Eu saí para beber com minhas amigas de novo na sexta, só que dessa vez, eu exagerei na dose. A combinação de Catuaba com Jurupinga me fez chegar de trêbada em casa, e devo ter acordado todo mundo com tanto barulho que fiz. Eu cheguei com tanto sono que só tirei a minha roupa e me arremessei na cama, sem nem colocar um pijama.
Não era nem nove da manhã e meu pai já estava no meu quarto me acordando. Ele estava indignado por eu voltar tão tarde para casa e ter feito tanto barulho, acordando não só ele, como também as visitas. Ele ia me dar uma bronca homérica, mas quando percebeu que eu estava dormindo pelada, meu pai perdeu as estribeiras. Por isso, mesmo com uma forte ressaca, tive que ouvir um discurso imenso sobre como minha rebeldia sem causa era uma abominação e o que mínimo que eu tinha que fazer depois de tudo que meus pais me deram seria respeitá-los.
Meu pai fazia aquele escarcéu só porque eu estava pelada no meu próprio quarto. O discurso fascista dele me fazia ranger os dentes e eu sentia minha garganta fechando de tanta raiva. Ouvi calada tudo que ele tinha para dizer, mas na minha cabeça eu queimava uns neurônios pensando em como eu iria me vingar dele.
Se ele ia me tratar como uma criança, criticando a hora que eu chegava em casa, eu decidi que iria começar agir com uma. Então, vesti um shortinhos lycra, que a muito tempo já era pequeno demais para mim, e a parte de cima do biquíni, e me juntei ao churrasco do meu pai. Seria infernal aguentar o papo daqueles velhos chatos, mas eu tinha contas a acertar.
Quando cheguei perto da churrasqueira, os amigos do meu pai começaram a agir como um clã de hienas. Eles estavam bem mais bêbados e sem pudor do que no dia anterior, não disfarçando mais o jeito que me olhavam. Sentindo-se empoderado após a bronca que me deu, meu pai disse na frente de todos: “Vai se trocar. Se não vai ficar aqui com essa roupa.”
“Como assim papai? O que tem de errado?” disse, me fingindo de tonta como se não entendesse o que o incomodava.
Antes que meu pai continuasse a agir como um homem das cavernas, um amigo dele, Walter, se interpôs entre nós dois. “Para com isso, Zé. A Lara está ótima assim, estamos todos entre amigos aqui”, ele disse, tentando evitar uma confusão.
Mesmo se eu escrevesse um livro de 1000 páginas sobre como as mulheres são oprimidas através das suas roupas, meu pai cagaria e insistiria para eu me trocar, já que a filhinha dele não pode se vestir como uma vagabunda. Agora, com apenas duas frases de um homem, ele desistia totalmente do seu argumento e voltava para seu posto na churrasqueira. Não dava para acreditar, ele era um pateta completo.
Os amigos do meu pais estavam jogando cartas, e para prosseguir com o meu roteiro, eu decidi participar. “Aí que legal vocês estão jogando Truco. Posso me juntar?”, disse com uma voz irritantemente agudá, me transformando na menininha burra que iria interpretar naquele churrasco.
Eu entrei no jogo como dupla do Walter, disposta a dar tudo de mim para ganhar. Não era exatamente um desafio, porque, embora ainda fosse apenas onze da manhã, eles já tinha bebido o suficiente para o dia inteiro. Escondendo parte do baralho no meu colo, eu sempre tinha a carta certa quando meus adversários trucavam.
E cada vitória, eu fazia uma celebração especial com o “tio” Walter. A gente se abraçava, eu cruzava minhas pernas em suas costas e pedia para ele me levar de cavalinho, exatamente como eu fazia quando era criança. Meu pai me encarava com os olhos esbugalhados, cometendo o pecado da ira, enquanto eu segurava minha vontade de gargalhar.
Após eu derrotar todo mundo ali, demos uma pausa no carteado, já que a carne começava a sair da churrasqueira. Eu não estava mais com as cartas no meu colo, mas ainda tinha uma na minha manga para irritar o meu pai. Como nosso quintal tinha poucas cadeiras, eu esperei todas elas estarem ocupadas para chegar para o Jorge e dizer: “Aí tio Jorge, não tem nenhuma cadeira sobrando… você se importa se eu sentar no seu colo?”
Ele respondeu que sim tão rapidamente que só faltou ele começar a babar para deixar mais claro seu desejo por mim. Meu estômago revirava de nojo por ter que sentar no colo dele, mas mantive um sorriso travesso no rosto, sabendo que isso estava irritando profundamente meu pai. Estava determinada a tornar aquele fim de semana o mais desconfortável possível, enquanto mantinha a fachada de inocência e diversão.
Enquanto eu me acomodava no colo do Jorge, senti claramente sua excitação crescer sob mim. Cada movimento meu parecia deixá-lo ainda mais animado, e eu precisava me concentrar para não demonstrar o quanto isso me incomodava. Nem imaginava que naquela idade ele ainda tinha essa capacidade de se excitar tão facilmente.
