EROS DECADENTE

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 899 palavras
Data: 25/07/2024 10:40:30
Assuntos: Gay, Homossexual

Numa manhã deserta de domingo, eu caminhava por entre bancos desativados de uma feira, numa rua de casas velhas e parecendo abandonadas. Não estavam vazias, porém; bastava prestar atenção nos movimentos em seu interior, e uma ou outra pessoa na calçada, para se perceber vida por ali.

Eu estava num tesão desvairado, louco por rola. A minha estava dura, sem acordo de se acalmar. Ao dobrar uma esquina, em meu passo devagar, de quem curte a manhã, um rapazote magrinho, não mais que 20 anos, vestido com simplicidade (camisa encardida e bermuda folgadona, com rasgões e remendos) veio da outra esquina e passou por mim. Não me contive e comentei a meia voz, mas também para ele ouvir: “Ai, que vontade de dar o cu!”

Surpreendeu-me sua atitude, que diminuiu o passo, olhou para trás e me dirigiu a palavra, com a maior naturalidade, como se eu fosse um velho conhecido: “Se você quiser posso comer seu cu!” Com o desejo me pinicando, meu buraco rugoso piscando e minha rola em riste, não pensei duas vezes: “Quero!” Junto com a resposta, veio em mim a preocupação de onde poderia ser: no meio daqueles bancos poderia ser perigoso, poderíamos ser flagrados. O cara parece que adivinhou meus pensamentos: “Tá bom! Então vem comigo!”

E me vi numa situação que jamais imaginara: pela calçada deserta, seguindo um novinho que iria me comer. Isso era extremamente excitante. Diante de uma porta um pouco mais larga que o normal, ele entrou (e eu atrás); uma escada carcomida pelo tempo elevava-se à frente, e a subimos – ele na frente e eu alguns degraus abaixo, deliciava-me com os lances que meus olhos captavam de sua rola e testículos, que escapavam pelos rasgos da bermuda. Desembocamos num salão amplo, com uma decoração paupérrima, algumas gambiarras elétricas, lâmpadas nas paredes cobertas com celofanes de várias cores, uma espécie de balcão de bar, num dos cantos – entendi funcionar ali um cabaré de quinta.

Ele me levou para uma reentrância, que poderia ser um quarto minúsculo, se porta tivesse. Virou-se para mim e desceu a bermuda, mostrando-me o membro, devidamente ereto: “Chupa!” Ordenou, sem a menor cerimônia ou introdução (ora porra, o que eu queria? Um gentil convite, com discurso, flores e champanhe?) Sem esperar segunda ordem, agachei-me diante daquele monumento de Eros decadente, toquei na sua pica e a coloquei na boca. Não deveria estar limpa como a minha estava, mas o meu tesão e desejo de ser enrabado minimizava isso – e, verdade seja dita, estava uma delícia. Chupei um pouquinho, enfiando-a toda na boca, a mão dele pressionando minha nuca, vendo a hora ele gozar. Antes disso, entretanto, ele afastou o corpo, tirando a pica de minha boca, e me deu mais uma ordem: “Baixa as calça!”

Levantei-me e desci a sumária bermuda, fazendo saltar meu cacete. “Caralho, que rolão! Ainda bem que não vai me comer, senão eu tava fodido!” Achei graça em sua preocupação e me virei de costas para ele, me agachando e depois ficando de quatro, para ele melhor me alcançar. Senti seu dedo bolinando meu cu, e, ao constatar que estava devidamente lubrificado (eu me besuntara, antes de sair de casa), aprumou a rola, que logo foi sumindo dentro de mim, eu sentindo cada centímetro da invasão, e passou a me estocar, primeiro suavemente e aos poucos com mais energia.

Nesse momento, passou pelo corredor uma mulher parcamente vestida, as banhas escapando da sumária roupa, cabelos desgrenhados (deveria ter uns 40 anos), parou, lançou um olhar sobre aquela cena e pilheriou: “Eita, Biuzinho, arranjasse um cuzim pra foder, né?!” Ele, sem se perturbar nem parar de me socar, devolveu com um insulto: “Vai tomar no cu, quenga véia!” Ela gargalhou e continuou a caminhar, passando para o salão e saindo do prédio.

Eu não acreditava que estava passando por tudo aquilo, e minha rola só fazia endurecer a cada novidade. Para animar ainda mais a coisa, comecei a rebolar e a fazer pressão com as pregas do cu, sobre a rola do rapaz – ele gemia e se esfregava nas minhas nádegas. Com uma das mãos, catei minha pica e passei a me punhetar, tendo que parar várias vezes, quase gozando, para esticar aquele prazer o mais possível, e também para esperar pelo gozo do meu fodedor.

Aí teve um momento que ele acelerou as estocadas e passou a gemer mais fortemente – senti que ia explodir. Apressei minha punheta e, quando comecei a sentir as golfadas dele dentro de mim, eu também espirrava minha porra com vigor, no chão antigo e encardido daquele ambiente de perdição.

Quando ele terminou de gozar, retirou a rola de dentro de mim e me deu um pedaço de papel higiênico para eu limpar a gala que descia do meu cu, enquanto ele próprio fazia isso na sua rola e subia a bermuda. Limpei-me como pude, enxuguei minha rola, levantei-me e repus meu short no lugar. “Valeu, Biu!” – agradeci, e voltei pelo caminho que fizera ao entrar: atravessei o salão e quando me dirigia a descer a escada, a mulher que nos vira há pouco vinha terminando de subir, olhou para mim e disse, com um riso sem alguns dentes: “Olhe o viadim de Biu...!” Não respondi (mas devo ter vermelhado o rosto, que o senti repentinamente quente), passei por ela e desci a escadaria apressadamente, ganhando a rua, e sentindo o cu satisfeito com aquela experiência inusitada.

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