Essa é uma lembrança que me é muito saudosa. Um coroa sessentão tem muitas histórias pra contar, mas essa é especial.
Estávamos no início dos anos 1970. Eu, na época, um garoto meio atrapalhado, cuja família acabara de se mudar para o apartamento novo, num edifício recém inaugurado no centro de uma cidade de médio porte no interior de São Paulo. Atrapalhado porque, atrasado nos estudos, devido à vida errante de meu pai, bancário de um grande banco estatal, vivia trocando de escola e estava atrasado. Dessa forma, meus amigos eram sempre mais novos que eu e era difícil estabelecer relações com eles pois ficávamos pouco tempo numa cidade e já nos mudávamos. Mas, desta vez, parece que as coisas iriam melhorar. Naquela nova cidade meu pai tinha alguns amigos de outros tempos e eu queria fazer faculdade numa escola de lá. Estava pra iniciar o terceiro colegial e naquele tempo os garotos eram muito mais ingênuos do que os de hoje. As férias escolares de verão estavam no auge e o calor fazia a gente sentir falta de ar. Eu vivia de short, descalço e sem camisa, apesar do meu andar ser o décimo e receber uma boa brisa.
Não demorou pra que eu me enturmasse com o pessoal do prédio que, apesar de serem poucos jovens, era composto por garotos e garotas de variadas idades. Uma mesa de ping-pong que ficava no salão de festas era o ponto de referência pra gente se encontrar, quase todas as noites. Alguns, mais crescidinhos (eu o mais velho) ficavam por lá até mais tarde, que naquele tempo não passava de onze da noite. Todos garotos, pois as garotas tinham hora pra se recolher, por ordem dos pais. E, quase sempre, as conversas tinham como tema ou o futebol ou as mulheres em geral. Porém, uma era mais reverenciada: a loira do vinte e dois. Eu não sabia de quem se tratava pois, como um cara novo no pedaço, ainda não havia dado tempo de me situar. No entanto, pela descrição dos colegas, a mulher devia ser um monumento.
Havia poucos moradores no condomínio, pois ele havia sido inaugurado recentemente, como falei. Dificilmente a gente cruzava com alguém no elevador, mas naquela tarde foi diferente. Ia saindo pro dentista e o elevador parou no segundo andar. A porta se abriu e... não poderia ser outra pessoa, senão a loira. Uma mulher dos seus quase quarenta anos, linda como eram as mulheres dos anos setenta. Cabelos pouco abaixo dos ombros, ondulados e de um loiro dourado maravilhoso. Dentro de um vestido azul marinho com delicadas flores vermelhas, colado no corpo, tinha um decote sensual que deixava ver a separação dos seios. Um quadril largo se pronunciava de uma cintura fina que escondia, com certeza, pernas grossas e roliças. Naquele tempo, mulher desse tipo era chamada de "pedaçuda". Imediatamente um perfume perturbador invadiu minhas narinas e despertou devaneios sensuais no garoto ingênuo.
- Boa tarde, tudo bem? Você mora aqui?
Acordei do meu transe e respondi.
- Sim, nos mudamos faz quase um mês. Moro no cento e um.
- Ah, que legal, então você é o filho do seu Nestor, o cara do banco?
- Sim, sou eu sim.
- Muito prazer, eu sou a Noêmia, do vinte e dois.
Ela me estendeu a mão em sinal de cumprimento e eu a cumprimentei automaticamente.
- Prazer, Pazé.
O elevador parou na garagem e ela desceu. Eu continuei até o térreo e segui meu caminho pensando em tudo que os garotos diziam. Era tudo verdade. A Noêmia era mesmo um monumento.
Naquela noite pude comentar com meus novos amigos do condomínio e falar sobre como era gostosa a Noêmia. Nunca mais me referi à ela como "loira do vinte e dois". Achei que Noêmia era muito mais interessante.
No dia seguinte, no mesmo horário, quando ia saindo para o dentista, novamente cruzei com Noêmia no elevador.
