Foi num sábado gelado e solitário que meu chuveiro resolveu queimar e eu simplesmente me recusei a tomar banho frio. O tempo tava fechado, o prédio mais silencioso do que de costume, eu precisando me esquentar e sem saber o que fazer, até que resolvi tocar a campainha do 702 e pedir ajuda ao meu vizinho faz-tudo.
- Bento? – o macho suspendeu as sobrancelhas quando abriu a porta e me viu. – O que tu tá fazendo aqui, moleque?
- Tudo bem, Marcelão? Desculpa te incomodar num sábado à noite, mas é que meu chuveiro deu pau.
- Deu pau? – ele deu uma pegada na rola, armou o sorriso no canto da boca, olhou pra dentro do apê como se estivesse sendo vigiado e caiu na risada. – E tu não chupou?
- Tô falando sério, cara. Hahahah! Acho que o chuveiro queimou e eu não vou tomar banho frio. Não mereço isso. Cê tá com tempo pra ir lá dar uma olhada? Te pago.
- Paga mesmo? Quanto? – outra mascada da mão nervosa na rola e eu relutando pra não manjar.
- Negão, negão, se orienta. Hahahah! Depois você fala que eu que tô te estranhando.
- Tô te sacaneando, moleque. Geheheh! Vou só botar uma camiseta e te chamo lá, falou?
- Valeu, Marcelão. Fico no aguardo. Desculpa incomodar aí.
- Incomoda nada. Cinco minutinho. – ele mostrou o polegar em sinal positivo, deu a piscadela de um olho só e eu fiquei de pernas moles, admito.
Marcelo era marido da síndica. Um bonitão da pele negra, a cabeça raspada, 45 anos, capitão dos bombeiros e inteiraço de corpo, conservado demais pra idade que tinha. Peitoral malhado e peludo, coxas definidas e igualmente cheias de pelos, pés em tamanho 46, 1,84m de altura, todo parrudão, do bigode grosso, a voz rouca e mó jeitão de pai de família, mas eu enxergava o verdadeiro macho por trás daquele homem sempre que a gente se trombava no elevador ou no hall de entrada do prédio, quando Marcelão passava com o perfume da Armani exalando e o relógio dourado pendurado no pulso.
- Bentinho? Cheguei. – o quarentão tocou minha campainha.
- Pode entrar, tá aberta.
- Licença, moleque. – ele entrou com a caixa de ferramentas na mão, tirou os chinelos e me mostrou os pezões rústicos.
- Fica à vontade. Chega aqui no banheiro pra cê ver o chuveiro.
Marcelo me seguiu, pediu a escada pra subir, começou a trabalhar no reparo da resistência e a gente inevitavelmente trocou uma ideia ou outra.
- Tá sozinho hoje, Bentinho?
- Tô sim. Minha mãe tá no shopping com o namorado e eu fiquei em casa por causa do frio.
- Show de bola, moleque. Também tô na pista hoje.
- Tá sozinho? Mentira? Pleno sábado à noite e a patroa resolveu largar do seu pé, Marcelão? Logo ela, que é super ciumenta e controladora?
- Pra tu ver. Gretchen foi ajudar a irmã dela no salão de festas lá em Caxias.
- Caramba, e ela teve coragem de te deixar sozinho? Não acredito. – debochei. – Um cara sedutor e garanhão feito você não pode ficar sozinho.
- Ah, para de graça. Hehehehe! Tu me respeita, Bento.
- Mas é verdade, Marcelão. Todo mundo nesse prédio sabe que você é galã. E a Gretchen só é ciumenta porque cê gosta de fugir pro pagode, vai dizer que é mentira?
- Isso é verdade. Mas porra, ela pensa que eu não vejo Damião e Elias dando mole pra ela o dia todo. O porteiro e o vigia tão doidos pra me fazer de corno e ela acha que eu não sei. Deixa ela pensar. Bobinha. – quanto mais ele falava e se mexia pra trocar a resistência do chuveiro, mais sua pica balançava e fazia movimentos no short de tactel, sendo que o safado tava de pé na escada e com a cintura perto do meu rosto.
Eu fiquei louco com a visão! Já viu aqueles homens que exalam pura energia suburbana? Marcelo era assim, ele me seduzia só com o olhar e com seu jeito social de ser. O cordão de São Jorge pendurado no trapézio saltado, camiseta do Flamengo, pancinha mínima, sovacões peludos, as Havaianas menores que os pés, boné na cabeça, a bermuda caindo. Todo um jeito moleque de ser, apesar dos quarenta e tantos anos. Que coroa gostoso da porra.
- Lembra aquela vez que você mesmo foi lavar a piscina? – eu recordei do volumão das bolas dele na sunga e meu cérebro esquentou com as memórias. – Bons tempos.
- Claro que lembro. Mó trabalheira do caralho pra limpar aquilo tudo.
- É, mas cê passou a tarde toda de sunga. Que dia perfeito. – lambi os lábios de propósito e Marcelo riu à beça.
- Moleque, moleque... Vai brincando. – ele se equilibrou na escada.
- Tô brincando, mas confesso que você de sunga é um espetáculo.
- É? – o garanhão apertou a ferramenta na bermuda, me olhou e mordeu o beiço. – Tá querendo me deixar sem graça, né, cuzão? Hehehe!
- Corta essa, Marcelão, eu sei que cê gosta de um elogio. Hahaha!
Foi nessa hora que a tampa inferior do chuveiro se abriu, muita água retida despencou do cano e o gostoso tomou um banho inesperado na escada, ficando ensopado e de bermuda molhada. O tecido inevitavelmente grudou em seu corpo, a caceta desenhou certinha no formato do tactel e minha boca encheu de água, porque a genitália tava bem perto do meu rosto.
