Triângulo Amoroso - Capítulo XXII

Categoria: Heterossexual
Contém 3967 palavras
Data: 25/05/2024 10:24:25

LAURA

Era uma terça-feira e Márcia completava quinze dias atuando como secretária de Laura e já estava dominando todos os serviços. Uma secretária mais antiga havia ficado com ela no início, porém, não se passaram três dias antes que ela informasse à Laura de que a garota tinha condições de executar bem todas as tarefas ao seu cargo e voltou a atender o advogado com que ela trabalhava antes.

E Laura não havia se arrependido de sua escolha. Que dizer, ela não se arrependera no que se referia à eficiência da jovem secretária, porque com relação ao comportamento, ela não conseguia entender o que se passava com ela.

Laura havia visto Marcinha, uma garota tímida criada em uma cidade do interior chegar a uma cidade grande e, apesar de nunca demonstrar ficar assustada com as diferenças que essa mudança ia provocar em sua vida, ela era deslumbrada com tudo. Só era mais comedida nesse deslumbramento do que seu marido, pois Lukas agia como se fosse transportado de repente para a Disneylândia e tudo para ele era motivo para se admirar. Quer dizer, ambos se admiravam. A diferença é que, enquanto Marcinha dividia sua atenção entre as novidades e coisas que para ela até então eram estranhas e com as pessoas a sua volta e depois agia der forma mais comedida. Isso chamou a atenção de Laura de uma forma positiva, pois demonstrava que ela era observadora e inteligente ao ponto de entender como as pessoas agiam normalmente para depois tentar imitá-las.

Depois de pouco tempo na cidade, Márcia já havia dado um salto em seu comportamento. Agindo como se tivesse morado em uma cidade grande desde que nascera, ela era uma das pessoas que riam de Lukas que pouco mudara. Mas não foi apenas essa mudança e Laura percebeu que havia entre a garota e seu marido uma ligação que ia além do de uma mulher que está recebendo ajuda e o homem que está prestando essa ajuda. Parecia haver uma sintonia entre eles que se entendiam com muita facilidade, mas como isso era notado apenas no ambiente de serviço, a mulher achou que essa mudança era positiva e nunca tentou tirar daquilo um significado diferente.

E, de repente, Márcia estava desabrochando. Ela parecia mais feminina, quer dizer, ela sempre pareceu feminina em sua beleza admirável, porém, havia algo diferente. Laura, se tivesse que responder a uma pergunta sobre o que eram aquelas mudanças, diria que Marcinha agora parecia ser mais mulher e exibia uma sensualidade fora do comum.

Laura não sabia, mas nessa época Marcinha e Alberto estavam na fase de se provocarem. Foi quando houve o caso na piscina e depois no apartamento do jovem casal quando ele se entregou ao desejo de tê-la em seus braços e ela quase que foi vencida, rechaçando o avanço dele que já tocava sua xoxotinha e pedindo para que ele não fizesse aquilo. Porém, quando ela disse isso, usou como motivo para sua recusa o fato de seu marido não fazer isso, ou seja, ela não disse que não queria, apenas que era errado. Alberto entendeu isso. Na visita seguinte, ele foi mais além e chegou até a colocar o pau para fora e ela usou suas mãozinhas delicadas para acariciar aquele pau enorme e sentir sua grossura. Lógico que, nesse gesto, ela passou a informação que desejava a mesma coisa que ele.

Toda essa carga erótica quer tomou o Alberto em corpo e espírito teria que provocar mudanças e foi o que aconteceu. De repente, o homem começou a tratar sua esposa Laura de uma forma mais respeitosa do que a que era normal ao mesmo tempo em que evitava qualquer contato íntimo com ela. Além disso, foram várias as vezes em que Laura surpreendeu seu marido perdido em pensamentos como se seus pensamentos não estivessem presentes no ambiente em que eles conviviam. E essa era uma realidade, pois o homem estava presente apenas de corpo, pois seus pensamentos viajavam nas curvas maravilhosas do corpo de Márcia em situações impossíveis de se tornarem realidades e eram curtidas apenas em seus sonhos.