- Oi, Pazé, que coincidência. Você novamente por aqui?
- Sim dona Noêmia, estou a caminho do dentista. E a Senhora, saindo de novo?
- Sim, Pazé, tenho que visitar minha amiga no hospital. Ela fez cirurgia e está precisando de um pouco de companhia. Dizem que vai sair hoje, vamos ver. Onde é seu dentista?
- Fica próximo da rodoviária, não é longe.
- Ah, que sorte a sua. A rodoviária é meu caminho. Vem comigo, te dou uma carona.
O elevador parou na garagem e tentei não aceitar, como é de costume. Além disso, não havia nenhuma intimidade entre nós.
- Ah, Pazé, deixa disso. Afinal, vai ser legal a gente se conhecer. Ou você não gosta de conhecer gente nova?
- Não é isso Dona Noêmia...
- Então, vamos, vem.
Não consegui fugir. Meio que "encantado" fui caminhando até o carro, um Corcel beije, quatro portas, novinho. Entrei e ela imediatamente puxou assunto.
- Você gosta de carros?
- Gosto sim, Dona Noêmia. Tô vendo que esse é novinho em folha.
- É sim, Pazé. Meu marido me enche de presentes e esse é o mais recente que ganhei. Ele me deixa muito tempo sozinha em casa e procura me recompensar com esses mimos.
- Entendo. O que ele faz?
- É executivo daquela fabricante de aglomerados de madeira. Vive viajando e resolvendo problemas das fábricas pelo Brasil. E eu, as vezes não tenho ninguém pra me socorrer com coisas simples, como trocar uma lâmpada, por exemplo.
- Ah, dona Noêmia, isso é coisa muito fácil de se fazer.
- Bom, me parece que você tem habilidades com essas coisa, é verdade?
- Tenho sim, viu. Aprendi muita coisa com meu pai que gosta de fazer trabalhos em casa.
- Que maravilha, já vi que encontrei um amigo que pode me socorrer. Então, se é fácil pra você, vou te chamar quando precisar de socorro. Posso?
- Claro que sim. Não tem problema nenhum.
- Então tá. Vamos combinar uma coisa. Já que agora somos amigos, deixa essa "dona" pra lá e me chama de Noêmia, tá bom?
- Ok, sem problemas, será um prazer.
Neste momento chegamos à rodoviária e quase em frente ao prédio do meu dentista. Nos despedimos e cada um seguiu seu caminho. O meu, no entanto, foi recheado de fantasias.
********
Nos dias seguintes, embora eu tenha saído sempre na mesma hora, nada de encontrar Noêmia no elevador. Imaginei que a amiga dela havia saído do hospital e ela não tinha porque sair de casa naquele horário. Até que na segunda-feira da semana seguinte nos cruzamos na saída do prédio. Ela saindo de carro da garagem e eu chegando do dentista.
- Oi, Pazé, tudo bem?
- Tudo Noêmia e você?
- Tô bem, mas precisando de um favor de um cara habilidoso, como você me disse naquele dia. Tô saindo agora, mas volto em mais ou menos uma hora. Vai lá em casa depois das quatro pra me ajudar?
- Legal, nesse horário fico tranquilo. Vou sim.
- Te espero, então. Tchau!
Noêmia se foi e eu fiquei cheio de curiosidade. O que ela queria que eu fizesse? Como seria sua casa? Será que eu conseguiria ajudar? Perguntas que me tiraram o sossego até por volta de quatro da tarde, quando fui até o apartamento vinte e dois. Toquei a campainha e esperei. Uma moça atendeu a porta e me apresentei.
- Boa tarde, sou o Pazé. A Dona Noêmia me pediu para vir aqui para ajudar com alguma coisa que não sei o que é?
Lá de dentro do apartamento escutei Noêmia.
- Dirce, deve ser o Pazé, diga pra ele entrar e esperar um pouco na sala.
- Bom, você ouviu, né. Tchau dona Noêmia, estou saindo. Até amanhã.