A partir desse ponto as coisas saíram do controle. Como eu já contei, eu era uma jovenzinha de 20 anos, e todas as minhas experiências tinham sido com outras meninas. Meu lado racional queria matar aquele cara, um pedófilo desgraçado de pau duro por alguém 40 anos mais nova que ele. Mas a sensação do toque do corpo dele no meu era diferente do que eu esperava. Pode ter sido a combinação da raiva, do prazer das minhas vitórias e da carência. Não sei ao certo o motivo, mas naquele momento minha calcinha ficou úmida.
Eu havia passado dos limites para irritar o meu pai. Eu tentava racionalizar o que estava sentido. Deveria ser apenas uma reação natural do meu corpo por estar muito tempo sem sexo, não tinha nada com o que me preocupar. Mas, mesmo que eu tentasse, era bem difícil manter as coisas no nível racional.
Uma incontrolável comichão tomou conta do meu corpo, e eu senti que precisava agir rápido para retomar o controle. Saí correndo da piscina e fui para o meu quarto tentar me livrar daquela sensação. Não bastava estar excitada por ser cutucada pelo pau de um velho machista, eu também me sentia culpada e envergonhada por trair a causa de todas as mulheres do mundo.
Como bons cristãos da família tradicional brasileira, meus pais escondiam a chave do meu quarto, acreditando que a privacidade da filha deles era um caminho sem volta em direção aos braços do Satanás. Mesmo sabendo dos riscos, peguei meu travesseiro e comecei uma sessão de amor-próprio com a almofada. O alívio foi imediato, pouco a pouco a sensação de formigamento sumia do meu corpo, enquanto eu me esfregava com o meu fiel companheiro.
Meu erro foi acreditar que estava segura apenas por estar na casa da minha família. Deixei-me levar pelo momento e, a cada esfregada, meus gemidos ficavam cada vez mais altos. Eu já devia estar quase gritando quando ouvi a porta se abrir.
Puta merda. Levantei com um pulo, pronta para levar mais uma bronca dos meus pais, torcendo para que eles não tivessem visto o que eu estava fazendo. Mas, para minha surpresa, não era nem minha mãe, nem meu pai que entrava no quarto, e sim Jorge. Confusa e em pânico, me segurei para não gritar, sem ter a menor ideia do que aquele velho fazia no meu quarto.
Ele rapidamente respondeu as minhas dúvidas. Jorge não era tão alto nem particularmente forte, mas parecia tão imponente marchando na minha direção que eu não conseguia pensar no que fazer, eu fiquei paralisada, como uma daquelas cabras que fingem de morta quando tocam a grama. E, enquanto eu ainda estava paralisada, ele se aproximou de mim, me fazendo instintivamente caminhar para trás, ficando encurralada entre a parede e aquele velho.
Bastava eu gritar e um monte de homens surgiram no meu quarto em questão de segundos para me proteger. Não era uma decisão complexa de tomar, mas ainda assim, eu lutava contra a paralisia do meu corpo. Quando finalmente consegui abrir a boca, Jorge me surpreendeu com um movimento brusco, inserindo seu indicador dentro dela.
“Mama, dá para perceber que a putinha tá revoltada pela falta de chupeta”, ele sussurrou no meu ouvido. Não sei o que era pior dessa frase, ser chamada de puta ou o fetiche dele de me infantilizar. As coisas estavam totalmente fora do meu controle, enquanto eu buscava uma brecha para fugir, Jorge movia seu dedo dentro da minha boca, me obrigando chupar como se fosse um pinto.
Minha expressão devia estar ridícula, pois ele gargalhava. Eu pensava que não podia ficar mais humilhante, até que ele começou a me acariciar com a mão que não estava na minha boca. O amigo do meu pai apertou meus seios, passou a mão na minha barriga, percorrendo um caminho que deixava claro qual era o seu objetivo final. "Agora é a hora, você precisa reagir", eu pensava. Mas, dentro de mim, uma voz desconhecida sussurrava: "e se você brincar, só um pouquinho?"
Enquanto eu refletia, a mão de Jorge dava tapinhas na minha calcinha. Eu fiquei desconcertada com a atitude, sem conseguir entender o que ele queria com aquilo, até ele dizer: “Nossa… o bebê tá molhadinho heim?”
Ter de escutar isso enquanto eu era bolinada e obrigada a chupar o dedo fedido de um velho era realmente o ápice da humilhação. Mas, contrariando tudo o que eu sabia sobre o mundo, o toque do amigo do meu pai diminuía a coceira no meu corpo. Eu sentia que estava prestes a gozar, sem que ele sequer precisasse me penetrar.
Para meu desespero, minha mãe gritava na cozinha pedindo que eu fosse lá ajudá-la. Eu encarei Jorge implorando, com os olhos, para que ele continuasse até eu terminar. Mas, rindo, ele parou tudo que estava fazendo e disse: “Vai lá, a gente brinca depois, vai ajudar sua mãe na cozinha.”
<Continua>
Quem quiser ler a parte 3 já está no meu blog!
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