Chegou o dia de irmos embora, tivemos uma longa despedida, Milena fez até um pouco de birra pois não queria deixar os avós... Mas fiz ela entender que era necessário voltar a nossa rotina e em breve os avós iriam conhecer nossa casa. Meus irmãos moram na minha antiga cidade, a mesma do meu ex marido, então o combinado era eles supervisionarem os finais de semana que Mih passaria com ele... Foi o que deu para fazer... Como eu já disse, ele é uma pessoa que tem muito poder, é difícil conseguir justiça com pessoas assim. Embora eu estivesse preocupada da minha filha estar na companhia dele, confiava mil por cento nos meus irmãos. Eles dariam a vida pela proteção dela, tenho certeza!
Fomos para minha casa, pedi a Júlia para me ajudar a organizar as coisas, passamos a tarde arrumando tudo e a noite assistimos um filme comendo pizza. Milena dormiu nos primeiros minutos, coloquei na cama e Juh deitou entre minhas pernas para a gente ficar de chamego antes de eu leva-la para casa.
- Nossa, eu já estava acostumada a dormir de conchinha com você, amor - disse ela
- Por mim, você ficava aqui - falei abraçando
- Não posso, disse ela - aqui não dá... você sabe
A nossa rotina voltaria a ser aquela onde a gente só dormia junto aos finais de semana e teríamos tempo juntas nos horários do jiu-jitsu e do futebol de Mih... Pouquíssimo tempo... E depois de passar mais de 15 dias, praticamente uma por dentro da outra, ia doer muito!
Demos muitos beijos até que realmente chegou o horário que ela precisava ir, subi com ela para ajudar com as malas e não conseguia me soltar dela, nem ela de mim.
- Te deixar é a pior parte - falei passando o nariz em sua bochecha
- Quero um dia não precisar me despedir pra dormir longe de você - e me deu um selinho
Sentei no sofá com Juh no meu colo e comecei a passar a mão em seu cabelo enroladinho, parecia mais brilhoso e cheiroso que o normal, peguei no seu queixo de leve para dar um último beijo e sentia sua pele lisinha, com aqueles lábios vermelhos se aproximando de mim. Essa mulher com certeza foi esculpida!
Com o coração apertado, fui dirigindo pra casa, deitei solitária na minha enorme cama e fiquei abraçada no meu travesseiro, sentindo o cheiro dela na minha roupa... Que melancolia, nem parecia eu... Mas eu estava sentindo uma falta absurda. Mandei uma foto com os olhos cheios de lágrimas com a legenda "saudade, môh" e ela respondeu que também estava, com outra foto usando uma camiseta minha...
Pela manhã, levei Mih para escola, vi Juh de longe e ela me deu um tchauzinho com aquele sorriso lindo dela e eu só pude devolver o cumprimento mesmo. Voltei para casa, fiz alguns atendimentos e quando estava finalizando o último recebi uma mensagem de Júlia: "Amor, Mih tá com febre. Vem buscar ela!" e assim eu fiz, cheguei lá e ela estava quase dormindo no colo de Juh. Estávamos a sós então dei um selinho nela, carreguei Milena e já estava saindo quando ela me pediu outro e disse que assim que saísse iria ver como ela estava.
Quando me aproximava do portão, uma mulher me chamou e disse que morava no mesmo bairro que eu e perguntou se eu podia dar uma carona, o filho estava doente também e a irmã dela, que estava em casa, não estava conseguindo um Uber. Não achei nada demais e fiz a gentileza...
No carro, eu percebi que caí em uma armadilha. Ela me elogiou bastante, falou que eu era uma morena muito linda, tocou nos meus braços e falou que eram fortes...
- Agradeço seus elogios mas eu não me sinto confortável com eles... Tenho namorada, sabe?! - Falei tentando não parecer rude, mas enfática
- Jura? Você tem uma cara de que faz a festa - disse Rose
- Já fiz muita coisa mesmo, mas hoje sosseguei
- Que pena, porque eu já fantasiei tantas coisas com você...
- Você sabe que as crianças estão aqui, né? Eu só aceitei dar a carona porque quis te ajudar
- Você não quer nem saber o que eu imaginei?
- Não
Ela colocou a mão sobre a minha perna e eu não estava acreditando que aquilo acontecia. Segurei o pulso dela com força e falei: - Você não sabe com quem está se metendo, se eu já falei que não tenho interesse, recolha a sua insignificância e aceite.
Parei o carro e pedi para ela descer, estava no bairro já, então ela não teria que andar muito para chegar em casa. Ela ficou um pouco assustada, mas mereceu o apavoro.
Fiz a medicação de Milena e ela dormiu quase a tarde inteira. Era alguma virose, coitada. Sozinha, sem nada para fazer, comecei a pensar se diria ou não tudo que aconteceu pra Juh... Será que era mesmo necessário? Porque poderia ser uma irritação atoa. Mas por outro lado, se acontecesse com ela, eu iria querer saber... Então concordei com meus divertidamentes que assim faria.
Recebi uma mensagem no whatsapp assim: "eu amei a sua agressividade" e quando olhei a foto, a diaba da Rose... Não respondi, apenas bloqueei.
Júlia chegou para ver Mih, a febre havia passado e ela ainda dormia, enquanto isso, aproveitava a companhia dela da melhor maneira, bem grudada a minha boca.
