Nesse dia Amanda chorou… Chorou durante a sessão, chorou em casa, chorou no trabalho no dia seguinte… Foram dois ou três dias de muitas lágrimas, muitas mesmo… No último deles, quando ela já parecia mais controlada ou conformada com alguma decisão, flagrei ela dedilhando com alguém em seu celular e aquilo me encucou, pois apesar de triste, era impossível não ver que sorria vez ou outra. Quando perguntei, ela tentou desconversar, mas quando pedi para ver seu celular, o tiro veio no peito:
- Conversando com o… o… aquele preto!? - Gritei, irado.
[CONTINUANDO]
- Amor, por favor… É Jura, Jurandir se preferir.
- Porra! Você me falou que não iria se encontrar com ele nesse nosso tempo!
- E não me encontrei. A gente só tem conversado por mensagem e isso há coisa de uns dois, três dias…
- Desde a última sessão?
- Isso! Eu precisava conversar com alguém, aliás, alguém além da terapeuta, e só me veio ele à cabeça.
- Porra, Amanda, você está fazendo de tudo para gente se divorciar mesmo, né?
- Não! Eu só precisava conversar, amor, só isso…
- Então deixa eu ver essa conversa!
- Não! Melhor não…
- “Não”, por quê?
- Porque… Porque ele falou umas coisas e talvez você não goste de outras…
- Dá essa bosta de celular aqui, Amanda, agora!
Mesmo reticente, ela obedeceu. Realmente a conversa começava há três dias atrás, iniciada por ela e não havia mentido em nada do que me relatou. Entretanto, ela omitiu que ele passou a se engraçar para cima dela novamente, inclusive mandando foto de seu mastro duro, em pé, além de um videozinho no qual batia uma punheta violenta para ela, gozando litros no final enquanto falava coisas do tipo: “queria você aqui”, “olha quanto leite tinha guardado só procê, minha branquinha”, “imagina uma leitada dessa dentro dessa sua xerequinha pertada”, “e o corno do seu marido, já mansou ele?” e talvez a pior de todas “ele já voltou a te comer? Será que ele tá sentindo alguma coisa depois que arregacei você?”. Teve outras preciosidades dignas da mais obscura 5ª série do ensino fundamental, mas essa última foi a pior, pelo menos, para mim. Amanda, excitada com as brincadeiras, respondia aos seus gracejos, mas pelo menos não lhe deu nenhuma abertura maior e isso me deixou feliz. Bem, não daria antes de falar comigo:
- Acho que a gente precisa se resolver, amor. Eu já estou com saudade do Jura…
- Você quer mesmo dar para ele, né?
- Quero, mas é só sexo, nada mais! Só que não quero estragar o nosso casamento. Por isso que quero tanto a sua permissão e a sua cumplicidade. Por favor, entenda de uma vez por todas que eu te amo, mas, se para te fazer feliz eu tiver que me divorciar de você, será com dor no coração, mas… eu… - Disse e começou a chorar.
Essa sua última ameaça mexeu comigo. Realmente eu senti que ela estava disposta a jogar tudo para o alto porque não conseguia desmamar da rola do tal Jurandir. Nesse momento, uma dor imensa me atingiu o peito porque eu sabia o tanto que a amava e também do tanto que ela me amava. Hoje, vejo que absurdamente errei, mas naquele momento, acabei concordando com a sua vontade, mas deixei bem claro que também iria sair com outras mulheres, quando eu quisesse:
- Nem vai precisar, amor, porque eu vou te fazer o homem mais feliz e realizado do mundo. - Ela falou, saltitante de felicidade com a minha permissão.
Foi novamente uma noite épica. Ela fez coisas comigo que eu não sabia que existia e de uma forma feroz, transtornada de vontade de me dar prazer. Entendi nesse momento que uma mulher quando quer, derruba qualquer homem, por mais forte que seja. Nesse e nos próximos dias transamos como loucos. Eu fazia de tudo para satisfazê-la, me desdobrando ao máximo, quase infartando pelo esforço sexual. Passei a tomar vitaminas e até Viagra usei para tentar acalmar o seu tesão, mas foi em vão. Passados uns dezessete dias desse nosso acerto, ela veio com a pior das notícias:
- Amor, o… é… hoje o Jura vem fazer entrega e me perguntou se eu não gostaria de tomar um café…
- Amanda, pelo amor de Deus, o que a gente conversou sobre ser discreto?