Laura, que nunca demonstrara ser uma mulher muito ligada ao sexo e apenas cumpria a suas obrigações como esposa, se entregando ao marido quando por ele era procurada, mas sem nunca ousar em fazer nada diferente, chegou a sentir falta de transar com ele que aumentou os intervalos que conduzia a esposa à prática do sexo. O que ela não sabia é que seu marido estava vivendo uma situação que o colocava nas nuvens ao saber que o desejo que nutria por sua prima do interior era correspondido pela mesma.

Depois, do nada, o comportamento do marido passou por outra mudança. Essa mudança começou a acontecer na mesma época em que ela percebeu que a Marinha também estava diferente. Não que ela estivesse mais bonita ou mais sensual, pois isso poderia parecer impossível uma vez que ela já tinha apresentado essa característica. A mudança na garota agora era diferente. Ela demonstrava uma maior segurança em tudo o que fazia e a comunicação com o Alberto estava ainda mais fácil. Agora eles se entendiam com apenas uma troca de olhares. Havia outra mudança que Laura não notou na época que era o fato de Marcinha, quando estava no escritório ou saia junto com o Alberto para almoçarem juntos, mesmo na presença dela, a garota parecia que orbitava seu marido. Ou seja, ela girava ao seu redor como se uma força invisível a mantivesse presa a ele.

Por outro lado, a convivência de Alberto com ela piorou. Não no relacionamento profissional, pois nesse particular ele nunca mudava e nem no familiar, pois ele agia da forma correta sempre que estava na frente dos filhos, de parentes ou de amigos. O que mudou radicalmente foi no que se referia ao convívio deles na intimidade, Laura se surpreendia cada dia mais com o fato de seu marido não a procurar mais e, quando se cansou das desculpas que ele dava para não ir para a cama com ela, sempre usando algum jogo de futebol que queria assistir, o que era uma novidade, pois ele nunca foi fanático por esse esporte ou usar outra que o levava a assistir algumas séries em uma rede de streaming. Eram sempre aquelas séries com um número de temporadas que nunca ia acabar.

Se Laura tivesse o poder de ler o pensamento de seu marido, descobriria que o que o afastava dela era o seu complexo de culpa. Ele já estava transando com a Marcinha e depois se sentia culpado por isso, mas essa culpa não era o suficiente para que ele a desejasse mais e mais vezes.

Quando Laura estava decidida a iniciar uma verdadeira ‘DR’ com o marido, pois por mais que ela fosse a parte mais racional naquela relação e evitava os excessos sexuais enquanto ele estava sempre disposto a transar, nova mudança.

Do nada, sem que nenhum acontecimento justificasse nova mudança, Alberto passou a se comportar diferente, principalmente na cama. Ele, que na fase anterior se tornara ainda mais carinhoso com ela no intuito de compensar seu sentimento de culpa, agora havia começado a se desmanchar em atenção a ela e praticamente a atacava quando iam para a cama, Pior que isso, corrigindo, melhor que isso, é que o comportamento dele na cama também se mudara.

O Alberto, sempre que queria algo diferente, se desmanchava em carinhos e todo meloso pedia para que Laura atendesse aos seus desejos. Algumas vezes ela concordou, como por exemplo, no sexo oral, não sem antes recomendar que ele não gozasse dentro de sua boca. Só não cedia quando ele insistia em foder o seu cuzinho. Não que seu rabinho fosse virgem. Ela já havia presenteado alguém com ele antes de conhecer o Alberto e uma única vez permitiu que ele também tivesse a honra de explorar o que ele chamava de tesouro proibido. Na primeira ocasião, aquela que não foi com o marido, ela adorou. Já com o marido não foi tão bom e ela, depois dessa experiência que não lhe deu nenhum prazer, jamais concordou em repetir o que ela taxava de ser uma indecência.

