Trident de Melancia [19] ~ O pequeno principe

Um conto erótico de CELO
Categoria: Gay
Contém 3980 palavras
Data: 28/05/2024 17:10:25
Última revisão: 29/05/2024 05:32:56

O carro parou de frente ao sobrado da família de Mateus, pelo carro estacionado em frente à garagem Luis deduziu que os pais do rapaz estavam em casa, assim que parou Mateus soltou um suspiro e desceu do carro, nem mais uma palavra foi trocada entre os dois ocupantes, e Mateus presumiu que Luis iria dar o tempo que ele havia pedido e não tentaria lhe influenciar. Mateus sentia que finalmente estava crescendo, não mais deixaria as pessoas coordenarem sua vida, iria vive-la como achasse melhor, e assim saiu do carro, não olhou para trás ate entrar em casa, Luis ainda ficou ali parado por alguns minutos e percebeu quando Mateus puxou a cortina da janela de seu quarto e ficou a observá-lo, a sensação de estar sendo vigiado pelo amado lhe acalentava o coração e lhe dava esperanças de uma possível volta.

Luis retornou a casa dos pais e ali permaneceu por mais dois dias, até que resolveu voltar levando Kaio consigo. Ao irmão nada disse sobre a conversa com Nando ou com Mateus e pelo que viu de Victoria ela também não soube de nada pelos irmãos, tudo que os três viveram naquela chácara era unicamente deles e não deveria ser compartilhada com os outros mesmo com os irmãos.

Luis chegou a casa numa quinta-feira a noite, havia avisado Marco que chegaria a noite e pediu ao amigo que pedisse pizzas para os três comerem no jantar.

Quando chegaram ao apartamento a escuridão predominava, não se ouvia som e Luis pensou que o amigo havia esquecido de sua volta e tivesse saído com o namorado, ao ligar a lâmpada da sala, sua surpresa foi grande ao ver ali Marco, Talles, Leo, Manu e Jana, todos escondidos no escuro do apartamento prontos para fazer uma surpresa em Luis.

Marco: Seja bem-vindo meu irmão!

Luis: Eita que coisa toda é essa, festa surpresa e nem é meu aniversario?

Leo: Isso é mesmo uma festa surpresa, mesmo tendo apenas algumas pizzas e coca-cola, mais ela não é pro seu aniversario e sim para comemorar o fortalecimento dos nossos laços de fraternidade e amizade, hoje Luizinho estamos todos aqui seus amigos queridos para lhe recepcionar e mostrar que por mais difícil que tenha sido a caminhada nós não nos perdemos um do outro, e novamente estamos reunidos para festejar e viver as melhores fases de nossa juventude!

Luis chorou naquele instante, e por mais que soubesse que o passado jamais poderia ser apagado ou reescrito, reencontrar com as pessoas que criou os laços mais importantes de sua vida o fez forte, o fez corajoso para encarar tudo que ainda viria a acontecer, suas novas resoluções o guiaram até ali e agora ele conseguia enxergar um futuro melhor e em paz consigo próprio.

Desde o dia de sua volta Luis havia mudado radicalmente e seus companheiros haviam notado essa mudança drástica, cinco meses se passaram desde a última vez que viu Mateus e Nando. A vida de Luis começava a se endireitar, havia voltado a trabalhar, realizando o sonho de seu padrasto Raul, ele agora trabalhava no escritório de advocacia da família, era o secretario de seu amigo Fred, que também agora trabalhava para Raul, o rapaz havia rejeitado a proposta do velho ditador de se tornar seu sócio em uma franquia do escritório.

Fred preferiu advogar como afiliado a sócio, seu sonho de ter seu próprio escritório novamente falava mais alto, mais enquanto isso não acontecia, ele seguiria trabalhando no escritório de Raul, tendo ao seu lado seu braço direito Luis. O trabalho dos dois ia de vento em popa, muitos dos clientes de Marcos Alexandre haviam ido para o escritório onde Fred trabalhava e isso ocupava os dois rapazes.

