Tarde de chuva na praia - A casinha do salva-vidas.

Um conto erótico de Talarico Bastos
Categoria: Heterossexual
Contém 583 palavras
Data: 23/07/2024 00:24:23
Última revisão: 26/08/2024 18:35:09

Este conto não é meu, achei-o no computador da minha esposa. Ela disse que encontrou na Internet, não sabe de quem é, mas gostou e resolveu printar. Isso foi alguns anos atrás, depois que ela passou 15 dias fora de temporada na casa de praia de um amigo nosso, metido a escritor. Embora eu nunca tenha dado uma corrida na praia, desconfio que sei quem é o autor e quem são os personagens. Boa leitura.

"A chuva nos pegou de surpresa no dia meio quente da recém iniciada primavera. Teu marido resolveu aproveitar para uma corrida e foi na frente, enquanto nós, preguiçosos, preferimos nos proteger na casinha de salva-vidas que parecia uma tapera naquela praia vazia, mas serviu.

Havíamos saído apenas para caminhar, não estávamos com trajes de banho. Eu estava de bermudas e camiseta e tu em uma saia leve que agora grudava por inteira no teu corpo. Vi teus seios e eles me viram vendo, se arrepiaram fazendo uma pontinha dura contra a roupa fino.

Logo encharcamos o banco tosco e começou a ventar. Tu cruzaste os braços encolhendo os ombros, não por pudor, mas por frio. Frio que sentia e te olhava. Um pouco ríamos, um pouco sabíamos que a única maneira de gerar algum conforto era nos abraçarmos.

- Tá com frio?

- Tô.

- Vem cá, falei, passando uma perna para o outro lado e me acavalando no banco.

Tu te aproximasse de ladinho um pouco envergonhada e eu espanei a água dos teus ombros e dos teus braços e tu soltaste mais o corpo se acavalando no banco, de costas para mim. Assim ficamos de conchinha, molhados e olhando para o mesmo norte da praia que terminava um pouco adiante fundida em areia, água e bruma. Juntei teus cabelos para um lado e espremi a água. Ficou nu teu pescoço, meus lábios já estavam nus e eu te abracei mais forte apenas para sentir de perto teu cheiro e respirar próximo à pele, e acabei encostando, uma vez, duas vezes meus lábios que começaram a te secar gota por gota. Tu ficaste quieta, eu terminei um lado e fui para o outro.

Vi, de novo, agora de cima, a ponta arrepiada dos teus seios. Estariam com frio, também? Deveria aquecê-los? Acho que sim. Primeiro os envolvi com os braços, vi que eles eram livres e concluí que o corpo inteiro deveria ser também. Ali passei o limite de onde não era mais possível retornar e tomei-os pra mim.

Agora não havia mais porque a tua cabeça não deitar para trás, sobre meu ombro esquerdo, e minhas mãos não buscarem outros caminhos pelo teu corpo. Com o dedo médio à frente, mergulhei a mão em tua calcinha e desci o vale do teu desassossego. Teu corpo convulsionou e as pernas se fecharam apertando a minha mão entre elas.

Não havia mais nada lá fora. Dentro de ti eu encontrava os trópicos. Sim, eu tirei as bermudas, tu viraste de frente para mim, montaste em mim e nos beijamos sem pressa. E pude deslizar as mãos pelas tuas coxas até a bunda já sem calcinha. Quando a frequência dos teus movimentos acelerou tanto que mais parecia um tremor, busquei com o dedo um pouco da tua umidade e o levei ao buraquinho que se oferecia para mim e que um dia eu viria a ter por inteiro.

Naquela tarde branca ninguém mais passou pela praia. Ela estava fechada para nós. Te conto tudo isso para que tu também possas pensar nela."

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