- Calma! Eu não disse que vou sair com ele. Seria apenas um cafezinho, à tarde, aliás, se você quiser vir também, está convidado. Vou adorar apresentá-los melhor um para o outro.
- Não mesmo! Obrigado…
Por volta das 15:00, como de costume, ele chegou e fez a descarga dos materiais na minha empresa. Amanda voltou a tomar café com ele na cozinha da empresa, coisa que ela havia abolido desde o tempo que havia me pedido para nos acertarmos. Depois, ela foi resolver uma pendência no nosso contador. Retornou ao escritório da empresa, por volta das 17:00, com uma notícia nada boa:
- Amor…
- Oi?
- Eu… assim… O Jura me perguntou se a gente não podia se encontrar um pouquinho hoje, mais à noitinha… - Falava pausadamente e com a maior sutileza possível, estragada pela sua ansiedade: - E eu estava pensando em ir… Posso?
- Se eu falar “não”, você irá respeitar?
- Claro que sim, afinal, você é o meu marido, mas… você quer mesmo que a sua esposa não seja feliz?
Eu a encarei e vi seus olhos pidonhos, ansiosos, clamando por uma benesse da minha parte. Não concordei, mas também não neguei. Deixei ao seu livre arbítrio:
- Não sou seu dono, Amanda, faça o que acha que deve fazer e a gente vê o que faz depois…
Ela entendeu toda a frase, menos a parte final, pois se jogou no meu colo e me encheu de beijos, dizendo ao final:
- Farei de você o homem mais feliz do mundo! Pode acreditar.
- Por enquanto, você está falhando…
Ela ouviu, mas ignorou. Deu uma esfregada com o seu nariz no meu, fazendo gracinhas e pediu para sair naquela hora, pois queria se aprontar melhor e antes que eu dissesse algo, calou-me com outro beijo e foi embora. O resto do meu dia foi inundado pelo mais completo sentimento de derrota. Eu me sentia um bosta… Via a minha vida se transformar numa merda e tinha medo do que o futuro me reservava. Encerrado o expediente, fechamos a loja. Cheguei em casa perto das 18:30 só para ver Amanda saindo de táxi para encontrar com o tal Jurandir. Ela estava linda, com um vestido floral até bem comportado e uma maquiagem discreta, mas exalando alegria e tesão. Deu-me um selinho rápido e cochichou:
- Volto até às 21:00. Prometo!
Eu nada disse, concordando ou negando, nem reagi. Ela foi até o táxi, entrou e saiu. Entrei em minha casa e fui tomar um banho na intenção de descarregar um pouco a tensão que eu recebia, mas de nada adiantou. Comi um rápido lanche de pão com presunto e tomei uma cerveja, depois outra, e outra, e outra… Nem me dei conta de quando dormi, mas acordei quando já passava das 20:00, com o som de uma notificação de mensagem em meu celular, da Amanda. Vi que havia outras, de pouco depois das 19:00. Eram mais ou menos assim:
Amanda - “Amor, já chegamos aqui no Motel Amores.”
Amanda - “Eu só queria dizer que te amo e estarei pensando em você a cada segundo de hoje.”
- Tá bom… Vai estar pensando em mim, sim… Me engana que eu gosto! - Respondi para o aparelho de celular sarcasticamente, como se ela pudesse me ouvir.
Depois vi que a que me acordara era de poucos minutos atrás. Abri:
Amanda - “Assim, só por curiosidade, você gostaria que eu fizesse alguma coisa especial?”
Amanda - “Sei lá, um vídeo, uma foto, não sei…”
- Ah, vai tomar no meio do teu cu, Amanda! Era só o que me faltava. - Respondi irado para o celular novamente.
