Trabalhando em uma loja de fast food, isso em 1995, turno da tarde, o melhor horário, o que fecha a loja, atendendo quase sempre os mesmos clientes, colegas de trabalho mais doido que o doido, razão pela qual fui contratado kkkkkk, chapa quente, recordes quebrados na realização dos lanches, repetitivos, sou o Jorge Tadeu, branco, alto, músico, roqueiro,, pronto pra assumir a maioridade, 21 anos, de todos da equipe, eu era encantado pela subgerente do turno da manhã, até pq sabia que o amigo tinha terminado com ela e eu queria uma oportunidade, Jane era seu nome, não era a do Tarzan, mas estava disposto enfrentar a selva pra estar com ela de cipó em cipó,, solteira, atraente, educada, uma morena de 1,60m, cabelo encaracolado, seios médios, bumbum lindo, e tudo isso era contemplado com ela trajando o uniforme, e já me sentia preso a ela, chegava cedo pra ter mais alguns minutos perto dela.
A grande chance do fã implícito ocorreu quando o subgerente do meu turno comunicou que estava de atestado médico, e que não poderia ir, com o pedido da minha musa em ajuda-la em fechar a loja, com a ausência do Paulo, entendi que seria a minha única oportunidade, respondi que sim e endossei, bem informal que tinha sonhado com ela.
Toda mulher é curiosa, e na hora ela perguntou como foi o sonho, e eu disse que iria escrever no intervalo, pra não atrapalhar o seu trabalho, tão o pouco o meu, mas tinha certeza que ela ia adorar.
Já tinha cometido a loucura de escrever um conto erótico pra minha professora no ensino médio, pra minha sub chefe seria mais fácil kkkkk.
Escrevi que o sonho se dava em uma praia deserta, e como fotógrafo iniciante eu pedi para fazer alguns cliques e assim eu fiz vários, poses e ângulos diferentes e você gostou tanto das fotos, que aproveitou o por do sol e tirava a parte de cima do biquíni e os cliques entoavam a silhueta do seu belo povo, com a ousadia do momento, vc tirou tudo e e eu fiquei louco com seu belo corpo e em uma atitude indescritível vc e eu nos beijamos, nos tocamos , nos chupamos e fizemos amor, com o ocaso de papel de parede nessa foto registrado pela nossa memória.
Após alguns minutos do descanso da Jane, ela me olhou diferente e eu já me senti o cara, minha mente fervilhava, deduções gritando, cálculos das atitudes já me dominava, eu tinha a certeza que o sonho "escrito por mim naquela carta" tinha materializado em sua mente, e eu ia conseguir o tão sonhado toque naquele corpo.
Avisei em casa que iria chegar tarde pra ninguém ficar preocupado, já certo que teria de chamar o táxi e pagar o valor do motel, cartão de crédito iria me salvar, o sorriso estampava meu rosto, o coração trabalhava mais alegre, e os colegas me zoando "Jorge Tadeu tá alegre, trabalhando cantando", acredito que foi o meu melhor dia naquela loja.
A hora fluia, os segundos corriam mais que Michael Johnson, faltavam apenas uma hora pra baixar as portas, a minha certeza era tão grande por conta do silêncio após a leitura da carta que seu perfume exalava pela loja, pelo menos para mim.
Eis que surge o Paulo, fdp, infeliz, lazarento alegando que ficou preocupado e mandou a Jane embora pra casa, agradecendo por ela ter ficado até aquela hora, mas que não era justo abusar de sua boa vontade.
Jane perguntou se ele tinha certeza, ele confirmou, e a Jane se foi, mas antes foi até mim, entregou a carta de volta e disse que amou o texto, deixando um sorriso que me animou a investir em outro momento.
Desejei boa descanso e fechei a loja com a cara mais fechada do mundo.
A Jane e eu tivemos um lance, mas isso ficará pro próximo conto que terei prazer de trazer aqui.
Até a próxima, abraços Quem nunca usou a história do sonho pra se aproximar ?