Mesmo assim quase que todas as noites e fins de semana os dois reuniam a turma de amigos para um happy hour. Leo, Manu, Jana, Kaio, Marco, Vic, Talles e Sanmia sempre andavam com os dois nas baladas e bares da vida, tudo parecia feliz, Leo e os pais iam com maior frequência a casa de Luis, este por sua vez duas vezes no mês dormia na casa dos pais, telefonava todos os dias para o pai no interior.

Tudo parecia perfeito, a amizade, a alegria, as farras, mais algo em Luis dizia o contrario, não era algo que se podia ver ou sentir, era algo só dele, algo de seu coração, a falta de um grande amor, ou melhor, a falta de Mateus ainda batia forte em seu peito.

Em algumas noites Luis passava acordado em seu quarto relendo sua história contada por Cello seu amigo em uma comunidade do Orkut, se sentia bem ao ver os comentários dos leitores, e a cada comentário que dizia torcer por ele e Mateus crescia a chama da esperança dentro de si. Acreditava que aquilo tudo logo teria fim, não poderia durar tanto essa dor, ou teria Mateus pra si logo ou esqueceria de vez os olhos esmeraldas e o hálito de melancia do moreno, era essa a única certeza que tinha em relação aquele sentimento que apertava tanto, tinha que terminar aquele assunto, mais ao mesmo tempo temia procurar o garoto e ouvir dele que a relação dos dois já havia acabado e não passava de lembranças de um passado conturbado.

Luis acordou naquele sábado sentindo uma empatia pela vida, tudo parecia estranho diferente mais mesmo assim bonito. Naquele dia iria sair para pescar com Leo, Kaio e Fred, os quatro iriam para uma cidade as margens do Rio Araguaia, o restante da turma seguiria no domingo de manhã, não era temporada de férias ou algo assim, pelo contrario as chuvas daquele mês iriam atrapalhar e muito as curtas férias deles, mais mesmo assim todos estavam animados de ficar hospedados em uma pousadinha simples as margens do rio.

Depois do café da manhã os quatro seguiram para a tal cidade, demoraram bastante, Kaio incomodava o tempo todo perguntando se já haviam chegado e Leo sempre lhe respondia com um cascudo, a diversão e cumplicidade rodeavam aqueles três, que se divertiam com as burradas do rapaz.

Ao chegar a tal pousada Luis se surpreendeu com a beleza do lugar, mais ainda se surpreendeu ao ver o chalé que dividiria com os amigos, não era um chalé de verdade, mais sim uma casinha de pau a pique coberta com folhas de coqueiro, era uma construção rústica, mais era aconchegante, fria durante o dia e quente durante a noite foi o que disse o dono do lugar, Luis se sentia feliz em estar ali, em poder ouvir o cantar dos pássaros, em ver o por do sol nas águas do maior rio do estado.

Leo: É lindo né mano?

Luis: E como... Mais sei lá ver o por do sol assim me da uma saudade...

Leo: Saudade de quem?

Luis: Nem sei mano, é só uma sensação aqui dentro sabe, como se eu tivesse deixado algo pra trás...

Leo: Quem sabe esses dias aqui em contato com a natureza você não consiga superar essa saudade!

Luis: Será?!

Leo: Não sei dizer como vai terminar, mais sei que esses dias junto de você maninho, da Manu e de nossos amigos vai ser ótimo pra todos, agora vamos entrar pra decidir onde cada um vai dormir.

Naquela primeira noite ali Luis sentiu-se um pouco só, mesmo dividindo um colchonete com Kaio sentia-se sozinho e sabia que nos dias que viriam, seria ainda pior, todo mundo estaria com seu parceiro ou parceira só ele estaria sozinho, Jana que era sua colega solteirona estava namorando e o pior estava noiva e finalmente apresentaria o felizardo aos amigos. Mesmo parecendo à melhor ideia do mundo, Luis começava a questionar-se, sobre estar ali.

Nos dias que se seguiram a turma toda se reuniu. Jorge o namorado de Jana era um negro gato e muito legal, logo havia se enturmado com todos e participava da maioria das armações de Talles e Kaio, era o típico crianção.

