Capítulo revisado. Esta é a versão definitiva.
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“O relato deste conto foi inspirado e derivado de fatos reais. Os nomes de todos os personagens são fictícios, inclusive do próprio narrador.”
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Meu nome é Pedro, sou moreno claro, com estatura mediana. Embora não seja musculoso, meu corpo é bem definido graças à genética herdada do meu pai, Dr. Douglas (clínico geral), um homem cujos valores sempre admirei.
A história que vou narrar se passa alguns anos atrás, em meados de junho de 2022, quando um festival tradicional em minha cidade, que atraía diversos turistas, voltava ao público após a crise pandêmica. Esse festival ocorria ao longo de todo o mês de junho, com festas que aconteciam de quarta a domingo. As segundas e terças eram dedicadas a quadrilhas e exposições culturais.
Naquela época, eu estava no ultimo ano do ensino médio e tinha uma namorada chamada Carla. Nos conhecíamos desde a infância e nosso relacionamento não incluía contato sexual, pois sua família era muito conservadora. Além disso nunca tive outras oportunidades para perder a virgindade.
Meu pai e eu morávamos sozinhos em uma casa que, embora tivesse apenas um andar, era bastante espaçosa. Minha mãe nos deixara há muito tempo quando eu ainda não sabia o que isso significava pra uma família. Desde então, sempre via pessoas subindo e descendo uma escada de nossa casa que dava acesso a uma parte isolada do primeiro andar. Cresci observando essas pessoas indo e vindo, figuras diversas cujos rostos se esvaneciam em minha memória à medida que eu aprendia a reconhece-las como hóspedes.
Receber pessoas em nossa casa foi um hábito que meu pai herdara de meu avô, uma tradição que é comum na cidade onde vivíamos. Talvez a solidão tenha despertado nele o desejo de resgatar o costume hospitaleiro de seu pai, ou talvez fosse simplesmente porque ele era, e ainda é, uma pessoa acolhedora que sempre apreciou a companhia dos outros. Digo isso porque a renda extra nunca foi uma motivação para meu pai; muitas vezes, ele se recusava a aceitar pagamento pela hospedagem. Por morarmos em uma cidade litorânea, sempre havia turistas, e a casa raramente ficava vazia.
No primeiro andar de nossa casa, na área de hospedes, havia dois quartos e uma suíte. Um dos quartos era ocupado por um amigo chamado Marcelo, que o alugava. Ele era um moreno, alto e sempre tinha o cabelo social bem arrumado. Possuía um físico atlético e bem definido, com músculos visíveis e uma postura confiante, embora tivesse uma leve barriguinha que não comprometia sua aparência, tornando-o mais acessível. Trabalhando embarcado, tinha seus 22 anos nessa época. Por morar conosco há bastante tempo, nos tornamos grandes amigos, já que Marcelo sempre conservara uma mente Jovem. Passar as tardes jogando videogame em seu quarto se tornou uma rotina durante seus 15 dias de folga. Como estudava pela manhã, nós praticamente passávamos todas as tardes jogando FIFA. Marcelo tinha uma namorada, mas só a via à noite, pois durante o dia ela trabalhava.
Em uma das semanas do festival local, uma mudança significativa ocorreu em minha vida. Meu pai alugou os dois quartos disponíveis para dois irmãos e seu tio, que estavam visitando a cidade pela primeira vez. Luiz, o tio dos rapazes, ficou com a suíte para si e, aos 32 anos seus cabelos grisalhos conferiam-lhe um ar mais maduro, como se já estivesse na casa dos 40. Ele costumava sair à noite para as festas. Basicamente todos os dias.
O outro quarto foi ocupado por seus sobrinhos: Léo e Caio. Apesar de irmãos distintos, eles se pareciam gêmeos. Essa foi minha impressão ao conhece-los. Entretanto havia alguns detalhes que os diferenciavam, especialmente o cabelo. Léo tinha um corte militar e Caio exibia cabelos ondulados que chegavam a tocar os ombros. Ambos eram jovens atraentes, cada um com suas particularidades que os tornavam únicos.
Após alguns dias, todos já se conheciam, mas Léo foi quem mais me chamou a atenção. Ele era do tipo calado e costumava passar boa parte do dia no seu quarto, quase sempre parecendo ansioso, e não trocava muitas palavras comigo quando nos víamos. Caio dizia que esse era o jeito dele, mas eu achava isso bem estranho. O tio, Luiz, parecia indiferente ao comportamento do sobrinho.
