Triângulo Amoroso - Capítulo XXVII

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Heterossexual
Contém 4153 palavras
Data: 25/06/2024 19:15:07

REAÇÕES ADVERSAS

O final de semana de Alberto em companhia de Laura na casa de praia foi uma verdadeira montanha russa sentimental. Naqueles dois dias, depois de uma recepção que variou entre o assustador quando achou que seria assassinado ao vê-la correndo em sua direção portando uma faca de cozinha e o extremo prazer com ela literalmente o fodendo várias vezes.

Sua esposa, apesar das mudanças observadas por ele nos últimos meses, estava irreconhecível. Se antes ela deixara de ser aquela mulher que parecia fazer sexo por obrigação para uma mulher fogosa que, sem nenhuma explicação aparente, passou a aceitar práticas sexuais antes condenadas. Só que naquele final de semana não se tratava mais disso. Laura estava insuperável e chegava a rivalizar com Marcinha em seu desejo cada vez maior por sexo. A esposa estava tão faminta que houve um momento em que veio a mente de Alfredo a frase que ela falou quando o pegou na sala: – “Agora não meu amor. Muito provavelmente amanhã eu vou te matar de verdade, mas agora eu quero apenas que você me foda e me faça gozar muito”.

Tudo indicava que essa era a intenção de Laura, pois ela agia como se quisesse sugar a vida do marido, porém, ela fazia isso usando como arma sua xoxota sedenta por sexo, sua boca gulosa pelo pau de Alberto e sua fome em engolir toda a porra que conseguia sugar dele com suas deliciosas chupadas. Era tanta fome por sexo que, quando ele estava para entregar os pontos, ela foi impiedosa deitando-se de bruços, segurando as nádegas com suas mãos e abrindo para que seu cuzinho claro ficasse exposto e depois falasse com voz repleta de tesão:

– Vem amor. Come o meu cu agora. Fode com bastante força e goza no fundo dele que eu quero sentir o quentinho de sua porra me aquecendo toda por dentro.

Alberto, apesar de extenuado, não teve dificuldades em foder aquele cuzinho e atender aos desejos de sua esposa, pois seu pau, sem que ele precisasse fazer nenhum esforço, respondeu ao chamado e cumpriu sua obrigação ficando completamente duro enquanto seus olhos se deleitavam coma cena do corpo nu da esposa totalmente exposto para ele e aquela voz que se assemelhava ao canto de uma sereia a lhe invadir os ouvidos.

Em síntese, durante o sábado Laura deixou o esposo extenuado e depois deixou que ele repousasse e tivesse uma noite de recuperação apenas para repetir tudo durante o domingo. Alberto foi tão usado e espoliado de suas forças que, para retornarem á São Paulo, usaram o carro de Laura e somente na segunda se lembraram de que necessitavam do outro carro, o que o obrigou a contratar uma empresa de guincho para transportar o seu veículo de volta para casa.

Ainda na noite de domingo aconteceu algo que deixou o Alberto desconcertado e muito, mas muito preocupado mesmo.

Depois de chegarem à cassa e tomarem um banho, ele estava deitado na cama enquanto Laura estava em pé diante da penteadeira secando os cabelos. Ela estava com o corpo enrolado em uma toalha e quando o Alberto se levantou para ir até a cozinha beber água, ao passar atrás dela, resolveu lhe fazer um carinho no rosto e ela reagiu de uma forma estranha. Ao sentir o contato da mão dela em seu ombro ela fez um movimento brusco com o corpo para se livrar daquele contato como se estivesse incomodada com isso e ainda deu um tapa na mão dele enquanto falava irritada:

– Tire a mão de mim Alberto. Vá abraçar a sua amante.

A surpresa foi tanta que única reação de Alberto foi se apressar em sair do quarto e demorou mais tempo na cozinha do que o necessário para beber água. Para piorar ainda mais a sua surpresa, ao retornar para o quarto, encontrou Laura deitada de lado na cama sem conseguir conter as lágrimas que escorriam de seus olhos.

Sem entender nada ele se deitou e passou um longo tempo pensando a respeito da diferença de comportamento da esposa, conseguindo dormir curtos intervalos durante aquela noite.

