Situação fora dos limites (5)

Um conto erótico de Guto (por Leon Medrado)
Categoria: Grupal
Contém 2403 palavras
Data: 23/06/2024 02:36:32

Parte 5.

No escuro, minha mente fervilhava rememorando os acontecimentos, meu coração batia acelerado, eu senti muita falta de ar, dor no estômago, e tonturas. Eu não vi quando apaguei. Mas acordei com o Maciel me chamando, preocupado, me chacoalhando na cama:

— Guto, o que se passa? Está passando mal.

Despertei e vi que minha cama estava toda revirada, os lençóis no chão. Olhei para o Maciel sem entender direito o que se passava, e ele falou:

— Voltamos da rua e eu ouvi você chorando, berrando, e vim ver o que acontecia. Você se debatia intensamente, como se estivesse lutando desesperado, e chorava de soluçar.

Olhei para ele, e tentei explicar, embora eu também não soubesse que estive fazendo aquilo.

— Devo ter passado por um pesadelo. Não recordo de nada.

Parei, sentado sobre a cama. Eu me sentia exausto, e com a garganta seca. Me levantei para ir ao frigobar e pegar uma água, e senti uma tontura muito grande, voltando a me atirar sobre a cama. Acho que apaguei novamente por um tempo. Ao abrir os olhos o Maciel estava sentado na beira da cama, e passava uma toalha molhada sobe o meu rosto.

Ele tinha o meu celular numa das mãos. Me mostrou e vi que eu havia esquecido desbloqueado. Ele falou:

— Relaxa Guto. Você está sentindo o quê? Levou um choque ao ver as imagens?

Eu não precisava mais esconder dele. Já devia ter visto tudo, inclusive os vídeos. Fiquei um tempo calado, pensando. Depois falei:

— Não esperava nada disso. O Lazuli me contou umas coisas...

Maciel me tranquilizou:

— Ele falou comigo, durante o passeio. Percebeu ontem que você não sabia de muita coisa. Vamos conversar. Tome esta água, se recupere.

Ele me passou o copo com água. Bebi ávido, e em seguida, repeti outra dose.

Pouco a pouco fui recobrando a cor, a circulação se normalizou. Maciel disse:

— Você parece que teve uma lipotimia, ou mais ainda, uma síncope.

— O que é isso? – Perguntei intrigado.

Maciel sorriu, e explicou:

— Não é grave. Já li sobre isso, e já tive também. A lipotimia representa uma indisposição que se caracteriza por uma sensação de desmaio, provocada pela queda brusca e repentina de pressão arterial. A síncope é mais forte e se caracteriza pela perda temporária da consciência.

Eu estava assustado.

— E o que causa isso?

Ele falou bem calmo:

— Não se apavore. Eu aprendi que esse fenômeno ocorre devido a uma estimulação exagerada do sistema nervoso autônomo, resultando em uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro.

Perguntei:

— Apaguei muito tempo?

— Não, foi rápido, uns dois minutos, mas eu vi que sua respiração estava normal. Então, não fiquei preocupado. Sei que você deve estar abalado. Me diga, o que sente?

Eu não tinha muita intimidade com o Maciel, era tio da Laíse, mas era também o patrão. E quem nos ajudou para sair do Brasil e viver fora. Eu disse:

— Você viu as imagens. Eu não esperava nada disso, e o Lazuli me contou coisas que eu não sabia, e que era a Laíse que deveria ter me contado.

Maciel se sentou na beira da cama e falou com jeito de conselheiro:

— Vamos, lá, o que foi que mexeu com você? Preciso saber para entender.

Eu estava mesmo tenso, e precisava falar com alguém. Achei que ele, por ser o mais velho e experiente, seria o melhor para me abrir. Respirei fundo e comecei contando.

Falei tudo, desde o começo, contei como foi que fomos nos envolvendo com o Maycon e a Glenda. E não omiti nada. Ele me perguntou:

— Mas você gostou?

— Gostei, sim. Estava tudo bem. Até ontem. – Eu respondi.

O que houve ontem?

Expliquei:

— Antes de sair, eu sabia que a Laíse ia dormir com o Maycon e a Glenda, e conversamos pela manhã. Eu liberei, mas pedi que ela não desse o rabo, que eu não queria. Ela ficou chateada, pois já estava na vontade de dar. Ela gosta de dar o cu, tanto quanto a xoxota, e devia estar louca para dar para o Maycon que é pauzudo. Eles tiveram uma foda boa. Quando eu pedi, ela não gostou. Ficou emburrada. Contrariada. Eu percebi. No final, para não ficar um clima ruim, eu liberei, disse que ela decidia o que fazer. Mas eu não esperava que ela fosse fazer o que fez.

