Nas ruas de Recife.
Ela sentiu que meu pau já começava a endurecer de novo e passou a rebolar discretamente esfregando a bundinha em mim. Me ajeitei para tentar penetrar nela de novo, e já tinha começado a forçar entrada na sua bucetinha, quando um chorinho de bebê se anuncia vindo do quarto ao lado. Amanda fez imediatamente menção de se levantar escapando de mim e de Sara.
— Deixa que eu vejo ele, fica um pouquinho só com Jonas, vai.
Sara se levanta bem rápido e, antes de sair do quarto, dá mais um beijo apaixonado na boca de Amanda.
— Eu amo essa tua mulher, sabia?
— É, eu tô vendo a ligação forte entre as duas.
Falei querendo parecer contrariado.
— Tá com ciúme da gente?
Amanda tinha se virado pra mim e me abraçava forte se enroscando em mim com as pernas em volta de minha cintura. Falava com o rosto quase colado ao meu.
— Não, mas às vezes fico pensando aonde tudo isso vai acabar.
Ela me olhou preocupada, como se quisesse me dizer algo, mas depois desistiu e me abraçou bem forte. Notei que começou a chorar baixinho.
— O que foi Amanda?
— Não foi nada.
E me empurrou para que eu ficasse de barriga pra cima e ela pudesse montar em mim. Passou logo a rebolar com movimentos fortes, roçando a xoxotinha no meu pau, que logo endureceu, beijava meu tórax, chupava meus mamilos, puxava com força minha barba ao ponto de doer. Eu quis inverter a posição e ficar em cima dela, mas ela não deixou.
— Fica assim!
Falou impositiva. Ela mesma colocou uma camisinha na minha rola e foi descendo com a buceta engolindo meu pau até eu estar todo dentro dela. Subia até quase eu sair todo dela e descia com certa força até eu ir bem fundo, num movimento lento e ritmado, de olhos fechados, enquanto apertava os próprios peitos de onde escorria leite e molhava seu corpo.
— Segura, não goza agora não, espera por mim, tá bom demais.
Falava ofegante sem olhar pra mim e aumentou o ritmo das sentadas até que arriou no meu peito me arranhando e me mordendo. Contrações fortes apertaram meu pau e comecei a gozar também cravando meus dedos na bunda dela com força.
Ficamos um bom tempo alí abraçados. Ela deitada sobre mim ainda trêmula, muito suada e melada do próprio leite, depois do gozo que teve.
Sentindo aquela ruivinha bem magrinha em cima de mim, toda suadinha e suja de leite materno, com aquela respiração forte que aos poucos foi suavizando, passei a refletir sobre onde caralho eu estava me metendo na medida em que aceitava uma situação dessa.
Minha esposa perdidamente apaixonada por uma mulher que, por sua vez, não quer ficar com ela mas aceita transar com o marido da amante. E fui pensando também como seria daqui pra frente essa relação louca no nosso dia a dia, nossos filhos, parentes, colegas de trabalho.
E Jailza? que abriu mão de nossa relação justamente para preservar “minha família”. O que ela pensaria se me visse assim com a ruivinha toda gozada em cima de mim bem na sagrada cama do casal que ela respeita tanto?
Depois de batidas bem leves na porta do quarto, Sara retorna com Matheo no braço.
— Olha só quem tomou uma mamadeira cheinha de suquinho e agora que o leitinho da mamãe.
— Vem meu amor, essa tua mãe doida te abandonou foi? eu vou só me limpar e pego ele tá?
E as duas passaram a dar atenção a Matheo. Amanda, nua, sentada na cama, dava de mamar ao seu filho e recebia carícias e beijinhos de Sara que estava ao seu lado também acariciando o bebê.
Aquela cena era absurdamente sensual e, ao mesmo tempo, confusa para mim. As duas já eram definitivamente um casal ou, pelo menos, Sara queria que fosse assim.
Pego o celular para conferir a hora : 04:30. Antes que eu colocasse o aparelho de volta na mesinha de cabeceira, percebi uma mensagem de voz no zap. Era Jailza. Saí do quarto quase sem ser notado pelas duas e fui até a varanda.
No meio de um burburinho de multidão, risadas e um som alto de algum show que eu não consegui identificar, ouço a voz de Jailza, que parecia algo alterada pelo álcool.
— Feliz ano nooovooo, te amooo chefinhooo. Desculpa essa mensagem, tá? Mas eu não aguentava mais de vontade de te dizer isso. Se tu me quizer, a gente continua, tá? Eu te quero assim mesmoooo. De qualquer jeito, Dê no que der, porraaa. Que se foda o resto.
Ela falava gritando, achando que eu não podia ouvir ela por causa do barulho ao redor. Eu ouvia também outras vozes femininas dando gargalhadas e incentivando ela a falar, todas parecendo bem alteradas pela bebida.
—- Feliz ano novo pra você também, Jailza. E para sua família.
Falei formal e num tom baixo querendo não ser ouvido por Sara e Amanda. Que merda de atitude a minha! Aí eu percebi que fiz merda. Tomei coragem e respondi, agora num tom mais alto, mas olhando em volta.
— Te amo Jailza, e também quero continuar, tá certo? A gente se vê no plantão.
— Vai segurar o rojão mesmo, né? Te aaamooo, porraaa!
Ela gritou e eu ouvi que as pessoas em volta dela gritavam e aplaudiam. E a ligação caiu, ou ela desligou.
O dia clareou. 1º de janeiro de 2019.
Na mesa do café da manhã daquele dia Sara estava radiante se dividindo em atenção e carinhos entre mim e Amanda, que olhava pra mim constrangida e cúmplice a cada selinho ou afago que recebia de minha esposa. Mariana se divertia dando a papinha de mamão para Matheo. E eu ia a cada minuto tomando mais consciência do imprensado em que tinha me metido.
Por mais otimista que eu pudesse ser, não tinha a mínima chance de que aquilo pudesse dar certo. Era 100% de chance de dar em merda. Mas não havia mais como dar pra trás, e agora, eu ia me jogar com tudo no olho desse furacão.
Eu não tinha o direito de impedir que Sara vivesse aquele amor por Amanda, ainda mais agora que eu tinha aceitado voltar com Jailza.
Amanda já havia me confessado que, embora gostasse muito e até talvez amasse Sara, não iria entrar nessa aventura de trisal, e não seria eu que faria o papel de cupido entre as duas, pra jogar Sara nos braços de outro…de outra.
E cedo ou tarde, se eu tivesse um mínimo de dignidade e respeito por minha mulher, eu teria que confessar meu caso com Jaílza, que tinha passado muito da fase de só diversão.
Pois é… aquele ano prometia o inferno na terra para mim. Um turbulento e saboroso inferno.
Como sempre é a vida dos que se arriscam a aproveitar, sem medo ou preconceito, o prazer que há em simplesmente viver e deixar viver.
E o melhor de tudo é saber que tantas outras estórias, até mais complicadas que a minha, estão se passando agorinha mesmo nas casas e nas ruas de Recife.