Então surgiu o Alberto com algo totalmente novo que surgiu na última transformação de comportamento pelo qual ele passara. Ele parou de pedir. Em vez disso, ele simplesmente tomava posse daquilo que era seu e o usava da forma que queria. Foi assim que ele gozou na boquinha da Laura pela primeira vez e, como ela não reclamou, repetiu muitas outras.

Então aconteceu aquilo que parecia ser impossível, Em uma noite em que ele parecia estar ainda mais tarado que o seu normal dos últimos meses, ela estava deitado de bruços e ele começou a beijar suas costas, descendo com sua língua pela espinha até atingir o reguinho, Laura achava que ele ia chupar a sua xoxota, pois ultimamente ele vinha se mostrando um expert no ato de lhe dar prazer com sua língua maravilhosa e, com esse pensamento na cabeça, ela arrebitou a bunda para que ele pudesse alcançar a sua bucetinha que já se melava toda esperando por ser usada,

Não foi isso que aconteceu. Alberto sequer chegou a tocar com a língua a sua buceta. Quer dizer, não naquela hora, porque depois teve que fazer isso a pedido dela. Mas, naquela hora, ele usou as duas mãos para separar as nádegas dela e ficou olhando para o seu botãozinho róseo que, diante do longo tempo em que ficou intocado, parecia ainda virgem com todas as suas preguinhas. Enquanto ele olhava, ouviu a esposa reclamar:

– O que você está fazendo Alberto? Não faça isso. Eu fico constrangida em ser exposta desse... Ai... Ai seu doido. Não faz assim.

No meio da frase de Laura a ponta da língua de Alberto tocou o cuzinho dela fazendo com que ela interrompesse sua fala e, para surpresa de ambos, principalmente dele, o cuzinho pareceu piscar e a bundinha bem cuidada e durinha de Laura se arrebitou um pouco mais, como se estivesse pedindo por mais ousadia naquela invasão inesperada.

Não precisou novo convite. Imediatamente Alberto firmou sua língua dando a ela a firmeza necessária para forçar a entrada daquele cuzinho. A reação da mulher foi imediata:

– Aiiiii Alberto. Já... Eu já te pedi... Não faz isso comigo... Ai... Ai... O que você... vo... você vai fa... fazer comigo meu marido. AIIIIIIIII.

Os gemidos de Laura se transformaram em grito quando, sem aviso prévio, Alberto enfiou metade do dedo indicador no cuzinho dela. Porém, antes que ela pudesse reclamar, ele já havia retirado o dedo e voltara a trabalhar com sua língua. Em vez de reclamar, Laura voltou a gemer. Dessa vez, apenas a gemer até que o Alberto, como se estivesse cumprindo um ritual, voltou a enfiar o dedo indicador nela, cuidando para que fosse apenas a metade do dedo. Ela voltou a gritar:

– Ai Alberto. Ai ai. Você está muito tarado hoje viu... Desse jeito você vai acordar as crianças.

– As crianças que você fala são as que estão na faculdade já? E que hoje saíram? Seu filho com a namorada e sua filha com as amigas. Ele provavelmente não volta antes de levar a putinha dele para um motel e foder com muita força a bucetinha dela e sua filha disse que vai dormir na casa da amiga. Isso foi o que ela disse. Vai saber aonde ela vai dormir e se vai dormir mesmo,

Isso quase tirou o embalo de Laura que, levantando o dorso, olhou para o marido e falou:

– Não fale assim da nossa filha. Ela não é assim.

Alberto não perdoou:

– Você notou que só defendeu sua filha? Quer dizer. Seu filho pode foder a bucetinha da filha dos outros, mas a da filha tem que ficar intocada.

– Alberto. Respeita a sua filha.