Naturalmente, não respondi essa ou qualquer outra mensagem dela e olha que ela me mandou mais algumas, querendo saber como eu estava, se estava bem, se estava tranquilo, insistindo se eu queria uma foto nem que fosse apenas dela, etc. Enfim, tentou me incluir naquela loucura, mas não entrei em seu jogo e apenas a ignorei.
Decidi fazer uma porçãozinha de linguiça caipira frita e tomar mais algumas cervejas, e só quando me sentei no sofá da sala para apreciar aquelas iguarias é que notei que já passava das 21:00 e nada da Amanda retornar. Não que seu atraso importasse, mas sua palavra perdia cada vez mais valor para mim com essas atitudes. O atraso se delongou e as horas foram se somando: 22:00, 23:00, 00:00 e eu acabei dormindo no sofá novamente, bêbado igual um gambá mergulhado no azeite. Fui acordado só às 2:00 da madrugada, pela própria Amanda, e, pela sua cara preocupada, naturalmente ela sabia que havia pisado na bola comigo. Ainda embebido no álcool, minha coragem duplicou:
- Perdeu as horas, piranha!? Deve ter gozado até arrebentar a buceta no pau daquele jegue, não foi? Caralho! Porra! Cacete! Não tô conseguindo nem levantar… Acho que o chifre está pesando demais. - Foram algumas das pérolas que soltei naquele momento.
- Amor, por favor… Me perdoa, mas o Jura estava com muita saudade e não me deu sossego até agora há pouco. Eu sei que combinei com você um horário e avisei ele, mas quando deu 20:30 e eu disse que precisava sair, ele me segurou e me deu uma surra de pica das boas, só terminamos quando já eram quase 22:00. Daí vi meu erro e chorei, mas ele foi dando um jeito de me envolver, e beijar, e chu… Bem, acabei ficando e perdi a hora de vez. Desculpa…
- Vá à merda, sua puta do caralho! Messalina dos poços do inferno! É esse o respeito que você tem por mim, pelo seu marido!? Já devia ter ficado de vez com ele e dormido por lá mesmo. Nem na sua palavra eu posso acreditar mais, Amanda, nem nisso! - Resmunguei, me sentando e sentindo os olhos ficarem marejados: - Porra! Já sou obrigado a ser corno, mas desrespeito assim eu não esperava…
Levantei-me e cambaleei até a porta. Amanda veio correndo em minha direção:
- Amor, aonde você vai? Maurício, espera, olha a sua condição…
- Vá à merda, biscate! Vá se preocupar do teu nego, aliás, negão, né? Grandão, gostosão, melhor que eu em tudo…
Saí de casa e comecei a andar sem rumo. Andei para caramba e fui parar num banco de praça de uma das igrejas da minha cidade. Ali me encostei e comecei a pensar na desgraça da minha vida, mas durou pouco, pois o álcool me derrubou e apaguei. Acordei só na manhã do dia seguinte com o Sargento Rosa, vulgo Rosinha, outro ex-colega de minha infância me acordando:
- Maurício, o que você está fazendo aí, cara?
- Nada não, Rosinha, eu só discuti com a esposa, meti o pé no balde, enchi a cara e vim desanuviar por aqui, então dormi, apaguei mesmo…
Ele olhou para os lados a fim de ver se seu colega não havia ouvido o seu apelido de infância, não que fizesse diferença pois todos o conheciam assim na cidade e continuou:
- É Sargento Rosa, Maurício. Pelo amor de Deus, não fode com a minha reputação. - Disse e eu sorri, concordando: - Você não andou batendo na Amanda não, né?
- Não! Claro que não… Só discutimos e vim parar aqui. Só isso!
- Então, tudo bem. Quer uma carona até a sua casa?