Na segunda-feira o comportamento de Laura continuou o mesmo. Sempre evitando a aproximação do marido e conversando com ele apenas o necessário. E esse não foi o único problema que ele teve que administrar no início daquela semana, pois enquanto Laura fazia de tudo para ficar longe dele, Marcinha dava sinais de que precisava falar com ele em particular e, não querendo dar chances ao azar, Alberto evitou ir almoçar junto com a amante que, não se contendo diante da necessidade de falar com ele, deu um jeito para que se encontrasse, como se fosse por acaso, na copa da empresa e justo em um momento em que não havia mais ninguém.

Percebendo que estavam apenas os dois ali, Marcinha se apressou em dizer:

– Tenho uma boa notícia pra te dar.

– É! Então fala.

Márcia estava tão eufórica que nem percebeu que a resposta de Alberto foi muito apressada e diferente e tampouco que ele olhou preocupado para os lados antes de falar e foi direto ao assunto:

– Resolvi tudo com o Lukas. Precisamos conversar sobre isso. Acho que agora não haverá mais problemas em sairmos a qualquer hora.

– Então! Eu também tenho uma coisa para te falar. A Laura está agindo de forma estranha e chegou a me acusar de ter uma amante. Acho que ela está sabendo de alguma coisa e isso me obriga a dar um tempo.

– O que você quer dizer com isso? – Perguntou Márcia sem conseguir disfarçar a decepção em sua voz.

– Quero dizer que precisamos dar um tempo. Mas fique tranquila que quando eu tiver certeza de alguma coisa dou um jeito de falar com você.

Dizendo isso Alberto se virou e saiu da copa e, quase que imediatamente após a saída dele, Laura entrou e, olhando para Márcia de cima abaixo, falou com uma voz fria e impessoal:

– O que está rolando aqui Márcia? Parece que você estava olhando para um fantasma quando me viu?

– Nada não. Eu só estava dizendo ao Alberto aonde arquivei um processo que ele está precisando.

– Ah sim! Um arquivo não é? Ou será que foi ele que andou guardando alguma coisa em você.

Márcia se sentiu como se tivesse acabado de levar um soco no estômago e teve que se esforçar para que o copo de água que acabara de tomar não fosse expelido. Em seguida usas pernas começaram a tremer e ela sentiu que cairia a qualquer momento e se apressou em sentar-se na cadeira da qual estava mais próximo enquanto tentava reorganizar seus pensamentos para poder encontrar algo para responder ao que, na sua forma de ver, havia sido uma acusação direta de traição, porém, quando levantou a cabeça para dizer alguma coisa descobriu que estava sozinha. Laura não estava mais à sua frente e também não a viu quando girou a cabeça para olhar à sua volta.

Tudo aconteceu de um jeito tão estranho e rápido que logo Márcia se perguntava se aquilo tinha acontecido mesmo ou se foi imaginação sua. Correu então para o banheiro e se fechou em um dos box aguardando um tempo até poder se recompor. Quando se sentiu segura para voltar ao seu local de trabalho ficou apreensiva até que Laura, saindo de sua sala, informou a ela que tinha uma audiência no Fórum e que não retornaria naquele dia.

O que mais chamou a atenção de Márcia é que sua chefe agia com a maior naturalidade como se nada de estranho tivesse acontecido. A frustração foi maior do que qualquer expectativa de que Márcia tinha com relação à sua recém conquistada independência.

Ao voltar para casa naquele dia ela contou o que se passou para o marido, porém, a simplicidade com que o Lukas encarava a vida era tanta que ele em nada pode ajudar e no final foi ela que teve que criar alguma justificativa para deixar a ele tranquilo.

Naquela noite, ao chegar em casa, Alberto foi surpreendido por uma Laura voraz que, assim como fizera no final de semana na casa de praia literalmente o atacou e fodeu com ele sem que demonstrasse, em momento algum, estar satisfeita e passaram quase que a noite inteira com ela usando e abusando do corpo dele enquanto gozava de forma intensa e barulhenta, obrigando-o a chamar a atenção dela por causa dos filhos, ao que ela respondeu:

– O que tem demais nisso Alberto? Nossos filhos já estão na idade de foder e é até bom que eles ouçam isso e entendam que ninguém tem que ficar com vergonha de sentir prazer.

