Emerson – Lilian, eu posso explicar!
Lilian – Melhor, não... Eu já entendi o que está acontecendo...
Ludmila – Lilian, a culpa não é do Emerson!
Lilian – Cala a boca, vadia! – Retrucou Lilian, querendo avançar pra cima da Ludmila.
Eu tive que me colocar entre as duas pras coisas não saírem fora de controle.
Ludmila – O que foi que você disse?
Lilian – Vadia! É isso o que você é...
Emerson – Pera aí, Lilian... Vamos entrar e conversar um pouco.
Notei que a confusão já estava atraindo alguns olhares e o meu tio detesta escândalo.
Lilian – Eu achei que tivesse sido especial... Achei que eu fosse especial... – Choramingou Lilian, me abraçando em seguida.
Emerson – Você é, Lilian! Você é muito especial e significa muito pra mim!
Lilian – Boa viagem, Emerson! Não me procure mais...
Ludmila – Lilian, vamos conversar...
Lilian – Vai se foder... – Interrompeu Lilian... – Vai tomar no cu, que eu sei que você gosta...
Ludmila entrou meio revoltada e eu não sabia quem eu dava atenção.
Emerson – Lilian, o pai dela deu uma surra de cinto nela e com medo, ela acabou fugindo de casa e veio me pedir ajuda.
Lilian – Tô pouco me lixando...
Emerson – Ela está sozinha no mundo e o que ela mais precisa agora é de amigos.
Tentei explicar a ela a situação da Ludmila, mas Lilian estava magoada...
Lilian – Achei que a gente tinha algo especial...
Emerson – E nós temos, mas eu te disse que não queria nada sério e que seríamos só amigos.
Lilian – Eu sei, mas eu não quero dividir você com ninguém, muito menos com ela.
Emerson – Lilian, ela vai morar aqui um tempo e é quase impossível não rolar nada. Estou sendo sincero contigo...
Lilian – Ela vai viajar contigo?
Emerson – Vai sim...
Lilian – Então, acho que eu vou indo...
Emerson – Quando eu voltar da viagem, a gente conversa, pode ser?
Lilian – Tá bom... Depois a gente conversa.
Nos despedimos com um abraço meio frio e eu me senti muito mal com a situação.
Fui correndo procurar a Lud e a encontrei chorando, escorada no meu tio, que fazia carinho em seus cabelos.
Emerson – Lud, eu sinto muito...
Ludmila – Ela me chamou de vadia! Logo quem eu considerava a minha melhor amiga, me chamou de vadia! – Resmungou Lud, chorando e enxugando as lágrimas.
Emerson – Tenho certeza que foi na hora da raiva... Depois vocês irão se acertar.
Tio Fefito – Fica assim não, filha... Vocês são todos muito jovens. Depois as coisas se ajeitam.
Peguei Ludmila e a levei para o quarto e ficamos deitados e abraçados.
Emerson – Eu ia esperar até o retorno da viagem, mas eu vou falar agora.
Ela que estava de costas pra mim, de conchinha, se virou e olhou nos meus olhos.
Emerson – Eu te amo e eu acho que nós deveríamos namorar.
Ludmila – Mas você disse que não queria nada sério...
Emerson – Nada sério com outras pessoas, mas com você eu quero namorar e depois casar... Ter filhos e tudo mais...
Ludmila – Mas, assim... De repente?
Emerson – Eu sei o que eu sinto e acho que você sente o mesmo.
Ludmila – Eu também sinto, mas...
Emerson – Sabia que tinha um mas...
Ludmila – Eu ia dizer, que somos muito novos... Inexperientes e a gente mal se conhece...
Emerson – A gente vai se conhecendo durante o casamento. Sei que não deve ser fácil, mas a gente vai conseguir.
Ludmila – Quanto a namorar, eu aceito e quanto a casar, eu prefiro que a gente namore um pouco mais.
Emerson – Mas a gente vai morar junto e iremos viver praticamente como se fossemos marido e mulher.
Ludmila – Olhando por esse lado, faz sentido, mas casar é um pouco assustador.
Emerson – Acho que a gente vai se dar bem...
Dei um beijo na sua testa, depois na bochecha, depois na outra e finalmente em sua boca. Ela sorriu com a brincadeira e só então demos um beijo mais apaixonado e pegado, que só não nos levou pra mais uma sessão de sexo, porque o meu Tio Fefito estava ali, no batente da porta do meu quarto, olhando a gente e nós tínhamos que nos preparar pra viagem.