No sábado à noite, Marcelo decidiu ir à festa com sua namorada e me informou que só voltaria no dia seguinte, deixando a chave de seu quarto comigo, caso eu quisesse jogar. Luiz saiu como de costume e também só retornaria na manhã seguinte. Caio e Léo saíram cedo para o evento, que começaria por volta das 18:00.
Eu nunca fui fã de festas, e por conta da minha idade, não tinha muita liberdade para sair, pois os poucos amigos que eu tinha também compartilhavam do mesmo padrão. Assim, passei parte da noite na casa de Carla. Quando eram cerca de 21:00, decidi voltar. Como estava sem sono e meu pai só sairia de madrugada para um plantão, subi para o quarto do Marcelo para jogar.
O andar é isolado e dividido em duas partes, sendo que uma não se comunica fisicamente com a outra. A área destinada aos hóspedes é separada da parte privativa da nossa família. O término da escada dá de frente para a porta do quarto de Caio e Léo, que possui uma janela lateral e outra frontal voltada para a rua. Vizinho ao quarto deles, encontra-se a suíte, que fica à esquerda de quem está de frente, no topo da escada. Em frente ao quarto dos recém-chegados, está o quarto do Marcelo, à esquerda da escada. À direita, assim que chegamos ao andar, encontra-se o banheiro comum, que todos os hóspedes utilizam.
A disposição permite que quem está no quarto do Marcelo tenha uma visão periférica do quarto dos rapazes, e vice-versa. Já a suíte do Luiz é um pouco mais isolada, situada à esquerda. A privacidade no quarto dos irmãos é limitada, pois quem vai ao banheiro tem a possibilidade de olhar para dentro do quarto deles sem dificuldade, e a porta, infelizmente, estava quebrada. Meu pai chegou a oferecer um desconto por isso e prometeu consertar o quanto antes, mas naquela época de festas era difícil encontrar alguém disponível para o serviço.
No corredor do andar, havia apenas uma mesa com seis cadeiras e uma geladeira de uso geral para os visitantes.
Ao chegar no quarto, me dei conta de que estava sozinho no andar. Mesmo assim, por hábito, fechei a porta e liguei o jogo. Deixei o som bem baixinho pra não incomodar ninguém quando chegasse. Fiquei um tempão entretido.
Pouco antes da meia-noite, levei um susto ao ouvir alguém abrindo a porta lá embaixo (ela fica numa área térrea que dá acesso à lateral da garagem e ao portão da entrada de casa, então ninguém entra nos nossos cômodos). Achei estranho, porque geralmente essas festas rolavam até o dia amanhecer. Deixei o televisor no mudo e fiquei na minha, pensando que poderia ser o Luiz, já que eram só passos de uma pessoa. Mas ao ouvir a voz gravando um áudio, pra minha surpresa, era o Léo.
-Não, mano, não vou mais voltar. Vou curtir sozinho aqui no quarto. Aí é muita gente e ‘as boy’ são fracas demais. Não dá pra mim. Deixa eu na minha, curtindo minha lombra.
No quarto do Marcelo, dava pra ouvir tudo bem claro, já que o andar é bem isolado de som. Não entendi o que ele quis dizer com “lombra”, porque não tinha como fumar maconha lá em casa; o cheiro ia se espalhar por todo o andar, mesmo que ele usasse a janela do quarto. Até onde sei, meu pai não é careta, mas não sei qual seria a reação dele se descobrisse. Enfim, fiquei curioso.
Foi então que escutei o áudio, reconheci a voz do Caio quando ele começou a reproduzir: “Ei, meu fi, cuidado pra ninguém pegar esse ‘home’. O quarto não tem tranca. Os caras aí podem sacar alguma coisa.”
Logo em seguida, Léo respondeu: “Deixe comigo, mano. Tô sozinho aqui. Vou curtir daquele preço.”
Não escutei mais nada, só alguns passos e barulhos aleatórios de quem tá ajeitando o quarto ou algo assim. Nada de mais. Pensei em sair do quarto e ir falar com ele, mas lembrei do que ele disse sobre “lombra”. E como sou muito curioso, resolvi desligar o videogame e o televisor e ficar só na escuta pra ver o que ele ia fazer em resposta ao aviso do amigo, porque, naquele momento, minha imaginação foi longe.
Não precisei esperar muito tempo. Foi quando ouvi uma fungada bem forte… sniff… depois outra. Como se a pessoa estivesse puxando algo pelo nariz. Aí me toquei que o cara estava “lombrando” com pó.
