No calor de Pernambuco - Parte 1

Um conto erótico de 50ãoRala&Rola
Categoria: Homossexual
Contém 2880 palavras
Data: 04/04/2024 17:48:06
Assuntos: Coroa, Gay, Homossexual, maduro

Nasci em Recife e tive uma boa infância, meu pai era funcionário da prefeitura e minha mãe era costureira. Sou mais velho dos cinco filhos que eles tiveram e nossa vida foi muito boa até que o destino levou meu pai num acidente de carro, quando minha mãe estava grávida do meu irmão caçula. Foi algo muito triste e que mudou totalmente a nossa vida. Minha mãe resolveu voltar para sua cidade natal, São Lourenço da Mata, que fica no interior de Pernambuco às margens do rio Capibaribe, há uma hora de Recife e onde tínhamos uma pequena casa que foi a primeira residência do casal.

Eu estava com 16 anos na época, havia terminado meus estudos básicos e precisava de um emprego para ajudar em casa. Minha mãe costurava o dia todo e minhas duas irmãs de 14 e 12 anos cuidavam da casa e dos outros irmãos menores.

Era uma vila humilde e morávamos próximos da linha do trem onde havia uma igreja simples mas bem-organizada, com uma pequena pracinha, que era o ponto de encontro com os amigos. Uma molecada da minha idade, porém muito rebelde, A maioria deles praticamente não estudou e levavam uma vida de malandragem. Minha mãe não gostava que eu andasse com eles e eu tentava obedecer, mas acabava por cruzar com eles na praça e conversávamos algumas coisas.

Naquela idade os garotos só queriam falar de sexo e eu não me sentia muita confortável com esse assunto, pois eu não tinha experiência nem conhecimento sobre isso. Eram histórias e mais histórias de encontros furtivos, sexo com garotas desconhecidas e outras situações que pareciam fantasiosas. Quando eu curiosamente perguntava algo sobre a garota com quem um deles tinham feito sexo, ele desconversava e se eu insistisse se irritavam retrucando que eu era muito curioso ou que eu estava duvidando, chamando-o de mentirosa etc. Eu achava que tudo aquilo era somente para demonstrar sua masculinidade e não criava nenhuma confusão por causa disto.

Outro assunto que sempre surgia era masturbação, eles diziam que não se masturbavam mais pois já eram “homens“ e que “punheta“ eram coisa de criança. Eu não dizia nada pois eu me masturbava, e muito! Entre esses moleques também era comum as histórias de homens que pegavam meninos da nossa cidade à força e os estupravam e, de vez em quando, apontavam algum homem que estava passando pela rua e diziam: “aquele ali pegou o Zezinho e o pai dele teve que levá-lo para morar com a avó”, ou “o Tião nega mas o velho da Rua Esperança comeu ele à força e falou que, se ele contasse para alguém, ele o mataria de pancada”. Eu questionava quem era esse Zezinho e ninguém sabia pois havia ouvido história de alguém. O “Tião” era o “filho da amiga da vizinha da minha tia” que ninguém conhecia. Eu desconfiava mas ficava o alerta pois eu não deveria ficar sozinho com um homem e “virar estatística”.

Naquela idade, eu ainda não sabia o que queria. Eu achava algumas meninas bonitas e tinha vontade de beijá-la, acariciá-las e namorar,... Mas eu também notava alguns homens, principalmente aqueles maiores, fortes e com uma idade mais avançada e eu tinha vontade, também de beijá-los e abraçá-los, sentindo seus músculos e seus pelos contra o meu corpo…