Na quarta-feira Luis e Leo acordaram cedo haviam programado uma pesca esportiva para o dia todo, somente os dois e a natureza, um programa de irmãos que se curtem. Já no barco os dois desceram o rio até um barranco uns dois quilômetros abaixo da pousada, ali prenderam a canoa e preparam a tralha de pesca, enquanto Luis colocava a isca no anzol, Leo preparava uma fogueira para aquecer o almoço dos dois mais tarde, cada peixe que um ou outro tirava da água era uma foto, os dois se divertiram muito ali naquele lugar, era como se nunca houvesse acontecido nada entre eles, eram mais que amigos, eram irmãos que gostavam um do outro incondicionalmente.

Já no fim do dia quando preparavam para voltar para a pousada, Leo disse que iria até o mato se integrar com a natureza (leia fazer cocô), Luis ficou ali no barranco cobrindo a fogueira com areia enquanto esperava, mais o tempo foi passando e nada de Leo aparecer, o rapaz começava a preocupar-se com o irmão.

Luis: Deus não permita que aconteça nada com o Leonardo... Já esta escurecendo e eu nem sei como se liga essa porcaria de motor e aqui nem pega celular.

Entre suas orações e constatações Luis escutou um som de passos vindos da mata, acreditando ser Leo tentou iluminá-lo com a luz da lanterna, mais nada conseguiu ver no meio de tantas arvores.

Luis: Leo é você? Cara para de brincadeira eu tava preocupado, aparece vai, já está escuro...

Mas ninguém respondia aos clamores do rapaz e a ele não restou nada a não ser procurar pela pessoa que produzira aquele som, Luis seguiu por uma trilha, provavelmente a mesma que Leo havia usado mais cedo, e logo adiante viu uma luz fraca vindo de uma pequena clareira mais a frente. Pensando ser da lanterna que Leo levava na mochila Luis tentou chegar até lá, mais o caminho não era nada fácil, no escuro não conseguiu enxergar os dois fios de arame farpado que separava a margem do rio de uma possível área de pastagem, o arame mais abaixo nada fez por causa da calça jeans que ele usava, mais o de cima perfurou a camiseta que o rapaz usava e furou-lhe o peito.

Luis amaldiçoou o irmão e jurou-se que se aquilo fosse brincadeira iria castigá-lo severamente. Mais ainda havia outros obstáculos a superar ate chegar ate a tal luz que a cada passo parecia mais perto, após caminhar um pouco mais Luis sentiu o chão sumir sob seus pés e acabou caindo em uma vala por onde corria um pequeno feixe de água, o rapaz caiu de cara em algo mole, o que ele pensou ser lama, mais após recuperar-se do susto seu nariz denunciou o que era aquilo, Luis havia caído sobre um monte de bosta de vaca, o rosto dele ficou esverdeado pelas fezes e ele foi obrigado a usar o pouco de água limpa que corria embaixo de seu corpo para se limpar.

Como se não bastasse tudo que já havia acontecido o rapaz ainda se via vitima dos milhares de pernilongos que tentavam se alimentar de seu sangue, seus braços e nuca pinicavam de tantas picadas, e isso só aumentava a raiva do rapaz, mais após alguns minutos caminhando no meio daquele breu, se assustando com os pássaros noturnos que voavam ou com algum animal pequeno que corria entre as folhas no chão começou a se preocupar com irmão e com que poderia ter acontecido com ele.

Luis: E se ele caiu em um buraco como eu e bateu a cabeça, ou se aquele arame cortou-lhe o pescoço e agora ele esta morrendo esgotando sangue... E se uma cobra o picou... Ou algum caçador clandestino atirou nele achando que era algum animal... Ou se ele caiu em uma armadilha desse caçador... Meu Deus me ajuda, por favor...

Ele quase chorava com todas as indagações que surgiam em sua cabeça, o medo de encontrar o irmão morto o fez correr em direção a luz que agora estava a uns quinze metros de distancia. Luis correu o mais rápido que conseguiu, e antes que percebesse tropeçou em uma raiz de arvore e caiu novamente no chão, só que dessa vez bem próximo a luz que tanto tentava encontrar, sua lanterna rolou pelo chão e caiu próximo aos pés de um homem que devido a posição em que estava não permitia que se visse seu rosto.