— O que foi que ela fez? – Ele quis saber.

— Uma suruba com dupla penetração com o Maycon e o gringo. Com participação da Glenda e da Sophie. Eu fiquei sabendo na mesma hora porque a Gessy contou para o Lazuli, e mandou fotos. Ele me mostrou.

— Mas ela fez escondido? Você não sabia? – Ele quis saber.

Olhei para ele, e expliquei:

— A Glenda tirou fotos que ela me mandou, só mais tarde da noite. Mas eu estava já abalado, e sem sono. Nervoso.

Maciel, então, ficou um pouco em silêncio, pensando, depois perguntou:

— Me explique melhor. Você disse que gostou muito de ver a Laíse com outro. Viu ela dando para o Maycon. Deu muito tesão. Não foi?

Concordei. Ele perguntou:

— Bom, isso confirmou para eles, que você gosta de ser corno. Não é isso?

Eu não tinha interesse em negar. Expliquei:

— Sempre me excitou a ideia de ver a Laíse com outro. Era uma fantasia. Quando aconteceu com o Maycon, eu vi o quanto me deixou tarado e aproveitei. E o que mais me deixou louco foi ver o quanto que a Laíse estava gostando.

Maciel sorriu, e perguntou:

— Então, o que é que incomodou tanto, você ontem? Tinha liberado a esposa, sabia que ela ia dar, e já sabe que ela adora safadeza. E você gosta. Por que ficou tão transtornado?

Estava relutante de contar, mas vi que não tinha jeito, então expliquei:

— A Laíse não me contou tudo. Não me contou das conversas no salão, ela não teve segredos do que fizemos, e todos já sabiam desde o começo, só eu que pensava que era segredo nosso. Paguei de inocente.

— Talvez não foi ela que contou, mas a Glenda. A Glenda não tem nenhum filtro. E está totalmente integrada com todos. Ela já transou com todos da casa, até comigo. Você pode estar julgando a Laíse sem saber direito das coisas. – Ele ponderou.

Nessa hora, eu resolvi tocar no assunto mais delicado.

— O Lazuli disse que no salão a Meiry tem um esquema de prostituição. – Falei.

Maciel sorriu:

— Sim, ela tem. Já tinha no Rio de Janeiro, antes da gente vir para cá. Depois da sala de massagem, tem duas salas, e duas garotas atendem lá. Mas alguns clientes da Glenda também gostam de ir lá. A Sophie também faz programa, para juntar dinheiro, quer ter um apartamento dela. E o marido sabe. Não tem nada escondido.

— Mas eu não sabia, a Laíse não me disse nada. E parece que ela também fez programa lá.

Maciel não se abalou. Perguntou:

— Você sabe o passado da Laíse? Alguma vez quis saber?

Fiquei olhando para ele, sem ter o que responder. Apenas neguei com a cabeça. Ele falou:

— A Laíse, quando você a conheceu, trabalhava como manicure, mas fazia programa. Ela parou porque vocês se juntaram. E quem era a cafetina que gerenciava o negócio? A minha irmã, que foi sócia da Meiry. No começo de vocês, quando era só namoro, ela fez programa todo o tempo, enquanto namorava você. E isso, não impediu da Laíse ser uma parceira perfeita a ponto de vocês se juntarem.

Eu olhava para ele, chapado, quase sem acreditar no que ouvia. Minha reação foi dizer:

— Mas... ela nunca me disse nada!

Maciel, abanou a cabeça, como se negasse algo, e exclamou:

— Guto, você não sabe de nada. Era, e ainda é um bom menino, vindo de Minas Gerais, criado por gente honesta e humilde, e bastante inocente. Ela tinha medo de contar e você sair correndo. Quem acha que ensinou tudo no sexo para você? Não foi ela?

Fiquei olhando para o Maciel e lembrando do início do meu namoro com a Laíse. Era verdade, eu aprendi com ela, praticamente tudo que eu sabia em termos de sexo. Eu exclamei:

— Caralho... essa agora!

— Guto, você gosta da sua mulher não gosta? Acha que se soubesse antes, você resolvia assumir a relação e viver com ela? – Ele perguntou.

Era uma questão forte, e eu não tinha a certeza. Fiquei calado, pensando. Maciel falou:

— Fazer programa é algo que as pessoas começam a fazer por necessidade, mas depois se acostumam, especialmente se der grana. É muito difícil parar. É um trabalho como qualquer outro, prestação de serviço, sexo em troca de grana.

