O Chantagista - Parte 6

Da série O Chantagista
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 2525 palavras
Data: 28/07/2024 09:44:22

O sol brilhava no céu naquela manhã, e o Parque Barigui estava repleto de famílias desfrutando do final de tarde. A brisa leve e o som distante das risadas infantis traziam uma sensação momentânea de paz, uma pausa bem-vinda na avalanche de emoções que dominava sua vida. Alice corria à frente, rindo e brincando enquanto era observada de perto pela mãe. Karina a observava, um sorriso melancólico nos lábios. Ela desejava que pudesse proteger sua filha de todas as sombras que pairavam sobre sua própria vida. Mas a realidade era implacável, e as sombras pareciam mais próximas a cada dia.

De repente, o celular de Karina vibrou em seu bolso, arrancando-a de seus pensamentos. Seu coração deu um salto. Ela já sabia o que encontraria ao olhar a tela. Com uma sensação de pavor crescente, pegou o celular e viu a mensagem de um número desconhecido. O terror da noite anterior, quando apagava freneticamente as mensagens no celular de Augusto, ainda estava fresco em sua mente.

Karina leu a mensagem com mãos trêmulas:

🗨 NÚMERO DESCONHECIDO: “Tarefa 3. Encontre-se com Victor no Hotel Nomaa. Sua calcinha gozada deverá ser deixada atrás do último arbusto atrás do letreiro. Você tem até as 6h da manhã”.

Sentiu o sangue drenar de seu rosto e uma onda de náusea a atingiu. Seus dedos apertaram o celular com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Olhou ao redor, tentando encontrar algum consolo no ambiente familiar do parque, mas tudo parecia de repente distante e frio.

Alice voltou correndo para ela, segurando uma flor amarela com um sorriso radiante no rosto.

— Mamãe, olha! Achei essa flor pra você!

Karina forçou um sorriso, seus olhos marejados.

— É linda, querida. Muito obrigada.

Ela pegou a flor e a colocou atrás da orelha, tentando disfarçar a angústia que a consumia por dentro.

Enquanto continuava caminhando com Alice, seu coração batia acelerado e seus pensamentos corriam descontroladamente. A exigência do chantagista era clara e terrível. Sabia que recusar significava expor seu segredo e destruir sua família. Mas aceitar significava trair a confiança de todos ao seu redor e, pior ainda, submeter-se mais uma vez ao controle de um desconhecido cruel. Cada passo que dava no parque parecia mais pesado. Sentia-se como uma marionete nas mãos de um manipulador, presa como um inseto em uma teia de chantagem da qual não conseguia escapar.

— Vamos para casa, querida. Está ficando tarde.

Enquanto se dirigiam para a saída do parque, Karina olhou para o céu, agora tingido de laranja pelo pôr do sol, e sussurrou uma oração silenciosa por força e coragem. Sabia que teria que encontrar uma maneira de proteger sua família e a si mesma da escuridão que a ameaçava. Mas por enquanto, a única opção era cumprir a exigência do chantagista, e esperar que, de alguma forma, uma solução surgisse no horizonte.

*****

Karina saiu de casa com o coração pesado, escondendo o vestido que usaria no jantar em uma bolsa separada. Precisava ser cuidadosa para não levantar suspeitas. A sensação de estar sendo vigiada a acompanhava como uma sombra.

Quando chegou ao restaurante próximo ao Hotel Nomaa, aproveitou o vazio do estacionamento e trocou-se antes de sair do carro. Victor já estava esperando por ela, trajando um terno caro, parecia relaxado, sentado à uma mesa finamente preparada com taças já postas e pratos pintados à mão aguardando serem preenchidos pelo jantar. Mas Karina não podia deixar de notar um certo nervosismo nos olhos do professor. Se perguntou se ele estava escondendo algo – talvez ele fosse o chantagista, afinal. Mas não tinha provas, apenas uma desconfiança crescente, afinal ele é o único que estaria se beneficiando com isso.

— Que bom que você veio — disse Victor, levantando-se para cumprimentá-la — Sente-se, por favor.

Ela forçou um sorriso e se sentou, tentando parecer descontraída.

— Obrigada, Victor. É bom sair um pouco da rotina.

