Meu filho Enzo é um moleque de 18 anos, hiperativo, atlético e que pratica esportes desde novinho. A gente ainda morava no Morro do Salgueiro quando ele se envolveu com o pessoal da associação de moradores, começou a frequentar a quadra de basquete, se apaixonou pela euforia do jogo e não parou mais de treinar. Foi nessa época que meu filho conheceu a rapaziada da comunidade, se enturmou e virou amigo do Yuri, do Richard, do Antônio e do Charles, formando um grupo de cinco adolescentes que cresceram juntos e que viraram praticamente irmãos.
Só que é aquilo, a vida passa, o tempo voa e cada um vai pra um canto: Enzo, meu filho, ficou anos no basquete até mergulhar de cabeça na natação e se entregar de corpo e alma às águas de Geribá, em Búzios, que é onde ele treina e compete no nado até hoje. Meu moleque até se junta com o restante do grupo pra jogar basquete uma vez ou outra, mas o negócio dele é a natação. O Antônio também se interessou pela água, virou surfista em Maricá, trabalha vendendo pranchas e raramente aparece pra visitar a gente. Quem tá sempre por perto e não desgruda do Enzo até hoje é o Yuri e o Richard, que seguem jogando basquete profissional atualmente. Charles foi o único que desviou dos esportes: hoje ele atende pelo vulgo Boldinho no Morro do Salgueiro e se envolveu com os traficantes, então não temos contato.
Nossa vida atual é: meu filho vem em casa só aos finais de semana pra me ver, resenhar com os amigos e matar saudades da namorada dele; eu rodo de Uber quase todos os dias, moro em Deodoro e sou divorciado, pai solteiro. Meu nome é Marcos, 1,76m, pele parda e morena, corpo parrudo, peludo e 42 anos. Como sou motorista e conheço os rapazes, é comum o Yuri me ligar e marcar de eu dirigir pra ele e pro Richard quando eles têm algum evento esportivo, competição ou quando vão assistir jogo do Vasco no estádio.
- Fala comigo, Marcão, tem como tu dar um bonde pra gente até lá o Santo Cristo?
- Quando, Yuri?
- Daqui meia horinha nós tem um baile lá. Tamo, como? A pé. É bom que nós já sobe e desenrola umas gata pra tu, Marcão, qual vai ser? – Yuri começou a rir no áudio e me zoou.
- Tá, vou botar uma roupa aqui e passo pra buscar vocês. No lugar de sempre, né?
- É isso, paizão. Tamo junto, vou avisar o Richard aqui.
- Beleza.
Joguei uma água no corpo, peguei o carro e lá fui eu levar a dupla pro tal baile no Santo Cristo. Cheguei rápido, parei em frente ao bar na pracinha, buzinei e Yuri foi o primeiro a ver meu carro estacionado na calçada. Yuri é o típico magro esguio e definido, graças ao perfil de atleta jogador de basquete. 19 anos, 1,89m de altura, seus ombros bem saltados e definidos, a pele em tom de chocolate, o cabelo crespo disfarçado dos lados e com topete estilo Bruno Mars, cavanhaque com bigodinho fininho, as pernas levemente arqueadas, mó carinha de inocente, mas o maior pegador das novinhas do Salgueiro desde molecão.
- Fala, Marcão! Porra, tu salvou legal, parça! Tamo junto.
- Tranquilo, faz parte.
- Vai um copinho aí? – ele encheu meu copo, mas eu neguei.
- Tá maluco, moleque? Vou dirigir, não viaja.
- Ah, que isso, pô. Só um copinho, cuzão. Faz mal não.
- Nah, agora não. Quando voltar pra casa.
- E quem falou que eu vou te liberar cedo, meu amigo? Hoje tu vai comer buceta, Marcão, tá precisando. Heheheh! Hoje tu tá por nossa conta, chapa. – maior que eu e muito mais forte, Yuri guindou o antebraço no meu pescoço, me puxou pro peitoral e eu nem tive como fazer força pra resistir.
- Calma aí, doidão, me solta! Bahaha! O baile nem começou e tu já tá no brilho, porra?
