O DESTINO DE CADA UM
– ENTÃO QUEM FOI?
A pergunta foi feita por todos os presentes que estavam ao lado da piscina para uma Thyra que, respirando fundo, se preparou para soltar a bomba.
– Quem publicou aquele vídeo foi...
Thyra interrompeu a frase e encarou demoradamente cada um dos presentes começando por Lalana que a olhava com curiosidade distraída. Depois olhou para o Kleber e viu que ele já estava muito além da curiosidade. Seu olhar era ávido como se sua sobrevivência dependesse daquela informação. E ninguém mais naquela sala, a não ser a própria Thyra, tinha o conhecimento do que aquela informação significava para aquele homem. Ela sabia, por exemplo, que todo o futuro que ele planejara nos últimos dias dependia daquilo. E tinha mais coisa naquele olhar que ela tentava desvendar o que poderia ser, embora já tivesse uma forte desconfiança.
Em seguida olhou Gunnar que, ao ter a atenção de Thyra voltada para ele, desviou o olhar, porém, de uma forma que não demonstrava preocupação com o que estava para ser revelado. A expressão de Gunnar aparentava mais tédio do que interesse e isso era bem da natureza dele. Para ele, que fez o que ou com quem não tinha a menor importância, pois vivia preocupado apenas com o momento. Finalmente, encarou sua mãe Michelle e foi uma das raras vezes que viu temor na expressão daquela mulher tão acostumada a manobrar a todos a sua volta. Diante de sua total frieza diante do olhar intenso que a mãe despejava sobre ela, ainda viu Michelle fazer um ligeiro movimento de rosto em um pedido mudo para que ela não revelasse o que sabia. Thyra não se deixou impressionar com a expressão de sua mãe. Ela já havia decidido que Michele não ia mais interferir em sua vida.
Desde a madrugada da segunda-feira, primeiro dia do ano, algo que começara como uma simples diversão tinha tomado um rumo totalmente inesperado e isso ajudara em muito para que ela tomasse as decisões que tomou.
Quando transou com o Kleber naquele dia tudo não passava de diversão. Porém, quando acordou no dia seguinte, sozinha em sua cama, a primeira imagem que lhe veio à cabeça foi aquela em que ela se ajoelhou diante dele no banheiro, segurou o pau dele pela base com a mão direita enquanto a esquerda passou a deslizar ao longo daquele enorme membro enquanto dava beijos intermitentes na cabeça brilhante e vermelha. Logo depois, fez algo que gostava que era a de manter o contato visual com as pessoas que ela chupava.
Mas naquela vez foi diferente. Os olhos verdes de Kleber estavam presos ao dela e um brilho especial emanava dele. Thyra sentiu que havia algo diferente o qual ela desconhecia o significado. Era um brilho intenso, porém, de dentro daquele abismo de esmeraldas vinha outra coisa que a princípio ela não conseguia entender. Era diferente do olhar carregado de desejo que Gunnar sempre a olhava e ao mesmo tempo não deixava transparecer nenhum tipo de indiferença. Para deixar tudo mais confuso ainda para a jovem garota, a sensação que a invadiu era algo novo e que ela jamais tinha sentido antes. Seu coração parecia ter disparado e ela mal conseguia se manter ajoelhada diante dele.
Para sua sorte, Kleber fez uma leve pressão em seus cabelos obrigando-a a se colocar em pé e depois a abraçou, curvando seu corpo enorme sobre ela para que suas bocas ficassem ali alcance uma da outra e eles se beijaram de uma forma apaixonada. Foi um beijo que alternava movimentos de pura carícia com um leve toque de luxúria.
Ao sentir sua bucetinha ficar molhada com essas lembranças, Thyra conteve o impulso de levar sua mão até ela e se masturbar, Não que ela não estivesse pronta para se dar esse prazer, mas sim porque ela acabara de ter uma ideia e resolveu tomar a iniciativa. Era algo que ela precisava fazer para tirar uma dúvida em sua cabecinha fértil. Mantendo o desejo de gozar em segundo plano, ela tomou um banho rápido, vestiu uma camiseta apropriada para a prática de seu esporte, uma calcinha minúscula que foi coberta com uma sai curta que também fazia parte do seu uniforme esportivo. Como maquiagem, apenas um batom suave nos lábios carnudos e depois prendeu os cabelos loiros em um rabo de cavalo. Sequer olhou no espelho, pois em sua cabeça, sua aparência era o que menos importava naquele momento e o que ela queria mesmo era parecer o mais natural possível.
Depois de se vestir saiu apressada de casa mal respondendo o cumprimento de Gunnar que lhe desejou um bom dia e respondeu à Michele quando essa lhe perguntou aonde ia:
– Vou dar uma saída rápida, Tem uma coisa que eu preciso verificar antes.
– Você vai almoçar com a gente? Eu convidei a Lalana e o Kleber para vir para cá.