Aquela figura estranha lhe ofereceu a mão para que Luis se levantasse, mesmo de pé a pouca luz que vinha da lua não permitiu a ele descobrir de quem era aquela mão, tinha certeza que não era Leo, pois a silhueta que via projetada era menor do que a do irmão, menor ate que ele próprio.

Luis: Obrigado... Por favor, o senhor viu um rapaz por esses lados, estou procurando o meu irmão... O nome dele é Leonardo...

O homem que o havia ajudado nada disse apenas caminhou um pouco ate alcançar a lanterna de Luis e lentamente levá-la em direção ao próprio rosto, Luis não acreditou no que viu, não poderia ser ele ali naquele lugar, não mesmo era estranho de mais encontrá-lo logo após Leo sumir no meio do mato.

Luis: Mateus?!

Mateus: Oi Luis, surpreso?!

Luis: Não me fala que você ta junto do Leo nessa armação toda?

Mateus: (risos sem graça) Pois é né... Acho que a gente exagerou um pouco...

Luis: Exagerou um pouco é foda, você não imagina como eu estava preocupado com aquele idiota, eu me enfiei no meio do mato, cortei meu peito, cai em um buraco, comi bosta e ainda ralei o meu nariz... Francamente vocês dois continuam a me surpreender com esses planinhos idiotas que só me machucam!

Mateus: Nossa desculpa, a gente só queria te fazer uma surpresa...

Luis: Não reclamo de vocês quererem me surpreender, por que te ver aqui é sinal de que você me perdoou e pelo menos a sua amizade eu vou ter, mais a maneira como vocês idealizam essas idéias de jerico sempre acaba me machucando, vocês sempre pensam apenas no umbigo de vocês...

Mateus: Cara me desculpa, não era essa a intenção!

Luis: Ta certo, não vou dizer mais nada, só peço que pensem em mim antes de aprontar mais uma dessas...

Mateus: Tudo bem, eu prometo não vou mais fazer isso...

Luis: Espera cadê o idiota do meu irmão?

Mateus: O Leo voltou pro hotel, à gente já havia combinado isso semana passada, eu devia ter ido falar com você lá no barranco mesmo, mais eu fiquei meio que com medo da sua reação e demorei de mais a ir, quando vi você tava no meio do mato...

Luis: Tudo bem, não se preocupe com isso, agora me explica o que você veio fazer aqui, que não podia me esperar voltar pra casa?

Mateus: Bem... Como você disse antes eu vim lhe oferecer minha amizade...

Luis: Pois bem eu a aceito, prefiro-te como amigo a continuar longe do brilho desses olhos verdes esmeralda!

Mateus: Você pode esperar eu acabar, por favor?

Luis: Desculpe-me... Fale então!

Mateus: Eu vim te oferecer minha amizade... Minha companhia... Minha parceria... Minha vida... Meu amor...

Luis: Amor?!

Mateus: Sim amor, se você quiser é claro, desde a última vez que falamos, eu tenho pensado em tudo o que você me disse... Em tudo que a gente viveu juntos, e também nos motivos que me levaram a fingir te odiar e ficar com o Leo... E ficou claro que sempre foi por você, tudo o que fiz e enfrentei. Luis você é a luz desses olhos verdes, é o frescor da minha alma, a razão do meu existir, é o remédio pra todos os vícios e doenças. Eu te amo incondicionalmente, e já não me importo com as coisas que aconteceram com que você ficou nada disso tem valor, se você estiver do meu lado e me oferecer o teu amor eu serei completo, não terei motivos para buscar consolo nas porcarias que eu busquei anteriormente, eu te amo e te quero ao meu lado...

Luis chorava ouvindo tudo aquilo de Mateus, era tudo o que sonhara ouvir nos últimos meses.

Desde a última vez que viu o amado, sonhou muitas vezes com essa declaração, e ate pensou ser aquilo tudo uma ilusão provocada pela queda anterior, mais Mateus lhe ofereceu o gosto da realidade, lhe mostrou que ainda era possível ser feliz e que essa felicidade estava ali a sua frente. O rapaz segurou as mãos de Luis e levou-as até o rosto. As mãos de Luis tremiam em contato com a face do amado, seus olhos fechados se contraiam com medo de perder aquela sensação tão boa.