– Lógico que eu respeito. Nesse exato momento estou respeitando o direito que ela tem de ser jovem, de ser mulher e de viver a vida dela. O nosso papel nós já fizemos que foi dar a ela educação e as informações necessárias para que ela saiba como agir e não entrar em uma situação que atrapalhe o seu futuro. Agora é com ela.

Mas Alberto não falava isso em tom de discussão. Ele falava como se fosse a coisa mais natural do mundo. Tão natural que, enquanto falava, ele continuava com o dedo no cuzinho de Laura fazendo movimentos lentos, Quando acabou de falar, ele se curvou, retirou o dedo e o substituiu por sua língua. Laura chiou antes de falar:

– Ai seu safado. Está tão bom essa safadeza. Enfia o dedo em mim de novo vai. Enfia que já estou me acostumando.

Alberto obedeceu, porém, como ele havia deixado bastante saliva ali, o cuzinho estava bem lubrificado e ele aproveitou esse fato para enfiar dois dedos dentro da esposa.

– Ai Alberto. Desse jeito você me machuca...

– Machuca é? Mas pelo tom de sua voz não dá para permanecer que está doendo.

– Seu louco safado.

Ao dizer isso, Alberto foi surpreendido por Laura que apoiou os joelhos no colchão para levantar sua bunda e, sem levantar o rosto do travesseiro, deixou sua bunda totalmente a mercê de seu marido. Ele não se fez de rogado e, ficando de joelhos atrás dela e aproveitando o fato de já estar nu, levou a cabeça do pau até a entrada do cuzinho dela e forçou.

– Ai Alberto. Não faz isso. Vai doer muito. Aiiiii.

Alberto havia abaixado um pouco o pau e enfiou na xoxota da esposa. Deu quatro socadas e o retirou de lá. Como ele esperava, seu pau veio todo melado com o mel que a buceta dela produzira com tanta provocação. Ele levou então a mão na buceta dela e enfiou três dedos e quando os retirou eles estavam todos molhados. Ato seguinte, ele lubrificou o buraquinho de Laura com a umidade de seus dedos, chegando até mesmo e enfiar novamente dois dedos nela que agora deslizavam mais fácil.

– Puta que pariu. Dói mas é bom. – Falou Laura dando a ele mais coragem de seguir em frente.

Alberto colocou então a cabeça do seu pau na entrada do cuzinho e forçou. A lubrificação causada com o uso dos sucos da buceta dela, somada à estimulação que ele fizera usando os dedos, facilitou para que a cabeça se alojasse dentro do cuzinho dele que parou e aguardou, enquanto Laura gemia e reclamava:

– O que você está fazendo Alberto? Você sabe que eu não aprovo... Ai seu tarado... Eu não gosto de fazer sexo... Ai porra. O que você está fazendo aí que não se mexe.

Alberto depois ia rir de Laura, pois ao reclamar que ele não se mexia, ela não disse se era para se mexer para frente, enterrando de vez o pau no cuzinho dela ou se era para trás e retirar dali desistindo de tudo.

E não foi preciso que ele fizesse nada para saber qual era a alternativa correta. Foi Laura que, diante da imobilidade dele, forçou sua bunda para trás e foi engolindo com seu cuzinho quase virgem todo o enorme pau do marido enquanto mordia o travesseiro que, depois daquela foda, teve que ter a fronha que ficou totalmente arruinada com seus dentes.

Alberto, perdendo um pouco a noção de onde estava, segurou as ancas de sua mulher e começou a foder o seu cuzinho colocando nesse ato toda a frustração pelo longo tempo de casamento sem fazer isso. Laura apenas gemia e por duas vezes esses gemidos se transformavam em gritos indicando que ela, durante o tempo que seu cuzinho foi fodido antes que o Alberto despejasse uma enorme quantidade de porra dentro dele, gozou duas vezes. A terceira foi junto com ele, pois ao sentir o calor e a sensação de ter seu rabinho preenchido de porra, gozou pela terceira vez.