E na terça-feira de manhã ele foi surpreendido por uma esposa brava, que agia como se estivesse muito ofendida, sem falar da tristeza que ela deixava transparecer em seu rosto e nas lágrimas que ela, embora tentasse conter, eventualmente escorria por sua face.

Não demorou em que o Alberto ficasse realmente preocupado com os altos e baixos no humor de sua esposa que, ou transava como uma desvairada ou ficava pelos cantos chorando e, enquanto isso, Marcinha tinha que explicar quase que diariamente a um Lukas ansioso porque ainda não tinha transado com seu amante.

Alberto sabia que tinha estava sendo manipulado por Laura, embora não tivesse consciência de que o mesmo acontecia com relação à Márcia. Em sua mente ele se via usado pela esposa que o levavas às alturas em fodas maravilhosas ou o atirava no inferno da dúvida e do arrependimento quando se retraía e ficava chorando pelos cantos. Com relação à Márcia, ele ainda se achava o membro alfa daquela relação sem jamais parar para pensar que tudo o que acontecera era na verdade a realização dos planos dela.

A situação insólita já perdurava por mais de dez dias e Alberto já estava com os nervos à flor da pele. Ele nunca sabia o que esperar quando se aproximava de Laura diante da instabilidade emocional. Foi uma semana inteira de incertezas e mais alguns dais, pois já estavam na noite da quarta-feira da semana seguinte à que retornara da praia e o seu final de semana foi muito ruim, pois no sábado e no domingo Laura pareceu ter resolvido castigá-lo e se ele tivesse se dado ao trabalho de armazenar as lágrimas derramadas certamente teria enchido litros delas.

Toda essa mágoa de Laura o atingia ainda com mais intensidade por causa do que acontecera na sexta-feira à noite. Com dificuldades de disfarçar o constante assédio de Márcia que não desistia de sua intenção de conversar com mais calma sobre o fato de ter sido liberada para transar com ele a qualquer motivo e também cobrar explicação com o fato dele estar evitando ficar com ela, ele resolveu ir até a casa do jovem casal depois do expediente da sexta-feira. A sua intenção era acabar de vez o relacionamento com Márcia colocando uma pedra sobre o assunto e fazendo com que tudo o que houve entre eles ficasse no passado.

Mal chegou ao apartamento se arrependeu, pois assim que Lukas, que atendera a porta a fechou atrás de si, Márcia veio como uma flecha e se atirou em seu pescoço enquanto levantava as pernas e as apoiavas em sua cintura obrigando que ele a amparasse colocando as mãos em sua deliciosa bundinha. A garota lhe dava beijinhos no rosto e no pescoço enquanto falava:

– Ai que bom que você veio. Mas por que você não avisou? Eu teria vestido alguma coisa mais apropriada para te receber. Não é Lukas? Conta para o Alberto sobre as roupinhas que a gente comprou para quando eu estiver com ele.

– Eu resolvi de repente Marcinha. E, além disso, eu só dei uma passada aqui para a gente conversar rapidamente, pois não vou poder ficar.

– Isso quer dizer que a gente não vai...

A pergunta morreu nos lábios de Marcinha quando ela viu Alfredo negando com movimentos da cabeça. Então fez beicinho e falou do jeito que sabia que ele não resistiria:

– Isso não é justo. Já vai fazer um mês que a gente não transa. Por que você está me castigando assim?

Alberto depositou o corpo dela que ainda estava enganchado nele no sofá e depois se sentou ao seu lado enquanto explicava seus problemas.

Falou da situação que estava enfrentando com Laura e também de seu desespero em não saber o motivo disso. Chegou até mesmo a comentar sobre o fato de a esposa uma única vez ter se referido ao fato de ele ter uma amante, porém, se apressou em explicar que aquilo devia ser alguma loucura da cabeça de Laura, pois não havia como ela ter descoberto sobre o relacionamento dele com a jovem casada.