Fez uma pausa rápida, e continuou:

— Só que envolve uma entrega mínima para ter intimidade com uma pessoa desconhecida, e procurar agradar. Agradar é uma condição importante. E quem não tem pressão de crença religiosa, nem moralismo, não se sente culpado em fazer. Quando a pessoa é boa no que faz, é elogiada, procurada, e se sente bem com essa valorização. Não se sente mal com o sexo pago, muitas gostam de ser boas naquilo, como uma boa manicura, uma boa massagista, uma boa depiladora.... Sem falar que envolve a autoestima. Quanto mais procurada a pessoa se sente mais encantadora.

Ouvindo a Maciel falar, eu percebia como ele era experiente, e pensava diferente de tudo que eu havia aprendido. Eu disse:

— Isso é o seu modo de ver, talvez o dela, mas não é o jeito que eu aprendi a ser.

Ele me cortou:

— Exatamente. Foi por esse motivo que ela não falou nada, apenas deixou de fazer programa, e foi viver com você. Por gostar muito de você, e estar apaixonada, ao encontrar um rapaz sangue-bom, trabalhador, honesto, dedicado e amoroso, que não fez perguntas, e a aceitou sem se importar que ela fosse uma moça simples e pobre.

Maciel deu uma parada na conversa, esperou que eu pensasse no que ele estava dizendo. Então, retomou:

— Você não sabe que ela ganhava bem com programas, e mandava quase toda a grana para a mãe dela, que é faxineira e vive num barraco lá na Rocinha. Ela só abriu mão disso, porque eu garanti uma mesada para a mãe dela, que é minha irmã. E foi para viver com você. Na época você estava empregado e ganhava bem. Mas a parte mais complicada você não sabe, e eu não vou contar. Vou deixar para ela contar.

Fiquei mais abestalhado ainda. Passava a ver minha mulher, de um jeito que eu nunca havia imaginado, conhecendo um passado que eu ignorava. Maciel me viu pensativo, e perguntou:

— Você acha que eu chamei vocês para cá, por quê? Ela comentou com a Meiry que vocês estavam muito apertados, sem emprego, e devendo ao agiota. E ela não queria se prostituir de novo lá no Rio de Janeiro. Se quisesse, ela tinha onde e como. Eu resolvi ajudar.

Eu agradeci:

— Porra, foi muito bom. Você foi a salvação.

Ele prosseguiu falando sem ligar para o que eu disse:

— Eu sei que vocês merecem, você é um bom profissional, inteligente, e foi muito bom trazer os dois para cá. Eu fiquei satisfeito de ajudar, estou gostando da sua atuação, e a Laíse, sabendo da dívida que tem comigo, pediu para a Meiry deixar ela fazer programa, só para ajudar a pagar a dívida mais rápido. A Meiry não deixou ela contar para você. Com medo de você não entender e dar merda. Por isso ela não contou. A Meiry que impôs essa condição. Ficar em segredo. Até você se acostumar melhor com a situação de ser corno. Está gostando, não está?

Fiquei mais abestalhado ainda com aquela informação. Nos últimos dias, tinham sido tantas mudanças, descobertas, surpresas, que eu não sabia se acreditava ou se achava que todos estavam me enrolando. Eu não sabia o que dizer ou pensar. Tentando encontrar uma justificativa para a minha sensação de insegurança.

Maciel aproveitou meu silêncio para dizer:

— Aquele jogo de se vestir bem sexy, na hora do jantar, ficar à vontade, foi para ir preparando você, fazer se acostumar com a turma, ficar mais liberal. E a Laíse adorou provocar o desejo em todos, e você ficou tarado com aquilo. Todos vimos.

Eu disse:

— Maciel, você viu as imagens dos vídeos. Minha mulher estava adorando dar para dois machos, tarada. Ela gosta de ser safada, bem putinha!

Maciel sorriu, um riso irônico, e ficou um pouco em silêncio. Pensando no que iria dizer. Eu olhava para ele, esperando uma resposta. Depois de uns segundos, ele colocou a mão no meu ombro, num gesto meio de pai, ou de irmão mais velho, e falou:

— Guto. Isso você tem que aceitar, ou não. A Laíse adora ser desejada, adora sexo, ela fode desde muito jovem, se prostituiu cedo para sobreviver. Aprendeu a fazer sexo com muitos machos, de tudo que é jeito. E gosta muito disso, nasceu para ser essa delicia de safada que você conhece. Todo macho fica tarado nela, logo que bota os olhos nela, e a danada adora isso. Laíse adora despertar o desejo nos machos. Fica excitada. Não tem jeito. Mas ela abriu mão disso para ser sua parceira. Por isso, ajudar você aprender a ser corno, foi um caminho que ela encontrou. Queria preparar você, para ser o marido dela, que aceita essa companheira safada como ela é. Você tem que aceitar e gostar de ter essa safada como sua parceira. Ou não. É algo que terá que resolver.

