Final do ano, estávamos nos programando onde passaríamos o Natal e o Ano Novo, Juh deu a ideia de passarmos o Natal com os meus pais e o Ano Novo com os dela mas uns dias antes passamos na pousada rapidamente e continuava sem movimento, ouvi D. Jacira reclamar que não aparecia ninguém e sei como ela é apegada a aquele lugar, por toda a história que carrega, todo o legado que ela se orgulha e tive a ideia de chamar meu pessoal para se hospedar lá e passarmos as duas festas.
Expus minha ideia e...
- Não! Nós não precisamos de caridade! - disse D. Jacira
- Mas minha sogra - chamei assim pela primeira vez - nós já estávamos pensando em algum lugar para ir, aqui é tão agradável, tem tanta coisa para fazer... Seria ótimo para as duas partes
Ela ficou pensativa
- Eu quero ficar aqui já - disse Milena
- Não, amor, a gente volta hoje pra casa - falei
- Mas eu já estou de férias, mãe, por favoooor - me pediu com as mãos postas, fazendo um biquinho
- Não, não e não... Você tem que ver seu pai antes da gente vir para cá - eu disse
- Por a gente ela fica, haha - disse meu sogro não me ajudando em nada
- Outro dia a gente pensa nisso - falei para os dois
Mih foi apelar pra Juh, sentou chateada no colo dela e falou algo em seu ouvido que a resposta foi: - Não, amor, sua mãe já disse que não... Mas eu acho que depois a gente pode ver um dia pra você ficar aqui sozinha, o que você acha?
- Tá - disse mais animada
Mais tarde Sr. Zé me chamou para conversar
- Olha, você não precisa fazer isso, nós estamos bem... Não é nenhuma dor de cabeça isso aqui vazio, a pousada na verdade é mais um apego emocional do que financeiro
- Sogro, eu sei, fica tranquilo. Vai ser bom para os dois lados, ela ficará feliz com hóspedes e meu povo feliz por estar junto... Acredite vai fazer bem!
Fora que... acho que vai me render pontos, hahaha - falei
- Eu não tinha enxergado por esse lado, bela tática - parabenizou ele rindo também - E sobre minha netinha, pense em deixá-la aqui com a gente de vez em quando, faz bem para Jacira, para mim e ela também gosta tanto daqui. Pode ficar despreocupada, nós vamos cuidar direitinho dela se vocês precisarem
- Tá bom, dependendo do comportamento dela, eu deixo sim - confirmei com ele feliz com o que ouvi
Fui ao quarto e Mih estava deitada na cama, tomada banho, de pijama, porque com certeza ela iria dormir no carro e eu a colocaria na cama daquele jeito mesmo.
- Nossa, quem é essa mocinha cheirosa? - Perguntei
Ela desviou o olhar para mim mas não disse nada
- Tá chateada ainda? - Perguntei deitando ao seu lado
- A senhora vai deixar eu vir pra cá? - Rebateu perguntando
- Não sei, deixa eu sentir se você tá cheirosa mesmo - falei abrindo os braços e ela veio me abraçando
- Pode ficar chateada, o quanto de tempo que você precisar, amor... Mas não pode ficar de mau com sua mãe, entende? - e dei um beijinho
- Entendi, mãe... - falou baixinho - Mas eu vou poder vir depois? - Perguntou novamente
- Pode... Se comporte e poderá vir... - falei finalmente
E eu ganhei um milhão de beijos
Juh saiu do banho e quando viu aquela cena, falou: - Nossa, eu também quero beijinho, tem pra mim????
- MAMÃE, EU VOU PODER VIR PRA CÁ SOZINHA!!! - berrou super animada pulando nela
- Que bom, meu amoooor - falou rindo e girando-a
A tropa pesadíssima iria chegar na pousada, meus irmãos, meus pais, Sarah e seus pais. A resenha seria gigante, estávamos animados para começar os trabalhos.
Minha sogra estava alegre com a movimentação, ajudando os funcionários no preparo de diversos bolos, salgados, pães, doces e a ceia.
A mala do carro foi lotada de coisas, alguns presentes e dentre eles, um especial para minha sogrinha.
- Amor, quero ir dirigindo - disse Juh
Eu assustei, dirigir não era um dos seus dons e ela nem gostava
- Oxe, amor, por quê? Do nada? O carro tá pesado, não acha melhor eu levar?
