[Aviso que essa é uma história real. Todos os nomes foram alterados para manter a privacidade dos indivíduos. Espero que gostem e aproveitem a leitura]
O meu nome é Grant, eu tinha 25 anos na época e estava vivendo o que eu poderia chamar de "meus anos de ouro". Eu havia acabado de me mudar para um apartamento com minha noiva, Sophie, uma linda morena com um corpão nota 10. Longos cabelos pretos, olhos azuis, peitão, bundão, coxas grossas, uma bunda enorme e deliciosa e para completar um rostinho de anjo, mas apesar dela ser esse monumento que é hoje nem sempre ela foi assim.
Eu conheci Sophie na época da escola e lá ela era bem o contrário do que é agora, sendo magrela esguia, nem preciso falar que ela era pouco atraente, sofrendo até bullying de alguns outros alunos, na maioria das garotas mas especialmente de um cara bem babaca.
Comigo não foi muito diferente, um garoto franzino e solitário acabou sofrendo Bullying, para meu azar desse mesmo cara que fazia bullying com ela, o tipo popular da escola. Mas foi isso que acabou nos unindo. Um dia, após uma discussão séria entre os colegas de classe, eu vi Sophie chorando em um dos corredores do colégio. Me sentindo tocado acabei indo conversar com ela, e a partir daí nós conversamos e acabamos nos tornando namorados.
Seguimos assim até o fim do ensino médio,onde eu comecei a trabalhar e Sophie a fazer faculdade, que eu ajudava a pagar. Além disso a puberdade finalmente chegou pra ela, dando-lhe um delicioso e enorme par de peitos e além disso ela ainda entrou pra academia, ficando com aquele corpão que eu falei aí em cima.
Nós namoramos por um tempo, mas para meu azar não consegui aproveitar esse corpão dela por que Sophie dizia que desde criança o sonho dela era perder a virgindade depois do casamento. Não por motivos religiosos ou nada do tipo, é só que a mãe dela perdi a virgindade assim e ela cresce achando que esse era o melhor jeito. Eu também era virgem, e como ela foi minha primeira namorada eu resolvi permanecer assim, afinal seria bem melhor perder a virgindade com ela.
Por fim namoramos um bom tempo até que eu pedi ela em casamento, ela obviamente aceitou e não demorou muito para nós nós mudarmos para um lugar só nosso, um apartamento alugado no centro da cidade, e é nessa época que a história que vou contar se passa, ou melhor dizendo foi aí que tudo começou a dar errado pra mim.
É interessante como as vezes você não percebe que as coisas estão dando errado até que seja tarde demais, mas comigo não havia por que temer. Quando nós chegamos o apartamento era lindo. Dois quartos, uma sala enorme, uma vista razoavelmente boa e ainda era perto da faculdade de Sophie, parecia tudo perfeito. Quando chegamos ela me deu um beijo apaixonado, que me deixou bastante animado, e nós demos uns pegas pra aproveitar o apartamento novo. Nós próximos dias nos colocamos nossos móveis e nós adaptamos ao lugar, comigo indo trabalhar e ela indo pra faculdade normalmente.
Tudo parecia ótimo, até que em uma tarde de sábado, quando eu e Sophie havíamos acabado de chegar de uma viagem de férias, eu ouvi uma voz que ao tocar meus ouvidos me deu arrepios nos ossos.
??? — Perninha? — Disse uma voz levemente rouca.
Eu me virei, reconhecendo levemente essa voz, e deu de cara com a pior pessoa que poderia encontrar. Era Paul, do ensino médio.
Paul era o típico Bully do colégio, ele pegava no meu pé desde que eu era criança, já me bateu algumas vezes na escola e me deu esse apelido "perninha" por eu ser péssima no futebol (Esporte que ele obviamente era um dao melhores na escola). O pior de tudo é que ele parecia bem. Estava mais velho mas não acabado, também não estava atlético mas continuava em forma e era mais alto que eu, coisa que sempre foi, mas vendo agora eu morava que era menos do que eu me lembrava.
Eu realmente não gostava nem um pouco de Paul e reencontrar ele, especialmente quando estava tendo um dia tão bom, foi um banho de água fria, maa antes que eu pudesse falar algo minha, ao ouvir alguém me chamando, se virou para nós e Paul continuou a falar.
Paul: Tá de sacanagem, Garibalda é você? — Ele perguntou, genuinamente surpreso.
"Garibalda" era o apelido que ele havia colocado em Sophie na escola, obviamente por ela ser muito magra. Ele deve ter tirado de algum lugar bobo, como a vila sésamo ou se for tão simplorio como eu sempre achei, ele dois em criatividade e tirou de "Todo mundo odeia o Chris" mas de qualquer forma ainda era péssimo ouvir isso depois de tantos anos. Ao ver ele falando isso de mim e da minha esposa eu não me contive, me coloquei na frente de Sophie e o encarei.
— Deixa ela em paz Paul, o que você veio fazer aqui? Já não perturbou a gente o bastante na escola? — Vociferei e senti as mãos de Sophie nas minhas costas.
Paul por outro lado agiu de uma maneira diferente da que eu esperava. Ele se afastou e levantou as mãos, comia e disse que estava alí em paz.
— Calma, calma. Você tá certo. Eu sinto muito ter falado com vocês assim.
— Não vem com essa! — Minha esposa berrou — Você já fez um inferno com a nossa vida na escola, deixa a gente em paz.