Mateus sorria vendo o quão feliz estava Luis ali naquele ato de carinho tão profundo. O desejo de amar o branquinho fazia o coração de Mateus acelerar a tal ponto que sua respiração estava ofegante ao ponto de bufar ao expirar. O desejo de beijar novamente aquela boca o excitava, os pelos da nuca e dos braços se eriçavam e os dedos de sua mão correram para a nuca de Luis e se entrelaçou aos cabelos do branquinho, os olhos esmeraldas se esconderam por baixo das pálpebras e os lábios se uniram em busca da boca do outro.

Luis que já estava de olhos fechados sentiu o rosto de Mateus se aproximar do seu, e logo o sua respiração se uniu aos bufões do outro, e o sabor e Trident de melancia dominar o interior de sua boca.

Como era bom sentir aquele gosto novamente vindo da boquinha do moreninho fantasia, como era gostoso sentir o roçar da barba por fazer de Mateus nos lábios, e as mãos que tocavam a nuca desciam por seu tórax apertando o corpo do outro e aproximando ainda mais o seus corpos, Luis podia sentir o bater do coração de Mateus próximo ao seu e ali naquele beijo tão calmo, tão gostoso percebeu quanto esteve longe de seu objeto de desejo. Mateus havia crescido alguns centímetros e agora se igualava a ele em altura. Isso nada importava, por que agora os dois se sentiam juntos novamente, um desfrutava do beijo do outro, as línguas batalhavam por espaço e os lábios doíam de tanto circular os lábios do outro. Após longos minutos curtindo o sabor da boca do outro, Mateus se afastou de Luis, buscava normalizar sua respiração, e o bater de seu coração que parecia querer rasgar o peito e vazar pra fora do corpo. Olhar o rosto de Luis era seu premio depois de tantos obstáculos e como estava lindo o branquinho, com os lábios e a região em volta vermelhos depois daquele beijo tão saudoso.

As sobrancelhas negras e grossas de Luis se contraiam acompanhando os olhos e os lábios moldando um sorriso lindo, branco e feliz e ali Mateus se sentiu reconfortado por ter ido buscar o seu amor de volta, estava sorrindo quando se viu abraçado novamente por Luis e sentiu os lábios vermelhos do branquinho morder o lóbulo de sua orelha e lhe causar ainda mais arrepios.

Luis: Por favor, me fala que isto tudo é real, que você voltou mesmo pra mim, que me perdoou e que agora a gente pode ser feliz novamente!

Mateus: Meu anjinho não se preocupa o que aconteceu agora é passado, a gente vai sim viver juntos pra sempre, vamos construir nossa felicidade, por que eu entendi agora que não importa o que aconteceu ou que motivou o nosso distanciamento, o que realmente importa é o que eu sinto por você, é o que seu beijo me proporciona, eu temo Luis, e é você que eu quero do meu lado, só você!

Luis buscou a boca de Mateus novamente e selou aquela declaração com um beijo digno de novela das nove, era como se um procurasse entrar no outro ate se tornar um. Os beijos fortes se tornaram em caricias, e logo Mateus conduziu Luis até o chão, ali no mesmo lugar onde Luis havia se estatelado alguns minutos mais cedo, agora era o palco do amor entre os dois, mesmo as pedras e galhos abaixo de seus corpos nada significaram, o que importava naquele instante era o prazer em sentir o corpo do outro, era o beijo de melancia do moreninho, era as mãos quentes do branquinho, era o amor que existia entre os dois e finalmente ganhava espaço.

As mãos de Mateus correram pelo corpo de Luis, levantando sua camiseta e mostrando sua barriga, os pelos naquela região criavam o famoso caminho do prazer e Mateus não demorou a segui-lo ate o lugar o qual desejava há tanto tempo, não foi gentil ou acanhado, ao desabotoar a calça de Luis e puxá-la juntamente com a cueca até os tornozelos do branquinho, rapidamente subiu seu rosto em direção ao seu objeto de desejo e segurou firme o membro de Luis.

Como sentiu saudades daquele rolo de carne, branco, duro, grosso, as veias saltadas que o contornavam e a cabeça rosada que tanto amou no passado agora estava a sua disposição e tão selvagem quanto foi ao descer a calça caiu de encontro aquele monstro babão.