– Vou sim mamãe. Volto logo, eu prometo.
Dizendo isso, saiu pelas portas dos fundos e correu pelo quintal comum para as duas residências, atingindo a casa de Kleber também pelos fundos. Entrou apressada e ficou apreensiva quando não o viu na cozinha, porém, não vacilou e continuou a entrar na casa, pois estava decidida a invadir o quarto dele se fosse preciso.
Não precisou. Ao passar da cozinha para a sala viu o Kleber já se aproximando da porta da sala. Ele estava vestido com uma camisa de mangas curtas xadrez, uma bermuda branca e nos pés uma sandália daquelas que possuem uma tira que envolve o calcanhar, o que indicava que ele pretendia sair de casa, pois era o calçado esportivo que ele normalmente usava quando precisava dirigir. Ela teve certeza disso quando viu que ele segurava a chave do seu carro na mão direita.
Ambos ficaram parados se olhando e foi Thyra que quebrou o silêncio que surgiu entre ambos:
– Você vai sair?
– Vou sim, mas volto logo. Estou pensando em comprar uns vinhos para o almoço de hoje já que o seu pai praticamente acabou com o meu estoque ontem à noite.
– Eu posso ir junto? – Perguntou Thyra sem sorrir do comentário dele.
Kleber ficou pensativo. Em sua cabeça, duas possibilidades se defrontavam em decidir o que fazer. Ele sabia que estar com Thyra ao seu lado, só os dois no carro, podia ser uma oportunidade dela fazer alguma coisa para deixá-lo em cheque e a outra é que ele sabia que, isso acontecendo, ele não teria forças para resistir.
Acontece que o homem acordou naquela manhã também com a lembrança da transa que teve com aquela garota e chegou à conclusão de que, desde sua primeira transa com Naomi, ele jamais tivera um prazer tão bom como aquele. Aliás, foi melhor, pois além do enlevo que o prazer lhe proporcionava, ainda sentia um afeto muito grande e uma vontade de que aquela noite se tornasse eterna. A outra possibilidade era a de que ele tinha certeza que não resistiria a ela caso ela tentasse alguma coisa.
– Desculpe tá. Eu não quero te atrapalhar. Pode ir.
A voz de Thyra não continha raiva e Kleber ficou surpreso ao perceber que ela tentava disfarçar a mágoa que sentia e isso fez com que seu coração batesse mais rápido. Então, sem sequer pensar, falou:
– Ei. Do que é que você está falando? Você nunca me atrapalha em nada e é lógico que você pode vir comigo. – Ao ver a expressão de felicidade no rosto da garota ele tentou fazer com que parecesse algo sobre o qual ele não tinha um interesse especial e acrescentou: – É até melhor. Assim você me ajuda a escolher os vinhos.
Menos de cinco minutos depois eles já trafegavam pelas ruas da cidade. Até então, permaneceram em silêncio, com o Kleber prestando atenção em Thyra e notando que ela estava demonstrando certa ansiedade. Então ele provocou:
– O que foi Thyra? O que é que está afligindo essa cabecinha linda sua.
Thyra sorriu tímida e depois fez uma expressão de quem estava decidida e falou:
– É que eu queria te pedir uma coisa.
– Ai ai... Lá vem. – Kleber sorria deixando claro que aquilo se tratava de provocação da parte dele, mas ao ver que Thyra continuava olhando fixamente para ele, tentou arrumar: – Tudo bem querida. Você pode me pedir qualquer coisa.
– Olha lá hem. Você disse que é qualquer coisa. Agora você vai ter que atender ao meu pedido.
A mudança repentina que se processou na garota fez com que Kleber se arrependesse imediatamente de ter concordado daquela forma. Então ele esperou até que ela falou:
– Eu queria que você me levasse naquela rua aonde eu chupei seu pau pela primeira vez.
“Mas que coisa mais sem sentido!” – Pensou Kleber e depois em voz alta:
– Pra que isso? Já faz tanto tempo! O que você quer fazer lá?
– Tem uma coisa que eu preciso descobrir. – Kleber olhou para ela esperando que ela completasse seu raciocínio e assim ela o fez, porém, não foi nada do que ele imaginava: – É algo que está me deixando encucada Kleber. Por favor, faz isso por mim.
Mesmo sem entender nada do que estava acontecendo, Kleber mudou manobrou para mudar sua direção e ir para o local que Thyra lhe pedira para ir. Aquilo criou um clima estranho dentro do carro e a partir daí trocaram poucas palavras até chegarem ao local. Chegando lá, Thyra deu a orientação necessária para que ele estacionasse no local exato onde ficara parado naquele dia. Ele olhou em volta e examinou o local, descobrindo coisas que naquele dia não havia percebido.
