Segredos do Coração - Superando o Passado. Parte 3.

Um conto erótico de Ménage Literário
Categoria: Heterossexual
Contém 4363 palavras
Data: 25/07/2024 17:49:27

Celo se calou, pois sabia que continuar só pioraria ainda mais o que estava sentindo. Mari tentou remediar a situação, se defender:

— Sei o que está pensando e garanto a você que não é nada disso. Eu precisava dar esse passo, ser mais ativa no nosso casamento. Por favor, tenha paciência comigo, eu prometo que vou melhorar. Ontem foi apenas o primeiro passo. Eu vou buscar ajuda e serei a esposa que você sempre sonhou. Jamais duvide do meu amor por você.

Mesmo cético, o que Celo ainda tinha a perder? Lutar pelo casamento mais um pouco, ainda mais com Mari demonstrando em atitudes, não apenas com palavras, era um risco que ele podia correr. Não importava o que motivou as mudanças, a verdade é que elas estavam acontecendo e pareciam promissoras. Que mal havia em tentar mais um pouco?

Continuando …

Parte 03: "O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como sou, então eu mudo."*

Enquanto Celo e Mari tentavam encontrar juntos um novo caminho para o casamento, uma forma de diminuir a distância que separava o casal, é claro que na tarde do dia anterior, na casa de Anna e Paul e após sua saída, ela foi o assunto principal da conversa. Vendo a curiosidade estampada no rosto dos amigos, Anna tentou não dar tanta importância ao acontecido:

— Onde estávamos mesmo? A brincadeira está só começando.

Obviamente, seria difícil para os outros apenas deixar para lá, não falar sobre aquilo. Fabi, se dividindo entre esfregar a bunda no pau duro do marido e saciar suas curiosidades, perguntou:

— É essa a mulher que você quase deixou viúva?

Anna sabia que a amiga era brincalhona e que só a estava provocando. Cora também estava bastante curiosa:

— Que mulher bonita. Mesmo um pouco longe dos padrões tradicionais, ela tem uma luz própria.

Anna pensou alto:

— Pena que ela é incapaz de enxergar isso …

Aproveitando a própria deixa e tentando mudar o ritmo da conversa, Anna, dando um tapinha na bunda do Paul, brincou com o marido:

— Esse safado tem um tesão absurdo nela. Ela faz muito o tipo dele.

Paul pegou a esposa pelos cabelos e a puxou para um beijo quente. Logo em seguida, ele se defendeu:

— E vocês não concordam? Ela tem uma beleza diferente. É como disse a Cora, totalmente fora dos padrões. Tudo ali é natural, original de fábrica.

Provocando o marido, mordendo levemente seu lábio inferior, Anna brincou:

— Quer dizer o que? Que nós não somos? Está insatisfeito comigo?

A curiosidade de todos aumentou ainda mais. Sabendo que não conseguiria mudar o assunto, vendo os olhares sedentos, carentes de maiores explicações, Anna, se soltando dos braços do marido, disse:

— Mari é muito pra baixo. Percebi que ela tem alguma trava poderosa, um medo que a impede de ser mais feliz. Não sei explicar, é apenas o que sinto. Ela é muito contida e receosa. Sei lá, sinto que preciso ajudá-la.

Giba, marido da Cora, até achou Mari bonita, mas não entendia o fascínio do Paul. Anna era uma mulher de alto padrão, linda e perfeita. A comparação para ele era muito desigual. Tentando entender, ele perguntou:

— Diferente, fora dos padrões … ok! Eu entendi. Mas, sendo honesto, não achei “tudo isso”. O que você viu nela que nós não conseguimos enxergar, Paul?

Ele nem precisava pensar demais, pois Paul sabia exatamente o que o atraía em Mari. Só precisava ser cuidadoso com as palavras para não ser mal interpretado pelos amigos, parceiros sexuais de longa data. Mesmo assim, decidiu ser honesto:

— É que eu estou cansado de mais do mesmo, amigo. No geral, as mulheres hoje são muito parecidas. Nosso grupo é um caso à parte, pois nós nos aproximamos justamente por sermos todos tão diversos. Veja nossas esposas, todas lindas, únicas e totalmente diferentes entre si.

Cris pensava como Paul e também achava Mari extremamente sexy. Ele complementou a fala do amigo:

— A mulher é realmente bonita. É que você sempre foi muito limitado nas escolhas. O tipo de mulher que o atrai, é exatamente o que já temos aqui, entre nossas esposas. O gostoso de ser liberal é a novidade, o diferente.

Anna entregou o jogo, revelando o real motivo de Paul ser atraído por Mari:

— É que esse safado adora uma mulher carente e mais cheinha. Ele diz que elas são amantes mais carinhosas e libertinas. Como são inseguras com o próprio corpo, fazem de tudo para agradar.

A esposa estava certa, em partes. Paul achou melhor completar:

— Eu gosto de ter onde pegar e por isso pedi a Anna para ir devagar na academia. Tem mulher que é mais musculosa do que eu. Isso tira todo o meu tesão. Parece que estou abraçando uma parede de concreto.

Cora se sentiu meio ofendida:

— Tá de sacanagem, né? Eu sou toda durinha e você nunca reclamou. Adoro malhar e cuidar do meu corpo.

Achando que foi mal interpretado, Paul explicou:

— Mas você é uma cavala. Olha o tamanho dessa bunda e dessas coxas. Em você é perfeito, pois é proporcional, combina. Agora, imagina a Anna e a Fabi, mulheres pequenas, delicadas, fazendo o mesmo que você? Ficaria artificial e forçado. Cada uma de vocês é linda do seu próprio jeito. Assim como a Mari.

Da parte interna da casa, totalmente nua, a morena que Mari tinha visto mais cedo, reclamava:

— Aquela mulher já cortou o barato. Vocês vão me deixar esperando até quando?

Esta era Núbia. Na verdade Núbia Lis, nome composto, presente de sua mãe que adorava lírios. No entanto, ela odiava ser chamada pelo nome composto. Era uma amiga do grupo que participava da brincadeira vez ou outra. Ela morava fora do país e sempre que voltava ao Brasil, encontrava os amigos para uma tarde e noite de sexo casual.

Toda aquela conversa fez Anna viajar em seus pensamentos. “Será que esse foi um encontro ao acaso? Será que Mari e Celo não entraram em nossas vidas com algum propósito?”

Fabi, ainda rebolando a bunda no pau duro do marido, o provocando, trouxe Anna de volta à realidade:

— Então, Anna, como é o “senhor Mari”? É bonito, feio, gordo, magro … agora fiquei curiosa.

Núbia e Paul trocavam beijos tórridos, enquanto Giba aproveitava para alisar os seios da morena safada. Cora já se esfregava em Cris, o dividindo com a esposa, sentindo a potência da ereção do amigo e já pensando em iniciar um boquete.

Anna respondeu Fabi:

— Sendo bem sincera, ele é um homem muito bonito. Em forma, bem cuidado … percebi que é vaidoso também, pois as unhas estavam bem cortadas e com um tratamento profissional …

Curiosa e se interessando, Fabi tornou a perguntar:

— Você elogiando alguém? Que milagre? Ele deve ser bem especial. Em comparação com nossos homens, é páreo duro?

Pensando por alguns segundos antes de responder, Anna falou diretamente:

— Sei não, hein … difícil responder. Se tirar o sentimento da equação, acho que ele é mais bonito do que os nossos maridos. Ele é realmente um homem bastante atraente.

Núbia, de quatro, já chupava o pau do Paul e era chupada por Giba. Cora, de pernas abertas na beira da piscina, também era chupada por Cris. Anna e Fabi eram bissexuais, diferente de Cora, e já trocavam beijos mais safados também, entrando no clima da safadeza. Fabi tinha uma última pergunta:

— Você acha que eles teriam interesse em entrar para o nosso grupo? Digo, a Mari e o marido.

— Sinceramente, amiga, não sei. Essa é uma pergunta que eu também já me fiz e agora que Mari descobriu esse meu lado, a forma que vivemos, precisarei ser bem cuidadosa com ela. — Anna acariciou o rosto da amiga e voltou a beijá-la. — Acho que, no momento, ela precisa mais de uma amiga do que de uma incentivadora. De alguém que chegue para tentar mudá-la e lhe ofereça uma forma alternativa de viver.

Vendo todos se divertindo, Anna e Fabi se juntaram à farra, deixando o “assunto Mari” para um momento mais oportuno.

Giba estocava forte na buceta da Núbia, que chupava com gosto o pau do Paul. Anna colocou Fabi deitada, de pernas abertas sobre uma espreguiçadeira e passou a chupar o grelinho da amiga, a penetrando com os dedos em ritmo acelerado.

Na piscina, dentro da água, imprensada contra a parede de azulejos, Cora também já era bem fodida por Cris.

— Puto gostoso. Adoro esse pau grosso. Mete fundo … mete com força …

Fabi também delirava com a língua experiente e enlouquecedora da Anna:

— Essa boca é foda, amiga … ela acaba comigo. Assim eu vou gozar rápido demais.

Núbia rebolava frenética, forçando a bunda para trás, sendo ferozmente currada por Giba:

— que buceta apertada, tá ordenhando meu pau … Não tem homem nos “States”? Ninguém pra apagar esse fogo? Vai gozar pra mim, putinha? Eu estava com saudade de meter em você. Rebola pro seu macho, rebola …

Provocada, Núbia respondia com mais entrega, rebolando mais rápido, tentando extrair o máximo de prazer nas estocadas:

— Até tem, mas nenhum como vocês. Eu sempre espero ansiosa minha volta ao Brasil. É sempre uma delícia. Fala menos e mete mais, seu cachorro.

Manhosa, Fabi gemia gostoso com a língua de Anna lhe levando a loucura:

— Assim mesmo, piranha … chupa essa buceta … que delícia …

A primeira a gozar, dentro da água, foi Cora:

— Mete esse caralho mais forte que eu vou gozar … tá me rasgando esse pau grosso … tá vindo, não para …

Cris, concentrado, estocava fundo, levando a mulata ao delírio:

— Se prepara que eu estou com saudade de meter nesse cu apertado. Hoje você não me escapa.

Fabi gemia ensandecida, chegando ao ápice do prazer:

— Caralho, que tesão … Anna, sua desgraçada … essa língua deveria ser considerada patrimônio sexual da humanidade … tô gozando, cacete …

Núbia não ficou para trás, gozando aos berros, sempre escandalosa:

— Mete, corninho … fode essa buceta saudosa … vou gozar, seu puto … aiiiii ...

{…}

Celo seguia firme em sua rotina de melhora e Mari concentrada em suas pesquisas. Ela finalmente encontrou alguém para ajudá-la. O termo correto seria reencontrou, pois, suas pesquisas a levaram diretamente a uma antiga colega da faculdade, uma terapeuta especializada em sexualidade. Após duas semanas de terapia, Mari tentava encontrar a coragem para ser mais direta e falar sobre suas aflições.

Celo era dedicado à fisioterapia e aquelas duas semanas também foram ótimas para ele. Com muita vontade e empenho, ele já começava a recuperar boa parte da capacidade motora. Ele já andava com mais desenvoltura, mesmo com o auxílio da bengala. O sexo entre o casal também melhorou bastante e uma rotina sexual mais constante se estabeleceu.

Mari ainda sofria com seus traumas, mas tentava, aos poucos, dominar aquela voz que a freava, que zumbia em seus ouvidos, tentando trazê-la de volta ao estado de pânico que gerava a crise no casamento.

Satisfeito com as mudanças, mesmo que elas ainda fossem pequenas, Celo agradecia por Mari ter buscado ajuda. Sabia que aquele seria um caminho longo e a jornada nem sempre seria feita de vitórias. Celo ainda guardava na memória as confissões da Mari sobre o que ela presenciou na casa de Anna e Paul e temia que voltar ao assunto pudesse ter um efeito contrário ao que ele pretendia. Temia que Mari voltasse a se fechar e todo o progresso desaparecesse.

Após muito pensar, Celo decidiu que era hora de estreitar os laços com o novo casal amigo e, quem sabe, conseguir entender melhor os efeitos que a descoberta da esposa teve sobre seu casamento. Celo não era bobo e tinha a certeza de que a mudança da Mari passava diretamente pela descoberta sobre o estilo de vida do novo casal amigo.

Ele também tinha conhecimento sobre a aproximação entre Mari e Anna nas últimas semanas. Sabia que elas se encontravam com frequência e trocavam mensagens todas as noites durante algumas poucas horas. No sábado, pela manhã, enquanto faziam o desjejum, Mari perguntou ao marido:

— Anna me convidou para a despedida de solteira da Fabi. Você acha que eu deveria ir? Temos estreitado a amizade, mas não quero ser invasiva, forçar minha presença.

Sem entender, Celo disse:

— Ué? Ela convidou. Como você poderia ser invasiva se foi convidada?

Mari resmungou:

— Anna faz questão da minha presença, mas eu não sou tão amiga assim da noiva. Nós nos vimos apenas uma vez. Naquela vez …

Como amava conhecer pessoas e socializar, Celo não entendia a preocupação da esposa:

— Essa é uma ótima oportunidade para fazer mais amigos. Deixa de ser boba e aproveite.

Mari, lavando a louça do café, se decidiu:

— Você tem razão. Vou encontrar com a Anna no salão após o almoço, então. Vai ficar bem sozinho? Precisa de alguma coisa?

— Vai tranquila. Já consigo me virar bem. Não se preocupe comigo. Algumas horas a sós não vão me matar.

Como combinado, logo após o almoço, Mari saiu para encontrar Anna e começar sua preparação. Ela retornou no final da tarde, quase noite, cheia de sacolas, um corte novo de cabelo e unhas perfeitas, pintadas em estilo moderno, num belo tom rosa claro. Mari parecia bastante animada e ansiosa.

— Gostou do meu cabelo?

Celo estava sem palavras, mas rapidamente se recompôs:

— Ficou muito bom, amor. Gostei sim. Você está radiante.

Após um beijo carinhoso, seguido de um sorriso sincero de alegria, Mari precisava começar a se arrumar:

— Vou tomar banho e me arrumar. As meninas virão me buscar em algumas horas. Elas até alugaram uma limusine, acredita?

Vendo a felicidade genuína em Mari, Celo apenas a apoiou e incentivou. As mudanças não paravam e todas eram para melhor. Enquanto ela seguia com suas preparações, Celo continuou na sala, assistindo televisão.

Algum tempo depois, com Mari ainda no quarto, Celo ouviu um celular tocando bem próximo a ele, do outro lado do sofá. Pelo tom da notificação, era o aparelho da Mari. Não pode deixar de ler a mensagem que aparecia no visor. Era Anna:

“Chegamos, estamos te esperando. Não demore”.

Apesar dos problemas conjugais, Celo e Mari sempre mantiveram a política do celular aberto, com senhas compartilhadas, tendo total acesso aos aparelhos um do outro. Ele avisou a esposa:

— Mari! Suas amigas chegaram. Já está pronta? Quer que eu avise que você já está saindo?

Celo, sempre um cavalheiro, um homem gentil e educado, achou de bom tom receber Anna e as amigas e convidá-las a entrar. Ele também estava bastante curioso e quis ver com seus próprios olhos onde a esposa estava se metendo.

Já caminhava com mais desenvoltura, mas ainda necessitava do apoio da bengala. Abriu a porta da frente e caminhou até o portão. Ao notar sua presença, Anna saiu para cumprimentá-lo:

— Boa noite, Celo! Vejo que está melhorando. Cadê a Mari?

Celo abraçou Anna, dando os tradicionais beijinhos em sua face. Os dois ouviram uma das mulheres falando dentro do carro:

— Esse aí que é o marido da Mari? Porra! Que homem gostoso.

Sem saber o que dizer, mais achando graça do que constrangido, Celo apenas sorriu para Anna e brincou:

— Meu ego agradece.

Anna sim, estava um pouco envergonhada da amiga. Reconheceu a voz da Fabi, mas como ela era a estrela da noite, a noiva, achou melhor não criar caso. Apenas sorriu de volta para o Celo

— Desculpa, amigo! Elas já beberam um pouquinho.

Mari já estava na porta da casa, pronta para sair, apenas esperando para que Celo a notasse, aguardando sua aprovação. Ela estava ansiosa, pois, pela primeira vez, Tinha se vestido para impressionar. Nem ela entendia por que queria tanto agradar aquelas mulheres que ela nem conhecia tão bem. Naquele momento, sua única preocupação era a opinião do marido.

— Já estou pronta, amor. E aí, como estou? Gostou?

Se virando, chocado e admirado com a mudança, Celo tentou esconder a mágoa que sentia. Foram anos de protestos, tentativas, mas ela nunca fez aquela produção toda a seu pedido. Ele ficou sem palavras. Mari estava simplesmente deslumbrante.

A blusa de chiffon, em cor neutra e decote em V, ajudava a alongar a silhueta. A calça jeans, no estilo flare, equilibrava as proporções do corpo. E como terceira peça, o blazer adicionava sofisticação ao look e definia a cintura. Os scarpins médios ofereciam conforto e um toque de classe. No pescoço, um colar longo, de correntinha, e pingente e brincos discretos. O cinto mais grosso, e também de cor neutra, complementava o visual e marcava a silhueta. O conjunto oferecia um visual sofisticado, confortável e moderno, valorizando a sua elegância natural.

Aquele visual, incrivelmente bem pensado, escondia os quilinhos a mais e transformavam Mari em uma nova pessoa. Sem falar na maquiagem, simples e elegante, adequada tanto para o dia quanto para a noite, realçando a beleza natural de forma sutil e refinada. A sombra nos olhos era dourada, um pouco mais clara na pálpebra móvel e mais escura no côncavo para dar profundidade. Delineador discreto, rente aos cílios alongados superiores para definir o olhar. As maçãs do rosto estavam coradas, maquiadas levemente e o batom em tom nude, deixava a produção mais natural.

Mari esperava a reação do marido. E ela veio:

— Você está linda. Absolutamente linda …

O sorriso que brotava no rosto da Mari revelou sua imensa alegria com a reação do marido. Ela se aproximou e ainda sem entender muito bem, tascou um beijo na boca do marido. Um beijo longo e apaixonado, carregado de significado. Talvez, para marcar o território e mostrar a todas ali presentes que aquele homem tinha dona.

— Estou indo, amor. Vai ficar bem? Precisa de alguma coisa?

Tentando disfarçar seus verdadeiros sentimentos, o pensamento triste que passava por sua mente, Celo apenas disse:

— Eu vou ficar bem, divirta-se.

Celo se despediu de Anna e acenou para as mulheres que o secavam com olhares de cobiça e desejo. Assim que Mari e Anna entraram na limosine e o carro arrancou, o sorriso que ele forçava morreu quase que imediatamente. “Uma pena que isso tudo não é para mim”. Ele pensou e se arrastou de volta para a casa, trancando a porta ao entrar.

Já retirava seu vilão, seu fiel companheiro, da capa e afinava as cordas quando recebeu uma mensagem da esposa:

“Eu amo você, nunca duvide disso”.

Ele apenas leu a mensagem e devolveu o celular para onde o pegou, no braço do sofá. Quando se sentia solitário, um pouco infeliz, a música era sua terapia. Quando estava desanimado, um pouco melancólico até, Celo recorria a sua banda favorita para os momentos de fossa. Ele dedilhou a melodia suave nas cordas e deixou o sentimento preso no peito falar por ele. “Forever by your side”, mesmo sendo uma canção original do grupo Manhattan, fora eternizada na voz do marcante e inigualável grupo Bee Gees.

“Hey, we started out as friends

Friends turned into lovers

Do you remember when

I held you

For the very first time?

Love me it is so easy girl

For me to speak my mind

I've said

I want you

I need you

Oh girl how I believe in you

You're the light that has always seen me through

In you I could find

That I will be

Forever by your side”

Mesmo descontente, chateado por Mari dar a outros aquilo que ele passou vinte anos pedindo, Celo se lembrou do que Mari tinha contado semanas atrás, do que ela presenciou na casa da Anna e do Paul e uma chama de esperança começou a arder timidamente em seu íntimo. Sendo um homem direto, Celo achou que deveria convidar o Paul para conversar. Quem sabe, conseguir algumas respostas para sua curiosidade …

{…}

No carro, a caminho do local alugado para a noite, Mari não tinha a mínima noção de que estava entrando em um território desconhecido. Apesar de ser um anexo do estabelecimento principal, o local não deixava de ser parte de uma casa de swing. Era exclusivo, é verdade, mas …

Todas elogiaram a produção da Mari. Cora estava realmente admirada. Foi ela a primeira a elogiar Mari para os amigos. Fabi, a mais safada entre elas, não se aguentou:

— Mulher! Teu marido é lindo. Parabéns!

Anna conhecia bem a peça e tentou administrar a situação:

— Fala sério, Fabi. Hoje não é dia de falar de maridos. Tecnicamente, é sua última noite de solteira.

Com vontade de provocar, mas muito atenta a reação que causaria, Fabi insistiu:

— Relaxa, Anna. Ninguém vai atacar o marido dela. Há não ser que ela ofereça …

Cora e Fabi prestavam atenção à reação da Mari. Até a Anna estava muito interessada. Mari se fez de boba, pois ainda não se sentia parte daquele grupo. Sendo uma mulher inteligente, e curiosa, tinha estudado muito sobre a forma de vida liberal das mulheres que estavam ali e sabia que aquela era uma tática de sondagem. Preferiu não se comprometer, mas também não perdeu a chance de instigar as novas companheiras:

— Meu marido sempre foi um homem de mente aberta, um explorador. Nós nos casamos muito cedo e logo vieram os filhos… acho que isso o prendeu numa rotina conservadora, num casamento bem tradicional. Como ele sempre foi um homem muito responsável, acho que tentou fazer de tudo para nos agradar. Digo, a mim e a as crianças.

Anna viu oportunidades na fala da amiga e guardou consigo aquela informação. Ela teve a certeza de que o casal estava curioso com o que descobriu. Cora e Fabi estavam meio aéreas, já sobre o efeito do álcool, e mais vibraram do que entenderam as palavras da Mari.

Fabi estava pegando fogo, a fim de curtir sua noite especial e tentou beijar Anna, que não a recusou. Não foi um beijo tão intenso, mas deixou Mari de olhos arregalados. Cora, querendo se aproximar da nova amiga, explicou:

— Anna e Fabi são bi. Elas já mantêm essa relação há muitos anos. Se não me engano, desde o ensino médio. São amigas de longa data. Eu que cheguei depois.

Curiosa, e até um pouquinho excitada, Mari queria saber mais:

— E você? Também tem esse tipo de relação com elas?

Sem motivos para esconder suas preferências, a mais desbocada do grupo, Cora disse:

— Eu gosto de homem. E como gosto. Acho bonito o que Anna e Fabi têm, mas não é pra mim. Eu gosto de rola, do cheiro de macho, de ser possuída por um homem safado e que me trate como a puta que eu adoro ser.

Sem saber se ria ou admirava, Mari apenas se calou. Cora entendeu que pegou um pouco pesado:

— Olha só, não se acanhe. Aqui somos todas honestas e sem papas na língua. Anna gostou muito de você e não só pelo que aconteceu. A safada tem um olhar mágico para pessoas de bom caráter e nunca se engana. Nós todas queremos saber mais sobre você e quem sabe, consolidar de vez essa amizade.

Um pouco assustada, Mari não sabia como reagir. Cora, mesmo sem ter intenção, a acalmou:

— Nós sabemos que esse nosso estilo de vida pode assustar as pessoas, mas não é por isso que estamos aqui. Nós realmente ficamos curiosas sobre você e, conhecendo a Anna, também queremos sua amizade. Esqueça nosso estilo de vida, não é por isso que queremos você com a gente. Na verdade, somos até um grupo bem fechado.

A curiosidade da Mari sobre o assunto só crescia e as palavras da Cora foram recebidas como um balde de água fria. Mari nem entendia por que se sentia daquela forma, já que entrar numa relação sexual liberal, para ela, estava completamente fora de questão. E mesmo que Celo fosse um homem moderno, incapaz de julgar antes de conhecer, também achava inconcebível para o marido aquele tipo de relação.

Chegaram ao local escolhido e alugado para a despedida de solteira e entraram direto pelo portão privativo da casa. Além das quatro, Mais algumas mulheres já esperavam no local. Cora acabou criando grande identificação com a Mari e se postou ao seu lado, dando liberdade à Anna para acompanhar Fabi. Era o certo a se fazer, já que as duas eram melhores amigas desde sempre.

O local era bastante agradável, uma espécie de danceteria em menor escala. Havia um palco com pole dance e um bar com barman e assistente. Uma mesa grande fora colocada no centro do salão e dois garçons atendiam às mulheres. Os garçons davam o tom da noite, pois ambos estavam apenas de sunga. Uma sunga bem safada, cavada na bunda e que quase não cobria o pau dos rapazes.

O ambiente intimidava e instigava Mari. Ela sentia o biquinho dos seios formigar, enrijecendo e marcando a blusa. Tinha seios firmes ainda e por isso optou por não usar sutiã. Comichões na xoxota iam e vinham, sempre que um dos homens se aproximava para servi-la.

O ambiente era fascinante e como as outras mulheres não perdiam tempo, incapazes de manter as mãos longe dos rapazes, Mari, aos poucos, tentava se soltar. Incentivada por Cora, que sem nenhuma timidez tirou o pau de um dos garçons para fora e começou a manipular o membro, punhetando com habilidade e brincando com ela:

— Tem coisa melhor nesse mundo do que uma pica pulsando na mão da gente?

Mari não sabia se aquela era um pergunta séria, retórica ou apenas provocação. Cora mesmo respondeu:

— Tem sim, uma pica pulsando na boca, fazendo a gente quase se engasgar.

Olhando para Mari com cara de safada, sem desviar os olhos dela, Cora abocanhou a rola do garçom com imensa vontade, chupando a cabeça e punhetando a base. Mari não conseguia desviar os olhos da cena, chegando a esfregar uma coxa na outra, sentindo a xoxota tendo contrações involuntárias de prazer. Estava maravilhada, incapaz de desviar o olhar.

Muito malandra, lembrando das palavras da Anna sobre Mari: “Percebi que ela tem alguma trava poderosa, um medo que a impede de ser mais feliz. Não sei explicar, é apenas o que sinto. Ela é muito contida e receosa”. Cora resolveu ousar e direcionar a situação. Ela pegou na mão da Mari e cuidadosamente foi trazendo até o pau do garçom. Mari estava tão entretida, tão fascinada com o que acontecia, que só percebeu quando a pica dura e babada já latejava em sua mão.

Continua …

*Citação de C. Rogers.

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Comentários

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Esse capítulo foi mais quente, com mais ocorrências. Sua estória está elevando a temperatura gradualmente e isso é bom porque dá uma expectativa para os próximos capítulos. Isso torna a série gostosa de ler

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Colocando a leitura em dia e dando a 100a estrela ao conto, mais que merecido, meninas! Estava envolvido na publicação dos meus últimos e acabei me desconectando dos que foram saindo. O bom é que agora tenho vários capítulos para maratonar, e essa despedida de solteiro deve ter dado muito pano para manga!

Perfeito, parabéns! Série ótima!

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Só hoje eu pude ler, mas estou muito cansado e não é uma história fácil. É mais uma novela. Terei que voltar para ler. Por hora, está bem escrito. Aprofunda-se o drama, vai ter divã, vai complicar... Espero ter fôlego para seguir. Mas vale as estrelas. Voltarei melhor para analisar.

