Situação fora dos limites (1)

Um conto erótico de Guto (por Leon Medrado)
Categoria: Heterossexual
Contém 3791 palavras
Data: 19/06/2024 01:24:39
Última revisão: 21/06/2024 01:49:18

Parte 1

Casal jovem, inexperiente, trabalha para um tio da esposa, em Lisboa, dividindo apartamento com cinco casais libertinos, enfrenta conflitos que provocam neles, mudanças intensas, ameaçando destruir sua relação.

[NOTA DO AUTOR] – Tomei contato com o casal Guto e Laíse, muito recentemente, num almoço com amigos. Eu era convidado de um dos presentes. Eles se sentaram ao meu lado em uma mesa grande com várias outras pessoas, que eu só fui conhecer naquele dia. Durante a conversa, ao saber que eu sou escritor, e que fazia contos eróticos, o Guto se interessou mais. Eu lhe dei o link dos meus contos. Na mesma semana o Guto me mandou mensagem: “Eu li muitos dos seus contos, e fiquei muito encantado em ver como você sabe contar uma história. Acho que foi muita sorte, a mão do destino que me colocou ao seu lado naquela mesa. Eu e a Laíse estamos vivendo uma situação absolutamente além dos limites. Nunca pensei passar por uma coisa assim, e por isso, resolvi me abrir e contar o que está acontecendo. Pode publicar. Mas eu conto com sua discrição e sigilo”.

Guto me relatou os fatos numa troca de e-mails e depois numa conversa ao telefone, e aceitou que eu criasse esta história que exponho a seguir:

Eu sou o Guto, 26 anos e minha esposa a Laíse, com 21. Saímos de uma situação difícil no Rio de Janeiro, para entrar numa situação completamente diferente na Europa. Sob certo ponto de vista, estávamos muito melhor, e sob outro, vivendo um ciclone de mudanças que jamais imaginei possível. Eu não contava que teria que enfrentar o que acabou acontecendo. Vou contar como chegamos nesse ponto.

Eu estava muito desesperado com minha situação no Brasil. O Rio de Janeiro cada vez mais miserável, sujo, cheio de marginalidade, insegurança, empregos difíceis, e tudo muito caro. Vivia com a Laíse, minha companheira, uma gata morena de 21 anos, muito gracinha, gostosa, alegre e bem amorosa e dedicada. Minha família é de Minas Gerais e a da Laíse é do Rio de Janeiro. Namoramos um ano e já estávamos juntos numa quitinete na Tijuca. Laíse é manicure e trabalhava num salão perto de casa. Eu sou especialista de programação, formado em TI, mas fiquei sem emprego e só estava fazendo bicos, dando manutenção de redes para uma empresa que terceiriza o serviço. Pagavam muito pouco e demoravam muito a pagar. Vivíamos administrando dívidas. O dinheiro que a Laíse ganhava no salão não dava para pagar nossas contas. E percebemos que não tinha muita alternativa. Numa tentativa de aguentar mais tempo, e contornar o problema, peguei uma grana emprestada de um agiota do morro do Boréu.

Pouco tempo depois, o dinheiro emprestado acabou e ele estava impaciente para receber. Me ameaçou. E nós sabíamos que ele não era coisa boa. Foi quando a Laíse recebeu uma mensagem do tio dela, o Maciel.

Esse tio se mandou para Portugal uns anos antes, com a esposa, a Meiry, uma cabelereira experiente, e montou uma empresa de desenvolvimento de aplicativos que presta suporte técnico para outras empresas. Ele, sabendo da nossa dificuldade, quis saber se a gente tinha interesse de ir viver em Portugal. Precisava de técnico de TI, e especialista em desenvolvimento de software, e era essa a minha formação. Mais do que depressa disse que me interessava e avisei que para viajar teríamos que tratar de passaportes e não tínhamos dinheiro para passagem. Ele prometeu que ia agilizar as coisas. Comprou a nossa passagem, que descontaria aos poucos dos nossos ganhos, e nos emprestou o dinheiro para que eu pudesse quitar as dívidas. Na verdade, apenas transferi a dívida do agiota para ele. E quando nossos passaportes ficaram prontos, em poucos meses, com o contrato de trabalho na mão, partimos para Lisboa. Nos desfizemos de quase tudo, vendemos até nossa roupa, para fazer algum dinheiro, e chegamos em Portugal com pouca bagagem e cheios de esperança.