Nossa! Se ele tivesse dado dois tapas bem fortes na minha cara, não teria um efeito tão impactante. Fiquei ali, olhando para ele, sem reação. A cabeça a mil.

Maciel se levantou da cama e disse:

— Relaxa, procure dormir, descanse. Amanhã, ou melhor hoje, voltamos cedo para Lisboa. Espere chegar, saia com sua mulher, converse com a Laíse, e veja o que vai fazer.

Eu fiz que sim com a cabeça, ainda com os pensamentos embaralhados. Maciel foi dormir e eu ainda fiquei por um bom tempo pensando em tudo aquilo. Havia pelo menos uma sensação melhor. Eu tinha informações para confrontar com a Laíse. Mas, também persistia uma sensação estranha, de ter sabido de uma parte da pessoa, da sua vida, que eu jamais imaginei. Adormeci e dormi um sono agitado.

Continua na parte 5.

Conto de Leon Medrado, inspirado no relato original do Guto.

e-mail: leonmedrado@gmail.com

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Foto de perfil de LeonLeonContos: 275Seguidores: 687Seguindo: 162Mensagem Um escritor que escreve contos por prazer, para o prazer, e com prazer.

Comentários

Foto de perfil de Paulo_Claudia

Sensacional.A mulher não tem que ficar fazendo relatórios sobre o que fez antes de namorar com o homem, assim como o cara nunca conta realmente tudo o que fez antes. Por que achar que a mulher precisa "prestar contas" da sua vida anterior? Só se cometeu algum crime como matar alguém e ter ido para a cadeia. Mas trepar todo mundo trepa.

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Foto de perfil de Mark da Nanda

Situação delicada, hein?

Vi amor, traição, medo, vergonha, várias sentimentos fundidos numa história muito bem costurada e cheia de possibilidades.

Há erros e acertos, talvez muito mais erros que acertos e aí é que reside a pergunta: não haveria risco deles sufocarem o amor?

Laíse errou? A meu ver, sim e não. Não vejo erro no fato dela ter omitido ter se prostituído antes de conhecer o Guto, aliás, ela o fez pela necessidade de ajudar a mãe, e a necessidade justifica muitas situações em nossas vidas, essa inclusive. Não li no texto, posso estar enganado, mas acho que o período de namoro entre ela e o Guto foi bastante curto, passando eles a viverem juntos como casal um tempo depois, quando parou com essa "vida fácil" (não sei para quem!"). Isso também poderia justificar o fato dela não ter revelado nada para o companheiro; isso e o medo de que a verdade poderia fazê-la perdê-lo. Talvez até mesmo por isso ela não tenha revelado para ele esse seu passado: foi curto demais e desistiu pouco depois. Para mim, o maior erro dela até agora é não ter confiado no sentimento que o companheiro tem por ela, sendo honesta e transparente com ele com a questão da prostituição. Forçá-lo a experimentar o papel de corno, forjando situações e se valendo da ajuda de pessoas de sua convivência em comum, com as quais ele ainda está criando laços de amizade e confiança, pode ter sido um erro fatal na sua relação. Um do casal não pode usar desses subterfúgios para conseguir algo que pode, em tese, ir contra a vontade do outro. Esse, para mim, é o maior erro dela até agora. Não posso também deixar de observar que o Guto, novato na putaria, ainda está inseguro com tudo e o pedido que fez para ela reservar o cu para ele prova isso. Ela ir contra um pedido do companheiro e ainda participando de uma suruba com direito a dupla penetração, me pareceu muito precipitado e arriscado, quase um tiro no pé.

Guto errou? Sim e não também. Errou em abrir mão de suas próprias vontades para não irritar a companheira. Quando pediu que ela reservasse “algo especial” para si, deveria ter insistido e argumentado o quanto isso o faria se sentir especial. Quando ela jogou com seus sentimentos, dizendo que ou liberava tudo ou não liberava nada, ele deveria ter negado a liberação para ela, pelo menos até retornar, se sentar com ela e conversar muito bem conversado sobre tudo o que envolveria abrir o relacionamento, sendo o caso, criando regras, limites e direitos, para ambos, dentro dos desejos de ambos. Infelizmente, não errou em confiar na companheira, pois nada em seu passado obscuro levava a crer que ela pudesse fazer o que supostamente tem feito sem o seu conhecimento e concordância (prostituição). Digo que não errou porque, confiava cegamente; talvez se soubesse de seu passado, não tivesse confiado, mas aí já entramos na seara das suposições, o que não interessa à análise.