Ele tava de jaqueta, calça jeans justa, tenizão enorme, relojão no pulso e o jeito muito brincalhão de sempre. Foi quando olhei pro lado e vi Richard me encarando sério e me julgando pelo abraço fraterno do Yuri. Toda a turma sempre me tratou bem e me respeitou como pai do Enzo, mas Richard era aquele que lidava comigo à distância, como se soubesse de algo a meu respeito que nem eu mesmo sabia ainda. O marmanjo viu o contato do amigo comigo, cruzou os braços e pigarreou.
- E aí, vamo ou não vamo? Tamo atrasado, pô. – sua voz grossa cortou o ambiente.
- Opa. Fala aí, Richard, tudo beleza? – estiquei a mão e ele apertou firme.
- Tudo em cima. Partiu?
- P-Partiu. – cheguei a hesitar.
Eles entraram no carro e lá fomos nós pro Santo Cristo. Yuri conversador, puxando vários assuntos e me contando das últimas minas que pegou, já o Richard caladão, de poucos assuntos e às vezes me encarando no espelho retrovisor, não sei o porquê. Ele é altão do tamanho de um ogro, 1,97m, o corpo musculoso, braçudo, peitoral definido, a pele bem escura e um barbão enorme no rosto, tipo aqueles de sultão, de sheik. 22 anos e postura de um homem mais velho, por conta do porte físico e do olhar fechado.
- Pô, Marcão, Enzo falou contigo do esquema semana que vem?
- Não, ainda não. Ele disse que ia me explicar, mas não falou nada.
- É que tipo, ele vai chegar no sábado de manhã e nós vai tá voltando do campeonato na madrugada de sexta pra sábado, pegou visão? Lá em Bangu.
- Entendi.
- Aí nós queria ver contigo se tem como ficar lá por Deodoro pra não ter que voltar em casa e depois brotar de novo. Ainda mais que tá rolando papo de operação no morro, sabe coé? – Yuri fez o pedido e Richard fechou ainda mais a cara, até desviou o olhar.
- Lógico, claro que pode. Vocês já estão cansados de dormir lá em casa quando o Enzo tá aqui, qual é o problema? Pode sim.
- Ah, mas nós nunca dormiu lá sem o Enzo, pô. Pensei que tu fosse barrar.
- Ih, nada a ver. Vocês são tudo amigos, Yuri, a casa é de vocês. A competição é sexta que vem, né? Termina de madrugada, é isso?
- Isso, Marcão. Aí tu busca nós dois, nós fica em Deodoro mesmo e já vamo acordar como? Aquele pique pra aprontar o churras, limpar a piscina e esperar o Enzo chegar. Valeu?
- Fechado. Combinado.
E nada do Richard desfazer o semblante sisudo de quem não tava gostando nem um pouco daquela ideia. Os amigos do Enzo já estavam mais do que acostumados a ir lá pra casa fazer churrasco, resenhar, ver jogo, encher a cara, pular na piscina e tudo mais, então não estranhei o pedido do Yuri e consenti. Levei a dupla no local indicado, mas confesso que voltei pra casa pensativo e me perguntando qual era o problema do Richard comigo.
Um detalhe que preciso esclarecer é que eu nunca me envolvi com outro homem nesses 40 e tantos anos de vida, mas admito que já passei por situações que testaram minha libido e mexeram com meu tesão sem eu esperar que fosse possível. A minha teoria é que o Richard é o único amigo do Enzo que já sacou que eu fico meio mole quando vejo masculinidade, por isso ele tem feito cara feia pra mim nas últimas vezes que nos vimos, porque sabe que eu “escondo” algo.
Pra ser mais específico, acredito que foram exatamente três situações que fizeram o amigo do Enzo começar a desconfiar da minha sexualidade: primeiro, a vez que eles vieram beber aqui em casa no jogo do Vasco e eu escutei um papo explícito sobre taras e desejos sexuais de cada um deles, tanto do Richard quanto do Yuri; segundo, o dia que fui levar toalha pro Richard no banheiro e ele me mandou entrar; por fim, também teve o vergonhoso episódio no qual o grandalhão me pegou cheirando uma cueca do Yuri e eu fiquei super sem graça com o flagrante. Vou contar sobre cada um desses eventos.
