Prazer além das cortinas (5)

Um conto erótico de Jotha Elle
Categoria: Heterossexual
Contém 1307 palavras
Data: 24/04/2024 22:01:41

Ana passou a noite praticamente em claro, perdida em seus pensamentos após os momentos de loucos amores vividos com Regina. Seu coração ainda acelerado e sua pele ainda arrepiada pela lembrança do toque de Regina, mas sua mente estava tomada pela preocupação.

Nunca antes Ana havia ido para a cama com uma mulher, e a incerteza sobre como Regina reagiria ao que aconteceu a consumia por dentro. Será que ela se arrependeria daquela noite de paixão, que julgamento ela estaria fazendo dela?

Mal o dia havia raiado e Ana já escrevia uma mensagem para Regina. “Miga, você está? Devo confessar que não dormi pensando em tudo o que aconteceu ontem” escreveu Ana, porém sem clicar no botão enviar.

Regina também estava acordada, com o celular na mão e com o Whatsapp aberto na conversa com Ana. O status do aplicativo mostrava: “Ana está escrevendo”. Cada segundo que passava consumia Regina. Imaginava que Ana estava escrevendo um textão, indignada com tudo que aconteceu, chamando-a de sapatão. “Putz eu não sou lésbica!” dizia pra si mesma

.

O coração de Ana parecia querer saltar do peito a qualquer momento. Hesitante, mandou a mensagem para Regina, preparada para enfrentar o que quer que viesse pela frente.

Regina leu a mensagem, mas não conseguia saber se a noite em claro foi por causa das boas lembranças ou por arrependimento de ter transado com ela.

Alguns segundos depois Regina respondeu: “Tô bem querida, um pouco com dor de cabeça, foi os whiskies que tomamos ontem, rsss. E você como está?”

Status do aplicativo: Ana está gravando um áudio. Na gravação sua voz era aflita e carregada de ansiedade: “Desculpe Regina, não sei se te constrangi, com tudo que aconteceu, eu nunca (fez uma pausa na gravação, dava pra ouvir sua respiração descompensada), me desculpe”. Ia deletar a gravação, mas o nervosismo fez ela clicar em “enviar” por engano.

Regina ouviu a mensagem e colocou no rosto um leve sorriso de satisfação. “Pare com isso Ana, fui eu que comecei a te carinhar e te envolver, se alguém tem que pedir desculpas sou eu. Na verdade eu gostei muito de tudo aquilo ", escreveu Regina.

Ao ler aquelas palavras, todas as preocupações de Ana se desvaneceram, dando lugar a uma sensação de alívio.

Regina mandou mais uma breve mensagem para Ana: “Vamos trabalhar então, à noite conversamos. Tudo bem? “Ok, combinado” respondeu Ana.

No escritório, Ana sentia como se o tempo tivesse congelado. As horas arrastavam-se lentamente, enquanto sua mente vagava em um mar de pensamentos tumultuados. Por um lado, ela se afundava na doce lembrança dos beijos de Regina, cada toque, cada suspiro ainda fresco em sua memória. Por outro, uma sensação de culpa e medo a assombrava, fazendo-a questionar se havia ultrapassado limites.

Enquanto isso, Regina parecia estar em paz no trabalho. Segunda-feira, é dia de reunião de gerentes em sua empresa, e ela estava lá, presente fisicamente. No entanto, sua mente viajava para longe, mergulhada nos pensamentos sobre Ana. Cada palavra, cada gesto trocado entre elas ecoava em sua mente, alimentando uma chama que ardia cada vez mais forte. Era puro tesão e desejo!

Na reunião de gerentes da empresa de Regina, o senhor Eduardo, o superintendente, também estava presente. De vez em quando, seus olhares se encontravam com os dela, carregados de um desejo evidente. As lembranças das boquetes de Regina eram recorrentes na mente dele.

Faltavam apenas 5 minutos para o término do expediente e Ana já estava na rua, apressada em direção ao metrô. Seu coração batia acelerado, ansioso para chegar logo em casa. Ao chegar lá, ela tomou um rápido banho e então se postou ao lado do telefone, cada segundo parecendo uma eternidade enquanto aguardava ansiosamente por uma mensagem de Regina.

