Oi pessoal.
Esta é a primeira vez que escrevo aqui, mas sempre estou acompanhando as histórias excitantes que vocês postam.
Eu nunca escrevi minhas experiências em lugar nenhum, então me perdoem se eu não conseguir explicar algo direito.
Prometo que aqui só vou relatar fatos que realmente aconteceram na minha vida, então não esperem histórias mirabolantes e cinematográficas. Ao contrário disso, aliás.
Por isso acho que não vão de empolgar muito com meus relatos, mas espero que gostem.
Deixe-me me apresentar. Meu nome é Mariana, tenho 18 anos completados neste ano de 2024 e sou natural de São Paulo. Sou filha única de pais super protetores e rigorosos. Minha mãe é bem séria e exigente comigo e meu pai é o general da casa. Tudo tem que ser como ele quer. Você já deve ter conhecido pais semelhantes aos meus e sabe como é.
Passei minha adolescência no período de isolamento e isso dificultou muito construir relacionamentos reais, com pessoas de verdade.
Comecei a conhecer muita gente pela internet e elas me ajudaram a passar por esse momento difícil.
Com o tempo, me descobri ser bissexual e hoje namoro uma menina de 20 anos que conheci num show no fim do ano passado.
Mas além desta minha namorada, eu tenho algumas amigas muito próximas de mim da época da escola. Hoje já estou na faculdade, acabei de terminar o primeiro semestre.
Uma dessas amigas é praticamente a minha irmã.
Somos muito, muito próximas. Eu sei tudo sobre ela e ela sabe tudo sobre mim. Bom, quase tudo.
Eu fiquei com o pai dela.
E é esta história que vou contar aqui.
Eu sempre vivi indo na casa desta minha amiga, a Isabela. Desde pequena nós estudamos juntas. E uma sempre presente na casa da outra.
Quando o período de isolamento começou, eu ainda era uma pré adolescente.
Meus pais, como são extremamente rigorosos, impuseram um protocolo muito restritivo para mim no que dizia respeito ao contato físico com as pessoas. Então, durante todo este período eu não foi nenhuma vez até a casa da Isabela.
Eis que o período de isolamento social acabou e a nossa escola voltou a fazer festas e reuniões, além das aulas presenciais. E na primeira festa junina que teve eu pude rever a família da Isabela, que a acompanhou na escola aquele dia.
Estavam ela, o pai e a mãe dela, a irmã e o namorado da irmã. Eu conhecia a todos, mas já fazia muito tempo que não os via.
Na hora de cumprimentá-los, eu fui falando oi um por um. Quando chegou no pai dela ele me disse tentando fazer uma graça: “nossa, você comeu fermento? você era deste tamanho!”, apontando para a altura da barriga dele.
De fato eu havia crescido. Mas, ele exagerou no comentário. Sou baixinha, tenho 1,61m e peso 52kg. Sou magra, mas tenho as pernas meio grossas e minha bunda é um pouco grande. Como eu treinei a vida toda no time de ginástica da escola, meu corpo até que é bem definido. E parece que o pai da Isabela reparou um pouco nele.
Eu estava vestindo uma camisa xadrez amarrada na frente, deixando meu abdômen levemente à mostra e uma saia curta rodada. Típico de festa junina. Eu ia dançar a quadrilha com a Isabela e está era a roupa que eu ia usar.
Após a apresentação, que foi a última, fui me despedir deles porque meu pai já estava esperando para ir pra casa. Na despedida, o pai da minha amiga voltou a comentar sobre mim: “Vocês duas foram o melhor da festa! Você dançou muito bem!”.
Acho que fiquei levemente vermelha, mas apenas agradeci o elogio e me despedi.
No caminho de volta pra casa aquilo ficou na minha cabeça.
Achei muito estranho o pai dela vir falar desse jeito comigo.
Nisso eu olhei pra mim mesma e vi minhas pernas todas de fora com aquela saia curta que eu tava vestindo. Não pude evitar de pensar: ele tinha reparado em mim.
Fazia muito tempo que não via ele pessoalmente. Acho que a lembrança que ele tinha de mim era de uma jovem pré adolescente. Agora que eu tinha crescido e encorpado um pouco, ele me fez elogios.
A festa junina foi num sábado. No domingo à tarde recebo uma mensagem da Isabela: “Você está livre hoje? Meu pai ta te chamando pra você vir aqui em casa comer pizza com a gente!”.
