. Aos poucos, foi aumentando a força e a velocidade das estocadas. Então, meteu pra valer. Aquele foi o principal momento em que eu soube que não existia mais para os dois. Ora Ivan arrombava sem dó o cu de Cícero, ora Cícero rebolava com o pau de Ivan inteirinho dentro dele. Vez ou outra, Ivan parava de meter, gemia, e chamava Cícero de safado e de outros nomes. Tive certeza de que o puto estava apertando a pica do meu marido com seu cuzinho apertadinho e delicioso.
Meteram por uma hora. Aproveitei a ocasião e tirei muitas fotos e fiz alguns vídeos. Não sabia que era possível enlouquecer de tesão. Mas foi o que quase aconteceu comigo quando vi de perto o pau grosso do meu marido entrando e saindo com tudo daquele viadinho sacana.
Meteram de todo jeito; de quatro, de frango assado, de ladinho, e claro, Cícero sentou e cavalgou incansavelmente no pau de Ivan, até que ambos ficassem sem ar e pingando de suor. E, enquanto metiam, gemiam e falavam muita putaria.
Era a coisa mais deliciosa que já tinha acontecido em toda minha vida.
Quando os dois já não aguentavam mais, Ivan puxou Cícero pelas pernas até a ponta da cama, botou ele de frango assado, deu seis estocadas ritmadas e fundas no cu do menino e urrou tão alto que tive medo dos vizinhos escutarem.
Meu marido tinha acabado de jorrar seu leite dentro do cuzinho de outro.
Logo depois, Cícero gozou na punheta, sorrindo, safado, e enfim olhando para mim, como se tivesse acabado de me derrotar e de me humilhar.
E humilhou, mesmo.
E também me fez gozar sem tocar no meu pau.
Sem fôlego, ambos se jogaram na cama, exaustos e satisfeitos.
E eu, como o corno manso que sou, servi água gelada para os dois.
Enfim leves, fomos tomar banho, um de cada vez. Enfim limpos, nos deitamos, pelados, na cama; Ivan no canto, Cícero no meio, e eu na ponta. Já mais quietinhos, ligamos a TV e papeamos mais um pouco, até que o sono bateu e apagamos todos.
Eram umas seis e pouco quando fui acordando algumas vezes e voltando a dormir. Algo me incomodava e atrapalhava meu sono. Havia movimentos na cama. Bêbado e exausto como estava, demorei a perceber o que estava acontecendo, até despertar de vez e entender: Ivan e Cícero estavam fodendo de novo; gemendo baixinho e sussurrando putarias um para o outro.
Não abri os olhos e permaneci imóvel. Não queria que eles percebessem que eu estava prestando atenção nos sons de beijos, de metidas, de respiração ofegante e de um chamando o outro de gostoso. Também ouvi quando Cícero pediu leitinho e meu marido gozou dentro dele outra vez enquanto dizia “toma, toma, toma”. Quando acabou, senti os dois se afastando e ouvi suas respirações se acalmarem até que virassem roncos baixos. Dormiram.
Somente então abri os olhos.
Meu marido e seu namorado dormiam abraçados.
Sozinho, bati uma punheta e dei uma das melhores gozadas da minha vida.
Depois dessa noite, seguimos a vida normalmente. Cícero e eu pouco tocamos no assunto nos dias que se passaram. Ele continuou me contando sobre suas aventuras com outros homens, e, quase sempre que saíamos juntos, nossas noites acabavam numa putaria gostosa lá em casa. A cada vez, fui melhorando meu papel de corno manso e auxiliava no que podia para que Ivan e seu namorado fodessem a noite inteira. Às vezes, eu mamava Ivan e chupava o cuzinho de Cícero; deixava os dois molhadinhos para meterem gostoso.
Foram muitas as vezes em que Cícero deixou nossa casa com o leite do meu marido escorrendo pelo seu rabo. Foi um tempo delicioso, até que meu amigo foi desligado do hospital e, com o tempo, foi parando de sair com a gente.
Só que as coisas entre Ivan e eu tinham mudado de um jeito irreversível. Meu marido já tinha pego o gosto de comer outro cu. Mais do que isso, ele pegou tesão por me trair e por me humilhar, pois descobriu que se casou com um corninho manso e submisso que vai fazer todas as suas vontades e suportar todas as suas traições sem reclamar, e com um sorriso no rosto.
Nossas fodas melhoraram muito. Ainda assim, muitas vezes eu negava cu para Ivan apenas para ver ele ir procurar lá fora, coisa que ele foi fazendo cada vez mais, com menos pudor e nenhum arrependimento por ser infiel a mim.
Ivan sequer fazia questão do meu cu. Ele queria era caçar outros cuzinhos. Isso quando não era eu que achava algum passivo safado para ele foder. Quando não conseguíamos ninguém, eu mamava ele e pedia para que pensasse em outro cara, até que ele gozasse na minha boca. Ou, então, eu pedia para ele me comer chamando pelo nome de outro. Eu era apenas um estepe, um prêmio de consolação. Seu prazer verdadeiro era com seus amantes.
Depois do Cícero, muitos outros caras passaram pela nossa casa. A maioria deles tão puto quanto nosso primeiro visitante. Alguns adoravam me humilhar e me fazer de empregado deles. Às vezes, Ivan me botava para fora do quarto e me obrigava a ficar deitado no sofá, apenas escutando os gemidos dele comendo algum passivo muito mais gostoso do que eu. Às vezes, também, eu era obrigado a engolir a porra que escorria do cu arrombado do amante da vez do meu marido. Mas o que Ivan mais gostava de fazer era me obrigar a assistir as trocas de carícias, os beijos e os abraços que troca com seus rapazes após o sexo. Até hoje, ele sempre dorme agarradinho com eles. Eles adoram meu marido. A maioria deles não gosta de mim ou pouco se importam com minha presença. Alguns deles sequer olham para minha cara quando deixam o quarto, pelados, com o pau melado de porra, para ir ao banheiro se limpar.
A mim, só restam as punhetas solitárias no sofá.
Hoje, meu marido trouxe seu novo namorado para dormir com ele em nossa cama. Estou sozinho no sofá. Sei que eles foderam a noite toda e agora estão dormindo, aninhados um ao outro. E eu estou aqui, no lugar que me cabe nessa nova fase da nossa relação.
Nunca fomos tão felizes como somos hoje.
Nunca gozamos tanto, juntos ou separados, como hoje.
E nosso relacionamento nunca foi melhor.