Pediram a comida e começaram a conversar, mas Karina estava distraída, seus pensamentos constantemente voltando à mensagem recebida no parque e à possível ligação de Victor com o chantagista. Ele falava sobre casos do tribunal e eventos recentes na faculdade, mas ela mal conseguia prestar atenção.

— Você parece preocupada, Karina — disse Victor, observando-a atentamente — Está tudo bem?

Ela hesitou, ponderando suas palavras.

— Sim, só estou um pouco cansada. As coisas têm sido difíceis ultimamente.

Victor assentiu, mas Karina percebeu uma sombra de algo mais profundo em seus olhos, como se ele estivesse escondendo algo. Ele tentou mudar de assunto, falando sobre assuntos mais leves, mas o clima entre eles permanecia tenso.

Após o jantar, caminharam até o hotel, a tensão entre eles era quase palpável, o silêncio entre eles era pesado. Cada olhar trocado carregava um subtexto que ambos evitavam abordar diretamente.

Victor finalmente propôs, de forma quase tímida:

— Que tal subirmos para um quarto? Podemos conversar com mais privacidade.

Ela olhou para ele, tentando ler suas intenções. Sabia que ceder significava cumprir as exigências do chantagista, mas também sabia que precisava descobrir mais sobre Victor e suas possíveis conexões com as ameaças. Com um nó na garganta, assentiu.

— Tudo bem. Vamos.

Subiram no elevador, o silêncio entre eles se tornando cada vez mais opressivo. Quando chegaram ao quarto, Victor tentou criar um ambiente mais confortável, ligou o som no quarto do hotel, escolhendo uma música romântica que preencheu o ambiente com uma melodia suave. Karina observou enquanto ele ajustava a luz para um brilho mais suave e acolhedor. Ele se aproximou, oferecendo a mão com um sorriso gentil.

— Você gostaria de dançar? — ele perguntou, sua voz carregada de uma ternura inesperada.

Karina hesitou apenas por um momento antes de aceitar a mão de Victor. Ele a puxou para perto, seus corpos se movendo juntos ao ritmo lento da música. A proximidade física trouxe uma nova dimensão à sua relação, revelando um lado de Victor que ela nunca tinha reparado.

— Karina, eu…

Ela o interrompeu, colocando um dedo nos lábios dele.

— Não precisamos falar sobre isso, Victor.

Karina sentiu uma onda de emoções conflitantes. Atraída por Victor, ela se perguntava se os sentimentos dele eram genuínos ou parte de um jogo complexo que ele estava jogando. A música continuava, e ela decidiu se permitir sentir aquele momento, afastando temporariamente as dúvidas que a consumiam. Foi nesse momento que ela finalmente pôde reparar no homem que estava à sua frente e sempre esteve por perto na faculdade. Era um homem atraente, e sua devoção por ela era palpável. Os olhos verdes oliva, serenos e brilhantes, cheios de admiração pela beleza que estava diante deles, estranhamente a atraíam.

Victor a guiou com suavidade, seus movimentos fluidos e elegantes. Karina relaxou em seus braços, sentindo-se segura e desejada. Ele sussurrou palavras suaves em seu ouvido, elogios que a faziam corar e sorrir. Naquele momento, Victor voltava a ser seu estimado colega de trabalho com quem havia construído uma amizade ao longo dos anos. Não poderia ser ele a lhe fazer mal.

Ela percebeu que, além das ameaças e das circunstâncias que os levaram até ali, havia algo real na forma como Victor a tocava e olhava para ela. Ele a girou com graça, e quando a puxou de volta para seus braços, Karina se viu encarando-o de perto, seus rostos a apenas centímetros de distância. Victor a inclinou levemente, seus lábios roçando o pescoço dela antes de encontrarem os dela em um beijo suave e intenso.

Quando Victor a beijou, foi com uma paixão contida que surpreendeu Karina. Victor a tocava com uma reverência quase devocional, como se cada carícia fosse uma forma de adoração. Ele a segurou com firmeza, mas com gentileza, seus dedos deslizando e causando arrepio por onde passavam. Karina sentiu seu corpo reagir a um desejo crescente, algo que não podia mais ignorar.