Agradeci mas recusei, afinal, a caminhada matutina me ajudaria a despertar. Aliás, no caminho de volta, parei num boteco bem pé de porco mesmo e tomei um copo americano de café preto sem açúcar para despertar ainda mais e comi um especial de “filé miau”. Só depois retornei para casa. Amanda já me esperava aflita e pela sua cara, ou estava cansada de tanto trepar com o Jurandir, o que eu não duvidava, ou não dormiu nada depois que saí de casa. Independentemente disso, aquilo descambou para uma discussão forte. Exigi que ela me respeitasse e tentando mostrar que mandava naquela joça, cometi o erro de mandar que cumprisse os horários que combinasse comigo, ao invés de mandar que se afastasse de vez daquele lá. Ela se comprometeu e me pediu desculpas novamente. Durante o almoço, veio com uma conversa estranha:
- Eu… fiz umas fotos de ontem. Assim… se você quiser ver…
- Enfia no teu cu! - Falei contrariado, chateado mesmo: - Não sou um corno, Amanda. Posso estar corno agora, mas não sou. Nada do que você faça com aquele lá me interessa, estamos entendidos?
Ela se encolheu e se calou com a invertida, não insistindo mais. À tarde, quando ela entrou para o seu banho, uma maldita curiosidade, só pode ser coisa de corno enrustido mesmo, me fez pegar o seu celular. Entrei na galeria e realmente havia algumas fotos e vídeos dela com ele, algumas deles nus, outras transando e duas que me assombrariam para sempre: da Amanda estava deitada na cama e sobre o seu corpo, uma enxurrada de porra. Para ter deitado uma leitada como aquela, o tal do Jurandir devia ser realmente um homem fora da curva, porque era leite para mais de três homens. Com medo de ser flagrado, compartilhei todas as fotos e vídeos deles para o meu celular e depois apaguei os meus rastros, devolvendo o aparelho para o seu lugar. Imaginei que talvez pudesse me ser útil no futuro, talvez num divórcio…
Amanda passou a me tratar ainda melhor do que antes nos dias seguintes, tanto no social, no profissional, como no sexual. Em poucos dias, já estávamos trepando novamente e eu vivia dando o meu melhor, tentando inovar, na esperança dela esquecer o tal Jurandir e ela se banqueteava com gosto na minha luxúria. O nome do Jurandir acabou se tornando cada vez mais escasso entre a gente e isso me agradou. Na semana seguinte, ele não teve entrega na minha região e eles não se encontraram.
Apesar de não concordar em viver naquela situação, passei a olhar as fotos deles com mais atenção e não nego, acabei batendo algumas punhetas, principalmente quando assistia aos vídeos da ação deles, curtos, mas muito intensos. Notei que Amanda passou a me olhar diferente também, com mais tesão e uma certa curiosidade:
- Por que você está me cercando desse jeito, Amanda?
- Eu!? Nada não… - Respondia, sorrindo maliciosamente, mas um dia cochichou em meu ouvido: - É que estou com saudade desse seu pauzão em mim. Vamos brincar hoje, não vamos?
Eu não negava fogo de jeito algum! Eu podia até não estar bem, mas dava um jeitinho de trepar nela, justamente para apagar o fogo e a possibilidade deles voltarem a se encontrar. Lembro-me que era uma quarta à noite e já estávamos dando uma segunda, tudo turbinado a um certo comprimidinho azul, quando ela soltou uma bomba inesperada:
- Isso! Delícia! Assim! Nossa, você tá tão gostoso, amor! Ai, me fode com esse pau gostoso. Vai! Fode forte, rápido, me faz gozar gostoso, meu corninho…
Ela explodiu num gozo, enquanto eu tentava manter o pau duro depois dessa pancada. Voltei a bombá-la rápido, mas meu tesão deu lugar a chateação. Desmontei de cima dela, deitando ao seu lado e ela me olhou surpresa:
- O que foi? Por que parou? Tava tão gostoso… - Falou com a voz mais rouca e sensual possível.
- Corninho!? É isso que sou para você agora?
- Uai, mas… cê não gostou?
- De ser chamado de corno!?
- Não tô entendendo… Quando o Jura me disse que talvez você gostasse disso, eu até duvidei e nunca te chamei, mas depois que te vi batendo uma punheta vendo meu vídeo com ele, achei até que ele pudesse ter razão.
Fiquei branco, minha visão até escureceu. Depois devo ter ficado roxo de vergonha de ser flagrado:
- Punheta!? Mas… Mas… Quando? Como?