Ficamos ali ensaiando várias situações possíveis e algumas até improváveis, mas quando a gente lida com o ser humano, a chance de coisas inusitadas acontecerem é bem grande e Ludmila tinha que estar preparada.
Eu e meu tio, a gente tinha alguns códigos, gestos e até por trocas de olhares a gente se comunicava.
Eu precisava passar isso tudo pra Lud, pra que a gente se entendesse na hora do aperto, caso acontecesse algo.
Era como se fosse um intensivão de vestibular, que eu levei anos pra aprender e ela tinha que aprender em um dia.
Enfim, fomos viajar pra Curitiba e chegando lá, fiquei admirado com a cidade. Muito mais organizada que o RJ e o clima mais ameno.
Eu adoro sol e adoro praia, mas quando não se está na praia, você geralmente está num forno sendo assado.
Ludmila – Detestei meu nome! Não tenho nada a ver com Eliane.
Tio Fefito – Foi o que deu pra arrumar em cima da hora.
Emerson – Tio, você vai ficar bem sozinho?
Tio Fefito – Não se preocupe comigo! Aluguei dois quartos pra uma semana. Eu ficarei no quarto ao lado e deixarei vocês sozinhos, pra não haver problemas com o disfarce. – Explicou meu tio e nós concordamos, por termos a nossa privacidade.
Emerson – Eu irei então no restaurante fazer a minha primeira aparição.
Ludmila – Eu queria tanto ir...
Tio Fefito – Melhor, não! Vamos manter o plano...
Me despedi dos dois e fui para o restaurante.
Essa parte era simples. Cheguei ao local com um maço bem grande de dinheiro, que estava no meu terno italiano impecável.
Me sentei numa mesa central, próximo ao pato e onde todos poderiam me ver e chamei o garçom pra pedir o prato mais caro da casa e uma garrafa de Bourbon.
Tirei o maço de dinheiro do bolso e dei uma gorjeta antecipada a ele, que arregalou os olhos quando viu aquele bolo de dinheiro.
Fiquei observando todos os movimentos e notei quando ele comentou com outro garçom, provavelmente sobre mim.
Em pouco tempo, todos os funcionários estavam me olhando e sorrindo pra mim, mas eu permanecia na minha, com um sorriso discreto, aguardando o contato do pato.
Meu tio Fefito costumava chamar de pato, os caras que ele dava o golpe e eu também chamava de vez em quando.
Logo em seguida, o garçom chegou com a garrafa de Bourbon e me disse que tinha pedido ao Chef pra acelerar o meu pedido.
Eu agradeci e perguntei a ele o que tinha de bom pra fazer a noite em Curitiba.
Ele nem precisou responder, pois o pato respondeu...
Pato – Tem umas casas noturnas muito boas na região. – Falou o homem num terno engomadinho.
Emerson – Obrigado pela informação, amigo!
Pato – Me chamo Heitor Villa Grande Neto.
Emerson – Prazer. Meu nome é Thomás Turbano.
Apertamos as mãos e ele continuou...
Heitor – Eu poderia lhe indicar uma casa noturna muito famosa por aqui. É uma das melhores e não é porque eu sou o dono. É o que dizem...
Emerson – Com certeza irei mais tarde... Qual o nome?
Heitor – Calabouço... mas, eu nunca te vi pela região. Você é do RJ?
Emerson – Nasci no RJ, mas atualmente, sou de Boston.
Heitor – Está aqui a passeios ou a negócios? – Perguntou o pato.
Emerson – Negócios.
Heitor – Mas sempre é bom conciliar os momentos e fazer uns passeios, né não?
Emerson – Eu acabei de fechar um negócio milionário e queria comemorar. Me acompanha no Bourbon?
Heitor – Lira, traga me um copo! – Disse o homem para um dos garçons.
Emerson – Vejo que é um frequentador assíduo desse local...
Heitor – Mais ou menos isso... Minha família é dona desse restaurante e de algumas outras coisas aqui na cidade.
Emerson – Adorei o lugar!
Heitor – Obrigado! Meu avô construiu com as próprias mãos, mas depois meu pai e eu demos uma melhorada e expandimos pra deixar o local mais moderno.
Emerson – Eu não sei porque vou falar isso contigo, mas você é um cara mais velho e mais experiente e acho que pode me ajudar.
Heitor – O que foi meu jovem?
Emerson – Bem, eu estou noivo e acho que vou pedi-la em casamento. Sabe aquela mulher que é tudo pra você?