Na hora minha cabeça voltou aquele momento que ele me elogiou na festa. E não tive como não pensar que ele estava arranjando uma desculpa pra me ver de novo. Mas, ao mesmo tempo, eu gostava muito da companhia da isabela e de sua irmã, junto com o namorado. E todos estavam lá. Então me senti segura pra aceitar o convite e naquela mesma noite eu estava chegando na casa dela pra comer uma pizza.
Os pais da minha amiga sempre foram uns amorzinhos comigo. Sempre muito atenciosos e preocupados. Eu os chamo até hoje de tio e tia.
Naquela noite de domingo, a pizza veio e todos comemos juntos. Após o jantar, a mãe da Isa foi lavar a louça e ficamos na mesa mais um pouquinho conversando.
Foi quando o pai da Isa começou a puxar assunto comigo.
Ele repetiu a piada de que eu tava comendo fermento. Eu até hoje não sei exatamente o que ele queria dizer com aquilo, mas eu ria na educação.
Ele começou a perguntar de mim, como eu tinha passado pelo período de isolamento, como estava meu momento na escola e meus planos pro futuro.
A Isabela engatou um papo paralelo com a irmã dela e o namorado que nem perceberam que o pai dela tava puxando tanto assunto comigo.
Até que ele tentou ir pra um assunto mais íntimo dizendo que eu já estava mocinha, que a última vez que ele tinha me visto eu era baixinha! (eu ainda sou, moço kkk) E acabou perguntando se eu tava namorando.
No momento eu tava enrolada com uma menina, a primeira que eu gostei quando me descobri bissexual. E disse isso a ele.
Ele fez uma cara de decepção quando me ouviu dizer que estava com uma menina, mas ele teve que perguntar: “Mas, você gosta só de meninas?”.
Eu respondi que no momento sim, porque minha namorada era menina. Mas que eu não queria levar comigo rótulos. Meu coração é livre.
A noite acabou e meu pai foi me buscar.
Ao chegar em casa, recebo uma notificação no instagram: o pai dela pediu pra me seguir.
Fiquei incomodada com isso, porque me obrigava a aceitar. Se eu não aceitasse ia ficar um baita climão na casa dela a próxima vez que eu fosse. Aceitei. E fui tomar meu banho.
Na volta do banho: uma chuva de notificações. Ele tinha curtido muitas fotos minhas. Muitas. E fui ver quais fotos, eram todos fotos onde eu aparecia. As de paisagem q eu postava ele não curtiu nenhuma.
Resolvi, então, fazer uma brincadeira com ele. O que foi meu grande erro.
Na verdade eu tinha ficado muito incomodada com essa liberdade que eu não tinha dado pra ele. Aceitei ele por educação e ele começou a curtir todas as minhas fotos.
A “brincadeira” foi tirar um print daquela chuva de notificações e mandar pra ele por direct: “tá tudo bem? curtiu o perfil todo!”
Ele respondeu imediatamente:
“Curti!”
“Tudo bem eu curtir suas fotos?”
Eu disse: “Tudo. Eu só me assustei porque chegaram tantas notificações e eu achei que tivesse acontecido alguma coisa”.
Ele:
“Suas fotos são muito bonitas, foi um jeito de dizer que gostei delas.”
Eu:
“São fotos normais kkk”, tentando dar um corte.
Ele:
“Na verdade elas são bonitas porque você está nela.”
Nessa hora eu gelei. Do nada!!! Do absoluto nada o pai da minha melhor amiga estava falando que eu era bonita. Do nada!!!!
Não respondi, deixei no vácuo. E não nos falamos mais.
Até o fim de semana seguinte.
A Isabela me manda uma mensagem: “pode se arrumar que a gente vai sair amanhã cedo, sábado!”
Eu: “Como assim?”
Isa: “Meus pais vão descer pra praia amanhã e tão de convidando pra ir com a gente”.
Eu não sabia o que fazer. Eu tinha certeza que este convite tinha vindo diretamente do pai dela. E na praia ainda! Ele ia me ver de biquíni. Tudo isso passou na minha cabeça em uma fração de segundo. Respondi então: “Ah, melhor não.. Eu tava pensando em ficar em casa hoje, tenho que arrumar minhas coisas”.
Mas a Isabela insistiu. Disse que a irmã não iria com ela e que ela ia se sentir muito sozinha.
Aceitei.
Na próxima parte eu conto a partir daqui, se vocês quiserem saber, é claro.
Escrevi muito? Vocês gostaram? Deixa um comentário pfv.
Eu já trago a parte 2. Prometo que não demoro!