- Vi duas vezes, uma lá em casa, sábado passado, quando voltei do mercadinho e outra lá no escritório da empresa. - E ainda levei uma bronca bem humorada dela, é claro: - Sei que te excito, mas durante o expediente não pode, né, Maurício!? Vai que alguém te pega…
Escondi meu rosto com as mãos pela vergonha de ter sido flagrado pela minha mulher naquela situação e chorei. Ela subiu em mim e me abraçou apertado, acarinhando meu corpo todo e falou:
- Por favor, não fica assim. Eu não estou brava com você. Só fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo de saber que já está curtindo minhas… é… aventuras.
- Não, não estou… - Falei, ainda constrangido e sem querer encará-la.
- Tá bom, tá bom… Então, não está curtindo. Tudo bem. Fica tranquilo, eu estou aqui e vou permanecer aqui com você até quando você quiser. - Falou, voltando a se deitar ao meu lado, mas virada em minha direção: - E se quiser conversar sobre o que está sentindo, eu ficarei muito feliz em te ouvir e até compartilhar, ok?
Concordei com um simples meneio de cabeça, mas nada conversamos nessa noite, nem um “A”. Na manhã seguinte, durante o café, ela me encarava curiosa, mas também nada falei, nem ela me cobrou. O dia transcorreu da melhor forma, com muito trabalho, pouco tempo e quase nenhuma conversa entre a gente, mas ainda assim ela não perdia a chance de se mostrar sempre preocupada e ainda mais carinhosa comigo. À noite, durante um jantar mergulhado num silêncio sepulcral, decidi tentar me explicar, mesmo sem saber o quê:
- Desculpa! Eu… só não sei o que falar.
Ela parou de comer, empurrou o prato de lado e me encarou:
- Fale o que quiser, do jeito que você quiser. Estou aqui para ouvir e tentar ajudar no que eu puder.
Comecei a tentar me explicar, mas as palavras não saiam e quando saiam, vinham picotadas, prejudicando o entendimento. Na verdade, acho que eu tinha vergonha de dizer que acabei me excitando com as fotos e os vídeos, e mais que isso, eu tinha medo disso parecer uma carta branca para ela abusar ainda mais das situações que já vinham acontecendo:
- Não sei, mas quando eu imagino que é você se entregando para aquele troglodita, não tenho tesão, mas se eu imagino que é apenas uma atriz pornô qualquer dando para um ator, acabo me excitando…
- Isso! Acho que é bem isso! - Ela concordou, tocando a minha mão: - Não tem amor, sentimento algum envolvido, é só sexo. Eu só sinto prazer com ele e nada mais. Foca nisso!
- Mas ainda assim é complicado…
- Complicado como?
- Não sei explicar… Eu sinto como se te perdesse um pouquinho cada vez que você vai lá se encontrar com ele.
- Ah, amor… Não tem nada disso! Eu te amo e quero viver e morrer com você. Com ele são só algumas horas por semana, às vezes nem isso, com você é a vida.
- Fácil falar…
- Não, não é e eu vou fazer você entender isso, e vai começar depois de amanhã.
- Como assim?
- Eu ainda não tinha te avisado, mas vou me encontrar com ele novamente, mas volto até as 21:00. Prometo!
Nem dei sequência aquela conversa, pois eu sabia que ela não iria cumprir. Entretanto, no dia marcado, ela se foi por volta das 18:00, novamente discretamente linda num jeans e uma camiseta básica, mas sem sutiã, ambos justíssimos, e como prometido, voltou no horário combinado. Deu-me um beijo apaixonado assim que chegou, cheirando a pasta de dente e avisou:
- Tenho fotinhas e uns videozinhos novos. Quer ver?
Eu queria, mas não queria dar o braço a torcer. Ela notou a minha indecisão e deixou o seu celular sobre a mesinha de centro da sala, dizendo que iria tomar um banho. Assim que ouvi o som do chuveiro, peguei o aparelho e acessei a galeria de fotos, e assim me embolei mais ainda naquele novelo de lã do pelo do bode dos infernos…
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NAO SER MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.