Já sabia disso porque meu amigo Marcelo, de vez em quando, usava enquanto jogávamos videogame juntos. Sempre quis usar, mas ele nunca me ofereceu e eu sempre tive vergonha de pedir, com medo de que ele contasse para o meu pai. Mas, pensando bem, ele não faria isso, pois é mais próximo de mim do que do coroa. Além disso, ele também estava usando, né? Quem deveria pedir segredo era ele, mas acho que já tínhamos confiança um no outro quando descobri.
Passou um tempo e, de repente, ouço gemidos de uma mulher. Ahhn… ahhn… Ela gemia como uma puta. O cara estava assistindo a um pornô. Logo em seguida, comecei a ouvir o som característico de punheta, aqueles sons que só a gente homem sabe bem como é. Chup… chup…
Meu pau começou a dar sinal de vida pela situação de ouvir a mulher gemendo. Vejo pornô muito pouco, porque tinha medo de meu pai olhar o histórico do meu notebook e descobrir que ainda não tinha tido relações. A cabeça adolescente funciona com umas paranoias sem sentido. Como se a gente quisesse mostrar que é mais experiente do que realmente é.
Ouço Léo com a respiração mais forte. Com o tempo, ouvi ele gemendo e falando putaria.
— Isso, puta! Arreganha essa buceta pra seu macho. Ahn… ahn — ele pulsava de desejo, cada palavra mais carregada.E depois, mais alto:
— Isso, gostosa! Olhe aqui essa punheta pra você, puta safada! — Minha vontade era de tocar uma bronha ali mesmo ouvindo o pornô, mas me segurei por respeito ao quarto do Marcelo.
Léo, nesse momento, começou a gemer mais alto e punhetava mais forte. Chup… chup… De repente, parou. Ouvi mais duas fungadas. Sniff… sniff… Tentei brechar pela tranca da porta, mas não via nada. Os sons não vinham do quarto, estavam muito próximos. Chegava a pensar que estavam do outro lado da porta de tão nítidos que estavam. Fiquei mais excitado quando ele começou a descarregar mais putaria.
— Olhe aqui essa punheta, safada! Quer ver meu pau aqui, quer? Olhe aqui essa madeira pra você. Vou socar punheta do jeito que tu gosta. PUTA! — Ele falava ofegante, como se estivesse perdido no êxtase. — Tô tekadão de pó. Você não gosta de moleque cheirador? Tome essa punheta pra você, TOMA!
Eu já estava massageando meu pau por debaixo da bermuda. Desliza… desliza… Minha curiosidade em usar aquele troço só aumentava, a adrenalina pulsando em mim, misturando medo e excitação.
- Quer leite, quer cachorra? Essa leitada aqui vai ser pra você. Ahn... uhn! PORRA! – Gemia mais ofegante. - Que punheta gostosa. Aí CARALHO, PUTA! Vou gozar nessa porra! Vou gozar nesse caralho! Olha aqui vadiazinha. Vou gozar, VOU GOZAR PORRA! Mmm! Mmn!
Ele urrou como um cão raivoso. Escutava o som com tanta clareza que por um momento achei que ele estava mais próximo da porta. Depois o cara não parou por aí. Depois de uns segundos ele começou a delirar:
- Putz, minha porra e muito gostosa. Na moral. - Escutava como se fosse ele lambendo os dedos. O cara estava altamente loucão devia tá todo melado. Meu pau estava tinindo na bermuda. Não tinha como. Era a Tensão do momento.
Ele continuou descrevendo o que estava fazendo, como se quisesse que alguém ouvisse:
- Descansar um pouco aqui pra tocar outra já, já.
Aí eu gelei. Como eu ia sair dessa? Ia ter que passar a noite toda lá até ele dormir? Assim eu só conseguiria descer no outro dia. Esperei alguns minutos quando o pior aconteceu: meu celular tocou. Era meu pai mandando uma mensagem para eu descer, pois ele ia sair pra o trabalho. Nessa hora um buraco de vergonha se abriu no chão. Léo com certeza escutou o toque do celular, pois a notificação do contato do meu coroa é bem característica e alta. Não tinha o que fazer. Eu iria sair do quarto, só não sabia como reagir quando ele me visse.
Tomei coragem e girei a maçaneta. O som do clique ecoou pelo quarto. Com a cabeça baixa, dei um passo para fora, tentando manter a calma e parecer natural. Aquele passo, tão simples, seria o começo de algo que me afastaria de tudo o que eu achava que sabia sobre mim.
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