Salve, galera! Beleza? Meu nome é Erickson Vasques Menezes, sou professor de Educação Física da Escola Estadual Maestro Malta Agildo há 4 anos. Sou divorciado, não tenho filhos, tenho 34 anos de idade e sou um cara muito na minha, apesar dos grilos da vida, eu sempre dou um jeito de contornar. Estou aqui para contar a história de como eu me apaixonei por um cara, e quando eu digo um cara, tô falando do Emerson, um professor viadinho da escola que eu trabalho. Trabalhei nessa escola por três anos como professor contratado, mas, felizmente, passei no concurso público e agora sou efetivado, pelo menos vai ajudar a pagar as contas atrasadas. O ano letivo tinha começado e eu soube pelo diretor Hermínio que novos professores concursados estavam sendo remanejados pra minha escola, até aí nada demais, pelo menos não vou olhar pras mesmas caras de novo, mas na verdade, quando eu botei o olho, vi que era só um professor, no caso o Emerson, um professor moreno, cabelo enrolado, baixo, devia ter uns 1,75 metros, se vestia bem e pela voz, era viado. Eu sempre tive esse problema em trabalhar com pessoas homossexuais, tipo, é algo que incomodava demais, nada contra, na boa, mas é que é meio difícil competir com esses caras, a maioria dos gays gostam de ser o centro das atenções, tem o costume de corrigir a gente em alguma palavra ou são perfeccionistas demais e era exatamente assim que o Emerson era, ele mal tinha chegado na escola e já tinha conquistado a amizade de todos os meus colegas, impressionante, já eu levei umas duas semanas por conta do meu jeito introvertido, sabe como é...
Então, a partir da primeira semana de trabalho, no meio de tanto trabalho, as reuniões pelas manhãs de sábado, o que eu já não gostava, porra, sábado devia ser um dia sagrado pra descanso, enfim, mas a gente tinha que ir senão era falta. Eu notava que o Emerson me dava umas olhadas meio que me secando, por isso eu nunca falava com ele, por achar que poderia dar em cima de mim, e eu era casado, então isso me deixava com raiva, sem contar que ele não me chamava de professor Erickson ou só de Erickson quando estávamos entre os colegas, ele gostava de me chamar de Eric, um apelido que era uma abreviatura do meu nome, e não só comigo, ele também fazia isso com os outros professores, enfim... cara chato. Ele era professor de Língua Portuguesa, o que explicava a sua mania irritante de corrigir a gramática e a ortografia dos outros, claro que com os alunos isso ajudava, mas não tinha necessidade de ele usar isso com a gente, mas ele não conseguia evitar, confesso que no primeiro mês eu tinha vontade de dar uma porrada nesse cara. Então, como tudo nessa vida, acontece essa da gente se meter onde não deve e foi o que aconteceu comigo, a primeira vez que tive contato direto com o Emerson foi em um sábado letivo, quando cheguei um pouco cedo e me deparei com ele na quadra. Ele estava sorridente como sempre, dificilmente eu via ele triste, não sei como ele conseguia se manter feliz o tempo todo, acho que ele tinha transado a noite passada, sei lá. Eu estava com um saco de bolas de futebol, andando no meio da quadra, e de repente, ele vem na minha direção perguntando se eu queria ajuda. Honestamente, eu senti um certo tremor no corpo quando ele se aproximou de mim, então tudo o que eu fiz foi dizer que não com a cabeça, e deixei ele lá. Entrei no galpão da quadra pra pendurar o saco num armador que tinha e me segurei em uma estante de madeira, o que foi foda porque devido ao meu peso e porte atlético, ela acabou virando e eu fui junto! Acabei ficando com as pernas presas, tentando levantar aquela porra que era muito pesada, foi quando eu ouvi passos ligeiros ecoarem da quadra, pensei que seria o vigia, mas na verdade, era o Emerson. Na boa, não tinha ninguém ali a não ser ele, então ele se abaixou tentando ajudar, eu só queria que ele ajudasse a tirar aquela estante de cima de mim pra eu cair fora, mas ele ficou massageando minhas pernas, o que eu achei estranho, mas segundo ele a ajudar a manter a circulação do meu sangue, eu achei aquilo muito estúpido, já que ele não era médico, então, com a minha força e a dele, conseguimos tirar aquela coisa de cima de mim, e já estava puto porque a dor e aquele calor tava me deixando suado, foi quando ele ficou doido, ele meio que tinha se sentindo ofendido por eu não ter agradecido ele e por ter sido grosso... grosso... grosso é meu pau!