Sentir a cabeça rosada e o liquido lubrificante na ponta de sua língua o deixava extasiado e alucinado, rapidamente Mateus descia e subia com o pires dele na boca, os barulhos que fazia enlouquecia Luis que contorcia o corpo de tesão e levantava os quadris em direção ao rosto de Mateus, seu desejo era introduzir tudo o que possível na boca do rapaz.

Mateus parece louco, ele gemia, apertava forte a boca em torno do membro de Luis, mordia o saco e puxava causando certo desconforto no rapaz, mas mesmo assim ter o seu amado ali entregue a ele, se deleitando de seu corpo valia a pena, qualquer que fosse a dor nada significava diante da satisfação de ser amado novamente, de estar junto da pessoa que ele amava.

Luis foi se sentando no chão trazendo o corpo de Mateus junto com o dele, levantou seu rosto e o beijou para depois gentilmente vira-lo e deitá-lo de barriga pra baixo, ver aquela bundinha moreninha a mostra, toda empinadinha com um anel piscante era o ápice do prazer, mesmo que não o penetrasse sentia-se feliz só em vê-lo se contorcendo, empinando a bunda em busca de seu pau.

Ele se posicionou de joelhos entre as pernas de Mateus e mirou a cabeça do pau no rumo do cu do ex agora novo namorado, pensou em ir devagar acreditando que ele havia se guardado para aquele momento, acreditava que Mateus jamais teria outro homem em sua vida, mas seu membro entrou fácil deslizou para dentro de Mateus como se aquilo fosse algo natural de seu dia a dia, Luis sentiu-se um pouco decepcionado com a situação, ver seu membro em toda a sua grandeza sumir dentro de Mateus como se deslizasse em lubrificante era como ter certeza que ele sempre teve outro, que em nenhum momento enquanto estiveram separados ele se manteve fiel ao seu sentimento.

Mas as palavras ditas por Mateus ao sentir todo o seu amado dentro de suas entranhas, fez Luis esquecer qualquer indagação, era aquilo que ele sempre esperou ouvir.

Mateus: Luis eu te amo!

Os dois ainda ficaram ali deitados no chão após consumar sua reconciliação, Luis estava deitado com os braços atrás da cabeça enquanto Mateus mantinha pousada a sua sobre o peito do namorado, os dedos enrolavam-se nos pelos pubianos de Luis fazendo pequenos caracóis, e este por sua vez apenas sorria olhando as estrelas e imaginando quantas vezes havia desejado aquilo, quantas noites ele passou acordado sentindo saudades.

Um pouco depois da meia noite Luis retornou ao chalé onde estava hospedado, Mateus havia voltado para onde havia deixado seu carro, ambos acreditavam não ser o momento nem o local de todos saberem que haviam reatado, e ainda havia Fred e Sanmia que nada sabiam dos dois.

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Comentários

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Parece que realmente o Matheus teve um caso com o Leonardo, acredito que o Luis fique com o Nando ou o Fred no final

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Também pensei nisso Mateus e Léo realmente teve um caso. Espero que o Luís termine com Fred

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Também acho que o Leo e Mateus tiveram algo de verdade e só espero que no final o Luis consiga encontrar alguém de verdade!

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Eu descrevo o sonho de Luís da seguite forma

1- Mateus um mendigo que fica atrás de atenção. Ele nunca saberá o que é amor de verdade e sempre buscará nos braços dos outros.

2-Nando um cara capaz de matar os filhos e a esposa. Aquele tipo de pessoa que se não é feliz mata a felicidades dos outros.

3- Léo um padre que mantém relações sexuais com coroinha. Uma pessoa que se passa de bonzinho mais está pronto para passar a perna no Luis.

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Esse é o primeiro conto que eu tenho aversão a quase todos os personagens, eu só vejo pessoas egoistas, maldosas, perigosasz, invejosas....

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Se continuar dessa forma até o final, para mim vai ser o pior final de conto possível.

Não consigo ver o Luis e o Mateus juntos e essas armações que os amigos do Luis fazem com ele, parecem sempre ter intuito de machucar ele.

De toda forma, agradeço por usar do seu tempo para publicar esses contos para gente!

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