Meu filho e os amigos voltaram do basquete no fim da tarde, era uma sexta-feira calorenta no RJ e os três resolveram beber. Enquanto Enzo e Yuri foram no bar da esquina buscar uns litrões, Richard tava apertado pra mijar e foi direto lá pra casa. Eu estava na sala quando ele entrou segurando o caralho no calção, removeu os tênis suados e se mandou pro banheiro. Mal trocamos um “boa-tarde” e o cheiro do chulé do galalau entorpeceu meu nariz, me deixando derretido e azedo de tesão no sofá.
- “Caralho, esse moleque acaba comigo.” – pensei alto.
A ambrosia da chulezada, a nuvem masculina que Richard deixou pra trás quando passou por mim, seu rastro de suor... Tudo mexeu com meus instintos sexuais, tipo o que os feromônios fazem no reino animal. Minha pele arrepiou, escutei o barulho do chuveiro sendo ligado, minha boca mexeu automaticamente e eu falei sem pensar.
- Quer uma toalha, garotão? – berrei da sala.
- Pô, Marcão, vou te agradecer. Fortaleceu.
- Vou buscar.
Levantei do sofá, fui no quarto pegar a bendita toalha, parei na porta do banheiro e chamei.
- Pronto, tá aqui.
- Opa, pode entrar. Tá aberta. – a resposta do ogro me deixou tinindo por dentro, como se todo meu corpo tivesse vibrado diante daquela intimidade.
Respirei fundo, fechei os olhos, abri a porta e, quando entrei, me deparei com o chuveiro desligado, o uniforme de basquete no chão, o boxe vazio e Richard já do lado de fora, de pé no tapete e peladão. 1,97m de pura gostosura, a carcaça definida de uma ponta à outra e os pezões nº 50 bem abertos pra sustentar o peso dos músculos. As coxas super pentelhudas de jogador de basquete, a melanina escura bem reunida na pele, a descidinha do ventre torneado chamando minha atenção e aí eu inevitavelmente olhei pro que não deveria ter olhado. Foi impossível não olhar.
- Valeu, Marcão. Tamo junto. – ele estendeu a mão, esperou eu dar a toalha, mas quem disse que eu tive reação?
Travei, foi pressão demais pra mim. Richard não tinha pica, tinha era uma tromba, uma terceira perna que já era enorme estando mole. Molengona, as veias recém inchadas, o couro deixando o cabeção rosado respirar, um rolão super gordo, grosso e macio, que pareceu recentemente batido na punheta, acompanhado da sacola pesada logo abaixo. Papo de um palmo de giromba em estado flácido, imagina em ponto de pico! Meu queixo caiu. Roludo, sacudo, pentelhudo e um puta gostoso, não consegui não manjar o Richard.
- Marcão?
- E-Eu? – fiquei sem graça. – Foi mal, eu-
- Qual foi, nunca viu homem pelado?
- Não, eu... Claro que já, porra, para de bobeira. – tentei disfarçar e levar na esportiva, mas ele não deixou barato.
Que pau enorme, o maior que já vi. Maior que o meu e eu tenho 42 anos, sendo que o Richard tem 22. Cheguei a lamber os beiços, de tão hipnotizado que fiquei quando manjei o peso robusto da bengala. Aí o colosso fechou a cara, tomou a toalha da minha mão e falou com um certo rompante no tom de voz.
- Se adianta, coroa, se adianta. Vai lá.
- Tá, eu só-
- Vai, vai logo. Se adianta.
Saí do banheiro cheio de vergonha, o brutamontes fechou a porta e eu voltei pra sala tentando fingir que nada aconteceu, mas é claro que foi impossível. Não dá pra esquecer uma vara grande igual à do Richard tão facilmente assim, e foi a partir desse dia que o amigo do meu filho passou a me olhar meio torto toda vez que a gente tá junto, como se tivesse percebido minha curiosidade quando fui entregar a toalha.