A direita de onde estava estacionado havia um muro elevado. Na verdade, era diante de um prédio que levantara o muro o suficiente para que a piscina que foi construída na frente do prédio não pudesse ser vista por quem passasse na rua. Do lado esquerdo também havia um muro e era possível perceber que era o fundo do terreno de um prédio cuja frente estava voltada para outra rua. Também percebeu que a rua não havia saída e terminava logo a frente deles e que estavam embaixo de uma frondosa árvore que os protegiam das vistas de qualquer morador que olhasse pela janela dos prédios a volta deles.
Estava distraído em seu exame quando percebeu que Thyra havia se soltado do cinto de segurança e estava curvando o seu corpo, baixando sua cabeça enquanto suas pequenas mãos avançavam em direção ao zíper de sua bermuda, por mais que aquilo lhe agradasse, mesmo com a intensidade do prazer que sentiu quando a boquinha da garota deslizou ao longo de seu pau tentando coloca-lo todo dentro dela, um sentimento que não tinha nada de perversão, embora ainda carregado de desejos o invadiu e ele, agindo de forma carinhosa para que a menina não entendesse que ele estava em um gesto de rejeição, puxou o rosto dela e a encarou. Quando se preparava para dizer alguma coisa seus olhos se encontraram.
O encontro dos dois olhares foi algo mágico. Era como se uma força invisível os prendesse naquela contemplação e que nada desse mundo conseguiria distraí-los. Na mente de Kleber passava um filme de sua vida, desde quando ficou viúvo, passando pela sedução levada a efeito por Michele que o deixara fissurado nela, resvalou na lembrança de Lalana se entregando a ele e depois por Naomi, levando-o de volta ao dia em que transaram pela primeira vez e só pode concluir que nada, nada nesse mundo se comparava àquele olhar. Deixando então de lado todas as lembranças que envolviam outras pessoas, ele se concentrou apenas naquelas em que Thyra estava presente. A menininha travessa que muitas vezes controlava Lalana e que mais tarde agia para agradar à amiga, deixando transparecer que só se submetia à outra pelo amor que nutria por ela, pois era ela, sempre ela que controlava as ações de tudo. Depois aquela pré adolescente que misturava uma sensualidade inocente com uma energia inesgotável para fazer artes e deixar os adultos á sua volta todos loucos. Depois, já adolescente, exalando sexualidade por todos os seus poros, foi aprendendo a arte de dar prazer aos homens e mulheres e, mesmo sem que os outros a sua volta percebessem, era sempre o centro das atenções, sejam em reuniões familiares comportadas, em momentos de lazer e brincadeira entre todos, ou nos momentos em que se dedicavam ao sexo. Finalmente, apesar de estar próximo de completar dezoito anos, uma mulher extraordinária em todos os sentidos.
Kleber estava tão perdido em suas lembranças que só se deu conta que Thyra falava com ele quando ela tocou em seu rosto. Sua voz, parecendo vir de outro planeta, soava como sinos em seu ouvido:
– Terra chamando o tio Kleber... Terra chamando o tio Kleber...
– Desculpe... Acho que me perdi em minhas lembranças.
– Desde que eu esteja em suas lembranças, eu desculpo sim.
– Você não estava em minhas lembranças. Você é toda a minha lembrança.
– Que lindo...
Thyra disse isso ao mesmo tempo em que aproximava seu rosto do dele e suas bocas se encontraram em um beijo que começou suave e foi se intensificando. Logo os dois braços da garota enlaçavam o pescoço de Kleber enquanto ele envolvia a cintura dela com seus dois braços fazendo pressão para que seus corpos ficassem cada vez mais colados como se os desejos de ambos fossem que se fundissem em um apenas.
Depois de vários minutos em que as bocas de ambos se negavam a se descolarem, foi Thyra que tomou a iniciativa de afastar seu rosto do de Kleber e voltou a prender os olhos deles nos seus. Ele, depois que conseguiu recuperar o fôlego, conseguiu clarear um pouco o cérebro para poder perguntar:
– O que nós viemos fazer aqui? Eu não entendi até agora.
– Eu queria te olhar nos olhos para saber se eu ia enxergar a mesma coisa que ontem no banheiro, quando eu te chupava.
– E conseguiu ver o que queria?
– Vi uma parte. Quer dizer, serviu para eu ter certeza com relação ao que eu sinto, mas não dá para saber nada a seu respeito.
– E o que você sente?
Thyra olhou para ele enquanto pensava: “Como é que os homens conseguem fazer perguntas como essas em um momento como esse? Meu Deus!”. Então ela resolveu não falar a verdade, pois temia que isso afastasse o Kleber dela de uma forma definitiva e disse somente:
– Sinto que você é um homem muito especial. Um homem que eu teria orgulho de ser filha.