Aos 18 anos aconteceu a situação que mudou a minha vida. Eu estava, novamente, desempregado pois os trabalhos que eu arrumava eram sempre temporários e, depois de um tempo, eu tinha que procurar outra coisa para fazer. Não tinha medo de trabalho e nem de esforço física, fazia tudo que me mandavam rapidamente e bem-feito, tanto que meus ex-patrões me chamavam novamente sempre que aparecia algum serviço. Eu dava o dinheiro para a minha mãe que separava alguns trocados que me devolvia para eu comprar alguma coisa para mim. Mas eram apenas trocados que eu gostava com sorvete que, na época se traduzia por picolés de frutas da região, feitos artesanalmente. Pois bem, apareceu um vendedor de picolé no bairro, ele vendia os picolés em uma caixa de isopor preso à sua bicicleta e tocava uma sineta para atrair os clientes, crianças na maioria das vezes. Eu, com certeza, era o mais velho cliente que ele tinha ali no bairro e, desde a primeira vez que eu comprei sorvete, notei os olhares dele para mim, com um sorriso malicioso e uma expressão em seus olhos que me miravam da cabeça aos pés. Aquilo mexeu comigo, pois eu também o achei atraente: ele era claro de pele, cabelos claros e encaracolados, começando a ficar grisalhos e um bigode grosso e bem aparado. Ele tinha 1,75m e pesava uns 90 kg com uma barriguinha saliente, com braços e pernas grossas e musculosas, pessoas como ele eram descendentes dos invasores holandeses que espalharam seus genes pelo estado. Ele usava uma camisa azul clara com mangas curtas e uma calça social bege que combinava com os seus sapatos de couro preto. Eu achava que ele estava muito bem vestido para quem vendia sorvetes mas, obviamente, não questionei isso por educação.

Na primeira vez que eu o vi, ele perguntou se eu queria um picolé e eu disse que não mas agradecia por ele ter perguntado. Ele colocou um grande sorriso no rosto e avisou que sempre me perguntaria por que ele achava que, quando eu experimentasse seu picolé, eu iria gostar muito… Não sei se era uma indireta mas, como eu fiquei muito interessado por ele, eu o esperei no dia seguinte até que ele aparecesse porém, desta vez, com alguns trocados no bolso, pronto para comprar um sorvete. Eu estava na pracinha da igreja sozinho quando ele passou e perguntou se hoje eu iria comprar o sorvete e eu disse que sim, perguntando quais eram os sabores dos picolés. Ele abriu um grande sorriso e falou que tinha muito sabores mas ele tinha certeza de que eu iria gostar de graviola, pois “você tem cara de quem gosto de graviola”. Eu ri e disse que era verdade, peguei o picolé que estava dentro de um saquinho plástico e dei uma lambida enquanto ele me observava. Disse a ele que, realmente, estava muito bom e ele, com uma cara safada retrucou que eu deveria enfiar o picolé inteiro na boca para sentir o sabor invadir e meu paladar apreciá-lo por inteiro e eu, meio que hipnotizado, enfie o picolé todo na boca apertei os lábios contra o sorvete e puxei para fora mantendo uma boa parte do suco dentro da boca. Engoli e respondi que, realmente, era muito bom ter aquele picolé todo dentro da boca. Não sei de onde saiu isso mas a minha libido estava bastante elevada...

Ele disse que adorou me ter com o cliente e adorou a forma com que eu “chupava o picolé dele” e disse que iria passar na praça todo dia, sempre no mesmo horário, pois aquela hora do dia era muito tranquila e que ele aproveitaria para conversar comigo na próxima vez. Percebi que houve toda uma troca de palavras com segundas intenções, eu não sabia exatamente o que estava acontecendo mas eu fiquei muito excitado com aquela situação, fui para casa chupando o picolé e, ao terminar, entrei no banheiro e me masturbei com força e gozei muito…

No dia seguinte, fui novamente até a praça na expectativa de encontrá-lo. Ele chegou praticamente no mesmo horário e se aproximou do banco em que eu estava sentado segurando sua bicicleta, usando a mesma roupa do dia anterior. Perguntou que sabor eu queria experimentar hoje e eu agradeci dizendo que hoje eu não poderia comprar pois estava sem dinheiro, ele abriu aquele sorriso enorme e disse não tinha problema pois ele queria saber a minha opinião sobre os demais picolés que ele tinha. Então ele tirou da caixa de isopor um picolé e pediu para eu experimentar. Desta vez nem dei a lambida, enfiei o picolé todo na boca e chupei com força e o puxei para fora como da primeira vez, dizendo “é de cajá!“ ele riu e bateu palmas dizendo “bravo!“. Então começamos a conversar.