- “Se esse moleque contar alguma coisa pro Enzo, eu tô perdido.” – bateu uma preocupação de leves, admito, mas continuei agindo normalmente e os dias passaram.
O último episódio que cravou de vez as desconfianças do Richard comigo foi quando ele e Yuri vieram jogar basquete com o Enzo num sábado à noite, depois beberam, como de costume, foram pra piscina e caiu uma tempestade daquelas no RJ.
- “Complicado, complicado...” – meu cérebro fritou quando vi Yuri de sunga.
Todo torneado, malhadinho, mas mantendo o corpo no biotipo magro, esguio, alto e com tanquinho aparecendo no tórax desenhado. O cavanhaque e o bigode fino dando um tom de malandro pro moreno, ele com sua fama de pegador do morro e eu descobrindo, graças ao Richard, que comecei a ter olhos também pro Yuri. Como um garotão de 19 anos podia ser magro e ostentar um volume peso pesado na sunga tumultuada? Fiquei maluco com a proporção.
- “Não posso ficar olhando, não posso ficar olhando. É foda, que difícil...” – tentei me concentrar pra não manjar tanto, mas foi um desafio.
O pior de tudo foi Richard com calção da Nike, sem cueca por baixo e a jeba desenhada no tecido fino. E depois que molhou na piscina? A roupa começou a cair, ele a todo momento dando palinha da pentelhada, se patolando e apertando a massa do jilozão cabeçudo. A pressão masculina foi enorme, achei melhor beber sozinho na sala, fui ver TV e deixei o trio à vontade no quintal.
- Cuidado aí vocês na piscina, ouviram? O tempo não tá bom. – avisei antes de entrar.
Por conta do péssimo tempo, Yuri e Richard dormiram aqui em casa nessa noite, fizeram as camas com colchonetes no chão do quarto do meu filho e ficaram até tarde jogando conversa fora, papeando as baixarias de sempre e enchendo a cara. Continuei na sala tentando não me ligar na deles, vi filme até umas 2h e pouca da madrugada e resolvi subir pro quarto pra dormir. Passei na porta do quarto do Enzo no trajeto, olhei pela fresta e tava tudo escuro, só o silêncio absoluto lá dentro e os três já dormindo.
- “Quem diria? Tocaram o zaralho e agora caíram no sono.” – pensei.
Eu não ia ficar muito tempo ali, mas percebi um clarão dentro do quarto, quis descobrir o que era, aí me esgueirei pela abertura da porta e flagrei Yuri deitado no chão, seu corpo descoberto, a piroca latejando de inchada na cueca e o garotão com o celular na cara, batendo um punhetão clandestino enquanto Enzo e Richard roncavam alto.
- Caralho, como pode? – cheguei a sussurrar, mas ele definitivamente não me ouviu e nem me viu parado na porta.
Yuri tava concentrado, focado na tela do telefone, se masturbando com a rola dentro da cueca slip e batendo a mão acelerada pra sentir prazer. Mesmo de longe, no escuro e escondido pro safado não me ver, consegui testemunhar uma verdadeira barraca armada em sua roupa íntima, mais uma vez minha boca secou de sede e não consegui entender como um molecão de 19 podia ter mais centímetro de pica do que anos de vida.
- “O que tão dando pra esses atletas comerem? Puta que pariu! Quem será que é mais roludo, ele ou o Richard?” – minha mente ardeu.
A erupção da puberdade do Yuri me deixou estarrecido ali na porta, eu não tirei os olhos dos movimentos desesperados da mão dele e delirei quando percebi que o moreno tava suspendendo o corpo do colchão pra tentar foder a própria mão durante a punheta, tamanha sua fome de buceta.
- Ssssss... – tive até o deleite de escutar os gemidos baixinhos do sacana.
- Hmmm, fffff... Caralho... – também bati uma, enchi minha mão de porra e eu corri pro banheiro pra me limpar.