Heitor – Já percebo que está apaixonado, mas você não é muito novo pra isso?
Emerson – Tenho 22, mas idade não é problema...
Heitor – Eu já tenho 36 e estou casado há 6 anos. Pior coisa que eu fiz na minha vida. No início é legal, mas depois... – Disse Heitor rindo e se lastimando em seguida.
Emerson – Espero que não seja assim comigo!
Heitor – Qual o nome dela?
Emerson – Eliane. Ela é a mulher mais linda do mundo!
Heitor – Sei como é...
Continuamos a conversar sobre outras coisas, e o meu pedido chegou. Falamos sobre investimentos e ele disse tudo que a família dele tinha, indicando boas opções pra mim.
Ao terminarmos, ele me convidou a ir à sua casa noturna e que eu levasse a minha noiva.
Ainda disse que eu não precisava pagar a conta e eu demonstrando certa preocupação, fiz com que ele percebesse e me perguntasse se estava tudo bem.
Emerson – Eu nem sei como falar isso... Eu acho que não deveria, mas eu estou com algumas dificuldades com Eliane e você parece ser um cara experiente. Eu vi como as mulheres te olham e todas pareciam querer algo contigo.
Heitor – Hahahaha, se minha mulher escuta você falar isso, eu fico de castigo uma semana...
Emerson – Ela não está aqui agora, está? Será que você poderia me ajudar?
Heitor – Qual o problema?
Emerson – Bem, eu e ela somos virgens, pois ambos prometemos aguardar o casamento e eu tenho medo de me enrolar na hora e fazer alguma besteira, ou não saber fazer direito.
Ele me olhou, acho que com vontade de rir, mas se controlou...
Heitor – Quantos anos ela tem?
Emerson – 18, recém completados.
Heitor – Estão juntos há quanto tempo?
Emerson – Namorando mesmo faz uns 6 meses, mas eu e ela já nos conhecemos há alguns anos. A mãe dela era minha babá.
Heitor – Entendo... E até onde vocês foram? – Perguntou Heitor de forma maliciosa.
Emerson – Onde?
Heitor – É... Você já botou a mão nos peitinhos? Já mamou? Deu um apertão na bunda? Bolinou a bucetinha dela?
Emerson – Aaaah, agora entendi. Bem, eu já beijei o pescoço dela e brigamos feio porque acabou ficando marca de chupão. Já tentei passar a “mão boba”, mas ela é esperta e não deixa.
Heitor – Thomás, esqueci de perguntar... Qual o ramo da sua familia?
Emerson – É gado, mas eu estou tentando fazer o meu próprio caminho, indo num caminho diferente. Eu trabalho com criação de jogos de videogame. Fico horas e horas jogando e desenvolvendo jogos.
Heitor – Hummmmm, entendi.
Emerson – Estou trabalhando em um agora, que eu acho que vai ser revolucionário. Tô achando até que eu posso me aposentar depois desse... Vai valer milhões.
Heitor – Não sabia que esse ramo dava tanto dinheiro assim...
Emerson – É um mercado novo e os jogos estão ficando cada vez mais sofisticados.
Heitor – Acho que vou entrar nesse mercado. Vou procurar me informar...
Emerson – Esse contrato que eu fechei foi tão importante, que eu trouxe ela na viagem comigo pra comemorar e quem sabe tentar algo mais íntimo. Nós estamos dormindo no mesmo quarto pela primeira vez, mas o tio dela veio junto e está me atrapalhando. Ele fica no quarto ao lado, mas está sempre nos vigiando.
Heitor – Eu agora tenho um compromisso com um amigo, mas venha à minha boate e traga a sua noiva.
Emerson – Mas você vai me ajudar?
Heitor – Claro que eu vou... – Disse o pato com um sorriso malicioso.
Parece que o pato mordeu a isca e agora era o trabalho seria todo da Lud.
Eu sabia que não seria difícil, porque a fama de comedor do Heitor era grande.
Depois de terminar a refeição, voltei ao hotel, prestando muito atenção pra ver se eu estava sendo seguido. A preocupação era genuína, pois tanto Heitor poderia estar curioso sobre mim, ou algum bandido devido à minha exibição de dinheiro no restaurante. Era um risco fazer aquilo, mas era necessário.
Tio Fefito – Então? Tudo certo?
Emerson – Tudo sim. Conversei com ele e pelo visto, ele ficou muito interessado em me ajudar. Me convidou a ir na boate e que eu levasse a Lud...