Os demais “conviventes” erraram? Sim e somente sim, a meu ver. Explico: são terceiros que pouco ou nada conhecem do casal Laíse e Guto. Da Laíse até parecem conhecer bem, tanto que o envolvimento dela com eles parece ser mais profundo, tanto que se tornaram cúmplices no jogo que envolveu o Guto e o fez experimentar o primeiro menage. A primeira vez nunca é fácil e às vezes realmente é necessário um “empurrãozinho”, mas a forma como fizeram, subvertendo a verdade, envolvendo o rapaz para o menáge e depois currando a Laíse na sua ausência numa suruba pesada com direito a dupla penetração, me pareceu totalmente errada, demonstrando que pouco ou nada se importam com os sentimentos do Guto, descrito como um rapaz conservador e do interior de MG. A impressão que pode passar para o Guto é de que todos estavam mancomunados contra ele e aí eu pergunto: como continuar convivendo numa mesma casa, com espaços compartilhados, com essas pessoas?

Quero fazer um parêntese aqui sobre a conversa havida entre o tio da Laíse, Maciel e o Guto. Foi totalmente errada, inapropriada, desproporcional e injusta com um rapaz que já estava abalado com certas descobertas a respeito de sua amada. O que ele contou nunca poderia ter sido revelado por ele, mas sim pela própria Laíse. Ao fazer isso, sendo um terceiro, praticamente jogou na cara do Guto que ele é o típico corno burro que é o último a saber de tudo, além de que tira dela a chance de mostrar um mínimo de consideração e respeito pelo companheiro, revelando tudo sobre o seu passado (com a prostituição para sustentar a mãe), presente (envolvendo-se novamente com a prostituição, mas agora para ajudá-los a terem uma vida melhor) e o futuro (dando-lhe o direito de participar das decisões que devem ser comum ao casal e não apenas a uma das partes).

Quero só frisar que a prostituição em si não é crime, não é errada e não faz ninguém melhou ou pior que ninguém. Entretanto, mesmo com boa intenção, a companheira não pode tomar uma decisão dessa magnitude sem a concordância do companheiro, sob pena de ferrar com o seu relacionamento. Ressalto que, a meu ver, a vulnerabilidade, a necessidade de ambos, não é justificativa suficiente para ela se prostituir, escondendo o fato dele.

Aliás, esconder é o que infelizmente ela tem feito de melhor até agora, tanto no antes (durante o namoro) como no durante (agora, durante a estada de ambos em Portugal).

O amor será suficiente para ele a perdoar? Talvez, desde que ela compreenda que errou, se arrependa legitimamente e lhe dê o direito de opinar nos rumos do relacionamento do casal. Mas ela precisa entender e aprender que respeito numa relação envolve ser transparente e honesta com o parceiro, e nisso ela tem falhado até agora.

Vamos aguardar, porque a história está boa demais

Parabéns, Leon!

Três estrelas, claro…

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Olha senhor Mark. Isso não é um comentário e um tratado rsrs, mas temos pontos de vista parecidos. Mas como você disse tá incrível essa história... espero que você é Nanda estejam bem casal foda 🔥

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Mark. Pelo tamanho e detalhamento da análise, devo deduzir que essa história deve ter mexido muito com você. Bom sinal. Aliás, mais do que ninguém, você sabe muito bem por experiência própria, que são as omissões, negações, mentiras, e atitudes incorretas que são o fermento e o combustível dos conflitos de relacionamento, dos desentendimentos, e das melhores histórias. Outro fator essencial, é que quando a história está baseada num relato de um drama real, verídico, vivido, fica complicado mexer, alterar, e mudar as coisas, mesmo que saibamos onde estão sendo cometidos os erros, e as atitudes incorretas. Já aconteceu, e não tem como corrigir. Resta ao autor, ter a habilidade de contar sem que a história se torne óbvia cinco episódios antes de acabar. Agradeço sua leitura atenta e sua análise tão pormenorizada dos erros e acertos dos personagens. Mesmo que esteja coberto de razão, quando eles o fizeram, não tinham a exata noção disso. Depois, de longe, fica fácil perceber. Se todos nós tivéssemos essa capacidade de análise e discernimento, antes de fazer as besteiras, não haveriam histórias instigantes para contar. Seria apenas navegar na harmonia e no prazer da paz. Muito obrigado.

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Espero segunda feira ou terça-feira já tenha o cap 06

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Grande Mark você foi cirúrgico nas suas palavras. Como realmente continuar a conviver em uma casa onde todos de uma forma ou de outra mentiram pra você ou tr manipularam? Eu não seria capaz.

