Olá, gente? Para você que está chegando nessa história, por favor, não leia, pois se trata da história de uma garota trans. Se você gosta do tema seja bem-vindo (a), mas sugiro que leia o capítulo 1 para que entenda direitinho. Meu apelido aqui no site é brhunab.
Dito isso estou esperando você. Ah, ia me esquecendo... se ler comenta e deixa estrelinha para mim, tá bom? Beijos!!!!
O capítulo Um terminou assim...
Ele limpou a boca como se tivéssemos nos beijado. Ficou passando a mão por todo o corpo como se tivesse tirando poeira aleatória.
- Foi isso que você ouviu. Por isso não beijei você. Depois de suas falas... sabia que ia me odiar.
- Seu desgraçado...
Ele caminhou para mim com cara de ódio; e eu não tive coragem de correr...
Início do capítulo Dois
... e fechei os olhos e tapei o rosto com as mãos esperando um soco ou algo parecido. As mãos dele me seguraram pelos ombros com força e me sacolejaram para a frente e para trás. Eu soltei um leve grito. Não queria chorar pois tinha medo da reação violenta dele. Meu coração estava acelerado.
- Então você é homem, seu miserável. Vamos brigar então como homens.
- Não, por favor, não. – Eu comecei a chorar. – eu não tenho... coragem de brigar... não me bate, por favor.
Ele cerrou o punho e encostou no meu rosto.
- A minha vontade é de te quebrar a cara. Sua... seu... Não fala mais comigo, ouviu bem? Seja você quem for...
A dor no meu ego era imensurável. Naquele momento eu sabia o quanto as mulheres sofrem com certos homens. Não são todos... eu fui embora para casa de cabeça erguida. Limpei os olhos, retoquei a maquiagem, ajeitei os cabelos... mas a dor dentro da minha alma era demais. E sabem o que era essa dor? Era a dor da perda. A dor da rejeição. Acho que era melhor ele ter me dado um soco. Eu devia tê-lo enfrentado. Talvez eu estivesse agora numa cama de hospital, em coma... talvez eu estivesse me sentindo melhor.
Não consegui dormir de noite. No outro dia fui trabalhar com olheiras. As menina do salão brincando dizendo que a noite tinha sido das boas. À noite fui para o colégio e tentei falar com ele, mas ele me evitou. A gente ficava na mesma classe. Então apelei para o ciúme. Tinha o outro rapaz que era muito bonito e que me dava “mole” e eu fui conversar com ele. Ficamos pertinho um do outro mostrando gifs do celular um para o outro. Sentados lado a lado uma hora ele me agarrou e me beijou a força no rosto. Foi mesmo na hora que o garoto vinha chegando. Ele nos olhou com um ódio e foi embora.
O pior ainda estava por vir. No dia seguinte eu estava no salão, olhando a net no celular quando ele entrou, lindo, maravilhoso abraçado com uma garota. Meu coração quase sai pela boca. Meu sangue esquentou de verdade. Mas eu não podia fazer nada. Ele a beijou na boca. Na minha frente. Na minha presença como diz aquele meme do “Amostradinho”. Ele chegou para mim, como se não me conhecesse. Como se nunca tivesse me visto. Abriu um sorriso antes de dizer alguma coisa no ouvido dela. Tenho certeza que ele disse que eu era trans.
- Moça, você poderia fazer as unhas das mãos e dos pés da minha namorada? Quero que ela fique bem linda para sairmos hoje à noite.
- Claro. Seja bem-vinda – eu a peguei pela mão e a conduzi até a cadeira da cliente. Virando-me para ele perguntei com um largo sorriso e um olhar penetrante: - Você vai acompanhar sua namorada ou vem depois?
- E você acha que vou deixar uma mulher linda dessas sozinha? Vou ficar. Mulher linda assim tá difícil.
Que ódio. Ele beijou ela na boca de novo. Se estivéssemos em território neutro eu teria enfrentado ele. Mesmo sabendo que ia apanhar.
Mas a verdade é que ela era linda! Mas eu também sou gata. Tenho certeza que ele ficou doidinho quando me viu. Eu estava usando uma calça comprida preta, folgada que delineava na parte de trás a minha bundinha e deixava meu umbiguinho de fora enfeitado pela minha barriguinha zero e branquinha. Usava uma blusinha tipo topzinho, mas de mangas longas. Um decotezinho gostoso de se ver. Meus cabelos pretos naquele momento estavam amarrados em rabo-de-cavalo. Meu perfume era Malbec. Uso pouquinho para ficar só aquele odor suave. Batom enfeitando meus lábios com vermelho claro e brilho. Uma maquiagem leve. É para enlouquecer a cabecinha dele.
