IX
Eu fui um safado e confesso "mas se esse homem dormir com essa cueca molhada vai ficar resfriado". Eu estava pingando suor de tanto que lutei para conseguir colocá-lo em cima da cama. A calça e a camisa já haviam ido faltava a cueca.
- Betão - chamei. - Betão!
Ele grunhia um nome embolado que eu julgava ser da mulher que havia lhe colocado o par de chifres. O pau dentro da cueca box molhada estava moldado porque grosso estremecia ao menor toque.
Eu me peguei mordendo o canto do lábio me sentindo a pior pessoa do mundo "mas é um ato sem interesse algum" tentei me convencer, e quando ele voltar a si vai lembrar que eu tirei sua roupa?
- Betão - chamei mais uma vez. - Betão...
Eu dei até umas palmadas no rosto de maçãs um pouco fundas dele o que deixava as pontas direita e esquerda mais saltadas como uma ponta de triangulo junto ao queixo. O seu peitoral dividido subia e descia com alguns pelinhos polvilhados por todo o abdômen rijo.
Eu catei uma cueca limpa e arranquei a que ele usava de uma vez só, as luzes do quarto se apagaram exatamente nesta hora "só pode ser um sinal". Eu desenrolei o edredom dele que ficava nos pés da cama, e na hora que puxei para cobri-lo. A luz voltou!
- Que porra é essa? - eu ouvi a mim mesmo dizendo.
O pau duro de Betão passava do umbigo e estava meio duro. Ele devia ter uns dezenove, talvez vinte mas era bem encorpado, grosso. A pele do pau não esticava. "Se controla Yuri", eu terminei de puxar a cueca dele pelos pés.
Uma perna em cada buraco "mas esse cacetão vai caber aqui?".
O pau dele se mexia por baixo do cobertor levantando um pouco o tecido. Mas logo Betão virou de barriga para baixo e eu consegui não pensar mais na tentação que era aquele cacete.
Eu precisei tomar um banho gelado para conseguir voltar a dormir e do lado da tentação ainda por cima, a noite foi toda de chuva.
Amanheceu escuro lá fora. Betão estava sentado na cama com as pernas no chão e a cabeça em cima das palmas das mãos.
- Ei... - ele disse - Yuri, tá acordado...
Eu simulei acordar naquele instante e ergui os braços ressonando um pouco.
- Estou, - falei.
- Você que me cobriu?
Eu engoli em seco e sacodi a cabeça.
- É...
As minhas bochechas esquentaram na mesma hora e pelo meu cu não passaria um alfinete "se esse cara me bater...".
- Foi mal desculpe o vexame, valeu aí... - ele disse.
A descontração em sua voz estimulou certa dose de hilaridade a situação toda e eu me senti a vontade para dizer:
- Deu trabalho, - brinquei - você é pesado.
Betão abriu um risinho de canto.
- É massa muscular - disse orgulhoso.
- Deu pra sentir... - falei baixo.
Ele descontraiu de vez e gesticulou com a mão como se fosse um Henry Cavill.
- Tirou uma casquinha de mim? - Betão fingia revolta.
Eu resolvi entrar na dele e respondi na lata:
- Olha foi duro resisti - e olhei para o centro das pernas dele que estavam devidamente coberto - você tem um pau lindo!
- Essa coisa feia você acha lindo? - ele riu. - Vocês viados são engraçados.
Agora eu que fingi uma revolta e disse bem convincente:
- Quem autorizou me chamar de viado? Foi ofensivo.
Ele semicerrou as sobrancelhas e cruzando os braços ergueu a esquerda empertigando o corpo inteiro e dividindo ainda mais o peitoral.
- E não é?
- Isso é uma ofensa grave - eu estava brincando claro - ainda mais vinda de um cor...
Eu consegui cobrir minha boca com as duas mãos como se estivesse prendendo um vomito. Ele avançou para mim e me prendeu contra a cama segurando meus braços.
- Eu vou! - e ergueu o punho cerrado.
Eu olhei para o punho fechado de Betão e pensei "vou ter um afundamento craniano", é claro que eu ia dizer "ainda mais vinda de um corno" mas na esportiva no clima da conversa.
Era brincadeira!Pessoal que está acompanhando esse é sim um conto homoerótico embora nesse inicio tenha muita coisa acontecendo que não é explicitamente erótico mas pretendo postar todos os dias, a não ser que algo aconteça no dia para eu não conseguir publicar, posto no dia seguinte, então não vejo por que adiantar as coisas hahaha desde logo, obrigado pelas leituras.
Até logo!
