Melhor coisa do mundo é passar alguns dias numa pousada, na baixa temporada e no meio da semana. Além do preço, que cai bastante, tem a tranquilidade reinante, e a possibilidade de ter o espaço todo para você, praticamente exclusividade.
Foi assim, certa vez. Não era propriamente um estabelecimento comercial, mas uma casa em que o proprietário, um rapaz de seus 30 anos, alugava quartos, cozinha e geladeira em comum, café da manhã na mesa de refeições... tudo muito íntimo.
Cheguei numa terça-feira, como hóspede único. O anfitrião estava em sua quinzena de férias do trabalho, e por isso aproveitou e deu férias à funcionária também. Depois que me acomodei e enquanto me mostrava o espaço, travávamos conhecimento, ele bem simpático e conversador.
Um corpo bonito, sem camisa e de bermuda algo apertada, decalcava o belo instrumento no tecido estampado. Fui ficando excitado, não posso negar. Borboletas em frenesi. Acho mesmo que ele flagrou algumas olhadelas minhas, mas, discreto, nada comentou.
Em algum momento do bate-papo, disse-lhe que eu era naturista, que não gostava de roupa e tal. Então ele sugeriu que, se eu quisesse, poderia vivenciar minha nudez, já que não havia outros hóspedes nem a empregada. E por ele, estava tudo bem, porque ele também frequentava praias de naturismo. Achei ótimo, claro.
Ele disse que precisava dar uma saída para fazer umas compras rápidas, e que eu me pusesse à vontade, pois a casa era minha. Pôs um chapéu e uma camiseta e saiu. Eu me dirigi ao quarto, me despi, peguei uma toalha e fui me refrescar num delicioso banho. Logo depois, acomodei meu corpo nu entre as confortáveis almofadas da sala e me pus a ler.
Em pouco tempo ele chegou, comentou sobre o preço das coisas – essas conversas de quem acaba de fazer compras. Guardou os mantimentos e se dirigiu ao seu quarto. Eu continuei a minha leitura. Em pouco tempo, vi-o atravessar a sala onde eu estava, completamente pelado. Como imaginei, a rola era de um tamanho e espessura ideais, púbis completamente depilado, músculos se desenhando nos braços.
Senti a imediata reação do meu pau, sob meu corpo, que eu estava deitado de bruços, mas procurei me concentrar no livro interrompido – o que não se configurava uma tarefa fácil. Ele voltou à sala, trazendo algumas roupas para arrumar, e, pelo canto do olho, eu registrava seu falo movimentando-se de acordo com os movimentos da pélvis, ao andar.
Desisti do livro. Fechei-o, pus de lado e afundei minha cabeça nos braços, tentando cochilar. Senti-o, então, se aproximando e se pondo ao meu lado: “cansou da leitura?” Ao levantar meus olhos, dei com aquela bela figura masculina, de pau em riste, sorrindo. Sumiu-se meu último resquício de pudor, suspirei fundo, olhos fixos em seu mastro ereto e remexi a bunda, abrindo levemente meu buraquinho. A mais nítida expressão de quem anseia por ser enrabado.
“Posso deitar?” – ele perguntou. Com a cara mais safada que consegui fazer, aquiesci com a cabeça, enquanto ronronava concordando. Fechei os olhos e esperei. Ele pousou levemente sobre minhas costas, roçou com os lábios minha nuca, arrepiando-me o corpo inteiro e arrancando de mim um gemido dengoso.
Sem ajuda da mão, seu pau encontrou o caminho da minha caverna, que foi se abrindo para recebê-lo, e ele foi me penetrando com a suavidade de um deus. Seu cheiro gostoso de banho recém tomado me envolvia e eu queria que aquele homem maravilhoso me fodesse com força, todo meu eu estava ansioso por isso. Mas ele era a gentileza em pessoa e seus movimentos eram suaves, delicados; as estocadas bem calculadas faziam sua pica descer carinhosamente até o final, e ao voltar até quase sua cabecinha despontar, provocava uma intensa onda de prazer.
Suas mãos percorriam com serenidade meu corpo, seus lábios desmanchavam-se em beijos sobre minha pele e eu o queria mais e mais intensamente. Até que ele se retirou de mim e gentilmente me pegou pela mão, insinuando que eu me levantasse do sofá e o acompanhasse até seu quarto.
Depositou-me sobre sua cama arrumada e cheirosa, de barriga e rola pulsante para cima. Depois de me beijar calmamente e num crescendo de loucura, desceu a boca até meu pau e o envolveu sofregamente. Eu estava a ponto de explodir, mas ele pressentia o iminente gozo e mudava a tática do boquete. Até que arqueou o corpo e desceu seu cu lubrificado sobre minha rola.
Senti o quentinho de sua caverna rugosa e seu galopar sobre mim dava-me a visão de um cavaleiro medieval a cavalgar sobre seu cavalo. Sua lança rígida e úmida movimentava-se febrilmente à frente, de acordo com sua cavalgada; não demorou muito a babar transparentes fios, que anteciparam a explosão de lava de quem gozava sem usar as mãos. Seu prazer jorrava sobre meu corpo, fazendo com que ele tivesse movimentos espasmódicos, que atiçavam enormemente minha rola, que outra coisa não conseguiu fazer a não ser também explodir em jatos furiosos dentro daquele homem.
Gemíamos alto, em dueto, enquanto nossos corpos saltavam involuntariamente, expulsando os últimos jorros de prazer, e mesmo quando se derramaram as derradeiras golfadas, ainda nos mantínhamos elétricos, em movimentos desordenados.
Deitamo-nos, um ao lado do outro, beijamo-nos novamente, enquanto nos acariciávamos, e nada falávamos, por absolutamente nada haver a dizer. Só a sentir. E pressentir que aquela semana de solidão a dois seria muito, muito prazerosa para aqueles dois naturistas. Naturalmente.