Ele disse que ele está entregando pessoalmente os picolés pois ele queria conhecer aquela vila porque nenhum vendedor passava por lá. Ele falou que era dono da fábrica de sorvete, Eu fiz uma cara de surpresa mas ele riu dizendo que eu podia me acalmar pois era uma pequena fábrica de sorvete e o lucro mal dava para ele pagar as contas do mês. Notei que ele tinha uma aliança e perguntei quantos filhos ele tinha e ele falou que tinha duas meninas e um menino. Estava gostando da conversa, ele era uma pessoa muito agradável e eu falei que iria esperar por ele amanhã para continuar a conversa e, desta vez, teria algum dinheiro no bolso. Ele fez uma cara desolada e falou que, a partir de amanhã, viria um vendedor no lugar dele pois ele já ficou mais tempo do que deveria ali e que ele só ficou todo esse tempo por causa de mim. Eu fiz um olhar curioso e ele falou que, não sabia por que, mas ele estava muito atraído por mim...

Eu fiquei surpreso mas, lembrando das conversas dos moleques, eu disse que eu não era esse tipo de pessoa e ele, então, se desculpou dizendo que não queria me ofender, mas que pensou que eu também estava atraído por ele. E eu concordei sem pensar duas vezes, Falei que sim, que eu nunca senti por alguém o que eu senti por ele mas que eu não sabia explicar o que era aquilo e que, realmente, fiquei muito triste em saber que não o veria mais. Ele olhou diretamente para mim durante alguns segundos, seus olhos penetraram os meus e, finalmente, ele falou “que tal eu voltar aqui no final do dia e a gente termina essa conversa?“ Eu concordei e falei que às 18 horas eu estaria lá novamente.

No horário combinado eu fui até a pracinha e ele já estava lá, ansioso, em pé segurando a bicicleta com a mão, ele estava usando uma calça preta e uma camisa de manga comprida bordô, ele tinha tomado um banho e penteado os cabelos. Ao me ver ele começou a levar a bicicleta pelo trilho de trem até atrás da igreja, Uma área isolada. Eu fiquei um pouco preocupado mas me enchi de coragem e o segui, quando eu cheguei atrás da igreja a bicicleta estava apoiada na parede e ele estava em pé ao lado da mesma. Eu fui até ele e ele segurou meus braços carinhosamente, ele estava usando uma colônia masculina muito elegante, me olhou fundo nos olhos e me deu um beijo na boca, algo que eu nunca tinha experimentado. Ele, então, m alertou que tínhamos pouco tempo, alguém poderia nos ver mas que ele precisava trocar esse carinho comigo e eu, calmamente, concordei e ele pegou minha mão esquerda e a levou até o meio das suas pernas. A calça ela larga e folgada mas eu pude sentir seu pênis duro levantando a calça. Fiquei um pouco assustado mas o apertei para senti-lo, pois eu nunca havia feito isto. Ele começou a respirar forte e movimentar a minha mão enquanto me segurava pela cintura com seu braço e mão direito. Naquela posição, estávamos como duas pessoas em pé encostado na parede conversando. Claro que era uma postura suspeita, num lugar suspeito mas não havia algo explícito aparentemente acontecendo e eu continuei a massagear seu membro sentindo seu tamanho, sua grossura e apalpando o seu saco que tinha duas bolas grandes.

Acontece que isto não foi o suficiente para ele e, soltando a minha mão que continuou a massagem como se ainda continuasse presa e abriu a sua calça tirando seu pênis para fora. Eu levei um susto e quis me afastar mas ele olhou com um olhar de súplica e pediu, por favor, que eu o tocasse mais um pouco pois estava muito bom. Eu não resisti a aquele olhar e comecei a masturbá-lo com pressa, tentando terminar logo aquilo e sair dali. Ele colocou sua mão direita na minha bunda e começa a acariciá-la forçando seu dedo sobre meu ânus. Foi uma coisa deliciosa e por um momento esqueci de tudo e fiquei sentindo a mão dele no meu traseiro enquanto massageava seu mastro, pensando como seria bom colocar seu membro na minha boca e chupá-lo como um picolé e até, por que não, senti-lo no lugar do seu dedo, cutucando meu traseiro. Até que escutamos uma voz gritando o que estávamos fazendo ali, levamos um susto e ele, muito mais experiente que eu, fechou sua calça, pegou sua bicicleta e saiu pelo lado oposto da voz e se foi.