Entrei, lavei a pica na pia mesmo, escovei os dentes e me preparei pra dormir. Quando abri a porta pra sair, Yuri tava de pé na minha frente, só de cueca, todo melecado de porra grossa na cintura definida, na lateral do ventre e também entre os dedos, mas ainda assim ele escondeu a mão atrás do corpo, tentou disfarçar e ficou sem graça quando me viu.
- Opa, foi mal. Não sabia que tu tava acordado, Marcão.
- Eu tava na sala, moleque. Vim dar um mijão antes de dormir.
- Saquei.
- E tu, por que ainda tá acordado?
- Tava vendo um filme ali. Vou mijar também, aí deito pra dormir.
Nós dois sabíamos exatamente o que ele fez, eu não resisti e tive que olhar pra baixo pra ver o estrago deixado, as incontáveis rasgadas de mingau denso que ele se deixou leitar no próprio corpo. O cheirão forte de cloro masculino subiu firme entre a gente, meu nariz logo entupiu de testosterona e o Yuri ficou meio sem graça com a cena.
- Então já é, Marcão. Boa noite.
- Boa, Yuri.
Ele fechou a porta, eu fui pro quarto dormir, mas a merda estava feita, eu já me sentia condenado a me submeter ao comportamento excêntrico e atirado da dupla de cafuções, amigos do meu filho. A prova disso é que, no dia seguinte, quando Enzo, Richard e Yuri foram pra piscina, eu aproveitei que fiquei sozinho dentro de casa, dei uma escapada pro quarto do meu filho e fiz algo do qual me culpo até hoje: abri a mochila do Yuri e encontrei a cueca amarelada de porra que ele pichou de mingau na madrugada.
- Misericórdia... – meu coração pulou no peito outra vez.
A costura da cueca cheia de pentelhos presos, só fio grosso e escuro, um cheiro suculento de testosterona, fora as inúmeras rajadas de gala que secaram no tecido e amarelaram a roupa.
- Bom demais, que isso! Hmmm! – respirei fundo, meu nariz queimou de tesão e meu cuzinho piscou descontrolado.
Meu cacete trincou na bermuda, botei a língua pra fora, me preparei pra dar uma boa de uma sugada no suor entranhado na cueca e foi nesse instante que ouvi barulho na porta do quarto.
- Marcão? – o galalau paralisou quando me viu.
- R-Richard?! – eu dei um pulo.
- O que tu tá fazendo aqui, maluco? – Richard me encarou de longe, viu que eu tava cheirando a cueca do Yuri, cruzou os braços e fechou a cara.
- Eu vim... Vim botar a roupa pra bater na máquina e tô... Tô vendo se essa aqui é a minha cueca. – minha cara pegou fogo de vergonha.
- Dentro da mochila do Yuri? – ele não me deixou passar batido.
- É que é muito parecida com uma cueca minha, aí eu confundi. – cheguei a tremer das pernas.
- Sei... Tendi. – o grandão pegou a mochila, levou pra sala e daí pra frente entramos nessa onda de ele sempre fazer cara feia quando me encontra, não importa onde seja.
É assim que chegamos no presente, um presente no qual Richard me olha torto e Yuri marcou de eu busca-los em Bangu. Lembra do combinado? Marquei de pegá-los na madrugada de sexta pra sábado, depois da final do campeonato de basquete. Enzo só ia voltar pra casa no sábado de manhã, a dupla de amigos ia dormir lá em casa nessa noite, então eu pedi pizza e enchi o freezer de cerveja, pois sabia que os dois comilões iam chegar varados de fome após 40min de suadeira, pulos, arremessos e correria na quadra. A única coisa que eu não previ foi o imprevisível: a derrota no campeonato.
- Mas o que foi que aconteceu? Vocês tavam tão preparados, tão animados!
- Ah, nosso armador e nosso pivô foram uns bostas hoje. Tá ligado quando não é teu dia, Marcão? Foi tipo isso. Richard tá tão irritado que nem quis ficar pra trocar de roupa, só pra não encontrar com eles no vestiário. Papo de porrada comer e os caralhos, paizão, sem neurose. – Yuri explicou, também estressado e alterado com a derrota.