Depois de descansarem, Alberto comentou:

– Puxa vida. Você demorou a me dar esse seu cuzinho, mas quando deu fez valer a pena!

Laura apenas o olhou sorrindo e então a curiosidade venceu e ele perguntou:

– Por que você nunca quis fazer isso ante, Laura?

– Porque você sempre pedia. Hoje você não pediu. Você pegou. Assim fica difícil de resistir,

– A mesma coisa aconteceu quando eu gozei na sua boca?

– Mais ou menos. Lá eu reclamei a primeira vez. Mas no fundo eu já estava gostando disso.

E foi assim que as aventuras extraconjugais de Alberto fizeram com que ele e a esposa passassem a ter uma vida sexual mais intensa e ela, embora evitasse confessar isso ao marido, estava adorando isso.

Depois dessas recordações, Laura entrou na pior parte. Já fazia duas semanas que o Alberto, ao contrário do que vinha fazendo nos últimos meses, não a procurava na cama. Em vez disso, vivia triste pelos cantos, sempre com um livro na mão. |Livro esse que ela um dia teve a curiosidade de verificar e descobriu que ele, depois de alguns dias, não havia avançado na leitura. Ou seja, há mais de três dias que ele, mesmo ficando quase o tempo todo e que estava em casa com aquele livro na mão, estava lendo a mesma página.

E havia a mudança de Marcinha. No dia em que ela chamou a moça para conversar e pediu para que ela assumisse o lugar de sua secretária, ela havia dito que estava se desligando da empresa. Ocorreu então a Laura que ela nunca perguntou o motivo dessa decisão de Márcia em se demitir. Ela estava tão focada em resolver seu problema que deixou esse detalhe lhe escapar.

Mas não era só isso. O comportamento dela também estava diferente. Todo aquele brilho que ela mostrava, aquela alegria inteligente e viva tinha desaparecido, Márcia nunca sorria, apenas era cortes e educada com todos. Quando não estava conversando om ninguém vivia de cabeça baixa e seu olhar revelava estar sem vida e a tristeza que transparecia dele chegava a ser tocante.

Foi nessa hora que Laura uniu as mudanças ocorridas em Alberto e Márcia em um mesmo contexto. Ansiosa, quase que sem poder se controlar, ela voltou ao início e analisou mudança entre eles e percebeu que todas as vezes eram coincidentes, ou seja, a mudança de um deles correspondia as mudança do outro. Então, ela ficou focada na última mudança, aquela que persistia até aquele momento e foi como se tivesse sido atingida pela realidade que lhe caiu na cabeça como se fosse um raio.

– Não! Isso não é possível! O Alberto não faria isso. Não com essa garota. Filha de um primo dele, casada a menos de um ano. Não, Isso é demais para...

Então outro fato lhe ocorreu. Desde que a Márcia começara a trabalhar como sua secretária, o marido evitava vir até sua sala. De repente, ele passou a usar o telefone para comunicar com ela, seja para tratar do caso de algum cliente ou mesmo para assuntos domésticos dos dois.

Toda aquela situação. Aquela tristeza e o distanciamento que estava havendo entre os dois só podia ser entendido de uma forma. Tudo aquilo indicava que, de alguma forma, que alguma coisa entre seu marido e sua prima Márcia tinha terminado.

– Que porra do caralho! – Exclamou Laura em voz baixa. – Se alguma coisa terminou é porque existiu um relacionamento. E bem debaixo do meu nariz. Do meu e do marido dela. Mas que merda!

Depois de dizer isso para ninguém ouvir, Laura baixou a cabeça apoiando seu rosto no braço e assim permaneceu por mais de quinze minutos. De repente, agindo como um autômato, ela se levantou, pegou sua bolsa e saiu de sua sala. Passou por Marcinha sem sequer olhar para ela, tomou o elevador que já estava parado no andar.