– Eu jamais ia querer ser seu pai menina. Eu prefiro ser seu macho, seu homem e, se não for isso que você quiser, vou me conformar em ser seu amigo e cuidar de você sempre que você precisar,
Com o seu coraçãozinho acelerado ao máximo, Thyra não encontrou palavras para responder ao comentário dele. E também não adiantaria encontrar, pois em um ímpeto pulou sobre ele e voltaram ao beijo que praticavam antes até que o Kleber afastou o pequeno corpo dela que olhou para ele ressentida, pois seu maior desejo é que aquele beijo nunca acabasse. Porém, ela não teve tempo de demonstrar seu descontentamento, pois logo ele falou:
– Thyra, você me mata de desejo. Eu te quero muito.
Duas lágrimas de felicidade rolaram pelo rosto lindo da loirinha e ele, sabendo que ela também o desejava, perguntou:
– Vamos a algum lugar? Vamos passar o dia inteiro juntos?
Dando demonstração de ser uma garota que, apesar de parecer maluquinha, conseguia controlar seus desejos, ela respondeu:
– Se você fala em ficarmos apenas nós dois juntos, eu quero sim. Mas primeiro vamos cumprir nossa obrigação. Vamos comprar esse vinho, voltar para casa, participar do almoço da minha mãe e fingir que está tudo normal. Depois, quando todos forem dormir, vamos fugir e aí sim você vai matar toda essa vontade que estou de você
Sabendo que Thyra tinha razão, Kleber ficou olhando para ela admirado enquanto acariciava os cabelos sedosos dela de uma forma tão carinhosa que ela, como uma gatinha manhosa, deixou sua cabeça pender para o lado indo de encontro à mão dele enquanto fechava os olhos e ronronava. Isso animou o homem que intensificou seus carinhos, mas logo ela abriu os olhos e falou:
– O que você pensa que está fazendo? Almoço, família, reunião. Tá lembrado?
Na esteira de suas palavras, um riso cristalino que fez o coração de Kleber transbordar de um sentimento que ele há muito não sentia.
Durante o almoço a cabeça de Kleber era um turbilhão de emoções. Ele tentava entender esse sentimento que o invadia e só conseguia se lembrar de ter se sentido assim quando Malinee, uma garota com a mesma idade de Thyra, disse a um jovem Kleber que o amava. Ainda tentando entender isso, lembrou-se de Naomi e a única coisa que conseguiu concluir foi que aquela falta que sentiu dela nos primeiros dias depois de ter sido praticamente expulso da vida dela já não o incomodava mais. Seu coração, apesar de tão pouco tempo, agora batia no mesmo ritmo do de Thyra.
As coisas então aconteceram da forma mais lógica possível. Era impossível que Lalana não percebesse os olhares intensos que seu pai e sua amiga trocavam e como eles se dirigiam um ao outro com um carinho extremo e também não lhe passou despercebido que um estava cuidando do outro, pois a todo o momento se dedicavam a tentar adivinhar o que queriam. Thyra cuidando da bebida e dos alimentos que Kleber consumia e ele se ela estava cansada e se precisava de ajuda para alguma coisa, pois a garota, como se para compensar o que tinha em mente fazer, se desdobrava em tomar a frente e estava agindo como a verdadeira anfitriã daquela reunião entre amigos.
Entretanto, Lalana não fez nada para atrapalhar aquilo que ela já estava classificando como uma palhaçada. Afinal de contas, Thyra era uma putinha maluca e seu pai um homem sério, tímido e muito correto. Correto até demais. E agora, ela via que ele estava agindo como um colegial apaixonado e a Thyra como uma mulher que tinha como objetivo cuidar do homem que escolhera para si. Em vez de reclamar, criar um barraco ou até mesmo se insinuar para o pai, ela fez o oposto, afastando-se dele e se aproximando de Gunnar e Michele de um jeito que não deixava dúvidas de que iriam acabar os três em uma cama.
E foi o que aconteceu. Michele não sentiu nenhum constrangimento em arrastar Lalana com ela quando o Gunnar a convidou para irem se deitar. Ela já sabia que não ia adiantar chamar Thyra, pois há muito tempo que ela ser recusava em interagir sexualmente com eles. Lalana nem olhou para os seu pai ou amiga e, de forma ostensiva, segurou na mão de Michele e se deixou levar.
Ao ficarem sozinhos, Thyra apenas falou:
– No seu quarto? Ou você prefere ir a outro lugar?
– Te espero no meu carro. Em cinco minutos estarei pronto para sairmos.
Thyra nem respondeu. Apenas correu para o seu quarto pegou sua bolsa, colocou nele alguns itens e saiu em disparada, chegando ao lado do carro de Kleber antes dele. Logo saíram e Kleber só retornou para casa, sozinho, na manhã seguinte, ficando lá apenas o tempo suficiente para se vestir de forma apropriada para comparecer no seu escritório e ficou aliviado por não encontrar com Lalana. Ele não estava ainda pronto para responder às perguntas que ela faria.