Ela abriu os olhos por um momento, vendo o desejo nos olhos de Victor. Ali, na intimidade daquele quarto, as preocupações pareciam se dissipar, substituídas por uma conexão intensa. Os lábios de Victor traçaram um caminho ardente pelo pescoço dela, que o abraçou, entrelaçando seus dedos entre os cachos loiros dele. As mãos grandes e fortes deslizavam pelas costas delicadas de Karina, desfazendo os nós que mantinham seu vestido preso ao corpo. Voltavam aos ombros para soltar suas alças deixando a peça de roupa perigosamente pendurada apenas pelas curvas do corpo de Karina e a aderência com sua lingerie.

Em um momento oportuno, Karina livrou-se do paletó e desabotoou a camisa de Victor, expondo para ela seu peitoral e barriga definidos, mas como quem há poucos meses havia abandonado a academia. Diferente do corpo de Bernardo, juvenil e bem definido, ou do marido, cheinho e peludo como um selvagem.

Com um movimento sutil, ela deixou deslizar seu vestido até o chão, revelando parcialmente seu corpo mignon, ainda mantendo o resquício de pudor encoberto pela lingerie branca de renda, mas ousada o suficiente para permitir que seus seios medios e bumbum firme e delicado fossem contemplados com veneração.

Victor, deixou-se cair de joelhos diante dela, beijando suas coxas e acariciando-as por trás até afagar vigorosamente seu traseiro enquanto seus lábios percorriam o caminho até o paraíso, mantido oculto atrás de uma fina camada de tecido e renda. Karina sentiu seu corpo reagir ao toque mais ousado. Os dedos de Victor puxavam para baixo a sua calcinha e os lábios ardentes e língua macia se deliciaram em um beijo vaginal que causavam espasmos em seu ventre. O serpentear daquela língua sobre seu grelo e a forma como ele chupava, a fazia ver estrelas e temia que perdesse a firmeza nas pernas. Assim, ela sentou-se na beirada da cama com a boceta escorrendo de tesão e chamando-o para junto dela. Victor se aproximou deixando a calça e a cueca para trás e oferecendo o pau duro e grosso que mal se mantinha em pé pelo próprio peso. Karina segurou o membro sentindo o músculo pulsante enchendo sua mão e o envolveu dentro de sua boca cuidando para não roçar seus dentes, demonstrando uma experiência magistral com seus movimentos cadenciados e sugando até sua saliva transbordar pelo seu queixo.

Victor, extasiado, via os olhos cativantes da professora fixos nos seus enquanto ela engolia e sugava seu pau, o levando a sentir o tesão crescente e o orgasmo impetuoso se aproximando. Antes que tudo acabasse rápido demais, ele a deteve. Respirando ofegante, a colocou de quatro à beira da cama com a bunda empinada de forma provocante, irresistível à uma sequência de tapas e apertões, beijos e carinhos. Com o indicador e o dedo médio esfregava seu grelo enquanto penetrava com o polegar. Ele não tinha pressa alguma, queria aproveitar ao máximo a oportunidade que estava tendo. Ela arqueou as costas, sentindo a intensidade de cada toque. Victor a explorava como se estivesse descobrindo algo sagrado, sua paixão por ela era evidente em cada movimento.

Karina fechou os olhos novamente, perdendo-se na mistura de sensações e emoções. Por um momento, tudo o que importava era aquele momento, aquela conexão. Ela sabia que estava fazendo o que era exigido, mas também sabia que estava se permitindo sentir algo real e profundo. Karina agarrou-se aos lençóis emitindo gemidos prolongados enquanto seu corpo sofria com espasmos constantes e incontroláveis.

— Victor… — disse ela ofegante — … por favor…

— O quê, minha querida?

— Me fode.

Sem perder tempo, ele apontou seu membro para a entrada encharcada e empurrou alargando as paredes vaginais, abrindo caminho e sentindo seu pau ser abraçado e acomodado pela maciez daquela boceta. Se uniram, foi com uma urgência que deixou ambos sem fôlego. Victor a segurou pela cintura como se temesse que ela desaparecesse, e Karina respondeu com igual intensidade, forçando seus movimentos de quadris para aproveitar o máximo das estocas. Durante longos minutos eles se moviam juntos, ofegantes e alucinados, embriagados de paixão. A entrega de Karina não era apenas uma resposta à chantagem, mas uma aceitação de seus próprios desejos mais primitivos.