Márcia, já controlada e focada no que o amante lhe dizia, lembrou-se de quando Laura a abordara na copa da empresa e, ligando os fatos, concluiu que a frase dela ao falar alguma coisa sobre o Alberto ter guardado alguma coisa nela agora fazia sentido. Então explicou isso para o Alberto que a princípio se recusou a acreditar, porém, ela fez questão de chamar a atenção dele para as coincidências que ligavam o fato dela ter desaparecido de repente, da acusação direta que fez ao marido e a ironia na frase com que encerrara a conversa com ela na copa.

Analisando a situação do ponto de vista de Marcinha, Alberto foi obrigado a aceitar que tudo agora fazia sentido, porém, isso não serviu como solução para nada, pois isso o deixou ainda mais preocupado e ele logo se despediu do casal e foi para a sua casa sem sequer olhar para a amante com uma expressão de desejo. Marcinha chegou a sentir um frio no estômago ao se ver tratada por ele com tanto desinteresse.

Ao chegar em casa Alberto se perguntou se Laura não tinha contratado alguém para seguir a ele, pois o desespero que ela demonstrou ao chegar era algo que o deixou sem reação. E para piorar, o clima ruim entre eles perdurou durante todo o final de semana e ele não teve sequer como iniciar a conversa que pretendia ter com ela. Ele precisava descobrir se Laura sabia alguma coisa de sua traição ou não e ia fazer isso mesmo que isso significasse o fim de um casamento de quase vinte e cinco anos. Porém, diante do estado de prostração da esposa não houve como ele fazer isso.

Até que chegou a quarta-feira e Laura parecia estar mais animada e ficou ainda mais quando, no final do expediente, recebeu a noticia de que a sentença de um caso complicado em que ela estava trabalhando foi favorável ao seu cliente e isso a deixou muito eufórica. Tão eufórica que ela saiu de seu escritório de braços dados com Alberto que fora até lá para felicita-la e, na saída, foi simpática com a Marcinha e até agradeceu a ela por ter sido tão eficiente ao ajuda-la no processo, o que não podia ser creditado como uma verdade, pois o serviço como secretária que Marcinha prestava se resumia a cuidar da agenda e prestar auxílios como extrair cópia de algum documento ou cuidar da correspondência.

Aproveitando a animação dela, Alberto decidiu que daquele dia não passaria e ele finalmente poderia ter uma conversa com a esposa a respeito do comportamento dela nas últimas duas semanas.

E quase que ele não conseguiu. Isso porque, ao chegarem a casa, Laura foi direto para o quarto e pediu para que ele escolhesse uma garrafa de vinho e fosse encontrá-la lá com duas taças. Ele obedeceu e qual não foi a sua surpresa quando, ao entrar no quarto, viu a esposa nua se espreguiçando sobre a cama do casal em um convite para o sexo. Alberto entendeu como ela conseguira se despir com tanta pressa quando notaram que o sutiã tinha uma de suas alças arrebentadas, os sapatos estavam jogados a mais de dois metros um do outro e as meias, embora emboladas sobre o tapete, mostravam que estavam danificadas. Isso sem falar que o vestido que ela suava estava no corredor indicando que ela começara a se livrar das roupas antes de entrar no quarto. Tanto é que ele se viu obrigado a apanhar aquela peça de roupa que, ao ver como a esposa estava, jogou para o lado e atirou-se sobre ela.

O que aconteceu a seguir foi o que pode ser chamado de massacre. Alberto não esperava pelo furor de Laura e foi literalmente fodido. Ele não teve um segundo para reagir durante mais de meia hora, tempo esse em que Laura o cavalgou com o pau dele enfiado em sua xoxota, outros momentos em seu cuzinho e a pele de seu rosto ardendo e a sensação de estar queimado indicava que não tinha sido apenas impressão dele, mas que sim, durante aquele ato de posse totalmente desenfreado, Laura havia lhe desferido tapas violentos em seu rosto. Quantos foram ele não sabia dizer e, depois de alguns dias, perguntou a ela que disse não se lembrar de ter feito nada disso. Mas as marcas dos dedos dela impressos em sua pele quando ele se olhou no espelho era uma prova de que, ou ela estava mentindo, ou ela realmente não se lembrava de nada.

