Meu nome tem cinco letras - DOIS - (08/18)

Um conto erótico de Gui Real
Categoria: Gay
Contém 1805 palavras
Data: 31/05/2024 12:58:39

T– Vitor

Daqui há um mês vou fazer quarenta e nove anos, estou velho, semana passada me peguei abraçando um homem estranho e chorando porque finalmente descobri meu irmão, posso ser órfão de pai e mãe, posso estar divorciado pela segunda vez e meus dois filhos não serem grandes fãs de mim, mas estou de pé. Meu irmão beijou meu rosto e disse que eu era uma pessoa incrível, mesmo me conhecendo há dois minutos, eu ri, eu disse que ele não sabia sobre isso, ele disse que era evidente, se eu não tivesse nenhuma qualidade, eu poderia dizer que era o irmão mais velho de Artur e isso fazia de mim um homem incrível. Ri alto no corredor de acesso à UTI, no dia seguinte nosso pai morreu.

Na noite em que conheci Artur ele me levou a um quarto de hotel, ele se despediu de Jaime com um toque de uma testa contra a outra, disse para ele pedir para ninguém ligar se não fosse urgente, ele não deixou que eu voltasse pra casa, ele era engraçado e estava louco pra me conhecer, ele pede licença quando conto como conheci nosso pai (detetive), Artur volta e pergunta minha religião, inclinação política e estava sério, fiquei desconfortável, ele diz, “Vitor, eu já fui exatamente como você, e isso pode nos afastar agora e é melhor que seja agora. Vitor, eu sou gay.”, eu disse que meu filho caçula é um homem trans, e se isso for um problema para os preconceitos dele... Ele ficou aliviado, eu também.

Em quarenta minutos o marido dele chega, Chico, adorei Chico de primeira, ele chegou e pergunta se posso dar uma segunda chance pra família, diz que meu irmão é um arrombado, sorri e diz que ele era quem arrombava, ele diz que se não o amasse tanto ia trocar de irmão diz que sou um gato, Artur concorda, balançando a cabeça me mirando, os dois se beijam, eu sou homofóbico e meus filhos são unidos, eles lutam contra esse meu lado, devo dizer que ver os dois se beijando me deixou desconfortável e depois me deu vontade de abraçar no casal e abracei e me senti bem com isso. Fomos comer uma macaxeira com charque numa birosca que eles disseram ser maravilhosa, e era tudo isso sim. Enchi a pança, Chico pega um Uber pra casa deles e nós pegamos uma caminhada de quinze minutos até o hotel, ele me conta como foi a infância e a adolescência, morador de Jardim Piedade, fala das namoradas, da faculdade, dos empregos, do concurso público, eu estava besta, era minha vez de falar de mim, conto sobre minha mãe, sobre como foi viver ouvindo minha mãe ser mal falada na casa de minha avó, ela não sabia que estava grávida, transou com um namoradinho e mudou com a família para o interior, era namoro de poucas semanas, ela nunca mais quis saber de homem.

Eu disse que minha avó disse que todos os filhos e filhas casaram menos a perdida, eu disse que nem tinha barba e minha mãe deu uma tapa na cara da avó, trancou-se no quarto, minha vó calada se recolheu e o dia amanheceu com minha mãe pendurada como se fosse um ventilador no teto. Eu saí de casa, não quis nunca mais falar com meu avô ou minha avó, eles me mandavam coisas, dinheiro e eu recebia, comecei a trabalhar, concluí tarde o ensino médio, já era pai quando terminei, me separei, ela disse saia e eu saí, ela disse volte e eu não voltei, casei de novo e tive outro filho, filha que ficou filho, eu saí de casa com ele, eu não o entendo, sou preconceituoso mas mato quem aborrecer qualquer menino meu, ele agora tem dezenove, está morando com a mãe novamente, e Artur estava atento, e secou meu rosto e disse que sabia que eu era incrível, ele pergunta quem ia tomar banho primeiro, digo que eu, ele vai comigo e senta numa cadeira de costas pra mim, fala sobre o jeito estranho como ele vivia, disse que eram dois casais e o irmão de um deles e o sobrinho de dois deles, e os seis eram amigos e amantes e não havia nada que não dividissem de perfume a despesas, eu ri, disse que ele era um mentiroso. Ele fala de seu casamento, que ela não queria filhos, das crises, do navio, Chico e outros dois, que um morreu recentemente. Artur fala de como foi gerado, diz que somos irmãos só no papel e nessa coisa que ele está plantando no coração dele. Ele muda de assunto, desligo o chuveiro, fala de umas fodas dele, se diz um Petit libertino. Fico de pau duro.

Eu o desafio ainda achando graça, digo que se ele fosse libertino daquela forma ele teria tentado trepar comigo, era tudo palhaçada dele, ele diz que estava sendo sincero comigo e não ia impor sua filosofia de vida ninguém, meu pau continuava duro, digo pra ele vir esfregar minhas costas se ele era o Don Juan de Pernambuco, ele então começa a se descalçar e eu atiçando Artur, dizia que ele teve a esposa uns dois ou três namorados e casou, ele guarda o relógio e o celular no sapato levanta e começa a tirar a roupa, Artur tem o mesmo padrão de pelos no corpo que eu, ele pergunta se podia entrar no box (sem porta e bem espaçoso), ele entra e segura no meu caralho, fala o óbvio, “Você tava gostando de imaginar, Vitor, fiz mais que esfregar suas costas, estou punhetando sua rola, rolão, mas vou parar, você é meu irmão e eu te respeito.”