E durante os três dias seguintes ninguém mais viu Thyra a não ser ele que todos os dias, ao deixar o local de trabalho, se dirigia para um hotel fazenda localizado a menos de uma hora de Porto Alegre aonde se encontrava com a garota. Nesses dias em que passaram longe da casa eles se dedicaram a atividades que forma muito além do sexo, curtindo a beleza do local e conversando muito, se bem que, quem mais falou foi Thyra, surpreendendo a Kleber na medida em que ia revelando o que tinha descoberto. Então eles combinaram como deveriam agir e esse era o motivo de estarem ali.
Thyra retornara para Porto Alegre juntamente com ele naquela manhã e passara o dia em contato com seus colaboradores, apenas para descobrir que as novas informações que surgiram durante a sua ausência não mudava em nada o que pretendia fazer, pois as informações principais não sofreram nenhuma alteração. No fim do dia dirigiu-se a sua casa e, depois de se recusar a explicar para eles onde passara aqueles dias, os convenceu a acompanhá-la até a casa do Kleber alegando que tinha informações importantes para darem a ele.
E, depois de todo o trabalho que tivera, chegara o momento de colocar as cartas na mesa revelando tudo aquilo que tinha descoberto. Chegou até mesmo a sentir um prazer inexplicável ao ver a reação deles quando fez suspense antes de revelar o nome da pessoa que havia viralizado o vídeo de Naomi e Michele juntas.
Olhou para eles e viu que Lalana era apenas curiosidade e isso já era esperado por Thyra, pois sabia que a filha de Kleber não tinha nada a ver com aquilo. A de Gunnar, apesar de muito estranha, também era de se esperar, pois assim como todas as coisas que aconteciam a sua volta, ele demonstrava total alienação, exceto quando havia uma chance de ele praticar o sexo com alguém. Esse era o único assunto que fazia com que Gunnar saísse do marasmo que o dominava desde que Thyra se afastara dele e da mãe. O de Kleber era de total indiferença, mas isso se explicava pelo fato dele já estar ciente de tudo o que a garota ia revelar.
Quem revelava preocupação era Michele. Com os olhos bem abertos, ela encarava a filha com uma expressão de dúvida que ia da descrença de que Thyra soubesse de alguma coisa a suspeita de que ela já estava a par de tudo.
E ela teve a certeza de que a segunda possibilidade era a correta quando Thyra, depois de respirar fundo, falou com voz clara e alta:
– Quem publicou aquele vídeo foi a própria Naomi.
Lalana ficou parada, com a boca entreaberta, revelando a confusão que lhe passava na cabeça. Afinal, não havia um motivo plausível para a morena fazer algo que comprometeria mais a ela mesma. Gunnar, por sua vez, abandonou o seu marasmo e demonstrou estar atento ao que viria a seguir, pois finalmente seu interesse foi despertado para aquele assunto. Kleber apenas sorria examinando a atenção de todos e Michele, com uma expressão de alívio, comentou:
– Só pode ser brincadeira isso. Por qual motivo aquela doida faria isso?
Thyra não perdoou:
– Ah mamãe! Eu disse que foi ela que publicou, mas ainda não falei o motivo dela ter colocado. – Ficou esperando por uma reação da mãe que apenas ficou com os olhos fixos nela o que a intimidou um pouco, mas ela virou o rosto para Kleber que a olhava e, ao notar que tinha a atenção ad garota, sorriu para ela no intuito de demonstrar que estava ali para lhe dar todo o apoio. Isso deu forças a Thyra que continuou: – Como a senhora mesma sabe, o único motivo dela publicar isso foi o de fazer com que Kleber e Lalana tivessem um confronto e se afastassem.
– Por que eu saberia disso? – Perguntou Michele.
– Porque a Naomi é uma obra sua mamãe. Sempre foi você que manipulou a vida de todos nós. Você e aquela mulher já tinham um relacionamento antes e quando digo relacionamento não estou me referindo apenas a uma transa não, pois vocês já agem como amantes há muito tempo.
– O que? Você estava pegando aquela gostosa e nunca me disse nada?
– Cale a boca Gunnar! – Explodiu Michele e foi obedecida de imediato, pois ao ouvir a ordem dela, o homem pareceu ter murchado. Depois ela falou para todos ouvirem: – Que idiotice é essa? Eu sempre cuidei de todos vocês e agora estou sendo acusada disso? É isso que ganho por minha dedicação?
– Menos drama dona Michele. – A voz de Thyra agora era firme e ela não se deixou ser interrompida pela mãe, continuando a falar quando a outra abriu a boca para fazer o mesmo, fazendo com que ela ficasse calada: – Você nunca cuidou de ninguém a não ser de você mesma. Seu empenho em fazer com que Lalana se interessasse sexualmente por Kleber e depois a incentivasse a agir na tentativa de seduzir a ele, seu “romance” com Naomi que no fundo era apenas uma forma de ter uma cúmplice que estava ao lado do Kleber diariamente e, isso tudo, sem contar que você sabe tudo a respeito deles. Você sabe até mesmo que ele não é um simples diretor da empresa que trabalha, mas sim o seu único herdeiro e só veio para Porto Alegre por causa da perda enorme que teve em virtude da morte da esposa e sabe também que o pai dele vive insistindo para ele retornar para sua cidade e assumir a direção geral da empresa, o que ele só não fez por causa da sua influência.