Se bem que, ter levado uma surra da esposa não era o importante para o Alberto, O importante mesmo é que ela, embora nos últimos tempos estivesse mais fogosa e disposta a ser mais ativa na hora do sexo, jamais tinha atingido esse patamar antes. Mas o que importava para ele era descobrir em que pé estava o seu relacionamento uma vez que se sentia incomodado por não saber em que tipo de terreno estava caminhando.

Pensando dessa forma ele resolveu, depois de deixar Laura sexualmente saciada, continuou a fazer carinhos nela, porém, eram carinhos ternos com ele evitando tocar em pontos do corpo dela que poderiam fazer com que o tesão reascendesse. Laura curtia aqueles carinhos de olhos fechados quando ouviu Alberto falar:

– Minha mulherzinha ultimamente está tão tesuda que eu não vejo a hora de ficar sozinha com ela em casa para a gente poder fazer amor gostoso.

Mal ele acabou de falar isso e se deparou com os olhos de Laura bem abertos a lhe encarar. Ele não conseguiu decifrar as expressões que tomavam forma naquele rosto maduro, mas ainda muito bonito que iam se modificando a cada segundo. Primeiro ela o olhou meio supressa e até mesmo meio que assustada, depois admirada e não demorou em que os olhos claros da esposa começassem a emitir raios como se quisesse fuzilar ao marido. Alberto a princípio ficou assustado e pensou em recuar, porém, ele estava decidido a resolver tudo naquele dia e, falando de forma calma e carinhosa, falou:

– Por que você está me olhando assim Laura?

– Mas você é muito cara de pau mesmo, não é seu Alberto?

Em vez de se justificar, Alberto foi firme e continuou:

– Não vá surtar agora. Tenho notado que você, nos últimos dias, tem mudado de humor com uma frequência que chega a ser assustadora. – Ouvir aquilo foi suficiente para que Laura desistisse de dizer o que já estava preparada para falar e o encarasse novamente e ele se aproveitou disso: Querida, você sabe que é impossível a gente viver bem em um clima assim. Você não acha que, se está havendo algum problema, nós devemos conversar a respeito disso?

– Se está havendo problema? Oras Alberto! Poupe-me dessa sua hipocrisia e deixa de ser cara de pau.

– Está vendo só? Há dois minutos você estava agindo de um jeito e agora está de outro. Por que isso está acontecendo?

– Isso está acontecendo porque eu não consigo interpretar o papel de corna e chifruda sem me revoltar seu traidor.

– Traidor? Por que essa acusação agora? De onde você tirou isso? O que andaram te falando?

Laura respirou fundo. Ela também sabia que tinham que conversar a respeito da traição do marido e, uma vez que ele tocara no assunto, era melhor enfrentar o problema de vez. Então ela procurou se acalmar e falou para ele sobre as conclusões que tirara ao observar as transformações pelas quais passaram seu marido e o fato de que essas mudanças coincidiam com aquelas que ela observava em Márcia, adicionando no final o fato de Alberto estar cada vez mais próximo de Márcia. Depois de falar tudo o que pensava a respeito, concluiu falando|:

– Você vai negar tudo?

Alberto apenas a encarou em silêncio o que levou Laura a lhe socar seu peito enquanto falava entre soluços:

– Seu filho de uma puta. Traidor miserável. Foi pra isso que você ajudou ela a vir morar em São Paulo, não foi? Você é um ordinário filho da mãe e insensível. Em nenhum momento você pensou em mim e nem no coitado do marido da garota. Você não tem medo de que o Lukas descubra isso e essa história toda acabe em tragédia?

O primeiro e principal detalhe que Alberto percebeu foi que Laura tinha chegado a uma conclusão por conta própria. Ninguém lhe contara algo e também não aconteceu de ela ver alguma atitude suspeita entre ele e Márcia. Então, batava negar. Ele sabia que negar provocaria uma longa discussão entre eles, porém, se ele se mantivesse firme em negar qualquer relacionamento com Márcia Laura não poderia fazer nada por não possuir nenhuma prova.