Richard tava inconsolável no banco de trás do carro, com o rosto escondido na blusa do time e sem querer falar ou interagir com ninguém. Revoltado, coitado.
- Olha só, tentem relaxar, tá bom? Tem comida em casa, comprei cerva pra ver se animo vocês e amanhã o Enzo chega. – me esforcei pra acalmá-los.
- Alguém te pediu alguma coisa!? – o ogro resmungou e me deu um fora.
- Ô, ô! Calma lá, meu parceiro. Marcão tá fazendo vários favor pra gente, pô, pega leve. Nós não tem culpa, não. Se liga, irmão. – Yuri apaziguou. – Foi mal, Marcão. Ele tá perdido da cabeça, é foda. Treinamo muito por isso, tá ligado? A conta não bate.
- Foda. Sei nem o que dizer... Agora é treinar de novo, não tem jeito.
- Pois é.
Fomos de Bangu a Deodoro sem falar muito, chegamos em casa e Richard tirou os tênis dos pés de qualquer jeito. Puto, ele chutou os calçados longe, se jogou de pernas abertas no sofá, cruzou os braços e só então revelou o rosto fechado e mal encarado. O foda é que ele fez isso porque tinha algo em mente: me expor à perversão.
- Tem cerveja no freezer, pode pegar. – avisei.
O brutamontes abriu o latão, esvaziou na garganta como se não fosse nada, depois amassou a lata e jogou no tapete da sala, deixando até o Yuri puto pela atitude folgada.
- Ô, cuzão, tu não tá em casa, não.
- É, Richard. Não esquece que a lixeira tá na cozinha. – brinquei.
- Ah, não enche a porra do meu saco, comédia! Se liga, pô. – ele respondeu grosso e abriu o segundo latão.
- Tudo bem, foi mal. Só quis ajudar. – eu até saí de perto com a grosseria.
- Mano, olha só, tu tá perdendo a noção. – Yuri apontou o dedo na cara do amigo. – Acho melhor tu jogar uma água gelada no corpo e esfriar a cabeça, não tô te entendendo. Tá maluco de vacilar com o Marcão?
- Vacilar com o Marcão? Marcão que é um vacilão do caralho, isso sim!
- O que o cara tem a ver com a gente perder, Richard? Se orienta, doido! Sossega a porra do facho, vai dormir.
Percebi que o clima ficou tenso entre os amigos, a adrenalina subiu, pensei que fosse rolar porrada e entrei no meio deles pra impedir os ânimos de se elevarem. Foi quando tive a péssima ideia de chamar o Richard da mesma forma que meu filho Enzo sempre chamou.
- Negão, olha só. Respira, tá? – pra piorar o clima, encostei no ombro dele e tentei confortá-lo, não sei o que me deu.
Ele automaticamente deu de ombros, tirou minha mão de seu corpo e jogou o peitoral musculoso pra cima de mim.
- Quem tu pensa que é pra me chamar de negão, seu moreno azedo!? Te conheço? Só porque tu é mais claro que eu!?
- Ei, pera aí! F-Foi mal, cara! É forma de falar, jamais pensei em ofe-
- Pra me chamar de negão tem que tá no mínimo dando xereca pra eu comer, tá ligado!? Modera esse teu linguajar, sua bicha do caralho!
- TÁ MALUCO, RICHARD!? Qual foi, respeita o pai do Enzo, porra! – Yuri se meteu no meio de nós e não acreditou no que tava acontecendo.
- Respeita é o caralho, isso daí é um viadão da porra! Peguei esse coroa cheirando tua cueca da outra vez, num fode! Tu tinha que ver a cara que ele fez quando me viu peladão no banheiro! Isso aí é tchola, tô falando! – Richard segurou a piroca no calção do basquete e balançou pra me intimidar. – Esse velho gosta é de pica, Yuri!
Fiquei mudo com a exposição. Assim que Yuri ouviu as frases, processou as informações e a ficha caiu, ele veio andando devagar pra minha frente, fez cara de dúvida, coçou a barbicha do cavanhaque e cruzou os braços.
- Qual foi, Marcão? Que papo é esse, que história é essa de cheirar cueca minha?
