CAPITULO 11 – FINAL
Cerca de 3 horas após eles saírem Raquel retorna sozinha ao casarão. Adentra aquela sala suando a beça, vermelha feito um pimentão e com cara de que visivelmente chorou muito. Evidentemente que pergunto a ela o que houve.
Preciso tomar um banho.
Raquel sobe para o quarto indo direto para a banheira de hidromassagem ligar a mesma. Eu vou atrás dela e me sento na borda da banheira aguardando explicações sobre o que tinha acontecido. Ela demora um pouco para começar a falar, parecendo tentar organizar sua mente sobre como começaria o assunto.
Bom... Eu estava brava com você. Você deveria ter insistido em me acordar para o passeio ou então na pior das hipóteses ter ficado comigo dormindo ao meu lado. Era isso que eu esperava do meu marido. Acordei-me e não havia ninguém em casa e nenhum bilhete. Evidentemente deduzi que você havia saído sem mim.
O índio chegou mais cedo que o previsto, então eu decidi te dar o troco. Evidentemente que minhas intenções eram transar com ele sem sua presença, exatamente como você fez em relação a mim.
Ele me colocou a sua frente no cavalo e saímos para o passeio. Percebi que quando o cavalo galopava, minha bunda ficava roçando no seu pênis e não demorou muito para ele ficar duro ao se esfregar em mim. Eu não pensei duas vezes em me aproveitar daquela situação. Eu acabei saindo da posição em que estava a frente dele, passando a ficar sentada em seu colo. Introduzi seu pênis dentro de mim e voltamos a andar com o cavalo. A cada galope que o cavalo dava eu kikava sobre seu pênis. Não vou negar que aquilo estava bem gostoso. Acho que o índio também estava gostando porque ele começou a andar de cavalo e não parou mais. Ele ficou um bom tempo andando pela fazenda a cavalo comigo ao seu colo kikando sobre ele a cada galope.
O problema é que durante o trajeto, fomos abordados por uma mulher a cavalo que começou a me xingar horrores. Compreendi então que se tratava de sua esposa. Fomos obrigados a parar e descer dos cavalos, ela tentou me agredir e foi contida pelo índio. Ele subiu de volta ao cavalo e saiu arrastando ela pelos cabelos como se fosse um animal. Eu me senti muito mal com aquilo, pois ela não tinha feito nada de errado para ser tratada assim. A única culpada de tudo era eu que estava fazendo o papel de uma vagabunda transando com um homem casado.
Acabei voltando a pé para casa sob sol escaldante e refletindo sobre tudo isso que tinha acontecido. Devo ter caminhado por quase 2 horas.
Matheus eu acho que esta na hora de pararmos com isso. Em nome da curiosidade e do fetiche nós iniciamos algo e agora percebo que atravessamos a linha. Nós nos transformamos em nossos personagens eróticos. Eu virei uma vagabunda e você uma bixa. Veja bem, não estou te culpando de nada, pois entendo que fui eu que comecei tudo isso. Mas agora esta na hora de parar. Quero poder voltar a me olhar no espelho e saber que sou uma mulher de valor, uma mulher digna e não uma meretriz. Quero poder olhar para você e enxergar o homem pelo qual me apaixonei e não um veado afeminado entende?
Entendo Raquel e lamento pelo que tenha acontecido lá no campo. Mas... Você entende que recebemos uma proposta de trabalho que pode mudar o nosso patamar financeiro e, portanto nossas vidas?
Matheus eu acho que isso não será possível. Tonhao e sua esposa vão para a nova fazenda, como você acha que vai ser para mim depois de tudo que aconteceu? Eu corro até risco indo para lá. Vamos voltar a nossas vidas como antes. Vamos esquecer isso tudo que fizemos aqui e deixar para trás. Eu quero minha vida de volta como era antes.
Aquela conversa de Raquel soou como uma bomba para mim. Eu tinha recebido uma proposta de trabalho tentadora que iria me levar a outro patamar financeiro. Tinha conhecido um lado de minha personalidade do qual eu nem sabia que existia e tinha experimentado o prazer e o erotismo a níveis que nunca havia atingido em toda minha vida. E tudo isso estava indo água abaixo por uma trepada mal dada dela com o índio. Eu tinha que pensar a respeito de tudo. Era necessário tomar uma decisão. Mas qual seria? Eu amava Raquel com todas as minhas forças. Ela é minha esposa e a mulher que jurei amar, respeitar e cuidar por toda minha vida e entendia seu ponto de vista e não achava errado. E agora o que fazer? Eu estava diante de um dilema terrível do qual eu não tinha idéia sobre como lidar.
Bom... Tome seu banho e comece a arrumar as coisas no carro. Vamos aguardar o Paulo retornar e ai eu converso com ele explicando o que aconteceu.
Voltei para o sofá e fiquei a pensar sobre tudo. Uma coisa Raquel estava certa, eu não era mais o mesmo. O Matheus de antes do carnaval parecia ter desaparecido. Fiquei pensado sobre como seria minha vida após voltar para a rotina anterior. Iria aparecer no trabalho com orelhas furadas por marcas de brincos, sobrancelhas finas e cabelo feminino. O que iria dizer para meus colegas? E os encontros semanais na quadra para jogar futebol depois de tudo que rolou entre Vico, Luciano e eu? Como seria? Seria possível passar uma borracha sobre tudo isso e fingir que nada aconteceu?
Por outro lado, estaria eu disposto a abandonar Raquel e meu imenso amor por ela em nome de dinheiro e tesão? Será que novas experiências sexuais eram mais importantes que meu casamento?
Quando Paulo finalmente chegou o chamei no sofá para conversarmos. Contei a ele o que havia acontecido com Raquel e seu desejo de retornar para casa. Solicitei-lhe um tempo para acalmar os ânimos e refletir sobre a vida. Disse-lhe que daria uma resposta em 30 dias sobre minha decisão.
Ele lamentou, mas entendeu a situação. Acabamo-nos se despedindo e retornando para casa naquela mesma noite.
O que vem após isso, ou seja, os desdobramentos e decisões do casal após o retorno para casa e sua adaptação a vida cotidiana talvez seja tema de outra história. Por hora assim se encerra este capitulo que conta o processo de iniciação de Matheus no mundo crossdresser e como sua vida mudou naquele fatídico carnaval.
Espero que tenham gostado da história...