Foi aí que ele entrou numa de dizer que eu não gostava dele por ele ser gay e tal, e ainda por cima trancou a porta do galpão me deixando preso ali com ele. Eu já tava doido pra dar uma surra naquele baitola, porra, não sei qual era a dele, parecíamos um casal e aquilo tava mega estranho, e depois de eu pedir pra abrir a porta mais de duas vezes, foi quando ele destrancou a porta, jogou a chave em cima de mim e disse: “não preciso da sua amizade, fica com a sua porcaria de orgulho hétero”, algo assim, mas quando ele ia sair, eu me emputeci, peguei ele pelo braço, tranquei a porta de volta e coloquei a chave dentro da minha cueca, eu queria ver se ele ia ter coragem de pegar. Eu vi a cara dele de surpreso, na certa ele não esperava por aquilo, eu tava mandando ele pegar a chave lá dentro. Eu olhei nos olhos dele e percebi que ele estava com medo, os olhos dele brilhavam, eu nunca tinha reparado nele assim de perto, o rosto dele assustado, pensando na possibilidade de apanhar de mim, e na moral, ele ia mesmo, aquilo tudo era pra ver até onde ele ia, e foi aí que as coisas tomaram outro rumo... eu não queria machucar o Emerson, não mais, ele não era uma pessoa má, só era diferente de mim, foi quando ele todo ousado colocou a mão dentro da toca do monstro. Meu pau começou a reagir àquela mão macia que todo viado tem, então eu olhei de novo nos olhos dele e o medo se transformou em desejo, a minha raiva se transformou em tesão e a partir dali eu só queria atravessar ele de rola até ele dizer chega, então, uma coisa levou a outra e ele começou a chupar meu pau, ele ficou impressionado com o tamanho, o que era normal, já que eu sempre fui dotado, desde os meus 14 anos, quando meu pau tava em fase de crescimento, as meninas já diziam que era grande, até minha vizinha já tinha sentado naquela minha pica, era ela 15 anos mais velha do que eu mas se amarrava num novinho, e a partir daí fui o terror da mulherada e agora, tinha um professor baitola mamando meu mastro ali na quadra da escola, e confesso que ele mandava bem, tanto que eu quase gozei antes. Coloquei ele de 4 e fui metendo gostoso, podia sentir as pregas dele se arrebentando a cada socada, foi quando eu descontei toda a minha raiva naquele buraco de bicha, socando pra valer. Resumo: ele ficou mega laceado e cheio da minha porra! Fiz ele prometer que não contaria nada pra ninguém ou ele era um cara morto e a partir daí, depois que ele saiu, eu fiquei com mais raiva ainda, raiva por mim e por ele ter feito isso comigo, apesar de eu ter tido experiencias nada agradáveis com outros gays e eu tentava, de alguma forma usar o Emerson como um canal pra minha ira. No próximo sábado letivo eu tive outra recaída e entrei pra dentro dele de novo! Puta que pariu, ele tinha uma bunda macia e sabia rebolar como uma verdadeira puta e isso me deixava louco, porque ele sabia ser submisso a mim, eu gostava mesmo de humilhar, de dizer que ele era uma putinha boqueteira e que tinha que saber o seu lugar.