- Ah, verdade... - disse pensativa - mas quero começar a dirigir mais para não perder o costume
- Certo, certo, a gente vai vendo isso - falei com a espinha gelaaaada
- Você não confia em mim, né? Não no volante - falou com um sorriso sociável
- Ei, môh, calma, não é isso... É que talvez a gente precise dar uma aperfeiçoada, treinar mais um pouco para você se sentir segura, essas coisas... - disse fazendo um carinho no seu rosto e dando selinhos
- Não tem problema, esquece - falou me abraçando e apoiando a cabeça no meu ombro
- A gente vai dar um jeito nisso, gatinha - pontuei
No caminho coloquei as musiquinhas jovens sofríveis dela para dar uma ajudada e funcionou, seu humor foi restaurado com sucesso. Chegando lá, Loren e Victor já estavam, conheci os pais dele, que me trataram de forma bem respeitosa surpreendendo Júlia e meu cunhado.
Eles gostam muito de Lorene e eu estava doida para fazer ela passar uma vergonha, mas teríamos bastante tempo para isso e quando Lorenzo chegasse seria mais fácil, ele tem uma mente de titânio quando se trata em irritar nossa irmãzinha.
Meus pais chegaram, Lorenzo, Sarah e sua família também. Finalmente todos ali, meus pais e os pais de Sarah foram conhecer todo o espaço guiados pais de Juh e os de Victor. Milena foi também, se sentindo, por tanta atenção que estava recebendo.
- Posso acabar com Loren na frente de minha tia agora - disse Juh rindo
- Hahahaha, perdeu a noção do perigo mesmo - rebateu minha irmã - Sua mãe sabe que você mama até hoje?
- Você não esquece isso, mds - disse Juh vendo que não tinha taaaanta vantagem assim
- Ela tá falando isso porque flagrou Juh pendurada nas tetas de Lore tal qual um bezerro faminto - explicou Lorenzo
- LORENZOOOOO - gritou Juh
Victor fez uma cara de nojo e Sarah riu
- Calma bezerrinha - falou Loren rindo
- Até parece que vocês não mamam, só os santos aqui não é?! - tentei defender minha namorada que estava perdendo feio e toda coradinha já
- Falando em santo a gente vai na missa? Léo vem? Vai ter reencontro com o padre? - Perguntou Loren
- O pessoal aqui não se dá bem com ele, vida - respondeu Victor
- Aaaaah, queria tanto acompanhar essa novela - disse Sarah
- Confesso que eu também - falei
- E esse amigo secreto, em? Eu odeio isso - disse Juh
- Na última vez que participei, ganhei cuecas - falou Victor
- A pessoa que eu tirei é muito sortuda, achei uma coisa que ela vai amar - disse Loren
A noite fomos a missa, o padre ficou feliz em nós ver, chegamod cedo e metade de uma fileira foi tomada por nós. A igreja estava linda demais, meus pais ficaram encantados com cada detalhe.
Milena foi chamada para ficar sentada com um outro menino e um bebê no presépio. Eu fiquei com um pé atrás porquê conheço minha peça, se desse na telha sair correndo ou o tédio batesse, ela não ia querer ficar. Mas Mih pediu muito, minha mãe já estava chorando assim que o padre pediu e minha sogra já estava segurando a roupa. Não tinha mais jeito!
Ela ficou uma gracinha, toda comportada, fez direitinho.
Juh também se emocionou vendo, temos várias fotos desse dia porque todo mundo quis registros com a mini Maria.
Já em casa, mortos de fome, fomos comer... Tudo delicioso, nunca tinha ouvido aquela pousada tão barulhenta e minha sogra tão sorridente. Depois fomos para o bendito amigo secreto. Todos recebendo e dando presentes normais até chegar em Loren que tirou Juh e deu uma mamadeira com um bilhetinho "pra você mamar no lugar certo, bebê" Ela, Lorenzo, Victor, Sarah e até eu choramos de rir. Juh olhava apenas prendendo o riso, para não dar esse gostinho a Loren.
- Não entendi - falou o pai de Juh
- É porque ela é a mais nova do nosso grupo, tio - mentiu Loren
E o restante da sala riu também
- Essa minha filha não tem jeito não - disse minha mãe
- Brincadeira, cunha, aqui seu presente e entregou o de verdade que era uma pulseira com uns pingentes, e aí sim se abraçaram.