- Dorme aqui essa noite, amor - sugeri cheirando seu pescoço
- Você sabe que não dá, amor
- Preciso contar uma coisa que aconteceu hoje, falei pegando o celular - mas nesse momento, Mih acordou me chamando e eu saí deixando o aparelho com ela desbloqueado na conversa (SIM, FUI BEM BURRINHA)
Milena chamou ela para o quarto que já chegou daquele jeito, só se comunicando com minha filha. Jogou o celular pra mim, e deitou ao lado dela perguntando se ela se sentia melhor e enchendo de beijos.
Preparei um banho morno e enquanto Mih tomava, fui conversar com Júlia.
- Você deu carona pra ela hoje que eu vi, falou irritada
- Sim, amor - Era sobre isso que eu queria te contar
- Você me traiu? Perguntou já chorando
- Não te traí, senta aqui pra a gente conversar
- Não me traiu? E essa mensagem? Comeu ela com força pra ela estar elogiando essa sua agressividade?
- Amor... - eu estava tensa mas queria rir por causa da última pergunta - Me escuta, ela deu em cima de mim no carro, eu pensei que estava só fazendo um favor... Eu cortei todas as investidas dela, mandei descer do carro quando chegou no bairro... Não sei como ela conseguiu meu número, talvez no grupo da escola, do condomínio mas assim que vi bloqueei. Eu deixei claro que namoro, infelizmente, não pude dizer que era com você, mas eu facilmente diria se pudesse...
- Mas por que ela está elogiando sua agressividade? Eu quero entender
- Ela pegou na minha perna e eu segurei firmemente o punho dela e dei um fora nela... Achei que tinha assustado ela, mas pelo visto não
Júlia me olhava pensativa, como se estivesse revisando a história atrás de um furo
- Gatinha - falei tirando os fios de cabelo que grudavam sobre o rosto dela e depois segurando pra que ela pudesse me olhar de perto - tenha mais confiança em mim, por favor
- É que parecia tão verdadeiro na minha cabeça, quando vi essa maldita mensagem
- Ficou com ciúme?
- FIQUEI COM ÓDIO
- E ciúme também, dei um selinho nela
- Claro, você é minha ou não é?
- Sou sua, môh - e beijei
- Me empresta uma roupa porque vou dormir aqui - falou ainda mio brava
- Huuuum, mudou de ideia?
- Você sozinha me dá muita dor de cabeça
- Então não me deixe sozinha
Separei umas peças e quando Mih saiu, ela entrou. Graças a Deus a febre não voltou mais.
Enquanto eu preparava nosso café Juh ajudava Milena na atividade que a prof enviou. Nos alimentamos, refiz as medicações de minha filha e coloquei ela na nossa cama, caso acontecesse algo, eu poderia resolver logo.
No meio da noite, levantei para comer algo e o meu grudinho veio atrás
- Vem cá, amor - ela me puxou pra ficar de frente para ela e me beijou - as mãos dela estavam em minha cintura, por baixo da camisa
- Huuum, eu acho que sei o que você tá querendo - falei com um sorrisinho safado - Vamos para o outro quarto
Sentei na cama com ela no colo para continuar o envolvente beijo, Juh tirou a minha camisa e massageava meus peitos, preparando para sua boca, que veio com força, com vontade, com sedução, com movimento. Ela chupava, mordia, passava a língua, sugava, apertava, me olhava nos olhos... E eu ia a loucura, estava entregue para ela, completamente exitada e com a mesma vontade da gatinha.
Nos encaixamos para fazer um 69, mas Júlia estava tão inspirada, tão encapetada que eu não consegui chupar ela por muito tempo. Precisei colocar um travesseiro no rosto para abafar meus gemidos. Gozei e Juh continuou me sugando, até eu recuperar o fôlego.
- Senta na minha cara que agora é minha vez - falei dando um tapa na bunda e ela veio sorrindo
Quando minha língua encostou na sua ppk, ela gemeu virando a cabeça para traz, fui segurando em sua cintura para dar movimento e ela entendeu muito bem o que tinha que fazer, começou a rebolar deliciosamente, enfiei um dedo firmemente e ela gemeu me olhando com uma carinha de safada gostosa do caralho. Transferi meu dedo ensopado para o cuzinho dela que agora não se controlava mais, apenas curtia a sensação. Engoli aquela bucetinha enquanto comia ela com meus dedos. Ela estava visivelmente se deliciando. Aumentei o ritmo, ela segurou meu rosto contra seu corpo e me lambuzou com seu mel. Se jogou para trás e eu fui para cima dela, beijando sua boca e seu pescoço. - Você tá uma verdadeira safada - falei
- Aprendi tudo isso com você - me respondeu
- Uma putinha, sem vergonha - e dei um leve tapa no rosto dela
- Eu acordei com vontade de você
- Percebi, amor, e eu amei sabia?! - beijei novamente
- Daqui a pouco tenho que ir trabalhar, falou olhando o horário no celular
- Não vou levar Mih, mas posso te levar - falei
- Não, não, não, imagina que estranho, amor, todo mundo vai estranhar
- Te deixo na esquina, ninguém vai ver - falei tentando convencê-la
- Eu acho melhor não, pego um Uber. Eu já dormi aqui hoje, já é um risco
- Tá bom, tá bom... Aceitei - Huuum, banho?
- Banho
Depois voltamos para cama, Milena dormia tranquilamente, e Juh me abraçou se encaixando sobre mim, toda manhosa, buscando carinho
- Como pode - falei baixinho - neste instante estava toda putífera, me provocando e agora tá aqui querendo dengo
Ela riu e disse: - Equilíbrio
E assim dormimos até o despertador tocar.
Era uma sexta-feira, Loren e Lorenzo viriam buscar Milena para passar o primeiro fim de semana com o pai depois do ocorrido, falei com Juh para aparecer depois do trabalho para o quarteto se reunir!