Tio Fefito – Eliane, porra! Já falei pra não ficar mudando os nomes...
Ludmila – Calma, tio Fefito! A gente não vai vacilar...
Tio Fefito – Só pra relembrar, esse Heitor é um conquistador e adora comer mulheres casadas ou comprometidas... É bem provável que ele tente comer você lá mesmo na boate, em algum canto ou escritório.
Ludmila – Que safado!
Emerson – Ele provavelmente vai me embebedar antes ou irá distrair a minha atenção de alguma forma. É capaz de querer te embebedar também, mas você tome cuidado pra não beber nada.
Ludmila – OK.
Tio Fefito – Você tem que trazer ele pra cá, porque eu estarei ali escondido com o equipamento pra tirar as fotos.
Ludmila – Fotos? Mas a gente não tinha combinado isso... – Disse Ludmila preocupada.
Tio Fefito – As fotos são a garantia de que ele não irá perturbar a gente depois.
Emerson – Geralmente os caras dão uma grana pra garota calar o bico. No seu caso, acho que ele vai querer te enrolar por achar que você é inexperiente...
Ludmila – E até onde eu vou com ele?
Tio Fefito – Bem, aí é que temos um problema...
Emerson – Você no máximo vai tirar a roupa e dar alguns beijos. Você vai oferecer a ele um bebida e vai colocar ele pra dormir. Nós iremos transar do lado dele e eu vou gozar em você.
Tio Fefito – Colocaremos um pouco de tinta no lençol pra simular a perda da virgindade e quando ele acordar, vai achar que transou contigo e aí você dá o seu show, como combinamos.
Ludmila – Tudo bem! E onde você vai estar?
Emerson – Eu vou ficar na boate um pouco mais e depois irei pro hotel, conforme ensaiamos...
Ludmila – E se as coisas desandarem?
Tio Fefito – Espero que você saiba conduzir a situação e se rolar algum tipo de violência é só gritar a palavrinha mágica que é...
Ludmila – Balão...
Tio Fefito – Isso! Perfeito!
As horas passaram e eu e Lud fomos até a Boate de Heitor. Muita gente bonita no local, mas Ludmila estava linda, usando uma quase minissaia preta com uma blusinha preta meio transparente, onde dava pra ver o sutiã, também preto.
A maquiagem bem marcante completava o seu look e era impossível olhar pra ela e não sentir tesão.
Heitor – Achei que não viesse! Thomás, bem vindo ao Calabouço!
Thomás – Obrigado, Heitor. Esta aqui é a minha namorada Eliane.
Heitor – Uau! Sua namorada é linda, meu amigo! Você é um cara de sorte!
Eliane – Eu é que sou a sortuda por ter ele comigo! Prazer, Heitor...
Heitor – O prazer é todo meu, Eliane! Fiquem à vontade! Eu tenho que cuidar de algumas coisas e vocês podem se dirigir à masmorra...
Thomás – Masmorra?
Heitor – É comi eu chamo o camarote! Lá é um ambiente mais exclusivo e com pessoas mais selecionadas. Alguns amigos meus estão lá.
Eliane – Achei interessante essa escolha de nomes.
Heitor – Que bom que gostou! Todos gostam. Daqui a pouco me juntou a vocês...
Ele sumiu na multidão, enquanto eu e Lud fomos até o camarote e assim que chegamos, vi que tinha um segurança enorme no local, que ficou me encarando.
Lud estava sorridente e nem parecia que era o seu primeiro trabalho, mas eu estava um pouco inquieto.
Deixar a mulher que eu amo, sozinha com um outro cara num quarto de hotel, estava corroendo o meu pensamento.
Pegamos alguns drinks e ficamos dançando agarradinhos e uns quinze minutos depois, Heitor aparece e nos apresenta a alguns de seus amigos. Todos mais ou menos da idade dele, ou seja, bem mais velhos do que eu e Lud...
Heitor – Essa aqui é a Paty, uma das minhas melhores amigas e aquele ali é o irmão dela.
Paty – Primeira vez de vocês em Curitiba?
Thomás – Sim. Primeira vez. Adorei a cidade.
Eliane – Eu também adorei a cidade. É tão bonita e bem cuidada.
Heitor – Bem diferente do RJ, né?
Thomás – Completamente! Parece até que estou em Boston...
Ficamos conversando, bebendo e dançando, aguardando o Heitor fazer algum movimento, mas nada acontecia.