Apesar de ter certeza da traição de seu marido, Laura decidiu naquela hora que não bastavam as evidências que a levaram a chegar àquela conclusão e sabia que precisava de conseguir as provas para depois poder agir.

A pergunta que ela se fazia é se teria condições de manter a calma e conviver normalmente com os dois traidores até conseguir o seu objetivo. Também sabia das dificuldades em conseguir essas provas uma vez que tudo levava a crer que o relacionamento que mantinham tinha chegado a um final ou havia sido interrompido.

O que Laura não sabia é que seria tão fácil. Naquela mesma noite ela fez algo que jamais imaginara que seria capaz de fazer e, depois que o Alberto dormiu, ela pegou o celular dele e, com muito cuidado, usou a impressão digital dele que dormia um sono pesado para desbloquear. Foi direto para o Whatszapp e a princípio não encontrou o que buscava, precisando rolar bastante a tela, o que indicava que eles não se falavam há um bom tempo. Finalmente, chegou ao nome que queria e abriu o bate papo.

A princípio não leu nada que comprometesse ao seu marido, porém, na medida em que ia retrocedendo as mensagens viu todas as suas suspeitas confirmadas. Mensagens de seu marido confessando o desejo que sentia pela jovem mulher ou comentando sobre prazeres maravilhosos que haviam tidos eram lidos com dificuldade por seus olhos toldados de lágrimas.

Cuidadosamente fez um print das mensagens e enviou usou o e-mail do marido enviando as imagens com as mensagens para o e-mail dela. Em seguida, pegou seu próprio celular e confirmou que as mensagens tinham sido recebidas. Só então voltou a manusear o celular do marido apagando as mensagens enviadas, primeiro do local onde normalmente ficam e depois excluiu de forma definitiva tirando-as também da lixeira.

Deixou o celular no local aonde o encontrara e foi se deitar, mas não conseguiu dormir, passando a noite em claro. Na sua mente vinham algumas imagens que poderiam despertar nela alguma suspeita e se perguntava como havia sido inocente.

Naquela manhã saiu de casa antes do marido se levantar e foi para o escritório lá chegando antes de todos os outros advogados e funcionários, começando a estudar um processo que tinha uma audiência marcada para aquele dia. Não conseguiu se controlar e com medo de confrontar a Márcia quando ela chegasse, saiu do prédio e se dirigiu ao Tribunal de Justiça, uma vez que o processo que ela estava lidando estava em fase de recurso em segundo grau.

Teve que esperar mais de duas horas até iniciar a audiência só para descobrir que ela não devia ter ido. Perdida em sua angústia fez com que aquilo que seria apenas um depoimento rotineiro da parte de seu cliente se tornasse um verdadeiro desastre.

Quando retornava para o escritório sentia um frio na barriga, pois teria que ficar frente a frente com pelo menos uma das pessoas que tinha lhe traído e toda a frustração acumulada nas últimas horas acabaram por gerar nela um desiquilíbrio. Desesperada, resolveu não voltar para o escritório naquele dia e, como sabia que voltar para a sua casa não ajudaria em nada, ficou perambulando pela cidade até que, passando perto do Parque do Ibirapuera, resolveu caminhar um pouco. Estacionou o carro, porém, não conseguiu sair do mesmo e permaneceu ali durante horas dando vazão ao pranto que teimava em sair de seu peito angustiado.

Laura ali permaneceu até tarde. Sem se alimentar, ingerindo apenas um suco de laranja que ela havia trazido consigo, repassou toda a sua vida no sentido inverso, ou seja, começando com a traição do marido e voltando até antes do casamento e foi nesse instante em que ela se lembrou de uma situação que havia enfrentado antes de conhecer o Alberto que a deixara em situação parecida e lhe veio a mente como foi que ela superou a situação naquela época.

Isso deu à Laura a ideia exata do que ela precisava fazer e, sem vacilar, deu partido no veículo e saiu dali tomando o rumo da Rodovia Airton Sena. Logo transitava em alta velocidade se afastando de São Paulo.

