Em média, uma pessoa vive vinte sete mil dias. A maioria desses dias passa de forma quase imperceptível, preenchida com as rotinas diárias de comer, realizar tarefas e dormir. Logo no dia seguinte, você esquece o que fez no anterior. Em uma vida completa, provavelmente temos apenas uma dezena de dias que são suficientemente importantes para mudar a trajetória de alguém. Eu estava prestes a entrar em um desses dias. A perda da virgindade é um marco na vida de qualquer pessoa. Embora para o mundo, a transição do antes e depois seja imperceptível, internamente é como se nada mais na vida fosse o mesmo.
Totalmente pelado na cama, eu esperava Tais terminar de se arrumar no banheiro, pensando em como chegamos ali. A gente havia se conhecido ainda criança, já que estudamos sempre juntos na mesma escola. Honestamente, nessa fase eu não poderia ligar menos para ela. Tais é uma japonesa mestiça com a pele mais bronzeada, que era quase imperceptível quando éramos crianças por ser bem baixa e magra. Era uma combinação de ela não chamar muita atenção e eu ainda não estar na idade de procurar.
Mas, a nossa adolescência quebrou o paradigma existente. Embora os seios dela nunca chegaram a ser o que a destacava entre as garotas, graças a sua descendência asiática, o que ela tinha da cintura para baixo era digno de um prêmio. Ela praticava ginástica olímpica, então suas coxas eram desproporcionais, não respeitando a delicadeza do resto do seu corpo. E a cintura dela… era uma coisa de louco. Guerras já foram travadas por muito menos na história da humanidade. Grande, redonda e durinha. A composição única que era Taís a fazia ser cobiçada por quase todos os meninos da nossa escola. Eu me sentia especial por estar com ela. Aquele que possui o que todos desejam, um campeão.
Se bem que o que significava possuir ela era um conceito abstrato para mim. Nosso namoro era bem inocente. Dificilmente a gente saía como um casal, a grande maioria das vezes a gente estava com nosso grupo de amigos, indo em festas, e até algumas vezes fazíamos atividades com nossos pais presentes. Nosso namoro andava em passos bem lentos comparado com o de alguns amigos que já estavam fazendo de tudo com suas namoradas. Até por isso, o pessoal começou me chamar de “bicho-preguiça” dizendo que eu era muito lento, e se fossem eles usariam minha namorada de todas as formas possíveis. Esse apelido me incomodava demais, até por isso, aquele dia era fundamental, não queria viver para sempre com essa reputação.
Esse fim da adolescência foi um período bem cruel para mim, como é para a maioria das pessoas, talvez por isso eu estivesse um pouco atrás dos meus colegas. Tive que enfrentar problemas familiares e uma depressão. A relação com a Taís era a única coisa boa que eu tinha na vida, me fazia sentir que eu tinha capacidade de controlar o meu destino. Bom, pelo menos nos outros momentos, porque ali naquele quarto eu me sentia entregue ao caos.
Mesmo que eu desejasse muito aquele momento, eu nunca tomei a iniciativa, por respeito. Eu pensava: “quando ela estiver pronta, ela vai me avisar”. E demorou um pouco, mas foi assim que aconteceu. Taís sabia que estaria sozinha em casa naquele Sábado, então com bastante antecedência ela me avisou que aquele seria o último dia que teríamos nossas virgindades.
“Então… o que você achou Vini?”
Eu já estava tenso, e Taís apareceu fazendo perguntas que eram impossíveis de serem respondidas. Sem dúvida, eu havia sido uma pessoa muito boa em uma vida passada, acumulando o karma necessário para ser agraciado com tal visão nesta vida. Ela havia se maquiado, virando uma pessoa totalmente diferente do que eu estava acostumado a ver todo dia na escola. Aquelas coxas maravilhosas, pareciam ainda mais poderosas, graças à meia calça que as envolvia. Completando o look dela, apenas um sutiã, e uma calcinha, sendo necessário muita atenção para perceber, já que basicamente essa desaparecia na bunda de Taís. Todas as peças em roxo, fugindo do padrão e deixando claro que ela tinha se preparado para o momento. Meu tempo estava acabando, e eu ainda não havia respondido a pergunta.
“Perfeita como sempre.”
"Ah... Mesma coisa de sempre?", perguntou Taís, sua voz tingida de tristeza, como se não tivesse captado o 'perfeita' na minha fala. Enquanto o nervosismo e a pressão se acumulavam dentro de mim, eu gaguejava tentando me explicar. Ela riu da minha reação, como se eu fosse uma criança adorável, e se aproximou da cama. Era incrível como aquela garota de apenas um metro e cinquenta parecia tão imponente.
A gente começou a se pegar. Até então, nada de inédito. Nosso relacionamento havia passado por alguns rituais de iniciação, como ficar pelado um na frente do outro, ou fazer carícias nas regiões íntimas, mas, ainda faltava um passo crucial. “Tem certeza disso, Tá?”, eu perguntei, tentando respeitar o máximo a menina que eu amava. “Vai logo Vini, para de ser lerdo!”, ela respondeu num tom jocoso, deixando claro a diferença entre a nossa percepção do momento.
Eu confesso que não tinha certeza de qual deveria ser o próximo passo. A sorte é que eu era tão inexperiente que era incapaz de listar as diversas alternativas. A única coisa que veio na minha cabeça foi tentar a posição que eu sempre via em filmes e novelas, o homem por cima. Sem em nenhum momento parar de beijar, eu fui passando meu corpo para cima do dela, e quando atinge a posição que julgava ser a correta, passei a me esfregar nela, mesmo que estivesse ainda protegida pela sua calcinha.
O cheiro do quarto dela, o nosso beijo, o toque do meu corpo no dela. Aquilo estava tão bom que acabei me distraindo completamente, esquecendo qual era meu objetivo. Impaciente, Taís não tinha a memória tão frágil quanto a minha, puxou a sua calcinha até ficar pendurada em apenas uma de suas pernas, segurou o meu pau com uma mão, e o guiou para o caminho certo.
Foram trinta segundos mágicos, onde eu sentia toda a extensão do meu pau sendo pressionada pela buceta apertada que experimentaria em toda minha vida, embora eu não soubesse desse fato na época. Se ao menos, eu tivesse parado em alguma hora e respirado, mas meu corpo foi induzido pelo vai-e-vêm de Taís jogando seu quadril para mais perto de mim. Quando senti o gozo vindo, tive menos que uma fração de segundo para reagir, e o mais longe que consegui chegar foi nas coxas dela.
Taís teve um ataque de risos com o meu término, e me preocupei que algo estivesse errado e ela sofrendo de histeria. Eu a encarei confuso por um tempo, até ela finalmente explicar o que era tão engraçado.
“Ah Vini para. Para isso você é rápido, né?”
<Continua>
Semana que vem postarei a continuação, mas se você não quiser esperar, o próximo capítulo já está no meu blog www.ouroerotico.com.br