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Tem gente que sabe esconder suas frustrações e eu não sou um desses.

se minha esposa fosse como essa mulher do conto no primeiro segundo que eu batesse os olhos nela ela ja perceberia o meu descontentamento do fato dela se embelezar pra terceiros e não pra mim.

Quero só ver se vai valer a pena toda a mudança dela de uma mulher fria na cama pra uma puta (no bom sentido) e o marido sabendo no seu intimo que toda mudança não é nada pra ele mas sim pelas novas amizades.

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Meninas essa mulher está passando por uma metamorfose o lance é saber se o maridão vai gostar e acompanhar essa mudança acredito que sim se é para melhor tudo vale apena, parabéns nota mil Meninas 👧.

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Parabéns por mais um capítulo maravilhoso meninas. No início fiquei bem perdido, mas deu pra entender que a farra entre o grupo foi boa! Estou curioso para saber o que é essa trava que tem a Mari, porque pelo que entendi até agora o marido queria que ela fosse mais solta, penso eu! Parabéns novamente meninas!!!

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Só não demorem muito pra postar, mas está sensacional. 3 estrelas

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Essa é uma das séries mais interessantes q estou acompanhando recentemente, todo esse mistério do passado da Mari e esses traumas tão falados porém nunca abortados tá me matando de curiosidade kkk e quero ver cm vai se desenrolar tudo isso, pfv tenta trazer cm mais regularidade os capítulos, pelo menos um por semana!!!

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Esse texto é uma criação a três, o que demanda mais tempo e atenção para que todas as vozes sejam ouvidas e devidamente processadas até o resultado final. É normal que demore um pouco mais.

Como essa parte precisou de um ponto adequado para o corte, já que partes muito longas acabam ficando maçantes, ainda mais numa história dramática, fico feliz em informar que a próxima não deve demorar, estando bastante adiantada.

Obrigada pelos elogios.

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lembro de um comentário meu no capítulo anterior uma das autoras comentando que não teve traição, tenho minhas dúvidas esperar o próximo capítulo ai veremos.

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Eu não disse isso. Disse que não se trata de um conto de traição. Pode existir situações em que ela aconteça, mas não é esse o tema central da história. 😘

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Caro Umbelina, como já escrevi em um comentário anterior, na minha opinião, traição é uma coisa relativa pois depende de quem está analisando a situação. Por exemplo, alguns podem achar traição o fato da Mari ter tocado no barman, outros podem achar que faz parte da brincadeira (despedida de solteiro). Entretanto, se a “brincadeira” mudar de patamar, estes julgamentos também podem mudar.

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Como sempre mais um capítulo refinado e muito bom ,cheio de detalhes.. Percebi que esse Marido a Mari tem um problema sério. A esposa tentando de tudo para agradar ele e o cara não se desarma,fica guardado mágoas, com paranóia. Parabéns pela excelente história!

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Segredos do Coração. Na verdade, acho que o conto deveria ser chamado de Segredos da Mente !!!

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Vcs são espetaculares, muito obrigado por este capítulo!

Todas vcs, meninas, estão na minha primeira prateleira!

Vcs são PHÓDAAAA!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼🙈

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Nossa !!! Primeira prateleira !!! Muito grata pelo elogio

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Tres estrelas uma excelente historia

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A história está muito interessante mesmo, como disse a Jú. Três estrelas para vocês.

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Muito boa a sequência!!⭐️⭐️⭐️

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A história está cada vez mais interessante, quero muito saber onde isso vai parar, minha anciedade está atacada kkkk

como sempre muito bem escrito!

Parabéns as envolvidas rsrs

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Calma 🤚! Vai tomando Maracujina ,suco de Maracujá até que sua ansiedade abaixe pois tem muita água pra passar de baixo da ponte 🤣

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Acho que vou precisar de algo mais forte do que essas coisas naturais meu amigo kkkkkkk

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Então vai preparando seus remedinhos pois essa série promete muitas emoções 😊

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Foto de perfil de Whisper

Com certeza, as meninas e a Id@ junto não tem como não ser assim kkk

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