A reunião de gerência tinha se estendido mais do que o previsto, e Regina estava ansiosa para sair dali. No entanto, o senhor Eduardo, insistiu que ela ficasse para o happy hour. Ela não podia simplesmente recusar, afinal, seria uma oportunidade importante para fazer contatos e impressionar as pessoas certas. Regina tentava disfarçar sua impaciência enquanto participava da conversa superficial e sorria para os colegas.

Finalmente, após uma espera que pareceu durar uma eternidade, o telefone de Ana piscou com uma notificação. Com o coração na boca, ela abriu a mensagem de Regina, que dizia que esteve presa no happy hour, mas que já estava de saída.

“Quando chegar em casa te aviso”, escreveu Regina. “Tá legal”, respondeu Ana, escrevendo apenas duas palavras, para não deixar transparecer a sua ansiedade.

Já passava das 20 horas quando chegou a notificação que a Ana tanto aguardava.

“Tô em casa amiga, quer vir aqui?” escreveu Regina. “Oi miga, tudo bem? Só estou terminando uma coisa aqui, já chego’, escreveu Ana tentando disfarçar sua ansiedade. Na verdade, quando ela clicou em enviar a mensagem, já estava do lado de fora do apartamento. Desceu a escada e rapidamente estava na porta do apartamento de Regina. Contou até 30 antes de tocar a campainha.

Antes de avisar Ana que tinha chegado, Regina já estava preparada para recebê-la. Acabara de sair do banho, com seus cabelos ainda úmidos e levemente penteados. Vestia apenas uma camiseta que chegava até próximo do joelho. Seu tecido fino deixava transparecer seus mamilos eriçados, era pura excitação.

A campainha tocou e Regina estava próxima da porta, no entanto afastou-se para conter seu ímpeto de abrir a porta instantaneamente. Foi até a mesinha da sala e acendeu um incenso. Sentiu o aroma por alguns instantes, passou uma colônia suave pelo corpo e foi abrir a porta.

Com a porta entreaberta, Regina mostrou só sua cabeça para fora. “Vem” disse ela, pegando Ana pela mão e puxando-a para o interior do apartamento. Ambas tinham preparado muito o que dizer naquele momento, mas se calaram. Sentadas no sofá, ainda de mãos dadas, apenas olhavam-se. Ana fez o primeiro movimento, com a ponta dos dedos tocou o ombro de Regina, deslizando até seus mamilos, acariciando aqueles botões, que parecia que iam furar o tecido da camiseta que Regina vestia, de tão rígidos.

Regina suspirou de prazer e fechou os olhos por alguns instantes saboreando aquele doce momento. Seus lábios se encontram num beijo suave que logo se tornou ardente. Ana se deixou levar pela volúpia, beijando o pescoço e a nuca de Regina, que gemia de prazer. Ana rapidamente despiu Regina e a acomodou entre as almofadas do tapete. Vindo por cima de Regina, que estava de pernas abertas, Ana controlava as carícias que estavam fazendo Regina delirar. Beijava seus seios, mordiscava os mamilos, fazendo Regina se contorcer de tesão. Sua boca percorreu o corpo de Regina, que foi à loucura quando Ana começou a chupar sua buceta. Os gemidos incontidos de Regina ecoaram para além daquele apartamento, quando ela gozou.

Ela puxou Ana para perto de si e beijaram-se com entusiasmo. Encaixaram suas coxas e se entregaram ao êxtase da paixão, dançando na intimidade de seus corpos como se fossem uma só.

Cansadas e extasiadas se questionavam, cada uma com seus pensamentos, onde isso ia chegar. Nuas, deitadas sobre o tapete, apenas se olhavam, sem palavras ditas, apenas gestos delicados.

Não havia nada a dizer, estavam felizes assim.

Chegou uma mensagem no celular de Ana. “Meu marido” disse ela apreensiva.

“De novo!” Exclamou Regina descontraidamente. “Ontem seu cara também te mandou uma mensagem logo depois que nós tínhamos transado. Ainda bem que ele não é “empata”, riu Regina. “Ainda bem que ele avisa, sempre, que está vindo, se não estaria em apuros” enfatizou Ana, que se vestiu, se preparando para ir embora.

“Deixe seu cara e vem morar comigo” disse Regina aos risos.

Depois de um beijo com ternura, Ana partiu.

……..

Continua

Veja os outros contos da série:

Título: Prazer além das cortinas

Título: Prazer além das cortinas (2)

Título: Prazer além das cortinas (3)

Título: Prazer além das cortinas (4)

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