O Maciel, um coroa de seus 48 anos, alto, forte, carioca do Estácio, tinha trocado uma demissão voluntária numa grande empresa de telecomunicações, e com o dinheiro e mais o fundo de garantia, montou o negócio em Portugal numa época em que era tudo mais fácil, e menos burocrático. A Meiry começou trabalhando num salão, mas em pouco tempo montou um salão para ela com outra amiga, onde a Laíse iria trabalhar.

Maciel nos acomodou no apartamento de três quartos que ele aluga. Numa suíte vivem o Maciel e a Meiry. Eu e a Laíse dividiríamos um quarto com outro casal. O Maycon, um carioca da zona norte, de uns 28 anos, também técnico de T. I., egresso do Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO, casado com a Glenda, uma mestiça bonita, com 23 anos, da favela do Cantagalo, que é parceira da Meiry, cabelereira e depiladora do salão. No terceiro quarto, ficam três casais. Um negão africano, grandão, chamado Lazuli, 35 anos, oriundo do Senegal, que vive com a Gessy, uma loirinha francesa, muito bonita, 25 anos, que trabalha como modelo ocasionalmente, mas também ajuda no salão. O negão, é um engenheiro de sistemas formado na França, especializado em telecomunicação, e tem uma série de contatos de técnicos em grandes empresas que ajudam a conquistar novos trabalhos. Ele é um forte aliado comercial do Maciel. Tem o Shimada, 28 anos, um japa tatuado que parece um membro da Yacuza, que é muito fera em eletrônica, e em montagem de bancos de dados.

O japa fica encarregado dos servidores e da parte de segurança de dados. Ele fala pouco, vive no mundo da tecnologia, mas se revelou ser gente boa.

A esposa dele, a Lumi, uma japinha bonitinha, de 22 anos, também cheia de tatuagem, é tatuadora e faz acupuntura, faz estética e massagens também, no salão. E tem um casal de gringos, que chegaram pouco tempo antes do que eu e a Laíse. O Steve, loirão forte, 30 anos, cabeludo, tipo de surfista bonitão, trabalha com animação em 3D, e é fera em design. Ele cuida da parte visual e de atualização do site da empresa.

A gringa que vive com ele, a Sophie, uma branca bem graciosa, de cabelos pretos curtinhos e olhos azuis, cuida da parte de relacionamento e comunicação com os clientes do salão. Ajuda a Meiry na parte administrativa.

Com isso, o Maciel mantém todos vivendo sob o mesmo teto, o que gera baixos custos, e de certa forma, ajudou a todos a se fixarem em Portugal. No começo, quando chegamos, foi uma maravilha, as pessoas foram simpáticas, jovens, descontraídas, e não tivemos grandes dificuldade em nos adaptar. Nos sentimos acolhidos. Pela manhã, tomávamos o primeiro café na copa e cozinha do apartamento, que fica num prédio antigo, onde os cômodos são mais espaçosos que os edifícios modernos. Depois, seguíamos para o galpão onde fica a empresa do Maciel, num espaço de Co-work, instalado em um velho galpão todo reformado, onde funcionam outras empresas também. As mulheres que trabalham no salão sempre saem de casa mais tarde. Arrumam a casa primeiro e deixam parte da comida feita.

No começo estava tudo bem, nos sentimos acolhidos, mas dividir quarto, foi uma coisa que tivemos que nos adaptar. Perde-se parte da privacidade e nos obriga a ter cuidado com os outros para não incomodar. O Maycon e a Glenda, são descontraídos e como cariocas, muito desencanados com tudo. No quarto haviam duas camas duplas. Retirávamos as camas de baixo, que se encaixam nas mais altas, de noite, e juntávamos as camas. Nas duas camas altas ficavam o Maycon e a Glenda e nas baixas, eu e a Laíse. Numa das paredes, tem um armário de quatro portas, e ficou dividido, uma parte para cada um de nós. Metade de cima para pendurar roupas, e três gavetas na parte de baixo. No compartimento superior do armário guardamos nossas malas. Na hora de dormir, a Laíse tomava banho e colocava pijaminha e eu calção e camiseta. O Maycon só usou calção no primeiro dia. Depois, dormiu de cueca mesmo, e a Glenda, de camisolinha curta. Percebemos que era o jeito deles. Maycon e Glenda, antes de dormir, enrolavam um “fino” e davam umas pegadas.

Eles sempre nos ofereciam, mas eu não uso drogas, e a Laíse também não. Mas ficava aquele cheiro no ar. Na terceira noite, a Glenda insistiu para a Laíse provar:

— Vai, dá um tapinha, experimenta. Ajuda a relaxar.

Laíse me olhou e perguntou o que eu achava. Eu disse que podia provar, para saber como é a reação. Ali estávamos em segurança e entre pessoas de confiança. Eu já havia fumado maconha muito tempo atrás, na juventude, mas deixei, com medo de acabar viciando. Me deixava muito bolado, eu “viajava” demais, fiquei com medo e parei. “Jererê” me deixava muito fora da realidade.

Laíse deu uma primeira puxada e se engasgou um pouco, tossiu, nós rimos, a Glenda explicou como era para fazer, e ela voltou a fumar, deu umas duas pegadas boas. Depois nos deitamos e apagamos a luz. Já naquela noite, minutos depois, com a luz apagada, ouvimos que a Glenda estava beijando o marido, os beijos soavam alto, e aos poucos eles foram aumentando seu envolvimento no sexo, até que percebemos que estavam fodendo. Tudo indicava que a Glenda estava montada cavalgando o Maycon. No escuro não víamos nada. Ela suspirava e gemia baixinho. Aquilo nos excitou muito, e eu vi que a Laíse me abraçou e me perguntou sussurrando, curiosa para saber o que faríamos. Eu estava de pau duro, mas não queria me expor.

Estávamos também sem fazer sexo já há mais de quatro dias, e aquilo aumentava nossa excitação. Percebi que a Laíse se aproximava mais e se encostava em mim, de bunda, ficando de conchinha. Seu corpo estava quente, ela se esfregava em mim, meu pau duro como rocha, mas não tive naquela noite o desprendimento de fazer nada. Não queria expor a nossa intimidade para o outro casal. O problema é que eu tive uma educação e formação muito tradicional em Minas Gerais, e aquilo ia um pouco contra o que eu achava correto. Nunca fui muito puritano, mas temia muita intimidade com eles e perder o respeito. Ficamos abraçados, calados, só respirando fundo. Acho que a Laíse se tocou com os dedos pois, pouco depois, ela estremecia toda. Senti seu corpo vibrar e sua respiração forte. Depois que o outro casal sossegou, uns dez minutos depois, acabamos dormindo.

No dia seguinte, a Laíse acordou primeiro, como sempre, e me cutucou. Abri os olhos e ela estava fazendo sinal de silêncio com um dedo na frente dos lábios. Entrava uma ligeira fresta de luz pela cortina da janela. Ela apontou para a cama do outro casal. Ergui um pouco a cabeça e na penumbra do quarto, pude ver que o Maycon e a Glenda haviam adormecido sem roupa, e ainda estavam dormindo, nus.

Glenda deitada de bruços na cama, exibia seu belo bumbum desnudo. Maycon, deitado de costas, as pernas abertas, tinha o pau e o saco à mostra. Ambos dormiam pesado.

Era um pau grande, que mesmo estando mole dava para ver o tamanho avantajado e a grossura. Fiquei admirado com a atitude despudorada deles, e meio puto com aquela situação, pois não deixava de ser um pouco de abuso, ou falta de respeito. Como não tinha muito o que fazer, disse em voz baixa para sairmos dali sem fazer barulho e irmos para o banheiro. Em Portugal, banheiro é chamado de casa de banho. Assim fizemos, e quando entramos na casa de banho, eu estava muito excitado e ao ver a Laíse se despir, reparei que ela também tinha os mamilos empinados, e uma expressão maliciosa. Abracei-a por trás e comecei a beijar seu pescoço, acariciando os seios. Ela foi contando que o que aconteceu no quarto naquela noite a deixou muito tarada. Meu pau duro se esfregava nas costas dela e ela viu que eu também estava muito tarado. Eu confessei que fiquei excitado também. Laíse suspirou toda arrepiada e respondeu:

— Nossa! Eu gozei só ouvindo os dois. Ontem fiquei com muito desejo.

Perguntei para confirmar:

— Você se masturbou?

Laíse fez que sim, disse: “Hum-hum”, com expressão de sapeca e um sorriso maroto nos lábios. Ela deu uma pausa, e em seguida comentou:

— Eles não têm vergonha de nada. Fazem o que tem vontade. Fico admirada.

Concordei com ela, e perguntei:

— Não acha que é abuso, e falta de respeito com a gente?

Laíse, com a respiração ofegante, se esfregava novamente com a bunda no meu pau e falou com voz entrecortada pela emoção:

— Não penso assim. Entendi que eles estão mostrando para nós que não tem vergonha com a nossa presença. Afinal, dividimos o quarto e eles estão querendo logo ficar à vontade com a gente. Acho que vão fazer isso sempre.

Eu não esperava aquela resposta dela, e admirado questionei:

— Você acha normal eles dormirem pelados e a gente acordar com os dois naquele estado? O Maycon sem cueca com aquele pau de fora?

Laíse continuava ainda mais excitada e respondeu:

— Não acho nada anormal. Entendi que eles não ligam, são como são, querem mostrar que não vão se tolher só porque dividem o quarto. Devem se excitar com a gente perto. E querem que a gente se acostume.

Fiquei meio sem resposta. Naquele dia eu não sabia que a Glenda, já havia conversado com a Laíse, no salão, explicando o que ela me dizia naquele momento. Realmente não havia pensado por aquele ângulo. Resolvi perguntar:

— Para você, tudo bem? E se eles continuarem a fazer isso?

Laíse deu um sorriso, meio nervoso, e falou:

— Acho que vão continuar. Pelo que a Glenda disse, são bem liberados. Juro que vai ser difícil aguentar, ouvir, ver, e não fazer nada. Só de pensar me arrepio inteira.

Eu me surpreendia mais ainda com ela. Perguntei:

— Ah, é? Você gostou de ouvir e ver?

Laíse estava mais solta. Respondeu:

— Eu gostei. Me deixou muito excitada. Tive que me tocar ontem.

Fez uma pausa, antes de completar:

— E acordar com eles pelados hoje, me deu tesão novamente.

Intrigado, questionei:

— Você se tocou? Queria trepar, ontem? Tem coragem de fazer também? O que pensou?

Nossos corpos se esfregavam, nossa pele arrepiada. Laíse virou-se de frente e me abraçou. Trêmula de tesão, ela sussurrou no meu ouvido:

— Tive vontade de fazer o mesmo que eles. Juro. Na hora estava com muita vontade. Se você quisesse eu queria, mas você não quis. Agora eu quero.

Eu já estava beijando e acariciando seu corpo. Na sequência, não falamos mais nada, passamos a trocar carícias mais intensas e a própria Laíse pegou no meu pau duro e encaixou entre suas pernas. Eu beijei e chupei os bicos dos peitos dela, o que a deixa mais tarada ainda. Fomos nos ajeitando, de pé mesmo, e ela se segurou no meu pescoço, apoiou um pé sobre o bidê do banheiro, e encaixou meu pau na xaninha, que foi se enfiando. Em segundos já estávamos engatados, e fodendo gostoso. Laíse parecia tomada de um tesão enorme, e eu também. Perguntei:

— Você está tarada? O que está pensando?

Laíse gemeu, suspirou, depois perguntou:

— Não vai ficar bravo comigo se eu falar?

— Claro que não, pode dizer. – Respondi. Estava curioso.

Ela falou baixo no meu ouvido, como se tivesse vergonha de contar:

— Imagino a Glenda dando para o Maycon e recebendo aquele pauzão enorme. Como ela aguenta?

Na hora que eu a ouvi falar, imaginei a cena, me deu uma onda de tesão maior ainda, e cheguei a ofegar, metendo forte na xoxotinha dela. Exclamei:

— Ah, caralho... Verdade né? O pau dele é grande mesmo! Ela deve ficar atolada!

Laíse estremecia de tesão, e percebi que estava para gozar, excitadíssima. Curioso com as reações dela, não consegui segurar e perguntei:

— Deu tesão ver o pau grande dele? O que sentiu?

Senti minha mulher estremecer e gozar forte, me apertando muito. Eu socava fundo, aproveitando aquele momento de tesão incrível, e me excitava mais ainda de vê-la tão tarada. Ela só gemia. Eu perguntei:

— Está gozando? Ficou tarada? Me conta.

Laíse ainda ficou gemendo, e estremecendo, num orgasmo prolongado, e somente uns trinta segundos depois, conseguiu respirar e exclamou:

— Ah, amor, não sei, fiquei imaginando a Glenda e o que ela sentiu com aquilo, cavalgando o Maycon. Me deu muito tesão.

Eu também estremeci imaginando a cena. Não deveria perguntar, mas excitado com a situação, perguntei:

— Aquilo o quê?

Laíse estremeceu de novo. Meio envergonhada, falou sussurrando:

— Aquele pauzão, amor. Nossa! Nunca vi um pinto tão grande. Pensa só...