Resolvi ir ao banheiro e deixar o caminho livre pra ele tentar algo e quando eu estava chegando no banheiro, o irmão da Paty me alcançou.
Filipe – Cara, acho que bebi demais...
Thomás – Tudo bem contigo?
Filipe – Tudo bem, eu acho... – Falou o mauricinho, simulando um mal estar.
Thomás – Tenta vomitar um pouco... Sempre ajuda.
Filipe – Parece que você fez sucesso! Minha irmã e as amigas dela não tiram o olho de você... – Insinuou o irmão de Paty.
Thomás – É? Eu nem reparei... Só tenho olhos pra minha futura esposa.
Filipe – Cuida bem dela, porque ela é uma gata!
Thomás – O que você faz?
Filipe – Você quer dizer, trabalho?
Thomás – Isso! Trabalha com o que?
Filipe – Meu trabalho é gastar a grana do meu pai! Fiz faculdade e tal, mas não faço porra nenhuma.
Thomás – Hahahaha... Isso que é vida boa...
Filipe – Pra não dizer que eu não faço nada... Eu vendo umas coisinhas, sabe? Se você quiser experimentar, tenho um negócio aqui do bom.
Thomás – Não sou chegado nessas coisas...
Filipe – Experimenta um pouco. É coisa boa... Não vou nem te cobrar... – Falou o amigo do pato, mostrando o material.
Thomás – Fica pra uma próxima! Hoje estou com a minha namorada...
Filipe – Só um tapinha... Nem vai dar pra viajar...
Thomás – Melhor não...
Filipe – Então, me espera um pouco e me dá cobertura, enquanto eu uso. Não vou demorar...
Decidi esperar e após 20 minutos, ele sai do reservado, ainda tentando me oferecer um tapinha. A estratégia do Heitor foi até boa, me fazendo perder tempo aqui e ainda com um adicional, caso eu cheirasse um pouco.
Só espero que a Lud não tenha facilitado muito pra ele.
Voltamos pra área da masmorra e eu fiquei procurando pela Lud, mas não a encontrei. Lógico que o Heitor também não estava ali, mas a Paty estava e veio dançar comigo.
Paty – Ainda bem que voltou... Eu já estava entediada aqui. – Disse Paty esfregando a bunda em minha virilha.
Thomás – Onde a Eliane está?
Paty – Quem?
Thomás – Minha namorada...
Paty – Aaah, é... não sei... Acho que ela foi ao banheiro.
Thomás – Ok. É que se ela te ver assim comigo, vai dar ruim...
Paty – Não estou fazendo nada demais... Só estou dançando – Respondeu Paty de forma bem safada e dessa vez esfregando os peitos em minhas costas e apertando a minha bunda.
Mais cinco minutos dançando e eu perguntei a ela pelo Heitor. Ela disse que ele tinha ido resolver uns problemas no estoque de bebidas e já voltava.
Logo em seguida, Filipe retornou e ficou aí meu lado, interagindo e puxando conversa comigo e foi quando eu vi Ludmila voltando como se nada tivesse acontecido. Me deu um beijo e falou no meu ouvido...
Ludmila – Esse Heitor é muito safado. Queria me comer de qualquer jeito...
Falei no ouvido dela...
Emerson – Até onde ele conseguiu ir?
Ludmila – Promete que não vai ficar chateado?
Emerson – Não posso prometer nada, mas não vou dar chilique aqui...
Ludmila – Alem de beijos e passadas de mão, eu o deixei chupar os meus peitos...
Olhei pra ela meio puto, mas não tinha o que fazer... Fiquei com ciúmes e agora eu estava entendendo que eu deveria ter escutado o meu tio.
Ludmila – Fala alguma coisa...
Emerson – Vamos direto pra fase 3...
Thomás – Paty, está meio abafado aqui... Tem algum lugar onde eu possa tomar um ar fresco?
Paty – Tem sim... Você pode seguir aquele corredor, depois vira a esquerda e depois a direita, que então você vai ver uma sala...
Thomás – Já estou perdido... Teria como você me levar lá? Não estou me sentindo bem...
Eliane – Tudo bem, meu amor? Se quiser, podemos ir embora...
Thomás – Não sem antes falar com o Heitor... Só preciso de um ar mesmo. A Paty vai me ajudar. É que eu acho que bebi demais e o som muito alto me deixou meio zonzo...
Dei um beijo em Lud e fui com Paty até o local que ela indicou...
Já no corredor, eu a abracei por trás e fui direto com as minhas mãos em seus seios, fazendo com que ela olhasse pra trás e sorrisse.