Eu tinha tirado minha sogra, uma coincidência absurda, e eu não sabia o que dar até o dia que fomos lá e rolou a ideia de levar a família inteira para a pousada. Logo na sala de estar, tem uma foto bem antiga dos pais dela no dia da inauguração, com o celular eu tirei uma foto e levei na gráfica de um amigo que conseguiu trazer cores a imagem e adicionar meus sogros e Júlia. Confesso que olhando hoje em dia, não é uma montagem tão bonita, já refiz com a tecnologia de hoje em dia e a atual é bem mais realista, porém o xodó de minha sogra é mil vezes essa primeira.
Quando entreguei, ela ficou muda, as lágrimas começaram a cair, ninguém entendia nada. Ela chorava muito, meu sogro a abraçou e quando viu o que era, sorriu para mim. Eu senti que deveria me juntar ao abraço e assim, fiz. Ainda dei um beijinho na cabeça dela, rs!
Meu pai se vestiu de Papai Noel para entregar aquele tanto de presentes que Mih tinha ganhado, ela ainda não estava dormindo mas fingiu estar.
Depois disso fomos, como é de praxe, resenhar em um quarto só, o escolhido foi o de Lorenzo por ser o mais longe do de Milena.
- Irmã, você é tão canalha, tão habilidosa, joga baixo demais. Deixou a sogra no papo, comendo na sua mão - falou Loren
- Eu não fiz nada demais, eu só não sabia direito o que dar, como ela gosta bastante da pousada e do legado dos pais...
- Muito canalha... - Concluiu Lorenzo
- Amor, você é genial isso sim - disse me Inha gatinha
E eu dei um selinho nela
- Eu achei fofo, acho que tá mais perto do que nunca de vocês terem uma relação legal - disse Sarah
- Assim espero... - falei
- Pilantra, persuasiva, por isso a gente sempre se ferrava com a mãe, Loren - disse Lorenzo
- Hahahahaha, superem! - falei
- Olha, eu nunca tinha visto minha tia chorando - disse Victor - você deixou ela arriada, os 4 pneus
- Lore só não conquista quem ela não quer... Tem lábia, tem artilharia, sabe jogar o jogo com as peças que tem... - disse Loren
- Ainda bem que ela quis me conquistar então - disse Juh
- Quero - corrigi ela - todos os dias
- Olha a lábia - riu Victor
- Gente, vocês estão vendo coisas demais, foi só um singelo presente, hahahaha - falei
Depois de muito zoarem com a minha cara, fomos para nossos quartos e dormimos. Dormi no de Juh e antes de apagarmos, ela disse: - Em anos, esse foi o melhor natal da minha vida, amor...
- Da minha também, gatinha - e nos abraçamos para dormir
Acordei cedo, mais do que eu desejava, com Juh me chamando pra ir acordar Mih e ver a reação dela com os presentes, fui extremamente sonolenta. Minha filha acordou do mesmo jeito, ficou uns 15 min agarrada comigo na cama cheia de dengo, mas logo foi contagiada pelo humor de Júlia.
- Mãe, eu sei que era o vovô ontem - falou pra mim - Ele me chama de minha bonequinha, como o Papai Noel ia saber?
- É... - tentei não rir mas não vinha nada em mente para falar
- Nem existe Papai Noel, não sou mais bebê - concluiu
- Era o vovô sim, filha, mas se você sabia por que não falou pra ele na hora? - Perguntei
- Ele ia ficar triste porque eu descobri - falou
- Então você fez muito bem, meu amor - disse Juh dando um beijinho nela
- Agora vamos abrir esse tantão de presentes que o vovô noel trouxe - disse Milena
E ficaram lá abrindo as diversas caixas enquanto eu dormia mais um pouquinho. Depois que terminaram vieram para cama ficar comigo, e nós falamos que Mih seria sempre bebê para a gente, cercada de mimo, ela confirmou. Mas nem pensar em falar um negócio desse na frente de outras pessoas.
Fomos visitar o haras dos pais de Victor, dessa vez consegui ver tudo. Juh montou com Mih no Spirit e foi a prova que não tenho problema de coração porque corriam tanto, depois minha filha foi sozinha, não tão devagar quanto eu gostaria, mas ela estava mandando bem.
- Ela é tão inteligente, aprende tão rápido - disse Juh
- A professora também é muito boa - falei abraçando ela por trás
E todos aqueles dias ali até o ano novo foram assim, saindo para fazer coisas divertidas, fomos novamente a cachoeira, ao parque, pulamos de tirolesa e acampamos. Dia 31, foi o único dia de sol e nós iríamos descansar aproveitando a piscina. As coroas estavam a todo vapor, parecia uma competição de quem fazia o melhor pudim, o melhor bolo e eu falei no ouvido da minha mãe: - Faz minha média aí com minha sogra
- Eu já faço isso sem você me pedir - me respondeu
Ela estava me evitando um pouco, depois do Natal, e eu estava respeitando o espaço dela, todo mundo tem que ter o direito de reorganizar seus sentimentos.