Fiquei por ali, em pé, esperando, numa sala muito bem decorada. Não demorou nada pra ela chegar. Estava linda como sempre. Vestia um vestido amarelado, decorado com tons de marron e vermelho, colado no corpo mas que se soltava depois do quadril. Dessa forma ele marcava muito bem seus seios e cintura, deixando uma bunda bem pronunciada e que a imaginação fizesse sua parte com relação às coxas. Como terminava pelo joelho, pude ver uma panturrilha bem grossa e a rasteirinha delicada nos pés. Acho que exagerei na minha "pesquisa" pelo corpo daquela deusa.
- Que foi, Pazé? Que olhar é esse?
- Não, nada não, Dona Noêmia. Estou curioso por saber o que posso fazer pra te ajudar.
- Olhá, lá, Deixa o "dona" pra lá. Já combinamos isso.
- É que a moça falou assim e eu...
- Sim, ela falou porque é minha secretária do lar, mas você é meu amigo. Ademais, hoje ela se atrasou. Normalmente ela vai embora pelas duas ou duas e meia. Mas isso não vem ao caso. Senta um pouco. Quer um suco?
- Não é necessário, estou bem.
Fui sentando numa poltrona enquanto ela insistiu...
- Espere que vou pegar um suco pra nós. Estou com sede.
Fiquei lá, esperando o tal do suco e pensando... Se ela precisava de um cara habilidoso, por que cargas d'água me mandou sentar? Eu logo saberia a resposta.
- Olha só, Pazé, um suco de acerola. Muito bom, espero que goste.
Me entregou o copo e sentou-se no sofá, fazendo um ângulo de noventa graus comigo e bem próxima. Cruzou as pernas, o que faz com que o vestido escorregasse um pouco e deixasse uma boa parte de sua coxa à mostra.
- Sabe, Pazé, as vezes eu fico muito sozinha aqui e preciso de alguém pra conversar. Meu marido viaja demais e tem semanas que sai na segunda e só volta na sexta. É muito solitário.
- Deve ser, sim, Noêmia. O suco está muito bom.
- Que bom que gostou.
A partir desse ponto, Noêmia começou a fazer muitas perguntas sobre a minha vida e a da minha família. Conversamos por mais ou menos quinze minutos até que ela me chamou pra ver o que queria que eu consertasse.
- Vem cá, Pazé, vou te mostrar o que quero que você me ajude a consertar.
Foi se levantando, pegou os copos em que tomamos o suco e me levou até a cozinha.
- Olha só essa lâmpada. Ela não para de piscar. Você sabe o que está acontecendo? Isso me atrapalha e as vezes pisca tanto que até me dá tontura.
- Deve ser o reator, Noêmia. Tem uma pecinha aí que fica fraca e precisa trocar.
Era uma lâmpada fluorescente que piscava sem parar. Ela deu um jeito de se colocar bem próxima de mim, à minha frente, me deu as costas e olhando pra cima perguntou.
- Ah, então precisa comprar outra? Não tem como dar jeito nisso hoje?
Enquanto falava, começou a cambalear e deu um pequeno passo para trás se encostando em mim e deixando o corpo mole. Eu a agarrei por trás, com as mãos debaixo dos braços e pude segurar seu corpo todo junto ao meu. Ela se deixou segurar e ficou em silêncio e imóvel por alguns instantes. Pude sentir aquele corpão todo junto do meu, enquanto roçava aquela bundona no meu pau. Um jovem na minha idade tem ereções instantâneas e não deu outra. Por dentro da bermuda meu pau endureceu e tenho certeza que ela sentiu. Ficamos agarradinhos mais um pouco e minhas mãos se apoiaram na cintura dela.
- Me segura, Pazé. Estou totalmente atordoada. Nossa, menino, isso nunca foi tão forte.
- Fica tranquila, Noêmia. Estou aqui pra ajudar, até você ficar bem.
Ela segurou minhas mãos e se alojou ainda mais no meu corpo.
- Me abraça, Pazé, me protege, não me deixa cair.