Mas o texto é top 3 estrelas.

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Foto de perfil de Corno e Aprendiz de Puta

Essa mulher é tudo de bom

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Proibida Pra Mim

Charlie Brown Jr

Ela achou meu cabelo engraçado

Proibida pra mim no way

Disse que não podia ficar

Mas levou à sério o que eu falei

Eu vou fazer de tudo que eu puder

Eu vou roubar essa mulher pra mim

Eu posso te ligar a qualquer hora

Mas eu nem sei seu nome!

Se não eu, quem vai fazer você feliz?

Se não eu, quem vai fazer você feliz? ...Guerra! (bis)

Eu me flagrei pensando em você

Em tudo que eu queria te dizer

Numa noite especialmente boa

Não há nada mais que a gente possa fazer

Eu vou fazer tudo o que eu puder

Eu vou roubar essa mulher pra mim

Eu posso te ligar a qualquer hora

Mas eu nem sei seu nome!

Se não é eu, quem vai fazer você feliz?

Se não é eu, quem vai fazer você feliz?... Guerra! (bis)

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Foto de perfil de JP-agreste

O erendo em sim, trás uma história excitantante e que dá um misto de tesão e ciúmes se colocamos os óculos do protagonista. Porém devemos entender que não é ficção, mas realidade é fatos que já aconteceram, desse modo precisamos ter respeito na nossa opinião como diz um ditado só saber onde apertar o pé quem calça o sapato. Não digo que não devemos dar nossa opinião mas é preciso entender que cada cabeça uma sentença sendo que a que importa é do protagonista.... podemos não concordar, mas é preciso respeitar o ponto de cada um.

A fazer análise da parte 01 até parte 05,

O passado importa, é bom saber da história do passado da pessoa não para julgar, mais para ter ciência e integridade no relacionamento, mas é verdade que o passado da esposa dele não há faz mal caráter, as pessoas condena a prostituição eu sinceramente não vejo nada de mais, e um trabalho como qualquer outro os motivos que levam alguém para se prostituir não importa é direito da pessoa ela era solteira então poderia fazer da vida d3la o que bem entendesse. Então não houve enganação nesse ponto.

E um juízo de valor se foi enganação ou se foi uma preparação para aceitação e compreensão do protagonista em relação à vida que ela queria levar não julgo o motivo, mais tudo é escolha.

Não entendo como uma enganação, precisamos ser sincero e honesto.

E fato que quando um homem que ser corno ele não chega de forma direta e fala isso pra sua senhora, mas ele vai introduzido aos poucos para que ela não se assuste inclusive criando situações para isso acontecer de forma suave.

Então se homem pode porque a mulher não pode ?

Pode sim.

O que complica não é ela fazer programa, mas pelo fato dela não ter combinado, mesma ela sendo proibida de fala a cumplicidade, parceria precisa disso joga limpo não importa a consequência a verdade é libertadora, então isso é negativo pelo fato de não fala pra ele, por outro lado, eles estão em vulnerabilidade e nessas situações é difícil de avaliarmos. Outro fato negativo é para isso não há justificativa e fato dela ter indo para uma suruba sem ele.

Experiência própria já sair com alguns casais ou suas esposas, não importa se participação era direta ou indireta mas eles participava e tinha interação com a esposa dele. A regra é clara e preciso ser prazeroso para os dois. Isso precisa ser ajustado em qualquer relação. Mas pelo que sei estão juntos até hoje então eles superam isso ou estão tentando superam. Precisamos abandonar o falso moral.

Eu sou safado ao extremo.

Outro ponto aqui é argumento do tio que falou que ela faz issonpor ser safada, aqui discordo completamente acha que a mulher se prostituir por ser safada e algo preconceituoso a mulher tem ela pode ser o que quiser ser. Não importa o apetite sexual dela. Fracamente precisamos evoluir.

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Foto de perfil de Leon

Gosgo da sua maneira de ver a questão, e também penso parecido. Essa sua experiência ajudou você a ver a vida por outros ângulos. Isso é importante. Muitas vezes, na nossa vida, agimos de um jeito achando que é o melhor, e depois vemos que não foi. Faz parte.

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Nítido e notório como a prostituição choca mais que traição. Lindos os comentários neste e nos outros vemos um moralismo estrutural.

Nunca a necessidade será justificativa para se prostituir, mas a carência serve para a traição.

Voltando ao conto, ele deixará de fazer juízo de valor moral e dentro das atuais condições verá o quanto o amor supera tudo.

