Regina caminhava apressadamente pela movimentada estação de metrô, seu passo firme ecoando no concreto enquanto ela se esforçava para não perder o próximo trem. A multidão agitada parecia envolvê-la em um redemoinho humano, cada pessoa imersa em sua própria jornada.
De repente, uma voz cortou o ruído ambiente, chamando seu nome. Regina parou abruptamente, seu coração acelerando com o susto. Ela virou-se na direção da voz, encontrando um homem avançando em sua direção através da multidão. Um arrepio percorreu sua espinha quando seus olhos se encontraram. Era ele. O homem com quem ela compartilhara uma noite de paixão desenfreada em seu apartamento.
Um turbilhão de emoções a inundou. Surpresa, medo, desejo. Ela estava tentada a se afastar, a fugir daquele encontro inesperado. Mas sua mente, em alguns instantes, reviveu aqueles momentos de sexo louco, que fez com aquele homem e nem sabia seu nome.
Sua curiosidade venceu sua insegurança, e permitiu que ele se aproximasse.
Quando ele finalmente alcançou Regina, seu olhar transmitia uma mistura de admiração e urgência. Ele explicou que desde aquela noite estivera procurando por ela, incapaz de tirá-la de sua mente. Regina sentiu-se lisonjeada, mas também desconfortável com a intensidade de sua busca.
Com cautela, ela perguntou por que ele a procurava com tanta insistência e como ele descobriu seu nome, já que naquela noite ele foi embora rapidamente e nem telefones trocaram. Sua resposta foi simples: ele queria reviver aqueles momentos de paixão compartilhada, queria estar com ela novamente. Quanto ao seu nome, o zelador do seu prédio havia falado, mas quando obteve está informação faziam dois dias que ela havia se mudado, contou ele, com ar de desapontamento.
Regina hesitou por um momento, ainda perdida em lembranças daquela noite intensa. Ela admitiu para si mesma que havia gostado daquela experiência, da conexão visceral que compartilharam. Mas sabia também que era apenas isso: uma única noite de êxtase fugaz.
Com uma voz firme, ela explicou que, apesar de ter apreciado aquele momento de entrega, não desejava repeti-lo. Aquilo foi especial, mas ela queria apenas ficar com as doces lembranças daquele momento inusitado.
O homem parecia desapontado, mas não desistiu. Ele insistiu para que ela anotasse seu número de telefone, oferecendo a possibilidade de reconsiderar sua decisão. Regina recusou, recuando um passo para trás.
"Não é necessário", disse ela com gentileza, mas firmeza. "Aquele momento foi único, mas agora é apenas uma lembrança. Adeus."
Ele viu a bolsa de Regina entreaberta e rapidamente colocou lá um cartão de visita do seu trabalho. “Me liga” disse ele, se afastando rapidamente.
Surpresa com a audácia do cara, Regina fechou o zíper da sua bolsa e retomou seu caminho em direção ao trem.
Já no trabalho, quando foi acessar sua bolsa, a procura do seu batom, viu o cartão que aquele homem havia colocado lá. Pegou na mão para jogá-lo fora: “Daniel, pelo menos agora eu sei o nome do cara que me comeu”, pensou. Ensaiou jogar o cartão na lixeira, mas algo a deteve. Decidiu deixar na bolsa, um erro, mas isso descobriria mais tarde.
………..
O marido de Ana trabalha todo dia até tarde da noite e isso era tudo que elas precisavam, estavam juntas quase todas as noites. O tempo era testemunha silenciosa de sua cumplicidade crescente, enquanto suas conversas se tornavam mais íntimas a cada encontro.
Regina, com seus cabelos negros como a meia-noite, e Ana, com seus olhos que guardavam segredos profundos, compartilhavam risos e confidências.
O que começou como um encontro incidental, no corredor de um supermercado, se transformou em uma amizade colorida, onde o desejo sussurrava entre as palavras trocadas. Sob o véu da noite, elas exploravam os recantos mais profundos de suas almas, encontrando conforto e paixão nos braços uma da outra.
Entre suspiros e carícias furtivas, Ana e Regina descobriram um amor que desafiava convenções, um amor que florescia nas sombras e brilhava na escuridão.
Na verdade, fazer sexo com outra mulher era novidade para ambas. Afinal até aquele momento só haviam experimentado relacionamentos héteros. Não se julgavam lésbicas, mas naquelas semanas que passaram juntas, se divertiram muito.
Em uma noite, Regina apresentou uns brinquedos, que comprou pela internet. Um pau de silicone com vibrador, gels eróticos e uma piróca dupla, que era a preferida delas. Viram duas mulheres usando uma piróca daquelas num vídeo e curtiram muito a performance.
Regina adorava colocar Ana de quatro e brincar com a piróca na buceta dela.
Aquele membro artificial era macio e flexível, então Regina o dobrava quase como um L e colocava metade na buceta de Ana e a outra metade introduzida na sua e fazia movimentos de entra e sai como se fosse um macho a foder Ana.
Numa das vezes em que Regina enterrava a piróca em Ana,ela usou um gel pra lubrificar o cuzinho dela e introduziu seu polegar lá. Ana prostrada sobre o tapete da sala, pressionava sua cabeça com duas almofadas para sufocar seus gemidos de prazer.
Regina encarava aquilo tudo, como uma diversão. Separada a pouco mais de um ano, queria apenas sexo sem envolvimento. Neste período tinha transado com dois caras, além do homem desconhecido no seu apartamento e das boquetes no senhor Eduardo, que lhe renderam uma boa promoção no trabalho.
Aquele momento “homossexual” estava divertido, mas ela sabia que tinha prazo de validade. “Que seja eterno enquanto dure” dizia pra si mesma.
Para Ana, que depois de anos de um casamento sem graça e de uma história de vida com um abuso na adolescência e restrições impostas pela religiosidade dos seus pais, que deixaram marcas na sua vida adulta, aquele momento estava sendo sublime.
Ela admirava onde tinha chegado, de ex evangélica á adultera e fazendo sexo com uma mulher.
“Meu lugar no inferno tá garantido” pensava e ria.
Na verdade ela estava apaixonada por Regina.
……..
Continua
Veja os outros contos da série:
Título: Prazer além das cortinas
Título: Prazer além das cortinas (2)
Título: Prazer além das cortinas (3)
Título: Prazer além das cortinas (4)
Título: Prazer além das cortinas (5)