Respeito é o nome do meu cacete, eu segurei o pescoço de Artur e ele deixou de sorrir, eu me aproximei dele, eu sei que somos sangue do mesmo sangue, mas ele diz que não somos... não somos muito mais que quase desconhecidos, e eu estava podendo fazer aquilo e depois dar uma de joão sem braço e cantar aquela de que eu não queria ter feito o que fiz. Ele se afastou só um pouco e eu o puxei para o beijo, e puta que me pariu, como ele beija gostoso, fechou a água do chuveiro e foi se encostando no box, ele me levava a querer empurrar meu corpo no dele. Aquela bobajada de que eu não queria não ia colar depois de chupar o mamilo do maluco. Ele segurou meu rosto e perguntou se eu queria que ele me fizesse um boquete, notei na hora que meu pau estava na mão dele outra vez, mas o dele eu tava segurando e massageando e gostando, eu disse quero.

Ele ajoelha e pede pra eu virar, diz que primeiro ia chupar meu cu, depois meus ovos e acabar no boquete e ele só ia parar quando eu enchesse a boca dele de porra, ele mandou virar e eu virei e... nunca senti nada igual, a língua dele passeava dentro e fora, sem nojinho, ele salivava e me beijava o cu e chupava, era romântico como se fosse a minha boca que ele assentava língua e lábios, eu gemi, disfarcei, e depois nem disfarcei, empinei pra facilitar, ele disse que eu tinha um saco gordo, mas gosta de saco mais baixo, mas disse que minha rola era linda, tive de falar algo, disse que a minha e a dele rivalizavam eram iguais, ele sorri e diz que sim, pergunto de Chico, me arrependo, a brincadeira ia acabar, ele diz que Chico sabia o que pode e o que não pode acontecer, e se foi embora sozinho deu carta branca e toda a confiança, e diz que ainda vou pedir pra Chico me comer, duvidei na cara dele, Artur engole meu pau e vai até encontrar os meus pentelhos com o nariz, meu pau duríssimo, ele diz pra eu foder a boca dele quando ele fizesse isso.

Ele me pede um beijo, quero beijar Artur por toda vida, puta que pariu Artur, essa vai ser santificada, ele diz que eu prometi que ia gozar na boca dele mas pede pra eu demorar, eu digo que vou, Artur me chupa só a cabecinha e eu tentando meter na boquinha dele, Artur tosse e cospe na mão, eu me distraído com aquilo e ele mete meu pau na boca no momento exato em que enfia o dedo babado no meu cu, vejo estrelas, dor sem dor, nem sei o que dizer, seguro a cabeça dele e fodo, tiro o pau e meto, eu o beijo, não domino, ele me pede pra cuspir no meu pau e chupa, pede pra cuspir em sua boca e engole pede novamente levanta e me beija me deixa esfregar meu pau no rego de sua bunda, se ajoelha e eu gozo, em seu rosto, um olho fechado, ele limpa e diz que não cumpri a promessa, punição, um beijo naquele momento, sinto nojo, ele diz que se eu não obedecer, não vou meter no cu dele nunca, eu o beijo, obedeço, lambo seu rosto e sorvo de meu próprio orgasmo com ele.

Artur diz que vai gozar pergunta se quero experimentar ou se vai gozar no ralo, eu fico indeciso mas me ajoelho me enfio o pau dele na boca, ele mete com carinho, suave, comedido, ele goza rapidinho, ele me chama, mas acho que engoli, ele ri, eu fico vermelho, ele me beija diz que pra eu ser um macho dele dali pra sempre só faltava uma coisa, ele pede e eu, trouxa, ainda duvido de Artur, ele manda e eu começo a mijar o rosto dele, ele enche a boca, gargarejar e cospe em minha barriga, ele se diverte, molha o cabelo, depois levanta e mija em mim até a altura do peito, ele estava fodido, sorrindo e feliz em estar comigo assim, na depravação, eu o beijo e digo que o amo. Ele diz que era coisa de irmãos, ele me dá banho e eu o lavo também. Eu me deito e ele faz umas trocas de mensagens, se deita na minha cama e passa a mão na minha coxa, diz que acabamos de foder, ia precisar de tempo para outra, penso já?, ele me pede pra virar de costas pra ele, demoro a obedecer, mas cedo, ele me abraça e beija a parte alta de minhas costas, tem pelos lá, ele diz que talvez valha a pena passar mais tempo ao meu lado, não temos uma vida em comum, diz que era preciso termos mais tempo juntos, concordo, ele pede para eu deixar ele cuidar de mim, nunca ouvi isso antes, isso derruba de vez muros que levantei pra me defender e eu me sinto vulnerável, ele me pede novamente pra cuidar de mim, eu deixo. O telefone dele toca.

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