– Mas isso é um absurdo. – Protestou Michele.
– Não mais absurdo do que o fato de que, aquela empresa que foi aberta em meu nome e no de Lalana foi praticamente espoliada por você e o papai. Todo o dinheiro que vocês desviaram para aquela conta no exterior deixou a empresa à beira da falência e vocês só estão esperando para que a situação exploda de uma vez para conseguirem que o Kleber arrume o dinheiro para salvar a situação de todos. Você não pensou nem um minuto que o meu nome e o de Lalana vai ficar manchado com essa atitude sua. Mas isso para você não conta. Tudo o que você quer é o poder que o dinheiro, ou que as pessoas que o possuem possam emprestar para você.
– Quem você pensa que é para falar assim de mim sua pirralha.
– Como você disse, sou uma pirralha. Só que sou a pirralha que descobriu todos os seus planos de viver como um sangue suga que se aproxima das pessoas oferecendo se corpo apenas para obter alguma vantagem deles.
– É isso que dá cuidar de uma pessoa com tanto carinho, viu Kleber. Depois de tudo o que eu fiz para essa aí, olha o que eu recebo em troca.
Kleber olhou para Michele e depois resolveu falar:
– Não adianta se fazer de vítima Michele. Tudo o que a Thyra está falando é resultado de um trabalho árduo que ela desempenhou. Ela foi atrás e conseguiu todas essas informações e me apresentou todas as provas, então, devo te avisar que, antes de tentar atacar a ela, lembre-se que será contra mim que estará lutando. Então nem tente. Os documentos que tenho em meu poder é o suficiente para te colocar na cadeia.
– Isso não vai ficar assim. Vocês não sabem do que eu sou capaz.
– No momento você não é capaz de nada. – Falou Kleber alterando a voz e continuou sem dar tempo para ela rebater: – Aliás, você deveria agradecer a sua filha que te salvou, pois quando você resolveu investir em cima daquela menina, a japonesinha aquela, ela agiu para impedir que você se ferrasse toda. Aquela garota é muito mais esperta que você e descobriu o seu jogo de cara e somente em virtude das súplicas de Thyra ela não contou nada ao pai dela, pois se ela contasse alguma coisa, você certamente estaria com problemas, E olha que quando eu falo problemas, não é figura de retórica não, os seus problemas seriam realmente sérios a ponto de sua vida estar em risco. Isso se você ainda estivesse viva.
– Aquela idiota da Yum não consegue nem aprender a falar a nossa língua direito, como ela ia perceber isso sozinha?
Michele estava tão desesperada que nem percebeu que sua frase continha uma confissão de culpa, pois a dizer isso, ela deixava claro que havia tentado sim manipular a garota para transar com o pai dela. Isso, porém, não tinha nenhuma importância para Kleber e Thyra que já tinham provas suficientes contra a mulher. Foi Thyra que explicou à sua mãe:
– Olha só mamãe. Quando a esperteza é muita, ela pode engolir a própria dona. Yum pertence à outra civilização e uma coisa que ela foi treinada a fazer desde criança é esconder seus reais sentimentos. Você nunca saber realmente o que ela está pensando e, por muita sorte sua, ela só pretendia mesmo era se divertir e para ela diversão e sexo andam juntos. Então, depois que eu pedi, aliás, pedi não, implorei a ela para não dizer nada ao pai dela, ela simplesmente se afastou da senhora, muito embora ainda cobrasse um preço muito “bom” por isso.
A forma como Thyra falou isso, deixava claro que a oriental exigira transar com ela e ao mesmo tempo deixavas claro que isso não lhe causara nenhum transtorno e que ela até gostara.
A partir desse momento Michele perdeu toda a compostura e, lançando ofensas a todos, saiu da casa puxando por Gunnar.
Thyra, a pedido de Kleber, permaneceu na casa dele e ambos foram surpreendidos por Lalana, pois quando seu pai pediu para que ela ajudasse a garota a arrumar o quarto de hóspedes, falou em demonstrar nenhum ressentimento:
– Eu que não vou perder meu tempo com essa coisa inútil de arrumar um quarto para a Thy papai.
– Tudo bem, se você não quer cooperar, deixe que eu mesmo arrumo.
– Você não entendeu direito, seu Kleber. Eu não disse que não quero, só disse que é inútil, pois sei que assim que eu for me deitar, ela vai correndo para a sua cama. Então, para que esse esforço desnecessário?