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Foto de perfil de Leon

Não é? A maioria não vê como prostituição quando a garota ou esposa aceita certas coisas, em troca de privilégios e favores ou benefícios. A verdade é que a maioria das pessoas se prostitui muito. Mas bastou ter que fazer sexo para receber dinheiro, e pagar suas contas, acham que é uma coisa horrível. Se o Ayrton Senna fosse pobre, assalariado, andasse de ônibus, será que Adriane Galisteu, Xuxa, e mais um monte ia querer namorar com ele? E o Neymar, aquele tipinho asqueroso, safado, sem respeito, se fosse um suburbano pobre, qual a celebridade, socialite ou biscate do Instagram ia se interessar por ele? A sociedade é hipócrita.

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Foi enganado e manipulado por todos. Agradecer ao Maciel pela oportunidade e sair de casa . Um conto excepcional como é apanágio

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Outro que pensa que suas escolhas não são manipuladas. Trabalhei com marketing estratégico por décadas. Todas as suas escolhas, preferências, gostos, vontade, sem exceção, são fruto de manipulação, indução, de forma subliminar, e a maioria dos conceitos morais e de valor das sociedades, é fruto dos dogmas, tabus, e preceitos das religiões, (criadas por pessoas) e que fazem até matar por isso. Não pense que você está imune. É produto do meio, como todos. Reveja seus conceitos.

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Foto de perfil de Paulo_Claudia

Nossa, escrevi algo parecido no início do meu livro, mas em relação à nossa percepção de realidade. Porque o que eu entendo como realidade não é o mesmo que outras pessoas entendem, e isso é difícil para alguns entenderem. E esses comentários longos comprovam que este conto está tão bem escrito que os leitores percebem como algo real.

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Concordo com a afirmativa e aí vem o Maciel com esse papo de ansa corno, eu meteria o pé

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Estou amando esta série, Leon, talvez ainda mais do q as outras, se bem q cada uma delas possua suas individualidades q atraem, e impactam.

Estou me percebendo na pessoa do Guto, qdo pela primeira vez vi uma viúva, mulher linda, dessas q por onde passam ou chegam, monopolizam todas as atenções, até mesmo das mulheres.

Ao vê-la pela primeira vez o peito ferveu, o coração disparou, e a boca ficou totalmente seca.

Depois de a conquistar e começar a namorar, pq havia me relacionado somente com quem me quis, passei a me sentir plenamente realizado como homem, tendo a mulher q todos desejavam.

Porém, o dia mais difícil dessa relação foi saber do seu passado q interrompera ao frequentar a igreja, período no qual até mesmo os filhos eram deixados com a mãe a fim de ficar por dias seguidos em motéis, com o ficante da ocasião q lhe dava mais presentes, conforto, e status, como empresário, comerciante, chefe, e principalmente, médicos.

Não, ela não fora uma prostituta, mas há quase trinta anos qdo os valores sexuais e morais da sociedade eram bem mais conservadores, sim, naquela época, ela transava com qualquer um q lhe interessasse, sem se questionar sobre nada, e nem sobre o q os outros iriam pensar, ou dizer.

Muito religioso, como o Guto tb era ingênuo, e lembro como foi difícil suportar mesmo qdo ainda a ouvia na sua espécie de confissão ou de confidência, sentir o intestino e a urina soltarem, o estômago doer agudamente por dias seguidos impedindo comer, o sono desaparecer nas noites seguintes, emagrecendo tanto q me perguntavam se estava doente.

Lembro de q fiquei imprestável por semanas, sem saber absolutamente o q fazer.

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Foto de perfil de Almafer

Leon que pancada no cérebro negócio do céu eu mesmo não saberia dizer nada, o problema é que cada um de nós temos uma reação diferente, não porque ele é do interior de Minas Gerais, que poderia aceitar ou não o estilo de vida dela ninguém sabe o que se passa dentro das pessoais não podemos fazer julgamentos sem contar antes do acontecido kkkkk nota um trilhão amigo parabéns e me surpreendeu em kkkkkk

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Foto de perfil de Leon

Almafer, eu aprendi que a história só é feita de fatos e feitos. A premissa SE, nunca faz parte da história. Ou seja, o que acontece é que importa, o que é apenas hipótese, nunca faz parte da história. Obrigado.

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Foto de perfil de Beto Liberal

O passado vindo a tona.

A tia é a cafetina, o tio conivente e "patrocinador"

E agora? Como Guto vai reagir? O que vai fazer?.

Ele eu não sei, mas eu... Aceitava numa boa, afinal, lavou tá novo... 🤣🤣🤣.

A mulher ama o cara, e tá ralando duro para terem um futuro melhor.

E se o cara gosta , juntou o útil e o agradável.