Comecei a puxar assunto com ela e começamos a falar de namorados e farras. Até que cheguei ao ponto de dizer:
- Ontem minha noite foi maravilhosa. Sabe, amiga, um gatinho do colégio... aí rolou.
Ela ficou calada e ele de cara trancada.
Reinou um silêncio sepulcral. Ficamos as horas seguintes em total silêncio. Quando tudo terminou, ele pagou no caixa. Foram embora sem falar comigo.
Outra noite sem dormir esperando uma ligação dele. Devia estar se divertindo com aquela sujeita. Estava fazendo-a de idiota. Os homens são assim.
No domingo de noite eu peguei o telefone e liguei para ele. Eu não estava mais aguentando aquela situação. Era tão apaixonado por mim e de um para outro minuto me esqueceu? Tudo por causa daquela sujeita? Então ele tinha deixado a namorada por causa dela e não de mim. Eu não ia levar a culpa pelos outros. Naquele momento ela atendeu:
- O que tu quer com meu namorado, cara?
Ela me chamou de “cara”?! então ele tinha dito para ela que eu era trans.
- Eu quero falar com ele sobre um trabalho de amanhã. Ele estuda na minha classe. Por favor não se meta. – eu ouvi ele dizendo assim: “me dá, deixa eu falar com ela.” Ele entrou na linha: - O que você quer, Bruna? Eu vou não vou fazer trabalho nenhum com você.
- Diz para essa sua namoradinha me respeitar.
- E aquele cara que tu saiu com ele? Eu tô reclamando? Em, Bruna?
- Você está levantando a voz. Eu só estou dizendo para ela me respeitar.
- Bruna, dá um tempo.
- Eu vou sair da sua vida, calma. Diz para essa sujeita me respeitar.
Eu estava com mais ódio dela. Meu corpo estava fervendo. Tinha um tesão me consumindo. Embora com muita raiva e tesão juntos, eu jamais levantava a voz. Eu sempre me mantive em um padrão de educação que mamãe sempre nos ensinou.
- Tu tá brigando por causa de homem, é?! – a mamãe se materializou dentro do meu quarto. Como foi que ela entrou??!!
- Mãe?! Como a senhora entrou? – meu Deus, tenha piedade da minha alma.
Do nada a mamãe começou a me bater. Eu escondi o rosto e deixei ela agir.
Na noite seguinte quando quase chegando no colégio, eu estava toda apressadinha pois já estava atrasada, na esquina do muro alguém me puxou pelo braço e tapou minha boca me impedindo de gritar.
- Estava te esperando, safada.
Arregalei os olhos. Era ele. Me agarrou com força, me segurou pela nuca e me deu um beijo na boca de tirar o fôlego. Deu uma parada para respirar e continuou de novo. Nos entregamos
àquela loucura louca kkkkkkkkkkk pode essa forma de escrever? Kkkkkkkkkk foram beijos loucos mesmo com carícias fortes pelos nossos corpos nos amassando assim com aquela garra como se fosse a nossa última vez ou para matar nossos desejos.
- Pouco me importa que porra que você é – disse ele entre beijos, carícias, mordidinhas e arranhões que eu dei nas costas dele. – Eu quero você do jeito que for.
Eu não disse nada apenas sorria. Um largo sorriso.
Naquela noite não fomos para o colégio. Ficamos na praça, namorando.
Passamos toda a semana em love. Eu soube que a sujeita não era namorada dele e sim para me fazer ciúme. Pois conseguiu.
Na sexta-feira quando terminou nossa aula ele disse:
- Meus pais vão passar o final de semana fora e vou ficar sozinho em casa.
- Olha, que legal.
Trocamos beijinhos. Ele repetiu. E mais uma vez. E mais outra vez. E mais outra vez como quem não queria nada: “É que eu vou ficar sozinho. Eles vão viajar.” “E a namorada?” “Não é a minha namorada. Minha namorada é você.”
A gente estava caminhando aí eu parei. Caiu a ficha. Ele ia ficar sozinho... estava com vergonha de me convidar... mas que sem vergonha...
- Qual é o seu problema, em? – perguntei, batendo a pontinha do pé direito no chão.
- Nem um. Eu vou ficar sozinho o fim de semana. Só isso.
Ficamos nos olhando. Parados. Nos olhando.
- Aquela sujeita vai ficar com você?
- Não. Eu queria que outra garota entendesse. É que é difícil pra mim...
- Você deixa eu lhe fazer companhia? – eu perguntei dessa forma para deixa-lo à vontade.
Tem a continuação. Leiam e deixem starlet para mim.
@brhunab