- Essa porra aí dá ré no kibe, irmão! Deve tomar mais leitada que as piranha que nós panha lá no morro, papo reto. Só de ficar perto dele eu já sinto o cheiro de franga, de gazela. – o ogro também veio pra perto, deu a volta ao meu redor e cheirou meu cangote como se espreitasse uma presa indefesa.
Eu tremi de medo. Eles poderiam fazer qualquer coisa comigo ali e eu sairia perdendo em todas as hipóteses, já que ambos eram bem maiores, mais fortes e bem mais dispostos que eu. Cheguei a me encolher no canto do sofá quando percebi que estava fodido.
- Dá o papo, Marcão, tô esperando. Explica essa parada aí. Tu cheirou minha cueca, como é que é essa porra? É verdade? – Yuri me cercou.
- E eu sou mentiroso?! Claro que é verdade, porra, tá maluco!? – Richard mal se aguentou.
- Quero ouvir da boca dele. Tu cheirou minha cueca, Marcão?
Sem saber o que fazer, assenti e concordei em silêncio. Richard caiu na risada debochada, Yuri sacudiu a cabeça em negação, aí deu uma volta e tornou a parar na minha frente.
- Caralho, Marcão... – o moreno me mostrou a palma da mão aberta e falou grosso. – Tá vendo o tamanho dessa mão, filhote? Tu tem noção que minha mão é maior que a tua cara?
Minha única resposta foi fazer que sim com a cabeça de novo.
- Já pensou se eu resolvo enfiar a mão na tua cara agora, velhote? Dá o papo, o que passou na tua cabeça pra cheirar minha cueca?
- E-E-Eu, eu só-
- Gagueja não, porra! Desenrola a fita, tu não é homem!?
- Eu sou, Yuri, é só que... Eu só...
A dupla me rodeou feito lobos, eles me deixaram arrepiado, em apuros, mas também muito excitado na sala de casa. Senti como se tudo pudesse acontecer e não foi diferente.
- Eu só queria... Sei lá, pensei em... Vocês estão irritados com a final do jogo.
- Tô mesmo, viado. Mas tô mais irritado de saber que tu tava cheirando cueca minha, sem caô. Como é que nós resolve essa porra, fala tu? – Yuri só faltou cuspir na minha cara nessa hora.
- Eu só... Queria relaxar vocês do estresse do jogo, só isso. – gaguejei.
- Ah, tu quer me relaxar? – Richard falou por trás de mim, encostou o corpo no meu traseiro e falou baixinho no pé do meu ouvido. – Então tu tem que deixar eu socar piroca na buceta sem reclamar, sua prostituta, só assim pra me relaxar. Mas ó, já aviso que contigo eu empurro no ódio. Te faço mulher na minha pica.
Meu cuzinho piscou com a sarrada da tromba, eu entrei em chamas e o grandalhão já me rendeu por trás pra mostrar quem manda.
- Eu quero, mas... Nunca fiz isso antes. – confessei.
- Pode deixar que eu vou te adestrar do jeito que tu quer, vagabunda. Vou te machucar não. Não muito. Hehehehe! – o ogro botou as garras de fora. – Quero só estourar teu cabaço, só isso.
- Mas primeiro tu vai lá buscar uma cerveja pro teu marido, anda. Eu sou teu maridão e Richard é o amante. E tira essa roupa, fica só de cueca. – Yuri virou um abutre machista e dominador dentro da minha própria casa.
Fiz conforme mandaram e fiquei de cueca, aí Richard suspendeu os elásticos na minha cintura e fez o tecido enterrar firme no meu rego, colocando minha bunda de fora e transformando minha cueca numa espécie de calcinha fio dental socada entre as nádegas. Senti queimação no cu, depois um tesão inexplicável e só soube que tinha que servir aos dois. Busquei cerveja gelada, voltei à sala e eles deram as próximas ordens...
História completa lá no Privacy. twitter @andmarvin_
Sou escritor e trabalho há anos escrevendo e vendendo contos. Só lá no Privacy você lê a versão completa dessa e de mais de 70 outras histórias.