- Puta que pariu, só me fodo. Caralho! – ele resmungou.
- Putz, Marcelo. Desce daí, vem. Toma toalha, se seca.
- Porra, valeu. Aí, tô todo molhado. Sacanagem.
- Foda... Agora vai ter que tirar o short. – joguei a piada no ar.
Eu só não esperei que o marido da Gretchen fosse levar meu comentário a sério. Marcelão simplesmente abriu o velcro da bermuda, tirou a roupa e ficou peladão na minha frente, agindo na maior naturalidade, mas com o sorrisinho cínico estampado no canto da boca. Sem dizer nada, ele voltou pra escada e retornou ao reparo do chuveiro, só que completamente nu e com a cintura parruda na altura da minha cara. Agora sim eu perdi tudo.
- Ah, Marcelão, jogo baixo. Baixaria demais isso daí, puta merda!
- Que foi, moleque? – ele se fez de desentendido e seguiu trabalhando, o picão balançando bem diante dos meus olhos.
- Isso não se faz, cara. Tortura psicológica. – me faltaram palavras.
- Tu não gosta de brincar? Tem que aguentar a brincadeira, porra. Hehehe!
Pior é que o coroa se mexia pra executar o reparo do chuveiro, seu corpo se movimentava na escada e a caceta balançava, parecia até a penca de uma fruta madura. Aquele era o caralho extenso de um maridão infiel, viciado em gastar rola nas piranhas de Madureira e com aparência de muito bem usado numa infinidade de bucetas prédio afora. Uma vara que já havia entrado em muita xoxota na vida e com um visual desenvolvido e experiente que me deixou babando de fome.
- Isso não é brincadeira que se faça comigo, Marcelo. Tô sofrendo aqui.
- Brincadeira é brincadeira, se controla. Eu me molhei, tive que tirar o short.
- Você não vale nada, francamente. – engoli a seco, mas sedento pra engolir molhado.
Eram mais ou menos 16cm de uma bengala molenga, flácida, veiúda, de espessura mediana e com o couro cobrindo a cabeça rosada. Delícia demais conhecer um cara da pele negra, mas da glande rosa, diga-se de passagem. Mó sacão esparramado abaixo, a genitália escura por natureza e Marcelão super pentelhudo, do jeito que eu tanto amava. Respirei fundo e o cheirão da selva de pentelhos me entorpeceu as narinas.
- Tá difícil, Marcelo. Tá impossível pra mim. – até tentei resistir.
- Se controla, moleque. Tenho que trabalhar aqui e tu tem que aprender a brincar, olha a frescura. Controla tuas viadagem.
- Como é que se controla com um pirocão bonito desses na minha frente?
- Controle, puto. Controle. – ele não parou de repetir as palavras enquanto consertava o chuveiro.
Mas não deu pra mim. Quando vi, minha mão já tava no saco preto, pesado e pentelhudo do maridão da vizinha, aí ele olhou pra baixo, viu minha mão, me ignorou e se importou apenas com a fiação do chuveiro. Foi o sinal verde que eu tanto precisava. O peso dos culhões imensos do bombeirão me tirou de órbita, fala sério. Acho que nunca vi bagos tão gordos quanto os dele, nem o cinquentão Damião dava dentro com Marcelo.
- Que ovão grande, cara, meu Deus! Que isso! Inexplicável.
- Foi daqui que saiu Ricardinho. Heheheh!
- E será que sai mais leitinho daí de dentro?
- O que não falta aqui é leite, moleque. Dá uma apertada pra tu ver se não tá cheião de gala. – ele mexeu a cintura pros lados, fez a genitália sacudir entre as pernas e cada movimento me deixou em estado catatônico, foi muita pressão.
O barulho que o picão fez quando rebateu me deixou de boca aguada e queixo babando. Fiz conforme ordenado, segurei o mastro na palma da mão junto com o escroto, em seguida apertei de leve e deu pra sentir não só as latejadas da uretra, como também as pulsações em alta velocidade dentro dos ovos, indicando a produção de sêmen a todo vapor.
- Trabalhar nu assim é covardia comigo, tô até fraco. Que rola grande!
- Quer que eu vista a bermuda, Bento? Qual foi?
- Não, nunca, jamais! Lógico que não. Continua assim, eu amo.
O foda é que quanto mais mexi e apalpei, mais Marcelão emborrachou entre meus dedos, seu jiló mudou de forma, foi crescendo, engrossou violentamente e virou um tronco pesado na minha mão, tipo mágica. O odor de testosterona aumentou, não resisti em alisar a pentelhada do coroa e ele nem aí pra mim, empenhado no chuveiro. Foi então que o martelo entrou no estado de meia bomba, a cabeça rosada saiu inchada, aí sim o cheiro de pica virou uma nuvem deliciosa no meu rosto e eu inalei aquela masculinidade com todas as forças que tinha.
- Porra é essa, tá cheirando minha pica?
- Eu quero é te mamar, posso? – abri o jogo.
História completa no Privacy. twitter @andmarvin_
Esse conto faz parte da coletânea “RESIDENCIAL TERRA NOSTRA, 1.690” e fala sobre as aventuras de Bento com os machos de um condomínio em Madureira, subúrbio carioca. Conta com mais três contos: “Bebi além da conta e fiz garganta profunda no porteiro do meu prédio”, “Descobri que meu vizinho skatista come puta no terraço aqui do prédio” e “Me trancaram no quarto com o playboy valentão do condomínio”. Essas e mais de 70 outras histórias completas você confere apenas no meu Privacy.