Meu nome tem cinco letras - DOIS - (09/18)

Um conto erótico de Gui Real
Categoria: Gay
Contém 1204 palavras
Data: 01/06/2024 22:25:22

T– Vitor

O telefone toca e Artur atende diz que já vai descer, manda eu me vestir, juntar minhas coisas e ver se não deixei nada. No saguão o Aquaman estava de terno, ele me apresenta a Mauro, ele me cumprimenta de cara amarrada, entramos no carro e Artur faz questão de me mandar ir no banco da frente, pede a Mauro para ele parar na farmácia e desce comigo, pega uma porrada de camisinhas e diz para ficar de boa, no caixa pede para eu ir pegar gel lubrificante, bem alto ele me chama de amor e pede de morango, vergonha demais, vontade desaparecer, ele grita que eu não precisava fazer economia, ia valer a pena, a vergonha some, eu sei que ele estava se divertindo, peço pra ele comprar picolé de chocolate pra gente ir chupando no caminho, ele fica com vergonha, ainda bem que só havia funcionários naquele horário, compramos e esqueci de Mauro.

Artur pergunta se eu posso dar um pouco de meu picolé pra seu amigo chupar, Mauro sorri e diz que a pesar de não parecer Artur era um homem bom, eu rio, ele pede pra lamber meu picolé, Artur manda Mauro colocar o pau pra fora no próximo sinal que eu ia segurando, eu disse que quando voltasse pra casa ia esquecer minha noite gay, Mauro coloca uma mangueira pra fora, caralho... Chegamos ao apartamento e reconheço que ele não mentiu, mas me levou pra um hotel bem baixo padrão financeiro e ele tem uma escultura de bronze no hall do apartamento que é no mármore, não no porcelanato, Artur me deixa a vontade, conversou com seus... irmãos, pares, maridos, sócios... Ele me leva para a cozinha e pergunta se eu queria voltar pra casa, o telefone toca e pedem para eu levar os documentos de meu pai. Ele morreu. Esquecemos dele por algumas poucas horas, ele morreu.

Mauro e Chico nos acompanham, eles alternam em nos apoiar e tomar decisões práticas. Seguimos direto para o funeral, descansamos um pouco no carro, os quatro, Artur me pede para eu dar dois dias para tomar decisões por mim, depois eu ia imaginar que fiz um estudo antropológico num país desconhecido, concedo, estava devastado com a perda de um pai ausente mas que foi bom quando o conheci, Artur pede a Mauro para fingir ser meu namorado, ele e eu olhamos para Artur que se deita e põe a cabeça no colo de Chico, Mauro olha pra frente mas segura minha mão, eu vou soltar, mas ele prende. Passamos meia hora assim, chega o corpo. Espero amanhecer para ligar para meus filhos, Mauro diz que vai mandar alguém os buscar, pede o endereço, eu agradeço, peço pra ir pro carro, ele me segue, pede desculpas pela ideia de Artur, mas eu me inclino pra frente e juro que não sei de onde tirei isso, eu o olho e ele me beija.

Meus filhos chegam, apresento Mauro como amigo meu, sepultamos cedo, desejo de Artur e de uma de minhas irmãs, ela não quer me conhecer, diz que sou bastardo e portanto deserdado, Artur garante que o carro velho e a casa de papai serão dela, mas antes vai buscar algumas fotos de família.

Meus filhos almoçam comigo e Artur na casa dele, tomam banho e descansam, eles trouxeram roupas pra mim, eu desço e vou tomar banho no quarto de Artur (os quartos ficam no andar de baixo da cobertura), ele manda eu dormir, eu apago. Meus filhos já foram embora e eu estou acordando quase oito da noite, lembro de ter acordado para fazer xixi. Mauro está sem camisa e de calça de pijama, pergunta se quero jantar, quero, ele solta o livro, estava me observando dormir. Bacalhau com purê de batata, não lembro de ter almoçado. Artur está triste, fala pouco, passa por Mauro e eles se beijam com carinho, Artur me beija no pescoço, diz que estou fedido, eu rio, ele diz que vai tomar banho comigo e com Mauro.

Eu concordo, não entendo porque estou de luto, porque não telefono pra meus filhos, mas desço a escada e no final da escada me viro para Mauro, o peito dele é largo, ele é largo, peludo e com braços de quem malha bastante, eu deveria malhar, ele me beija, ele pergunta se eu quero mais beijo, eu quero, eu me abraço a ele e quando dou por mim estou na cama com ele nu me fazendo um boquete, eu quero o pau dele, ele talvez tenha lido meu pensamento ou eu tenha falado, enquanto chupo o segundo pau que vi na vida, ele diz que quer fazer amor comigo, ele surge com camisinha que compramos, com lubrificante, ele esperava por isso, ele me come de frango assado me beijando e me pedindo para me deixar ser cuidado por ele, Artur o empurra para mim e pega o lubrificante, mete rola em Mauro e nós três estamos amando, Artur se deita do meu lado e manda eu o foder, eu fico sem ação, Mauro me conduz e eu engato em Artur que está de quatro, Mauro volta a me comer, Artur chora, eu o agarro e digo que ele partiu mas eu estava ali, ele se desengata de mim e me beija, pede para irmos ao banheiro, ele quer tomar banho, deitamos ao lado de Artur, ele pede para eu ficar com ele, diz que podemos pegar um atestado médico, eu concordo.

Quatro dias depois eu estou apaixonado por Mauro, ele me questiona sobre o trabalho como um pai faz com o filho, mas eu sou adulto, falo sobre as aulas de educação física. Ele me leva ao escritório improvisado no apartamento de Artur, e recebe pessoas e faz trabalho no computador, risca e anota em relatórios, chama pessoas pelo telefone, essas pessoas chegam até ele, ele faz despachos, diz a secretária que precisa de meia hora, senta do meu lado e diz que sou o namorado mais lindo e paciente do mundo, “Vitor, a gente está namorando, não está?”

Talvez seja o nariz grande ou os olhos meio de felino, talvez por ter se jogado na brincadeira de Artur, meu filho mais velho e minha nora disseram sim por mim, disseram que sou péssimo em tomar decisões, que ele ou Artur responderiam por mim. Eu disse não, eu disse que eu iria pedir Mauro em casamento algum dia, se fosse com separação total de bens, eu tinha certeza que ele era um alpinista social. Desligamos a call, não tinha clima pra festa, a morte de Tomás e de meu pai eram recentes demais e doíam.

Jantamos, deixo a cozinha limpa e organizada, era meu dia e de Mauro com isso, organizações de Pedro; vamos para o nosso quarto e meu marido vem chupar meu mamilo, eu digo que quero dormir, ele concorda, a luz apaga, na penumbra Mauro lambe meu peito e chupar meu mamilo, aperto o de Mauro, o putinho bate punheta. Acordo com Chico colocando o pau em minha cara, “Chupa, cunhado”, claro, ele diz que eu não decepcionei, era bem o irmão de Artur, Artur fodia meu namorado, aliás, quero chupar Chico e Artur.

Pedro diz que quer conhecer a lancha.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Gui Real a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários