Nesse e nos dias seguintes, ninguém teve notícias da Amanda, ela simplesmente sumiu, desapareceu. Sua mãe já não era presente em nossa vida e não notou nada de diferente, mas eu notei e senti a falta da safada. Tanto que, no terceiro dia de sua ausência, comecei a mandar mensagem, perguntando onde ela estava. Ela recebia e lia, mas não respondia. Só no sexto dia, recebia a primeira e única:
Amanda - “Já estou voltando.”
Amanda - “Depois de amanhã, estarei em casa.”
Amanda - “Precisamos conversar.”
Amanda - “Eu te amo.”
[CONTINUANDO]
“Uai! Viva ela tá.”, pensei, mas, sinceramente? Antes ela tivesse morrido, porque seu retorno faria as feridas sangrarem como nunca. E começou cedo…
Na quinta-feira, dia em que ela retornaria sei lá de onde, era por volta das 15:00 quando me ligou. Como precisávamos resolver nossa situação, eu atendi. Ultrapassados os cumprimentos que fizemos um para o outro como se fôssemos quase dois estranhos, ela me pediu:
- Será que você podia vir me buscar no Posto Estrela do Norte por volta das 15:30? Eu… só não queria chegar na cidade para os outros ficarem falando…
- Mas o que você tá fazendo aí?
- Ainda não cheguei, mas vou chegar lá por volta das 15:30. Você pode me buscar?
Eu não entendi o porquê daquilo, mas não neguei. Eu levaria uns quinze minutos para chegar no tal posto e como tinha que deixar um documento no meu contador, já aproveitei e saí naquele momento mesmo. Deixado o documento, saí em direção ao posto. Cheguei lá por volta das 15:20 e estacionei na frente da lojinha de conveniência. Comprei um sorvete de chocolate para disfarçar o meu azedume, além de porque o calor estava de matar e fiquei sentado num banquinho em frente a lojinha. Quinze minutos depois, entendi o porquê de seu pedido.
Um caminhão, que normalmente não deveria fazer parada ali, chegou e parou rapidamente. Bem ligeiro, ela desceu da boleia e o veículo seguiu o seu curso, rumo a nossa cidade. Ela de longe me avistou e com um semblante preocupado, veio em minha direção. Ela vestia uma simples calça jeans e uma camisetinha básica, mas tudo justo o suficiente para exibir suas belíssimas formas. Assim que chegou onde eu estava, deu-me um sorriso carregado de cisma e tentou uma brincadeira, relacionada ao sorvete que eu comia:
- Hummm… Adoro chocolate!
Sem saber o que fazer ou falar, agindo praticamente no automático, ofereci-lhe o meu e ela deu uma bela chupada, terminando numa lambida mais que safada e que eu conhecia bem. Não nego, meu pau quis dar o ar da graça, mas eu desviei o raciocínio e o critiquei pela atitude intempestiva. Ela se sentou ao meu lado e colocou uma mochila no banco do outro lado, falando:
- Estava morrendo de saudade de você, sabia?
- Sei não! Te mandei um monte de mensagem e você sequer respondeu.
- Eu só… eu estava com medo do que você queria me falar. Só que depois vi que não dava pra gente ficar fugindo ou adiando, então… Estou aqui.
- É! Tô vendo…
- A gente podia conversar em outro lugar, não acha melhor?
- Pode ser.
Terminamos o sorvete e entramos no meu carro. Assim que entrei na rodovia, em direção à nossa cidade, minha curiosidade me traiu:
- É o caminhão do Jurandir, não é?
Ela suspirou fundo e a preocupação se estampou ainda mais em seu rosto, mas eu pouco me importava nessa altura do campeonato e insisti:
- É ou não é?
Ela me olhou com os olhos levemente marejados pela tensão da situação e como eu ainda não tinha uma resposta, propus:
- Mas é fácil de saber. Vamos lá na loja, porque se ele veio para cá foi para trazer uma carga pra mim…
- Não! Não precisa… É dele sim.
- Você tava com ele esse tempo todo!? - Perguntei, alterando um pouco o tom de voz.
- Por favor… Eu vou responder tudo o que você quiser, mas vamos para um lugar discreto primeiro, ok? Não quero que você fique nervoso atrás de um volante em alta velocidade.
- Há! Por que não? Você já me matou por dentro mesmo, se eu morrer por fora agora, nem fará diferença…
- Credo, amor, não fala assim! Eu… A gente precisa conversar, mas vamos tentar manter a calma, ok?
Concordei com um simples meneio de cabeça e me calei. O restante da viagem foi no mais completo silêncio. Eu pretendia conversar num barzinho, pois ainda não sabia o que seria da gente, mas acabei indo mesmo direto para casa, onde poderíamos conversar bem mais à vontade. Assim que entramos, fui direto à cozinha beber um copo de água. Ela veio atrás e se sentou à mesa, falando:
- Agora, eu respondo qualquer coisa que você quiser saber.
- Estava com ele não estava? Passou esses dias todos dando para o seu amante, não foi? - Perguntei novamente me alterando.
- Olha… - Ela suspirou fundo sem tirar os olhos de mim e por fim falou, com uma voz baixa e controla: - Sim e não…
- Como assim… “sim e não”, caralho!?
- Eu estava com ele, é verdade; mas não dei para ele todos os dias como você deve estar imaginando. Na verdade, só fui com ele porque eu não tinha mais para onde ir e se ficasse aqui, eu sabia que a gente ia acabar se matando.
- E sua mãe? - Perguntei, ainda tentando absorver aquilo.
- Minha mãe! Sério!? Você sabe que eu e ela não combinamos de jeito algum. Se eu fosse para lá, ela certamente iria me culpar e transformar a minha vida num inferno ainda maior do que já está.
- Errada ela não está em te culpar… - Resmunguei, olhando em seus olhos.
- Por favor… Vamos tentar manter uma certa civilidade, amor! Eu sei o que fiz e você não precisa ficar me lembrando cada vez que a gente conversar. Tudo bem?
Concordei com um sutil meneio de cabeça e insisti:
- Mas podia ter ido para a casa de alguma amiga, a Silvinha, por exemplo. - Insisti, ainda inconformado.
- É verdade, mas, sei lá, naquele momento eu estava totalmente perdida, não pensei direito. A única coisa que fiz foi ligar para o Jura e culpá-lo por tudo o que estava acontecendo. Ele me perguntou se eu tinha apanhado e disse que iria atrás de você se fosse isso, mas eu neguei, óbvio, afinal você nunca bateria em mim.
Concordei com um meneio de cabeça e ela continuou:
- Daí ele me convidou para ir com ele, mas já avisando que ficaria praticamente a semana na estrada. Como eu precisava mesmo desanuviar a cabeça, acabei aceitando.
- Tá bom… - Resmunguei sarcasticamente: - Desanuviar a cabeça e a buceta, né!? Transaram ou não transaram, responde! Aliás, acho que nem precisa…
- Nos primeiros dias não. Eu não tinha cabeça e o Jura até que foi bastante compreensível. Mas já nos três últimos, não teve jeito e… bem…
- Ele te obrigou?
- Não exatamente… A verdade é que eu queria agradecê-lo por tudo o que vinha fazendo por mim, então a única coisa que eu tinha para dar era…
- Tá bom… Já entendi! Poupe-me dos detalhes…
Eu não acreditava na naturalidade com que ela falava aquilo, mas, enfim, era a verdade, boa ou ruim, era a verdade. Eu já não sabia mais o que dizer e perguntei:
- Bom… E agora!? Você já teve o seu tempo para “desanuviar”... - Fiz aspas com os dedos, zombando do termo: - Deve ter pensado bastante, pelo menos nos primeiros dias. O que você quer da sua vida, afinal?
- Uai! Eu quero voltar para casa. Eu te amo, sinto muito a sua falta e sei que posso te fazer muito feliz.
- Metendo chifre!?
- É claro que não! Eu quero me entender com você, mas para isso você precisa entender que eu também tenho as minhas vontades e necessidades. Talvez a gente possa até chegar num ponto de equilíbrio, sei lá…
A surpresa deve ter ficado estampada na minha cara, tanto que ela se calou, encarando-me, curiosa, analisando minhas reações. Depois de um tempo em que nenhum dos dois se atrevia falar algo, eu retomei a conversa:
- Você tem cinco minutos para explicar direito essa história, ou pode ir arrumando a sua trouxa porque tua carona já deve estar esperando…
O que ela passou a falar daí por diante é inenarrável, mas vou tentar resumir os “melhores” momentos. Bem, simplesmente ela disse que gostou muito de conhecer o “Jurandir” e que ele tem tudo o que ela sempre desejou encontrar num homem: a maturidade, a cor e a pegada. Seu único problema é que ele era um chucro, sem cultura ou condições de dar uma companhia de qualidade para uma mulher, além de ser um pé rapado. Então, ela gostaria de continuar se encontrando com ele quando ele viesse para a nossa região, mas que, em contrapartida, faria de tudo para me tornar o homem mais feliz do mundo. Não aguentei nessa parte de sua proposta e ri sarcasticamente, evoluindo para uma gargalhada digna dos melhores bruxos dos filmes de cinema. Ela me olhava e aguardou pacientemente eu me controlar:
- Me fazer feliz, me chifrando… É essa a sua proposta?
- Não! Te fazer feliz por ser um homem tão digno e desprendido que não mede esforços para fazer sua esposa uma mulher satisfeita e feliz. - Falou, olhando-me nos olhos, certa do que propunha: - E não haverá chifre algum, porque você saberá sempre onde, quando e com quem eu estarei. Simplesmente, achei que você pudesse ver isso como se fosse uma… uma atividade extraconjugal, como se eu estivesse fazendo um curso para me tornar uma mulher melhor para você, inclusive na cama.
- O que é isso!? Você só pode estar louca!... - Eu não me cansava de zombar e rir.
Ela baixou os olhos por um momento e fuçou em sua bolsa, tirando seu celular de dentro. Então, acessou algum programa e colocou o aparelho sobre a mesa, empurrando-o em minha direção. O que vi me tirou o chão… Na tela, havia uma buceta sendo esticada ao máximo, quase ao ponto de rasgar por um pau que parecia de mentira. A buceta eu conhecia bem, talvez até não a reconhecesse agora, mas era a dela; já o pau só podia ser do seu comedor, Jurandir. Olhei aturdido para ela e sem saber o que dizer, perguntei:
- O que é isso?
- Uai! É… Sou eu e o Jura.
- Por que isso, caralho!? Quer me humilhar?
- Não! Eu só quero que você entenda o porquê de eu querer continuar me encontrando às vezes com ele.
Automaticamente, comecei a avançar as fotos e as imagens se sucediam e era uma absurdamente mais pornográfica que a outra. Chegou a entrar um vídeo em que eu pude ver o tal Jurandir empalando sendo dó a buceta da Amanda, que gritava, urrava, chorava, transtornada de prazer. Assim que cheguei ao final da galeria, comecei a retroceder, revendo novamente todas as imagens e meu pânico só aumentava até que cheguei em uma imagem nossa, do último passeio que fizemos a um pesqueiro há coisa de um mês atrás. Havíamos nos divertido tanto... Nesse momento não consegui conter uma lágrima de tristeza pela situação em que havíamos nos envolvido. Ela notou e também chorou, mas nada falou e talvez fosse melhor assim.
Respirei fundo para me controlar, afinal, eu não queria passar a imagem de um fraco, um romantizado marido que até então cultivara sonhos ao lado da mulher com quem ele imaginava que construiria uma família. Bem nesse momento, seu celular tocou e vi o nome “Jura” se materializar na tela. Fechei a minha cara e empurrei o aparelho para ela, que simplesmente recusou a chamada e silenciou o aparelho:
- Não vai atender sua carona? Ele deve estar indo embora… - Falei, zombando
- Não! Agora o importante é a gente se entender. - Colocou seu celular sobre a mesa e se debruçou em minha direção: - Eu sei que é muito complicado para você entender e aceitar de uma hora para outra. Por isso, estou disposta a te dar um tempo para pensar. Eu só queria que você me aceitasse de volta aqui e a gente vai tentando, conversando, acertando os detalhes, limites…
- Eu não vou aceitar isso, Amanda. É muito para a minha cabeça. Além disso, tem as nossas famílias, a cidade, a comunidade… Imagina se uma história dessa vaza, vai acabar com o nosso nome!
- Ninguém… vai saber… de nada! - Falou pausadamente e explicou: - O Jura vem pra cá a cada uma vez por semana, às vezes até menos quando tem frete para mais longe e eu só iria me encontrar com ele fora daqui. Não tem risco algum.
- Sinceramente? Acho que não! Nem preciso de tempo para decidir. O melhor é a gente se divorciar e cada um segue a sua vida…
Ela se recostou em sua cadeira e colocou uma mão sobre a boca, talvez realizando que o seu sonho de família tivesse chegado ao fim. Depois disso, chorou em silêncio, apenas deitando algumas lágrimas pela dor que sentia e sabia estar me causando. Ao final de um bom tempo em que ficamos ambos calados, ela se levantou e foi beber um copo de água. Depois retornou para sua cadeira:
- Eu te amo e nada do que aconteceu mudou uma virgulazinha do que sinto por você…
- Você não me ama! Você só quer um “tontim” para pagar as tuas “contim”. Nu! Essa bosta ainda rimou! - Ri de mim mesmo, apesar de não sentir graça alguma: - Voltando… Você mesma disse que ele é um chucro, um pé rapado, em resumo um bosta... Porra! Para que isso então!? Quer um pau grande? Era só ter me falado que eu tinha comprado um consolo para você, dois, três, sei lá, mas isso que você fez…
- Não mesmo, nem vem! - Me interrompeu: - Eu também trabalho e pago as minhas próprias contas. Isso você não pode jogar na minha cara! Além disso, o que sobra eu deposito na nossa poupança. É ou não é verdade?
Concordei com um meneio de cabeça, afinal, era isso mesmo. Eu pagava apenas as despesas da casa e ainda assim ela contribuía quando queria comprar algum enfeite, uma cortina, algo para embelezar o nosso lar:
- Eu te amo e sei que você me ama. Eu quero te fazer feliz e sei que você quer me fazer feliz também. Então, por que não podemos buscar a nossa felicidade desse jeito? Eu só vou passar algumas horas por semana, talvez nem por semana com o Jura. Custa tanto entender que isso me faz bem, que me satisfaz!?
Neguei seus argumentos, sorrindo jocosamente e respirei fundo antes de falar:
- Sendo puta de um preto velho, motorista de caminhão!? Desculpa, mas eu não consigo…
Levantei-me então da mesa para sair dali, pois não aguentava mais ouvir ou falar sobre algo que eu considerava uma verdadeira loucura. Ela segurou a minha mão e pediu novamente:
- Por favor… Por favor! Só dá um tempinho para a gente tentar se entender... Um mês, só um mesinho, só isso! Se ao final desse tempo, você ainda não estiver de acordo, eu me afasto dele. Prometo!
Eu a encarei pronto para enxotá-la de casa e perguntei:
- E nesse “mesinho” você vai continuar se encontrando com aquele… aquele… preto?
- Jura, o nome dele é Jurandir. Você não é, nem nunca foi racista, Maurício, então para, vai! - Ela me corrigiu gentilmente e continuou: - E respondendo, não, não vou me encontrar com ele. Esse tempo será somente nosso, para a gente se entender e resolver essa nossa diferença.
Apesar de eu não querer ceder, meu orgulho de macho também não achava certo perder aquela deusa loira para um Zé Ninguém como o tal do Jurandir. Acabei concordando em dar esse tempo, porque acreditava também que poderia convencê-la da loucura que era a sua proposta. Ela ficou radiante com a minha decisão e me abraçou apertado, saudosa de um contato que também me fazia falta. Entretanto, não correspondi à altura do seu entusiasmo e ela logo me largou. Começava ali o meu calvário…
Combinamos de, nos primeiros dias, ela ficar no quarto de hóspedes e eu em nossa suíte e assim nossa rotina foi se encaminhando. Trabalhávamos e tentávamos levar uma vida normal. Para a comunidade, continuávamos sendo o casal de sempre, que apenas teve uma crise passageira, mas já havia se acertado. Entre nós, a situação era mais complicada. Eu tinha reservas quanto a ficar próximo dela e ela respeitou isso nos primeiros dias, mas conforme nossas conversas iam se encaixando novamente, ela relaxou nas vestimentas e logo passou a se exibir acintosamente em “baby doll’s” e camisolinhas transparentes para meu desespero.
No quarto dia, acabamos nos pegando após ela “sem querer” esbarrar aquela bunda deliciosa no meu pau. Foi uma trepada épica! Acho que pela primeira vez consegui dar conta de todo o fogo da Amanda pois seus olhos brilhavam de satisfação quando terminamos. Eu também já estava há quase duas semanas sem trepar, então fiz barba, cabelo e bigode nela. O que tive vontade de fazer, eu fiz e ela não refugou. Ao contrário, pareceu ter adorado essa minha nova versão de marido. Achei que tivesse encontrado o seu ponto fraco e já dava como certa sua desistência quanto ao tal Jurandir. Ledo engano…
Assim como uma bactéria fica mais forte quando mal combatida por um antibiótico, minha esposa pareceu ficar mais tarada com o meu desempenho no passar dos dias. Já estávamos no décimo dia de nossa reconciliação e ela já não tinha mais aquele mesmo brilho nos olhos no pós coito. Compreendi que sozinho eu não conseguiria convencê-la. Então a surpreendi no dia seguinte:
- Terapia!? Para que isso, amor?
- Uai! Por que pode ajudar a nos entender de vez.
- Ah… - Resmungou, contrariada: - Sei não, hein!? Não sei se quero ficar falando de nossas intimidades para um de fora…
- Ara! Para abrir a sua intimidade para um estranho, você não pensou duas vezes… Agora, se eu peço para conversarmos com um “pro-fis-si-o-nal”… - Frisei bastante a palavra para não pairar dúvidas de que eu exigia aquilo para continuarmos: - Você quer recusar!? Aí não, né?
Ela deu o braço a torcer e dois dias depois fomos nos encontrar com uma terapeuta de casais. Foi a pior ideia que eu podia ter tido. Só depois que já havíamos aberto nossa vida para ela e a traição da Amanda, é que descobri que a tal terapeuta vivia com dois maridos numa cidade vizinha. Naturalmente, sua orientação foi toda a favor do que pretendia Amanda, o que a deixou radiante. Entretanto, numa de nossas últimas sessões, ela falou algo que a abalou de vez:
- Entendam que nem sempre continuar juntos é a melhor decisão para o casal. Amar, nem sempre significa permanecer. Talvez, em situações excepcionalíssimas, o divórcio seja a melhor decisão para o casal. Quem sabe não é esse o caso?
- Divórcio!? - Perguntou Amanda, com os olhos cheios de lágrimas: - Mas eu amo o meu marido.
- Sim, querida, eu acredito nos seus sentimentos, mas acha justo impor ao seu marido um estilo de vida para o qual ele não está pronto? Se ele concordasse, ótimo, estabeleceriam as regras e seriam felizes; mas não é o caso, então, se isso te faz tanta falta, deixe-o livre para encontrar alguém que pense como ele…
Nesse dia Amanda chorou… Chorou durante a sessão, chorou em casa, chorou no trabalho no dia seguinte… Foram dois ou três dias de muitas lágrimas, muitas mesmo… No último deles, quando ela já parecia mais controlada ou conformada com alguma decisão, flagrei ela dedilhando com alguém em seu celular e aquilo me encucou, pois apesar de triste, era impossível não ver que sorria vez ou outra. Quando perguntei, ela tentou desconversar, mas quando pedi para ver seu celular, ela se abriu:
- Conversando com o… o… aquele preto!? - Gritei, irado.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NAO SER MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.