Quando Kleber, admirado do que ouvira da filha, olhou para Thyra, ela estava rindo dele, dando a entender que já sabia, ou pelo menos desconfiava, de que a reação da amiga seria essa. Então ele teve a coragem de falar:
– Você não se importa? Nós podemos?
– Não podem. Devem. Além disso, não vai adiantar nada eu ser contra. Eu sei que vocês vão foder para sempre. Olha a carinha de felicidade dos dois.
Kleber, aliviado, foi até Thyra e a abraçou. A garota se pendurou em seu pescoço e em um impulso suspendeu as pernas até o seu quadril se prendendo a ele enquanto se beijavam. Sem colocar a garota no chão, saiu andando em direção ao seu quarto.
Quando subiu a escada e atingiu o corredor, ouviu ainda a voz de Lalana:
– Mas isso é só uma trégua seu Kleber. Se o senhor pensa que vai ficar livre de mim está muito enganado, não se esqueça de que você é meu também.
Thyra deu um riso cristalino e depois falou para Kleber:
– Não adianta fugir meu amor. Você vai ter que dar conta de duas putinhas.
– Você não se importa?
– Eu não! E você! Por acaso você vai ficar bravo quando descobrir que eu e a Lana andamos nos pegando? Porque você pode estar certo que ela não vai dar sossego para você e nem para mim e, ao contrário de você, eu sou muito fraca para isso, sem falar que eu amo demais essa sua filha.
– Nós dois amamos Thyra. Nós dois amamos e não dá para lutar contra isso.
Trinta dias depois daquela noite em que Michele foi desmascarada, Kleber estava tomando todas as providências para se mudar para sua cidade natal no interior do Estado de São Paulo. A casa foi colocada à venda e para isso foi necessário construir um muro fazendo a separação dos quintais das duas casas. De comum acordo com Gunnar, pois Michele nunca aparecia nas reuniões que eles marcavam para tratar de negócios, a piscina ficou pertencendo ao imóvel de Kleber e a academia de ginástica e sauna na de Gunnar, sem que nenhum dos dois recebesse alguma recompensa por isso.
O dinheiro desviado por Michele foi recuperado e a empresa fechada, sendo que o valor apurado na venda dos bens da mesma e o dinheiro que a mesma arrecadou durante o tempo de atividades dividido entre os dois, sendo que o Kleber destinou esse dinheiro à Lalana dizendo que era para garantir o pagamento de sua faculdade.
Um substituto foi escolhido para assumir o lugar de Kleber. Ele lamentou a Naomi ter se deixado levar pelos planos de Michele, pois se ela tivesse demonstrado honestidade, seria a pessoa indicada para isso. Como ela foi desligada da empresa, a melhor escolha foi promover o gerente da principal filial de Porto Alegre e ele demonstrou grande aptidão para as funções.
Finalmente, com tudo resolvido, pegaram um avião para São Paulo aonde chegaram no início da noite, porém, em virtude do horário, Kleber achou melhor passar a noite em um hotel e alugar um carro para viajar na manhã seguinte.
Ao chegarem no hotel quatro estrelas, que apesar de não apresentar muito luxo era um hotel bom e com um ambiente maravilhoso, Thyra alegou que seria melhor disfarçarem e se registrou em um apartamento juntamente com Lalana, ficando o Kleber com um apenas para ele. Eles tomaram um lanche rápido e subiram para o apartamento e, quando chegaram diante do quarto das garotas, ele puxou Thyra para o lado e falou:
– Você só está brincando não é?
– Brincado eu? Não entendi. O que você quer dizer com isso?
– Você não vai me deixar sozinho naquele apartamento.
– Deixe de ser insensível Kleber. Amanhã é aniversário da Lana. Eu não vou deixar ela sozinha por nada desse mundo em um dia como esse. A gente sempre passou nossos aniversários juntas.
– É verdade. Mas olha só o que você vai fazer hem!
– Se você está se referindo a se divertir muito com ela, pode parar, porque é exatamente isso que eu pretendo fazer. Quero dar a ela uma noite de gala para ela se lembrar para sempre do dia que ela completou dezoito anos.
– Tudo bem, desde que, na semana que vem, quando for a sua vez, você permita que eu faça a mesma coisa por você.
– Hum. Sabe que isso me deu umas ideias.
– Pode parar dona Thyra.
– Você que sabe. Olha, eu vou dar uma noite de gala para ela hoje. E você por acaso acha que ela não vai querer retribuir do mesmo jeito depois? Lógico que vai! Só tem um jeito da gente resolver isso.
– Já estou até imaginando que jeito seria esse. Mas pode parar. Não vai rolar.
Thyra ficou pensativa por um tempo olhando para os dois lados do corredor. Lalana já havia entrado no quarto e estavam apenas os dois ali. Então ela, colocando o dedo indicador na boca e usando a sua melhor expressão de putinha safada, falou para o Kleber:
– Vai para o seu quarto e tente dormir amor. Quanto à semana que vem, vamos pensar em alguma coisa.