Por outro lado, por mais que estivesse propenso a agir assim, ele não via uma justificativa para tanto. Alberto era inteligente o suficiente para saber que isso só provocaria uma prorrogação, pois logo surgiria alguma coisa que chamasse a atenção de sua esposa e tudo começaria novamente. Pensando assim ele resolveu que era hora de falar a verdade.

Lógico que havia a preocupação pelo futuro de Márcia. Confessar sua traição para a esposa significava dizer que ele teria que se separar definitivamente da garota e que a mesma não poderia mais trabalhar na empresa, porém, ele faria tudo o que fosse necessário para que ela pudesse continuar morando em São Paulo. Ele lhe ajudaria a arrumar um bom emprego e continuaria a ajudar enquanto fosse necessário. Deixaria que o casal continuasse ocupando o apartamento que usavam, pois ainda demoraria mais de um ano para que o dono regressasse ao Brasil e quando isso estivesse preste a acontecer ele ajudaria o casal a encontrar novo local para morar.

Quanto ao seu casamento, ele estava pronto para sofrer as consequências de uma separação e não causaria problemas para Laura, seja em facilitar o processo de divórcio ou com relação à divisão dos bens que ambos construíram juntos.

Enquanto Alberto analisava a situação Laura chorava copiosamente. Mesmo tendo certeza da traição do marido ela tinha a esperança de que ele negasse e provasse que ela estava errada. O silêncio dele era uma confissão e isso a deixava desesperada. Nesses últimos dias Laura fizera uma análise de seu casamento com Alberto e ela, embora não conseguisse aceitar a traição, sentia que em parte era culpada por isso, pois negligenciara o casamento deixando de dar ao marido os mesmo prazeres que dera antes e Laura sempre soube o quanto a satisfação sexual era importante para ele.

Alberto esperava pacientemente que Laura se controlasse, pois não via sentido em conversar com ela enquanto estivesse com aquele estado de ânimo. Mas foi ela que voltou ao assunto quando conseguiu se controlar um pouco e, com voz tristonha, porém, calma, perguntou:

– Por que Alberto? Eu sei que não tenho sido uma esposa atenciosa para você. Mas você tinha que encontrar logo uma moça que tem idade para ser sua filha? E ainda por cima filha do seu primo?

– Eu não escolhi nada disso Laura. Eu não queria me relacionar com ela. Nem com ela nem com qualquer outra mulher. Apenas aconteceu. Uma admiração por uma garota alegre e muito bonita logo passou a ser uma atração e, como foi recíproco, acabou acontecendo.

– E o marido dela? Você não tem receio de que ele descubra?

Alberto pensou a respeito disso e, como decidira falar a verdade, achou melhor não esconder nada e falou:

– Esse risco não existe.

– Como é que você pode garantir isso? Ninguém pode prever a reação de um homem quando descobre que está sendo traído.

– Concordo com você. Porém, o Lukas não está sendo traído. Ele sempre soube de tudo. Aliás, ele incentivou a esposa a me seduzir e depois se tornou normal ele estar presente enquanto ela e eu transamos.

Se Laura não estivesse deitada na cama, com essa informação ela normalmente cairia, A expressão de surpresa dela deixava claro que isso aconteceria.

Aquela simples informação ficaria permanentemente na cabeça da Laura e iria se transformar no gatilho que disparou as análises que ela passou a fazer em seus próprios sentimentos e pra levá-la a entender as alterações de humores que vinha sentindo nos últimos tempos em que alguns momentos ela sofria por seu ciúme incontido e em outros se desmanchava em desejos sexuais por seu marido.

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Comentários

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Nassau esta história por mim iria longe,bem longe.Envolveria no começo somente a Marcia junto com Alberto e esposa....depois iria acrescentar o marido da Márcia.Ideia minha.....mas relatada por você sera melhor ainda que pensamos.Manda bala cara que pelo jeito vai ter muita putaria.....abraços

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Nassau, que capítulo espetacular! É disso que eu gosto. Você é um autor fora de série. Mal posso esperar pela sequência dessa história. Cara, nota dez e três estrelas com louvor!

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Foto de perfil de Almafer

Nassau sempre surpreendendo nota um trilhão amigo.

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Excepcional capítulo meu amigo!

Obrigado!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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