Os coroas tinham ido pescar, e nós estávamos ajeitando as carnes para um churrasco e as bebidas até que ouço Lorenzo dizer: - Tem que sair pra comprar cerveja, a que trouxemos foi embora
- Eu vou com Juh - falei
Ajustei o banco do motorista, joguei a chave para ela e disse: - Vem dirigir, gatinha
- Você não esqueceu - falou me abraçando
- Eu não esqueço nada que é importante pra você - e dei um beijinho nela
As mãos dela bem geladas, nervosa, suava frio... Fiquei imaginando como deve ter sido para ela tirar a CNH.
- Você sabe o que tem que fazer, fica calma e qualquer coisa eu estou aqui... Você só vai perder o medo assim, enfrentando - falei fazendo um carinho na sua coxa
A ida foi um pouco conturbada, algumas freadas bruscas, fui falando para ela pisar mais devagar e com calma. A volta já foi mais tranquila, com ela mais alegre mas ainda um pouco nervosa, nem pude colocar música, ela disse que desconcentrava, kkkkk
Quando estacionou, Juh me abraçou e agradeceu
- Amor, obrigada por ser assim
- Gatinha, se eu soubesse que era importante, que era um insegurança sua, a gente já teria feito algo há muito tempo
- Obrigada por me incentivar, até nessas coisas pequenininhas - e me beijou
- Chega de pegação que eu quero beber - gritou Victor
Nós rimos e fomos colocar as cervejas no freezer, o pessoal que saiu para pescar já tinha voltado surpreendentemente, sem peixes. Estavam pegando um solzinho junto com suas mulheres, que finalmente saíram da cozinha, me juntei a eles enquanto o restante se deliciava na piscina.
Passei um olhar geral ali, eu bebendo com meus sogros, meus pais e os pais dos meus cunhados, minha mulher com minha filha aos ombros na piscina com meus irmãos, meus cunhados brincando juntos... Era a minha família inteira ali, com certeza eu venci na vida. Tudo em paz, todo mundo feliz, eu estava completa e sabia que ainda viriam muitos dias como aqueles.
- Tio Victor, o senhor pode trazer o Spirit pra cá pra eu poder dar feliz ano novo pra ele meia noite? - Perguntou minha filha
- Posso, linda - respondeu
- Gente, não inventa arte - falei sabendo que não ia adiantar nada
A noite, ainda na contagem regressiva para a virada, eu agradeci muito por ter aquelas pessoas ali, e principalmente por ter Mih e Juh na minha vida. Sem elas, não tem graça, não tem cor, é incompleto.
Milena estava louquinha de sono, mas correu para abraçar o bendito cavalo assim que o relógio virou, depois disso se jogou no sofá e dormiu. Lorenzo a colocou na cama e continuamos ali comendo, bebendo, conversando até mais tarde.
Subi com Juh, fomos tomar banho e lá o clima esquentou um pouco. Carreguei ela, que cruzou as pernas na minha cintura e falei sorrindo: - Esse ano a gente ainda não... - Fui interrompida por um beijo cheio de voracidade, meus dedos se encaixaram dentro dela fazendo-a parar de me beijar para suspirar. Fomos daquele jeito para a cama, deitei por cima dela, sem parar de enfiar, e comecei a chupar seus peitos. Juh gemia baixinho, as vezes me puxava para uns beijos.
- Amor, eu vou gozar, me beija - falou em um sussurro
E assim eu fiz, prendendo os gemidos que vinham e cravando meus dedos enquanto sentia os espasmos do seu corpo com o orgasmo.
Juh me empurrou para o lado e desceu passando a língua pelo meu corpo, até chegar na minha buceta que estava toda meladinha, pingando de tesão. Chupava me encarando, me devorava. Eu enlouquecia, rebolando na sua boca, com vontade de gritar todo o prazer que eu sentia. Segurei seu rosto, forçando-o contra mim, para despejar meu gozo em seus lábios.
- Gatinha, gostosa, eu te amo, feliz ano novo - falei entre beijos intercalando em cada lado do pescoço
- Eu também te amo, meu amor... 2O16 foi um ano e tanto, que 2017 seja nosso também - e beijou minha boca
Fomos tomar banho, de verdade dessa vez, bem rapidamente, e deitamos de conchinha para um noite tranquila de sono.