Thomás – Me leva pra um local escondido. Não posso demorar muito.
Paty – Vem comigo...
Chegamos até uma varanda e lá começamos a nos beijar. No início, ela estava meio recatada, impedindo que eu avançasse muito, o que era ótimo, pior era só uma questão de tempo até a bomba estourar.
Ela estava tentando se esquivar, quando eu tentava botar a mão por dentro da sua calça. Era óbvio que ela não queria nada comigo, mas estava fazendo o papel dela de me enrolar ali.
Foi quando em algum momento depois eu escuto a voz da Lud.
Eliane – THOMÁS!!! EU NÃO ACREDITO NISSO!!! – Gritou Lud, com toda a força de seus pulmões.
Thomás – Calma, meu amor! Eu posso explicar! Eu acho que fiquei meio zonzo e ela me agarrou aqui...
Eliane – Eu confiei em você! Eu sabia que você estava aprontando com essa piranha! Ela não tirou os olhos de você desde a hora que chegamos...
Heitor – Calma, gente! Nós podemos resolver isso sem brigas... – Disse Heitor tentando acalmar os ânimos, segurando a Ludmila, que tentava bater em mim e na Paty.
Eliane – Heitor, me leva pro hotel, por gentileza...
Thomás – E eu?
Eliane – Você vai pra puta que te pariu! Se vira! Hoje você vai dormir em outro lugar! Vou falar pro meu tio o que você fez!
Thomás – Vamos conversar, meu amor!
Eliane – Conversa com ela! Eu vi que a conversa de vocês estava bem animada...
Paty – Desculpa, é que...
Heitor – Paty, melhor você ir embora com teu irmão. Deixa que eu resolvo aqui... – Interrompeu Heitor, tentando tirar sua amiga da zona de guerra.
Ela saiu de fininho, com a Lud querendo arrancar os cabelos dela...
Eliane – Você me traiu na primeira oportunidade que teve. Não quero ver a sua cara tão cedo...
Thomás – Eu vou embora contigo...
Heitor – Você ouviu a moça... Faz o seguinte... Fica por aí... Esfria a cabeça, que eu cuido dela e converso com ela. Garanto que amanhã ela vai te perdoar e vocês vão ficar juntos.
Eliane – Heitor, me leva pro hotel... – Disse a minha namorada, toda meiguinha, fazendo charme... – Thomás, me dê a sua chave!
Entreguei a ela, fazendo uma cara de inconformado, enquanto os olhos de Heitor brilhavam...
Thomás – Heitor! Me ajuda, cara! Eu amo essa mulher! Cuida dela pra mim...
Heitor – Pode deixar, que eu vou cuidar direitinho...
É um filho da puta!!! Nem pra disfarçar um pouco... Eles saíram, e eu fiquei ali pensando se a Lud daria conta do recado. Eu torcia pra dar tudo certo e que ele não avançasse tanto nela...
Fiquei perambulando pelo Calabouço e tinha a nítida impressão que o segurança estava me vigiando. Será que o Heitor mandou o cara ficar de olho em mim?
Resolvi fazer um teste. Fui pra fila pagar a comanda e em alguns minutos o segurança apareceu junto com um outro cara, me informando que ainda era cedo e que eu não precisava me preocupar com o pagamento da comanda e que era tudo cortesia do Heitor.
Eu disse que estava querendo ir embora e conversar com a minha namorada, mas o segurança entrou na minha frente e o cara ao lado disse pra eu ficar mais um pouco, porque o Heitor estava cuidando dela e resolvendo a nossa briga.
Como eu suspeitei, seria difícil me livrar desses dois, mas eles não sabiam com quem estavam lidando.
Thomás – Qual o seu nome?
Segurança – Elias.
Thomás – Elias, eu já estou todo cagado mesmo... Você sabe onde tem um puteiro por aqui? Ou então alguma garota de programa aqui na boate...
O segurança e o outro cara se olharam e riram...
Elias – Posso arrumar alguém pra você... Tá vendo aquela ruivinha ali? Ela faz programa. Aqui é a área de caça dela e tenho certeza que você vai gostar dela...
Thomás – Me apresenta?
Elias foi conversar com a tal ruiva e logo os dois estavam ali comigo e o armário ambulante resolveu me deixar em paz...
Jéssica – Oi, bonitão! O Elias me disse que você está a fim de brincar um pouco...
Thomás – Quero sim! Conhece algum lugar pra gente ir?