Eu fiquei sem ação e continue ali parado, congelado. Nisto três dos moleques da vila se aproximaram de mim dizendo: “é o Bento! Ele estava batendo punhetas para aquele cara. Quem é ele Bento? É o sorveteiro?“ Nisso o outro falou que não era o sorveteiro pois o sorveteiro usava sempre a mesma roupa e aquele cara estava com uma roupa diferente, e que a bicicleta não tinha a caixa de isopor. Eu disse que era um dos meus patrões que estava me contratando para um serviço, que era sigiloso e por isso conversávamos ali… Ele levou um susto e correu achando que era um assalto. Eles retrucaram, disseram que eu estava mentindo, que eu estava “dando“ para aquele homem e, se eu não dissesse a verdade, eles iriam me dar uma surra. Nisto eu me irritei, falei que eles estavam loucos, que não era nada disto e que eu não ia ficar lá para ouvir bobagem e comecei a me afastar, mas um deles me segurou pelo braço dizendo “você não vai para lugar nenhum!” e eu, sem pensar duas vezes, dei um soco em sua cara e sai correndo, mas os três correram atrás de mim. Eu sabia que, ao dar um murro na cara de um deles, eu estava assinando a minha sentença de morte e o que me restava fazer era correr para salvar a vida.

Nem pensava para onde ir, somente corria. Cruzei a rua Nova Esperança, entrei na Manuel Correia e fui pelas ruas e pelos terrenos vazios até alcançar a avenida Duque de Caxias. Ali eu já estava totalmente sem fôlego e eles, que haviam me perdido durante um tempo, começaram a se aproximar. Então eu vejo um senhor grande e forte, um tanto gordo que puxava uma carroça cheia de coisas velhas. Ele usava uma camiseta sem manga que deixava ver os seus braços e peitos peludos e uma calça feita com uma espécie de malha grossa que grudava em seu corpo e que deixava ver sua mala avantajada. Eu corri em sua direção e pedi, pelo amor de Deus, para ele me ajudar e ele não pensou duas vezes e se coloca à frente de mim fazendo com que os moleques parassem à sua frente, falando para ele sair do caminho e o chamando de velho. O homem, com muita calma, perguntou o que eu havia roubado deles e eles disseram que nada, mas que eu dera um soco na cara do seu amigo. O senhor olhou para mim e perguntou se eu havia socado o rapaz e eu disse que sim, mas porque eles queriam me agredir e eu fiz aquilo para escapar. O homem, calmamente se volta para os três moleques novamente e pergunta porque eles queriam me bater e eles falaram que eu era um “viadinho” e que me pegaram “dando” para um homem, eu interrompo dizendo que eles estavam mentindo. Ele, então, faz uma cara de irritação e pergunta aos moleques o que eles têm a haver com o fato de eu estar, ou não, com um homem e o mais velho dos três manda o senhor sair da frente e não se intrometer em seus assuntos. Então, sem ninguém esperar o senhor dá um soco no rapaz que o enfrentou, que cai sem saber o que lhe aconteceu. Os outros dois saem em disparada.

O homem pede para o dono do bar quase em frente ao incidente cuidar de sua carroça e pede para eu levá-lo até a minha casa. Eu estava muito assustado e não sabia se devia fazer isso mas, sem muito pensar, obedeci ao comando e fui caminhando até a minha casa. Ele nada falava... Chegamos à minha casa, ele pede para chamar meu pai e eu digo que só tenho mãe e vou chamá-la. Ele conta uma parte da história para minha mãe, sem citar o homem que estava comigo e dizendo que eu teria problema em continuar ali, pois aqueles moleques eram muito violentos e iriam tentar se vingar. Minha mãe começou a chorar e falou que não sabia o que fazer e ele disse que, se ela permitisse, ele me levaria com ele, me daria alojamento e trabalho e, quando tudo se acalmasse, ele me traria de volta. Além disto ele passaria na minha casa periodicamente para trazer notícias. Não tendo uma alternativa, a minha mãe concordou e me mandou pegar algumas roupas e seguir com aquele senhor. Ele finalmente falou seu nome: “meu nome é Tomás, Tomás Setúbal”. Desta forma começou uma nova fase em minha vida.

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Comentários

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Rapaz, um conterrâneo de São Lourenço!!! Acho que conheço essas ruas, morei perto já na beira da linha!!! Massa sua história!!

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Não conheço São Lourenço, mas sou do Recife.

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