Eu também já estava tarado, mas vendo a tara da minha esposa, confessando o que sentiu, fiquei ainda mais, voltei e meter nela com ímpeto, socando mais forte, e disse:

— Safadinha! Gostou de ver o pinto grosso né?

Laíse, respondeu de imediato:

— Acordei e fiquei espiando o pinto mole. Imaginando ele ficar grande. E a Glenda sentando em cima. Pensei na sensação dela. Nossa! Do nada, me deu muito tesão!

Aí foi a minha vez de sentir uma onda maior de volúpia e o gozo chegando forte. Não consegui segurar mais e disse que ia gozar. Entrei em orgasmo gemendo, e a Laíse teve outro gozo seguido, junto comigo, que nos deixou até zonzos e com as pernas bambas. Me encostei na parede do banheiro com ela ainda agarrada em mim. Laíse ficou rebolando, se esfregando, ofegante, gemendo, enquanto nossos gozos escorriam pelas suas pernas.

Ficamos ali, quase um minuto sem nos mexermos, apenas abraçados, até meu pau deslizar para fora da xoxota. Só depois fomos para dentro do chuveiro, tomar o nosso banho. Não falamos mais nada sobre aquilo.

Após o banho, fomos para o quarto, e antes de entrar batemos na porta, avisando nosso regresso. Eles abriram e nos deixaram entrar. Estavam novamente, ele de cueca boxer e Glenda de camisolinha. Pegaram as toalhas e foram para o banheiro.

Aquela casa de banho servia os moradores dos dois quartos, e deveríamos lembrar que outros precisavam usar. O quarto do Maciel e da Meiry, era suíte com banho anexo.

Estávamos nos vestindo, eu de cueca, e a Laíse nua passando creme hidratante no corpo quando o Maycon voltou repentinamente ao quarto. Ao abrir a porta e nos ver sem roupa, se desculpou:

— Ah, desculpe, esqueci meu nécessaire!

Mas ele já havia entrado. Laíse, foi pega de surpresa, tampou a xoxota com uma mão e com um braço cobrindo os seios, ficou parada sem reação. Eu estava longe da bolsinha dele que ficara sobre a cama. Falei:

— Pega logo. E sai.

Ele deu um passo para dentro, pegou a nécessaire e foi saindo, novamente se desculpando.

— Me desculpem. Foi mal.

Ele saiu e fechou a porta. Eu olhei para a Laíse que me olhava admirada, observando minha reação. Exclamei:

— Que puta cara estúpido! Sem noção! Entra sem avisar.

Laíse tentou amenizar:

— Foi sem querer. Tudo bem. Eu que errei de ficar sem roupa aqui.

Olhei para ela e notei que os mamilos dela estavam empinados. Certamente, o susto e o nervosismo tinham provocado aquilo. Decidi não falar mais nada, e me vestir. Ainda me sentia meio contrariado. Ela fez o mesmo e não falamos mais naquilo. Fomos tomar o café na copa-cozinha, antes de sair para trabalhar. Pouco depois, a Maycon apareceu para tomar o café, e me deu um toque, perguntando se podíamos ir juntos para o trabalho. Concordei, fiz um pouco de hora enquanto ele tomava o café e saímos. No trajeto ele me pediu desculpas:

— Aí, tenho que me desculpar. Foi um gesto sem pensar, entrei no quarto sem bater. Por favor, não quero que fiquem chateados.

Achei correta e postura dele, disse que não foi nada. Ele me pediu:

— Por favor, depois explica para a Laíse, foi sem querer.

Eu disse que faria. O resto do dia, trabalhamos normalmente. Por incrível que pareça, aquilo nos aproximou mais. Na hora do lanche, fomos juntos comer um sanduíche na cantina do co-work. Na hora da volta para casa, ele torou a perguntar se eu não tinha ficado com raiva e eu o tranquilizei. Aí, aproveitei e falei:

— Ontem de noite ouvimos você e a Glenda fazendo amor. E quando acordamos hoje os dois estavam dormindo pelados. Nós vimos.

Maycon sorriu, e confirmou:

— Cara, demos aquele tapa na bagana e ficamos com muito tesão. A Glenda quando quer fica louca. Achamos que vocês estavam dormindo e começamos a brincar, a Glenda estava muito tarada, ela fica mais ainda quando dá um pega no bagulho e acabamos transando. Depois, apagamos direto, sem roupas. Mas, da nossa parte, não temos problema com isso. Não ligamos, confiamos em vocês. Vocês têm problema com isso?