Jéssica – Tem um motel aqui perto, mas já te aviso logo que eu não faço anal. Ok?
Thomás – Por mim, ok! Vamos logo, antes que eu me arrependa...
Jéssica – Garanto que não irá se arrepender, meu lindinho. – Disse a ruiva, esfregando a mão no meu peito.
Assim que nós saímos do Calabouço, chamei um táxi que estava na porta do local e disse a ela que nossa brincadeira ficaria pra outro dia, mas eh paguei o programa e pedi a ela que não voltasse à boate.
Deixei ela num barzinho que ainda estava aberto e fui pro hotel. Fui direto pro quarto do Tio Fefito e o mesmo já estava me aguardando.
Emerson – Então, tio? Como estão as coisas?
Tio Fefito – Ela está chorando e reclamando da vida, enquanto o safado está com a mão boba, às vezes na coxa dela e de vez em quando nos seios...
Emerson – Ele não está bebendo?
Tio Fefito – Por que demorou tanto?
Emerson – O pato não é tão bobo como pensamos...
Tio Fefito – Percebi isso...
Emerson – E agora? Se ele não beber, não vai apagar...
Tio Fefito – Eu vou dar um jeito...
Tio Fefito foi até o quarto ao lado e bateu na porta. Pode ver pelo espelho vazado, que Heitor se assustou e Ludmila perguntou quem era e tio Fefito respondeu, perguntando se estava tudo bem.
Ludmila – Tio, está tudo bem. O que o senhor quer?
Tio Fefito – Eu ouvi você chorando. Tem certeza que está tudo bem? O imbecil do seu namorado fez alguma coisa?
Ludmila – Não, tio. Ele só bebeu um pouco a mais, mas está tudo bem.
Tio Fefito – Qualquer coisa, é só me chamar...
Nessa hora, acho que Heitor ficou com um pouco de medo e resolveu tomar uma dose de whisky.
Meu tio retornou e eu tive uma idéia...
Emerson – Tio, vai lá de novo e pede pra entrar no quarto e que você quer falar comigo. Isso vai fazer com que o Heitor se esconda no banheiro e aí é só batizar a bebida.
Meu tio concordou e seguiu a minha sugestão, causando um alvoroço quando disse que iria entrar pra conversar comigo.
Ludmila pediu pra Heitor entrar no banheiro e o pato começou a fazer sons no banheiro, simulando vômito.
Lud aproveitou esse momento e colocou o remédio triturado na bebida.
Fiquei mais aliviado e o Tio Fefito ainda bateu na porta do banheiro, dizendo que amanhã queria ter uma conversa séria.
Heitor saiu do banheiro, assim que Lud disse que o tio já tinha saído...
Não dava pra escutar direito, mas Heitor bebeu o whisky e foi se aproximando de Lud, até que se beijaram.
Eu olhei e fiquei com ciúmes. Me senti mal por ver aquela cena.
Tio Fefito – Corninho.... Fica assim não...
Emerson – Um beijo não vai arrancar pedaço. Eu também beijei uma garota lá na boate. Estamos quites...
Ele riu da minha cara e falou pra eu relaxar.
Heitor estava decidido a comer Ludmila, mas ela ficava evitando. Dava pra ver que ela dizia que não podia ir até o fim, porque não queria perder a virgindade. Isso só deixava o Heitor mais doido.
Ele começou a tirar a roupa e pelo jeito pediu um boquete a ela.
Tio Fefito – Isso vai ser interesante... – Disse meu tio, olhando pra mim, coçando o queixo.
Emerson – Tio, vai lá de novo, pelo amor de Deus!
Tio Fefito – Deixa ela se virar... Você teimou pra ela vir na viagem... Agora aguenta!
Ludmila fez Heitor se deitar na cama de costas e subiu em cima dele, dando mais beijos na boca e no peito dele.
Ela então se levantou e tirou toda a roupa. Meu tio aproveitou e começou a tirar fotos dos dois amantes.
Emerson – Tio, esse remédio tá demorando pra fazer efeito...
Tio Fefito – Mais alguns minutos e ele vai capotar...
Heitor num movimento brusco consegue ficar por cima de Ludmila, abocanhando seus seios, beijando o pescoço, orelha e boca.
Eu já estava quase indo lá para impedir, mas tio Fefito disse que ela não falou a palavra de segurança.
Foi quando eles pararam e Ludmila foi até o banheiro e por lá ficou alguns minutos, enquanto Heitor ficou na cama se masturbando, aguardando sua presa, até que o remédio fez efeito e ele apagou.