Basta só botar em pratos limpos e deixar tudo as claras.

Eu tô gostando

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Toda crise choca a princípio gerando reações imprevisíveis, com as quais frequentemente não sabemos lidar.

Mas se na escolha entre fuga e enfrentamento nos dermos a chance de dialogar e de esperar o pior passar, o q afirma é bem realístico: o problema está na cuca, e somente lá, pq na boca, na pepeka, e no cuzinho, bastou lavar, q td realmente ficou limpo.

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Concordo em parte.E repito o que já disse lá acima: A premissa SE, nunca faz parte da história. Ou seja, o que acontece é que importa, o que é apenas hipótese, nunca faz parte da história. Aqui, estou tratando com o que cada personagem fez, como sentiu, como reagiu, como entendeu. E nem sempre fazem o melhor.

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Esse capítulo foi bastante revelador, impactante, surpreendente.

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Narrativa cruel que nos surpreendeu e excitou. Aguardaremos as reações do "corno Golden" se continuará ou reagirá como "corno Pitibull".

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A vida está cheia de surpresas, e muitas vezes é cruel. Em alguns casos, a crueldade da vida nos ensina a sermos menos inflexíveis e mais compreensíveis. Especialmente quando se quer bem. Obrigado.

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Olá Leon, bom dia.

Cara eu adoro suas historias, sou um super fã, leio todas, mesmo algumas que não me agradam, mas leio até o final.

Sei muito bem e entendo seu estilo de escrever então muitas vezes não me choco mais com algumas coisas que você narra.

Eu estava adorando essa história, mas já no capitulo anterior, quando ele desconfiou ou descobriu a mentira dela em não revelar os programas, já fiquei de antena ligada, mas agora ler tudo isso que você contou, foi demais, as mentiras já começaram junto com o namoro, ela tinha medo de contar no inicio, mas deveria ter feito antes de alguma forma, tudo bem que ele nunca perguntou nada sobre a vida dela, respeitou o passado dela e nunca a questionou de nada, mas foi sacanagem e das grandes e agora mais ainda, porque já estão juntos a bastante tempo.

Olha não acho errado ela se prostituir, existem muitas mulheres mais dignas de que muitas empresárias que se diem damas de família, acho que realmente é um trabalho como outro qualquer, muitas vezes muito pior do que muitos outros, porque o que essas mulheres se sujeitam não é fácil não.

Não recrimino de forma alguma quem faça, inclusive tenho duas amigas que trabalham com isso, elas são pessoas extraordinárias, mas elas nunca mentiram igual essa menina esta fazendo.

Não foi nada justo e certo no no passado e não esta sendo nenhum pouco agora. As mentiras acabam com qualquer relação e com amores também.

Ela transar com outro na frente dele e ele liberar ela para transar com os amigos enquanto estava viajando e ela transar com mais pessoas, acho que esta tudo no mesmo bolo, ele não tem do que reclamar, mas mentir e enganar o parceiro do jeito que ela estava fazendo não é justo.

Bom espero que você não me leve a mal, com essas minhas criticas, que como já disse não é sobre como você escreve, que isso eu nunca iria julgar ou reclamar, mas é sobre o contexto da história. sei que você esta escrevendo da forma que ele te contou, mas não gostei e antes e mais ainda agora.

Por isso eu não vou mais seguir lendo essa história, talvez quando você terminar eu volte e dê uma lida por cima para saber o final, mas para mim perdeu o encanto.

Grande abraço

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Neto, eu entendo perfeitamente as suas colocações. Mas, veja bem, no meu entender, existem as mentiras mal intencionadas, e as bem intencionadas. Isso a gente aprende desde pequenos, pois todos nós mentimos, de alguma forma e em algum momento, nas nossas vidas. Uma das coisas que mais me revolta, aqui no site da CDC é que a maioria dos leitores, é extremamente rigoroso para julgar qualquer deslise, especialmente se for de uma mulher, que em algum momento enganou ou mentiu. Mas não tem o mesmo rigor para si mesmos. Ou seja, tem dois pesos e duas medidas. E não são capazes nem de esperar a história avançar, já ficam cheios de revolta e julgamento. Eu vejo dessa forma. Não posso mudar a história que tenho para contar, e sei que certas situações mexem com as pessoas. Faz parte.

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Eita 🙃 Leon que tá cada vez mas impactante... em parte excitantante em outra essa ideia de esconder... mas não julgo afinal cada um conhece suas necessidades. Incrível sua escrita

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Essa é a história que ele me contou. Eu apenas transformei em conto.

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Mas precisa de talento para transformar em um conto incrível .....

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Listas em que este conto está presente