Elevou minhas mãos e, para meu espanto, as colocou sobre suas mamas.
- Me segura assim, quero ter segurança que não vai me soltar.
Eu não a soltaria por nada desse mundo. Tinha os seios dela nas mãos e não sabia bem o que fazer. Aquilo já estava demorando um pouco pra desenrolar e eu ousei. Comecei a mexer nos peitos dela e fazendo movimentos ritmados com as mãos, apalpava gostoso. Em seguida, Noêmia passou a mover seu quadril, de modo a esfregar seu corpo no meu. Eu sentia a bunda dela rebolando e fui massageando os peitos da mulher, com carinho. Aos poucos ela começou a balançar a cabeça de um lado para outro e a afastar os cabelos, mostrando o pescoço e o ombro. O perfume dela parece que ficou mais intenso e eu comentei.
- Seu perfume é muito gostoso, Noêmia.
- Então cheira meu pescoço, pra ver se fica mais gostoso.
Segurou os cabelos de lado, baixou a cabeça e me ofereceu o pescoço. Me aproximei e cheirei delicadamente aquele pescoço gostoso. Em seguida, dei um beijo suave e demorado, que fez com que ela se arrepiasse toda. Seu corpo se contraiu e ela falou.
- Ai, Pazé, desse jeito você vai me derrubar novamente. Que cheirada maravilhosa, meu querido.
Depois disso, sem se afastar, ela foi virando o corpo e ficamos frente à frente, ainda abraçados. Ela me olhou nos olhos fixamente como se quisesse me hipnotizar e ficou imóvel. Eu a abraçava pela cintura e as mãos dela estavam no meu pescoço. Resolvi ousar mais uma vez e fui aproximando nossos lábios até que toquei os dela e lhe dei um selinho suave e demorado. Ela, de olhos fechados, sorriu um sorriso sacana.
- Hummm, que delícia... um beijinho de namorado. Fazia muito tempo que eu não recebia um desses.
- Que bom que você gostou e pena que não possa ser minha namorada.
- Ah, Pazé, se você prometer que não conta nada pra ninguém, acho que podemos ser namorados, sim.
Eu não esperava essa reação de parte dela. Na verdade estava esperando uma reprimenda forte, por ter ousado beijá-la. Afinal, minha condição de garoto inexperiente me deixava totalmente sem saber como agir. Ela abriu os olhos e me olhou fixamente, como o fez anteriormente, deixando o tempo correr, sem pressa.
- E então? Promete? Jura?
Eu estava com a boca seca e sem acreditar que aquilo estava acontecendo. Com dificuldade saíram algumas palavras da minha boca.
- Eu prometo, sim, mas... como é que isso vai ser?
Ainda estávamos agarradinhos no meio da cozinha. Noêmia sorriu mais intensamente, soltou de meu pescoço, colocando as mãos atrás do corpo e balançou a cabeça, fazendo os cabelos dançarem deliciosamente.
- Exatamente como namorados. Eu serei sua namorada e você meu namorado. Lembra o que eu te disse no carro, sobre meu marido?
- Sim, você disse que ele te deu o carro de presente.
- Por que ele fez isso? Lembra que te contei?
- Acho que é porque ele te deixa muito tempo sozinha, né?!
- Isso mesmo. Você é um garoto observador e atencioso. Pois então, eu preciso de companhia e nada melhor que um namorado. Bom, se você me aceitar, né!?
- Claro que aceito. Seria um bobalhão de não aceitar namorar com uma mulher linda como você.
- Ah, então não faz mal que eu seja meio coroa? Você me acha bonita mesmo?
- Acho sim, Noêmia. Bonita, simpática, cheirosa.
- Hummm, que lindinho. Um namorado que elogia a namorada. Isso é coisa rara viu?
- Mas é verdade. Eu não falaria uma mentira pra você.
- Deve ter algo a mais nesses elogios. Estou sentindo que tem algo mais pra me dizer, pra justificar o que estou sentindo, abraçadinha com você.