Fui correndo até o nosso quarto e logo quando entrei, fui tirando a minha roupa e largando pelo chão, até chegar ao banheiro e pegar a Ludmila.
Nós transamos na cama, ao lado do Heitor, com medo dele acordar, pois ele não havia bebido a dose inteira. Tive que ser rápido, e gozei pelo corpo de Lud, principalmente em sua barriga e peitos.
Pegamos um pouco de tinta vermelha e jogamos no lençol, pro pato ver que tirou a virgindade dela e então eu voltei pro quarto do tio Fefito e deixei a Lud dormindo com o Heitor.
Quando o dia amanheceu, eu percebi que Heitor se movia um pouco na cama e Lud se encaixou nele, como se tivessem dormido de conchinha.
Fui até o quarto e bati na porta...
Thomás – Eliane! Abre a porta! Me perdoa, meu amor... Vamos conversar...
Bati na porta mais algumas vezes e comecei a escutar vozes e alguma discussão.
Thomás – Eliane! Quem está aí contigo? Abre essa porta agora!
Cinco minutos se passam e Heitor abre a porta com uma cara que ele não sabia onde enfiar...
Heitor – Thomás, se acalme! Ela chorou a noite toda e eu fiz companhia a ela, tentando tranquilizá-la.
Thomás – O que vocês fizeram?
Heitor – Nada! Nós só conversamos e dormimos, mas agora me dê licença, porque eu tenho que ir pra casa. Minha esposa deve estar preocupada comigo.
Nos despedimos e assim que eu fechei a porta, ela me contou que deu tudo certo e que o Heitor acreditou que transaram.
Ludmila – Eu chorei e disse que não conseguiria esconder de você o que houve e ele disse pra eu mentir e negar até o fim, pois ele faria isso.
Ficamos o dia no hotel dormindo e guardamos o lençol com a mancha de tinta num saco.
No dia seguinte, eu procurei saber onde Heitor estava e fiquei sabendo que ele foi pra uma fazenda da família dele, com a esposa e filho.
Não sabíamos quanto tempo isso iria durar e então resolvemos cutucar a onça. Fomos até a casa do pai dele, quer dizer, Tio Fefito e Lud foram, enquanto eu fiquei no hotel.
Quando o tio Fefito começou a falar sobre a situação de “Elaine”, que agora tinha caído em desgraça perante a família, perdendo a virgindade e perdendo o noivado, o pai de Heitor ficou muito bravo e exigiu que ele voltasse imediatamente de onde estivesse pra resolver a situação.
Meu tio e Lud ficaram o dia inteiro aguardando Heitor que tomou um esporro do pai, inclusive ameaçando-o de deserção, caso não reparasse a situação em que ele se envolveu.
Ganhamos um bom dinheiro nesse trambique e fomos embora de Curitiba e continuamos a turnê.
Em Ponta Grossa, mais um pato. Depois fomos pra Maringá e Londrina, encerrando a turnê no Paraná e indo pra Santa Catarina.
Blumenau, Florianópolis, Criciúma e por fim Balneário Camboriú.
Eu e Lud estávamos em plena sintonia e cada vez melhores em nossos papéis, embora tivéssemos algumas discussões e divergências sobre alguns pontos.
Eu sabia que pro pato cair, alguma coisa teria que rolar. Beijos e passadas de mão era normal acontecer e eu também tirava uma casquinha de vez em quando.
Eu sentia muitos ciúmes da Lud e ela de mim, mas a gente segurava a onda. Só quando a situação ficava difícil e as coisas avançavam muito é que as brigas aconteciam.
Em Londrina, o pato chupou seus seios e em Blumenau o pato chupou sua bucetinha. Foi foda assistir isso calado, mas o meu tio dizia que agora eu tinha que aguentar.
Ele estava fascinado por Ludmila, porque antes, quando ele usava as “enfermeiras”, as coisas nem sempre davam tão certo, porque meu tio dizia que elas eram meio burras, mas Ludmila era inteligente e sagaz. Tinha uma boa improvisação, cultura e conseguia passar um ar de menina pura e virgem, que as outras não conseguiam passar.
Mas o pior estava por vir...
Em Balneário Camboriú, as coisas deram um pouco errado...
Foi lá que nós conhecemos Gilberto Mascarenhas e Adriano Torres. O primeiro era o pato e o segundo... Bem, digamos que o segundo me transformou num pato.
Continua...