— Karina, eu vou…

Ela se desvencilhou rapidamente ficando de cócoras à beira da cama enquanto recebia toda a carga de Victor em seu rosto. Jatos profusos de gala esbranquiçada que escorriam por seu pescoço entre seus seios. Enquanto ele desabava exaurido na cama, Karina se limpou com a própria calcinha, a prova que precisava para que seu segredo se mantivesse à salvo. Mas a que custo? Um segredo para encobrir outro segredo.

Depois, enquanto descansavam na companhia um do outro, Karina sentiu uma mistura de emoções. Havia culpa e arrependimento, mas também havia um sentimento de libertação, de ter se permitido viver aquele momento plenamente. Ela sabia que a realidade voltaria a assombrá-la, mas por agora, ela se permitiu encontrar um pouco de prazer nos braços de Victor.

— Karina — sussurrou Victor medindo cada palavra que sairia de sua boca a partir dali — isso foi... intenso. Eu nunca pensei que sentiria algo assim por você. Não tão forte, não tão real.

Karina se afastou um pouco, sentindo o calor do momento desaparecer gradualmente. Ela se sentou na beira da cama, pegando o vestido do chão para cobrir mais o corpo. Seus pensamentos eram uma tempestade de emoções conflitantes, a desconfiança em relação a Victor, misturada com os sentimentos recém-descobertos que ela não podia mais negar.

Victor se sentou ao lado dela, seu rosto exibindo uma expressão de calma e satisfação, mas com um toque de preocupação. Ele queria falar mais alguma coisa, mas parecia hesitar.

Karina virou o rosto para ele, seus olhos buscando sinais de sinceridade. Ela ainda desconfiava dele, mas agora havia uma nova camada de sentimentos que complicava ainda mais a situação. Ela queria acreditar na sinceridade dele, mas não podia ignorar a possibilidade de que Victor fosse o autor das ameaças. Sua mente lutava para fazer sentido de tudo.

— Era isso que você queria? — perguntou ela, enquanto se vestia.

— Confesso que sempre te desejei, mas… não assim, não nessas condições.

— Que bom que tenha gostado, pois isso não vai se repetir.

— Você também gostou. Pode negar a si mesma, mas seu corpo gritou a verdade.

Karina pegou suas coisas e saiu do quarto, deixando Victor sozinho com suas próprias reflexões. Ele se sentou na cama, tentando entender o que acabara de acontecer. Sentia-se dividido entre a paixão que sentia por ela e a estranha sensação de que algo muito maior estava em jogo.

Enquanto Karina caminhava pelo corredor do hotel, sua mente estava a mil. Ela sabia que não poderia continuar naquele ciclo de chantagem e manipulação. Ao sair do hotel, deixou a calcinha no local combinado, mas após atravessar a rua, ela ficou tentada em observar quem iria pegá-la.

Esperou por quase dez minutos até ver Victor saindo do hotel e entrando em um carro de aplicativo que havia chegado naquele exato momento. Ele sequer se aproximou do letreiro que se estendia como coluna luminosa no meio do canteiro, entre os arbustos. A suspeita de ele ser o chantagista havia sido colocada em xeque.

Horas depois, já em casa, a mensagem chegou ao celular de Karina.

🗨 NÚMERO DESCONHECIDO: “Tarefa 3 Concluída. Seu segredo continua a salvo”.

AUTOR:

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Comentários

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Eu não sou muito de comentar, mas eu adoro os seus contos eróticos.

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Estou gostando! Até onde este chantagista vai levar a Karina! O que Augusto vai fazer quando descobr a traição?

Muitas perguntas! Continue assim!

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Grande @Fabio N.M!!!! Que desenvolvimento!!! Casa capítulo uma surpresa!!! Parabéns!!! 😃😍👏👏👏👏✨✨✨✨🔥🔥🔥🔥

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Aparentemente o suspeito óbvio não é o suspeito ou possui um parceiro ou também é vitima de chantagem.

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