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Comentários

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Aí sim esta história tomou outro rumo....espero esquentar após próximo capítulo......

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Grande Nassau, bom dia

Olha eu demorei uns dias para ler esses capitulos novos.

Eu acompanhei e li a série original, depois com a sua versão.

essa continuação era bem esperada por mim, e você esta me surpreendendo, achei que você poderia se concentrar nas aventuras dos três.

mas agora a entrada definitiva da Laura na história, com ela conseguindo descobrir a traição do marido e da "prima", trouxe um frescor de inicio, parece que agora vai começar outro conto destro do mesmo, achei muito legal isso.

tenho certeza que você vai conduzir da melhor maneira possível.

Parabéns

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"Eu, particularmente, prefiro o foco no triângulo amoroso, mas essa é uma decisão do autor".

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Aqui vai o meu pqp de hoje, muito massa a narrativa.... Show Nassau

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Tomara que ela vá falar e foder com o Lukas😂

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Quero saber como foi a conversa da Marcia com o Lukas, explicando porquê continuou no emprego...

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Acho que não foi.

O Lukas adotou a atitude de não conversar com a Márcia. Ele está dando a ela a pior punição que é fingir a indiferença.

Isso deixa qualquer mulher louca da vida. Normalmente as mulheres preferem uma boa briga do que isso. KKKKKKK

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Que bom que voltou Nassau, estava fazendo falta. Como sempre, seus contos com um conteúdo emocional bem intenso. ⭐️⭐️⭐️ Não tinha lido a série original. Vou ler. A muito tempo atrás, li uma outra série em que o casal de novinhos curtia juntos uma relação com o dono do sítio onde o marido era caseiro... O marido curtia ver a esposa provocar o coroa. Foi até o coroa transar com ela, sempre com a concordância do marido, bem legal. Bem parecido. Vou tentar achar e te digo.

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O conto que você leu é do escritor AVENTURA.CTBA a aparece em das versões, uma escrita pelo marido e outra pela esposa. Vou deixar abaixo os links desses contos para o caso de você quiser rever.

Versão do Marido AO SR. JOSÉ COM CARINHO (ETERNAS RECORDAÇÕES)

https://www.casadoscontos.com.br/texto/200910959

Versão da Esposa EU, MEU MARIDO E O SENHOR JOSÉ (ETERNAS RECORDAÇÕES)

https://www.casadoscontos.com.br/texto/2012011308

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Não, o que eu me referi foi o "Descobrindo o prazer com o Sr Augusto", desse mesmo autor que vc indicou. Gostei bastante. O casal curtiu e cresceu juntos, com uma cumplicidade enorme. Nenhum ficou.pra trás.

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Verdade. Li esse também.

Só que esse é o casal mais velho e o casal novinho, havendo uma troca.

O do sr. José é um casal novinho e um mais velho que é viúvo.

Todos os dois são bons. Aliás, os contos daquele autor costumavam ser muitos bons.

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É que no início, ficaram apenas o Augusto com a menina. O marido curtia, mas apenas observava, sem nem o próprio amante saber que ele estava acompanhando e planejando tudo junto com a esposa. Achei bacana esse esquema do casal, essa cumplicidade. Tanto que quando o rapaz conta ao amante que ele sabia de tudo desde o começo e tudo foi feito com a sua permissão, o Augusto ficou bastante surpreso. O casal não me passou em momento algum fraqueza em seu relacionamento. Outra situação que me lembrou esse conto, foi que, apesar da menina estar gostando bastante das transas com o amante, sempre colocou o Amor pelo marido em primeiro lugar. Como vc disse neste conto atual, os planos para o futuro e o agrado principal, era para o marido. Enfim, muito bacana.

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Muito obrigado Nassau!

Vc é PHÓDA!

👏🏼👏🏼👏🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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