Na hora eu não quis dizer nada, sem falar com a Laíse. Respondi:

— Não, na verdade, eu não tenho problema, acho que a Laíse também não. Mas não esperávamos. Ela não me falou que tem problemas, então, acho que ficou de boa.

Maycon sorriu, satisfeito, depois disse:

— Estamos dividindo quarto. Não queremos nos prender ou ficarmos reprimidos. Temos que ter intimidade e confiança com vocês. Quando dividíamos o quarto com o Lazuli e a Gessy, nós quatro fazíamos sexo, sem nos preocuparmos muito. Acostumamos.

Eu olhei para ele admirado. Perguntei:

— O Lazuli e a Gessy dividiam quarto com vocês?

— Sim, mas quando soubemos que vocês vinham, o Maciel pediu para o Lazuli deixar vocês com a gente. Talvez porque somos todos do Rio de Janeiro. - Ele explicou.

Eu, ainda intrigado, perguntei:

— E vocês faziam sexo no mesmo ambiente?

— Claro, o Lazuli e a Gessy são cabeça aberta, totalmente liberais. Foram eles que começaram, e eu e a Glenda acabamos acostumando. – Ele confirmou.

Na hora, me bateu a dúvida, então perguntei:

— Vocês fizeram sexo ontem, para ver a nossa reação?

— Sim, mas também não. Fizemos porque deu vontade, e na hora resolvemos ver no que dava. Se vocês reclamassem ou falassem algo, a gente parava, e explicaria. Foi isso. Espero que não tenha sido ruim para vocês. – Maycon falou com sinceridade, mas com um sorriso maroto.

Sorri, não consegui esconder, e falei:

— Cara, foi complicado. A gente ouvindo, sem saber o que fazer. Conseguimos controlar, e quando vocês sossegaram adormecemos.

Não quis contar que a Laíse se masturbou. Maycon sorriu, e falou com jeito malando de carioca:

— Tudo bem. Se quiserem, aproveitem o embalo, entrem na onda, pois, é muito gostoso. Dá um tesão da porra, transar com outros ouvindo e vendo.

Dei risada, e não disse mais nada. Logo estávamos chegando em casa e eu fui na padaria ali perto para comprar pão.

Continua na parte 2

Conto de Leon Medrado, inspirado no relato original do Guto.

e-mail: leonmedrado@gmail.com

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Comentários

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Perfeito, tudo se encaminhando para um maravilhoso caso liberal. Muito bem contado como sempre 👏

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Cara é bem louco a situação mais gostei e diferente kkkkkk

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Excelente! Muito bem escrito, como sempre. Gostei das descrições detalhadas. Três estrelas.

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Excelente a descrição do ambiente e do clima que está sendo criado. A Glenda já está fazendo a cabeça da Laise!

3 estrelas

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Leon e com relação ao conto anterior ainda está nos seus planos fazer uma sequência?

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Ktatos116 - Eu criei o roteiro de uma parte sequencial daquela história, mas estou cheio de trabalho, com prazos de entrega, e sem tempo para continuar. Quando der eu retomo. Eu faço os contos como diversão e laser, e como exercício narrativo. Quando dou uma pausa em uma história é porque fiquei meio saturado daquela história. E como o meu tempo de folga é curto, muitas vezes embarco naquela que estou mais conectado na hora. Só por isso.

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Muito interessante esse conto ,ainda mais que vão ter vários tipos de casais . Só não entendi o porquê de chamar o último casal de Gringos sendo que todos os ocupantes da casa também são,já que nenhum deles é origem Portuguesa

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Os personagens centrais da trama são brasileiros, cariocas, e chamam os norte-americanos de gringos, como é usual. Eles chamaram assim e eu mantive.

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Mais um conto delicioso! Que inicio gostoso desse casal adorei a forma que tudo se desenrolou, nota 10 e 03 estrelinhas.

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Nossa! Começou mais uma. Vai ajudar a passar o tempo aqui nesse longo plantão. 😘

Vamos ler.

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Boa tarde! Como vão vocês? Poxa! Eu fui no último conto de vocês e perguntei umas duas vezes se e quando pretendiam dar continuidade e somente tive uma resposta,que foi quando uma de vocês me disse que estava com familiares doentes, e me disse que em breve iria públicar o conto pois estava pronto. Poxa! Eu era um de seus muitos leitores assiduos e assim como os outros que até o último conto acompanhavam suas obras nesse site e achamos que seria bom uma reposta até para que não fiquem na expectativa. Desde já obrigado!

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