Kleber assentiu e depois de dar um selinho na boca da garota se dirigiu ao apartamento destinado a ele que eram duas portas depois. Entrou desanimado, tomou um banho e se deitou ligando a televisão. De repente havia sido invadido pela insônia, pois imaginara, durante toda a viagem, passar uma noite intensa com Thyra que, a cada dia que passava estava mais ávida por sexo e ele estava adorando isso. A televisão estava transmitindo um jogo de futebol e ele deixou ligada sem prestar nenhuma atenção no que rolava na telinha.
Já passara mais de uma hora que ele estava ali e já sentia o sono dominar seu corpo quando ouviu umas batidinhas na porta. Correu para lá e abriu ficando admirado com a visão de Thyra, vestida com uma camisola curta e transparente, segurando uma garrava de vinho pela metade na mão, lhe falando com um sorriso nos lábios:
– Vim trazer esse vinho para você me ajudar, senão eu vou ficar bêbada e fazer bobagem, sem falar no calor que me dá.
Ao falar isso, ela pegou a barra da camisola, suspendendo e abaixando algumas vezes como se para ventilar e, a cada vez que levantava, exibia sua bucetinha inchada. Kleber olhou com tesão para aquela cena até que, prestando mais atenção, notou que um líquido claro escorria pelas penas de Thyra, indicando que ela acabara de ter um orgasmo. Aquilo deixou seu pau explodindo de duro e ele não pode deixar de comentar:
– Pelo jeito a coisa está boa por lá, não está?
Thyra acompanhou o olhar dele e descobriu sobre o que ele estava falando, então sorriu e respondeu:
– Você nem imagina. Só está faltando você mesmo.
Só foi Thyra dizer isso e Lalana, que estava encostada ao lado da porta para ficar fora da visão do Kleber deu um passo para o lado deles e se posicionou atrás da loirinha. Ele ficou encantado ao ver que a filha usava apenas um baby-doll, sem nada por baixo e seu tesão aumentou ainda mais quando Lalana se abaixou um pouco enquanto abraçava Thyra por trás levando as duas mãos aos seus seios e começou a dar beijinhos no pescoço dela. Mesmo com tesão, a preocupação de serem pegos ali no corredor daquele jeito prevaleceu e ele falou:
– Vocês duas estão loucas? Voltem já para o seu quarto
Thyra olhou para o lado que ficava seu apartamento e falou:
– Nosso quarto está muito longe daqui. Deixa a gente entrar no seu, por favor.
Dizendo isso, ela começou a andar em direção ao quarto deixando ao homem sem reação. Ele apenas deu um passo para o lado para permitir que as duas entrassem. Thyra continuou caminhando até o lado da cama onde se sentou e ficou olhando a Lalana fechando a porta do quarto e, depois de fechar, falar para Kleber:
– Olá papai. Você sabia que o aniversário de amanhã e o da Thyra e não o meu? O meu é na semana que vem.
Kleber deu um tapa na testa se lamentando por seu esquecimento, porém, Lalana agiu logo e, se aproximando bem dele, disse:
– Não precisa ficar triste. Eu me encarrego de fazer ela feliz nesse dia.
Depois, ficaram parados se encarando. Ao ver isso, Thyra se levantou e veio até eles, Primeiro foi para o lado do Kleber e lhe deu um longo beijo de língua e depois repetiu o mesmo com Lalana. Quando finalmente se separou de Lalana, segurou no braço da garota e fez uma leve pressão em direção ao Kleber. Lalana olhou para ela com uma expressão de dúvida e ela apenas sorriu com um leve aceno de cabeça e continuou empurrando a garota em direção ao pai.
Kleber não pode ou não quis se defender. Quando a boca de Lalana estava ao alcance da sua, aceitou ao beijo correspondendo ao mesmo com muita paixão. Foi um beijo que durou quase dois minutos e só acabou porque a Thyra, sem pronunciar uma única palavra, segurou na mão dos dois e os conduziu até a cama. Lá chegando, tirou a única peça de roupa que Lalana usava e fez com que ela se deitasse de costas. Depois, começou a despir Kleber beijando cada pedaço de seu corpo que ia sendo mostrado, dedicando um longo tempo ao seu pau duro. Quando ouviu o gemido de Lalana que se tocava enquanto assistia aquela cena na sua frente, afastou-se do pai e o empurrou com delicadeza para cima da filha.
Kleber não teve defesa. Deitado entre as perna de Lalana, olhou para aquela buceta lisinha que se oferecia para ele, já toda melada com o suco de seu desejo e tomou posse dela com sua boca, enquanto Thyra abafava o grito de prazer que nasceu na boca da amiga com um beijo apaixonado.
Naquela comemoração de aniversário, aqueles três estavam selando uma relação a três que, em virtude do afeto e amor que cada um dedicava ao outro, estava destinado a durar por muitos e muitos anos.