Eu sabia o que ela estava insinuando mas morria de vergonha daquela situação. Meu pau estava duro como um poste e é claro que ela estava sentindo.
- Diga, Pazé, não pode esconder nada da namorada. A gente pode falar tudo entre nós. Me conta, além de bonita, simpática e cheirosa, que mais?
- Bom, pra ser sincero, te acho muito gostosa também.
- Ah, que maravilha. Se não está exagerando, essa é a melhor coisa que ouvi nos últimos meses. Faz tanto tempo que ninguém diz isso pra mim... É bom saber que tem alguém que olha pra gente desse modo.
- É, desde o primeiro dia que nos encontramos no elevador eu notei que você era essa mulher maravilhosa.
Ao ouvir isso ela sorriu e seus olhos se iluminaram. Voltou a me segurar pelo pescoço, me puxou delicadamente aproximando nossas faces e ofereceu-me os lábios carnudos e vermelhos. Não pensei duas vezes e a beijei deliciosamente. Foi um beijo longo e profundo. Enquanto o beijo rolava minhas mãos acariciaram delicadamente as costas da minha nova namorada. Percebi que nossa atitude mexeu definitivamente com a forma dela respirar. Ela passou a respirar descompassadamente e a suspirar forte e profundo. Meu tesão foi às alturas e meu pau parecia que iria rasgar a bermuda. Sem controle, minhas mãos desceram pelas costas dela e foram diretamente para sua bunda. Apalpei com gosto as duas nádegas e nesse momento ela interrompeu o beijo.
- Não, Pazé, assim não. Você está indo rápido demais.
- Me desculpe, Noêmia, acho que perdi o controle.
- Não precisa se desculpar, eu entendo. Afinal, nós não somos crianças e...
- Desculpe, não pensei no que fiz.
Ela riu da minha reação e procurou me tranquilizar. Novamente me disse que entendia e acabou me derrubando com uma pergunta certeira.
- Não minta pra mim: você já tranzou ou ainda é virgem?
Fiquei totalmente desconcertado. Não sabia o que responder ou como me comportar. Eu era virgem e a resposta àquela pergunta seria razão de enorme vergonha. Como admitir essa realidade naquelas condições? Novamente sorrindo, ela segurou meu rosto entre as mãos e procurou me deixar calmo.
- Não precisa responder. Sua expressão facial já me contou. Não se preocupe com isso. É pra isso que a gente namora, pra desenvolver as coisas que um casal deve compartilhar. Não faz diferença pra mim.
- Pra ser sincero, eu nunca namorei. A profissão do meu pai, de cidade em cidade, a cada seis meses ou no máximo, um ano, não deixa a gente ter vida normal.
Ela me olhou com uma expressão de ternura e carinho. Depois continuou:
- Agora que disse isso, pensando bem, acho que faz diferença sim. Isso deixa as coisas muito mais interessantes no nosso namoro. Me deixa na posição de professora. Eu quero te ensinar a namorar. Você quer ser meu aluno? Você deixa eu te ensinar?
Com muita dificuldade, tentei achar as palavras certas para aquela resposta.
- Claro que deixo. Será um enorme prazer ser seu aluno e aprender tudo que tem pra me ensinar. Na verdade, penso que será um orgulho imenso ser seu aluno.
- Então vamos fazer assim: amanhã eu te espero para arrumar a lâmpada. Minha secretária vai embora por volta de duas horas. Você fica lá na portaria esperando ela sair, dá um tempinho e depois sobe aqui. Não precisa nem tocar a campainha. Pode entrar direto que estarei te esperando. Qualquer mudança de planos eu vou descer antes dela, passo por você e te dou boa tarde. Combinado?
- Combinado, Noêmia. Então ficamos assim.
Fiz menção de me retirar e ela me segurou pelo braço.
- Ah, mas você não vai saindo assim, né? Tem que se despedir direito da sua namorada.
Me agarrou e novamente, trocamos um beijo delicioso. Depois disso, me acompanhou até a porta e fui pra casa.
Continua.