A nossa raiva conjunta era demais para Paul, ele agora baixou os braços derrotado, percebendo que não iria mais tratar a gente da forma que tratava antes, ou pelo menos foi o que eu pensei quando ouvi suas palavras.
— Olha... vocês estão certos. Eu fui um babaca, uma pessoa horrível na época da escola, especialmente com vocês. Eu vim aqui dizer que sinto muito.
Ao ouvirmos isso nós dois ficamos chocados. Era bom demais para ser verdade, o Paulo, o babaca popular da escola que sempre tirava nossa paz, estava alí bem na frente dos dois pedindo desculpas? Era quase inacreditável.
— Sinto muito por chamar vocês daqueles apelidos também — Ele continuou — Especialmente você, Garib....digo, Sophie. Esse apelido nem combina mais com você, sério hoje em dia você tá incrível. Não achei que você fosse ficar tão linda depois da escola, o tempo realmente fez bem a você.
Senti as mãos de Sophie me apertarem um pouco quando ele falou isso. Eu sempre soube que ela tinha um pouco de trauma quanto a aparência desde o colégio, tanto é que esse foi o motivo dela ter começado a fazer academia, mas não dava pra acreditar que ela tava caindo no papo desse cara.
— Acha mesmo que vamos esquecer tudo que você fez só por que você pediu desculpas? — Eu disse irritado, quase berrando na verdade.
— Não acho, você está certo. O que eu fiz não pode ser apagado com um simples pedido de desculpas. — Ele falou, concordando comigo. — Por isso vou me esforçar ao máximo para mostrar a vocês que não sou a mesma pessoa por todo o tempo que eu estiver aqui.
— como assim estiver aqui? — Perguntei curioso.
— Ah...bem...— ele olhou um pouco para os lados e depois de alguns segundos finalmente falou — Eu acabei de me mudar para esse apartamento, vim falar com vocês por que tava passando e reconheci vocês dois.
— Ah, é sério isso? — eu resmunguei de raiva.
Paul então caminhou na minha direção lentamente, até se aproximar de mim.
— Eu falei sério Grant, não sou mais o mesmo cara. Eu quero mostrar que mudei mas só vou fazer isso se você estiver disposto a conhecer esse novo Paul. — Ele disse, estendendo a mão.
Naquele momento eu estava bastante dividido. Era uma situação que eu não esperava estar nem nos meus sonhos mais loucos, mas eu odiava ser julgado só por coisas superficiais no passado, então decidi que, mesmo que Paul ainda fosse um babaca, eu iria julgar ele pelo que ele é agora. Sendo assim estendi a mão e o cumprimentei.
— Ok Paul, vou te dar essa segunda chance.
Ele abriu um grande sorriso e apertou a minha mão com as duas mãos, em um gesto simpático. Após isso ele me soltou e caminhou até a frente de Sophie, se aproximando dela e segurando levemente sua mão, antes de dar um beijo na mão dela.
— Eu me sinto muito culpado pelo jeito que te tratei na escola, Sophie, te vendo agora eu percebo o quanto eu errei. Por isso eu prometo que partir de hoje vou te tratar da forma que você merecia ser tratada. — Ele disse com uma voz mais baixinha e aveludada do que havia falado comigo.
Eu me incomodei um pouco, mas não era nada incomum, pelo menos não até aquele ponto. Sophie por outro lado estava estática, sem reação. Ela apenas encarava Paul, como se não estivesse acreditando no que estava presenciando.
Depois de alguns segundos ela pareceu voltar a si e puxou sua mão de volta, caminhando até o meu lado.
— Co..como o meu noivo disse, nós vamos te dar uma segunda chance. É melhor não decepcionar a gente. — Ela falou, com um tom firme.
Eu gostei dela ter afirmado a ele que era minha esposa, admito que estava um pouco inseguro com ele aqui mas Sophie ao meu lado me encheu de força.
Paul apenas confirmou com a cabeça. — Não precisa se preocupar Sophie, eu prometo que não vou te decepcionar.
Após isso nos nós despedimos, Paul foi embora para seu apartamento e eu e Sophie entramos no nosso. Olhando para trás agora eu já devia ter notado os pequenos avisos que haviam acontecido. O beijo na mão de Sophie, a fala mansa, a promessa que ele fez de não decepcionar "Ela" em vez de nós dois, porém eu não dei importância pois todos essas bandeiras vermelhas vieram dele, alguém que eu já não gostava, então tudo que ele fazia já parecia normalmente ruim. O que eu devia ter prestado atenção era nas reações da minha esposa, especialmente quando entramos em casa.
— Acredita nisso amor? — Ela me perguntou, com os olhos fixos na mão que Paul havia beijado. — O jogador popularizinho Paul, que todas as meninas queriam pegar, estava aqui, me pedindo desculpas e ainda sendo todo cavalheiro beijando a minha mão. Eu aposto que nenhuma das garotas do colégio iria acreditar que isso podia acontecer.
— É...acho que não. — respondi, um pouco incomodado.
Eu realmente não ligava tanto para as pessoas com quem estudamos, mas claramente Sophie ainda dava muita importância, porém o que me incomodou foi que o modo que ela falou, como se ter a mão beijada e ouvir um papinho daquele cara fosse algo a se orgulhar, como um prêmio que ela havia ganhado e as outras não.
Porém eu rapidamente tirei essas ideias da cabeça. Depois de tudo que o Paulo fez, comigo e com ela, era loucura pensar que Sophie via alguma coisa positiva nele.
Bem, de todos os erros que eu cometi nessa história eu posso afirmar com certeza que esse foi o primeiro.
(Continua)