Foi nessa de colocar o Emerson no lugar dele que não convidei ele pro meu aniversário no sítio do meu sogro, todos meus colegas foram, menos ele, exigi que ele inventasse uma desculpa justamente pra eu não olhar pra cara dele lá. A verdade é que eu não queria dividir ele com os meus colegas do tempo da marinha, eles se amarravam num viado, ainda mais o Emerson que era um viado bem apanhado, e com certeza ia chamar a atenção, e meu sogro não gostava desse tipo de gente, o que ia me complicar então, fiz questão de deixar ele de fora, claro que ele não gostou, ia ser maneiro, ia ter comida, música e banho de piscina e ficar em casa num sábado não era legal. Eu tava lá com todo mundo curtinho meu aniversário com todo mundo da escola, a galera da marinha, mas porra, eu sentia falta do cara, não sabia explicar, então inventei uma desculpa de comprar mais carvão, então fui direto até o apartamento dele, o qual eu sabia que era onde ele morava, pois teve uma noite que segui ele, e entrei no prédio, mas não sabia em qual apartamento ele morava, foi quando vi um cara mais novo bater na porta e ele aparecer pra deixar ele entrar, por pouco ele me via, na certa sabia o que eles iam fazer lá dentro, ele sendo uma bicha gulosa por pau... me aproximei da porta da maciota e ouvi claramente os gemidos do Emerson, o carinha lá tava macetando sem dó aquele rabo, o que me deu um pouco de inveja por não ser eu. Então, naquela manhã de sábado bati na porta dele e ele ficou surpreso quando viu que era eu, senti até uma pitada de medo no rosto dele, mas na boa, eu tava muito a fim de entrar dentro daquele rabo de novo, e sendo no sigilo eu não ia fazer rodeios. O apartamento dele tava uma zona, e percebi que cheguei numa hora ruim, ele tava com uma cara emburrada, na certa foi porque foi barrado da minha festa, mas eu tinha ido lá pra justamente deixar ele feliz, o que quase nao consegui pois ele estava com raiva de mim, então, botei ele pra mamar meu pau, aquela boca de veludo que ele tinha me deixava maluco pra caralho, então, uma coisa levou a outra e eu descadeirei ele na pica sem dó, o que deixou ele mais manso e obediente, era algo que me deixava excitado, o jeito dele de andar, a forma como ele me servia, o fato de ele saber que eu era o macho dominante e ele o passivo submisso eram uma das coisas que eu gostava no Emerson, isso sem falar no companheirismo, o que foi provado depois que eu sofri aquele acidente.
Tudo começou quando minha mulher (ex agora) tinha combinado comigo da gente passar o fim de semana e o domingo na chácara dos pais dela que ficava mais afastado da cidade, mas porra, a mãe dela era chata pra caramba, não gostava de som alto, de cerveja e muito menos de dormir tarde e aquilo não ia rolar se ela tivesse por lá, então eu recusei e foi quando ela começou a fazer chantagem emocional, coisa que toda mulher gosta de fazer pra conseguir o que quer, mas comigo aquilo não ia colar, parceiro, então eu disse pra ela que não tinha como, mesmo porque eu tinha coisas da escola pra resolver e disse que não ia. Ela ficou me enchendo o saco, dizendo que eu não era mais o mesmo cara pro quem ela se apaixonou, que ela não aguentava mais ser rejeitada e que o sexo agora era só pra cumprir tabela, foi quando eu perdi a paciência e gritei em cima dela, ela me deu um bofete na cara e mandou eu sair de casa, foi quando eu fiquei ainda mais puto, peguei a chave da minha moto e saí por aí a toda velocidade, queria que ela fosse pra puta que pariu, estava precisando aliviar a tensão, então, segui pro bairro do meu viadinho de estimação, o Emerson e não importava o que ele tava fazendo, eu queria uma boa mamada que só ele sabia dar, foi quando um idiota num carro me acertou em cheio, me fazendo cair da moto e então tudo ficou escuro. Acordei no hospital e porra, o Emerson tava lá! Só depois que ele explicou tudo que eu entendi o que tinha rolado comigo e eu tava todo fudido, mesmo assim eu tava grato por pelo menos ele ter se importado comigo, até dei uma gratificação pra ele, isso sem contar aquele enfermeiro mulato safado que quis entrar na brincadeira e o Emerson levou duas rolas no rabo! Que delícia...
Comigo afastado da escola, eu tive que ficar na casa de um dos meus irmãos, não queria ir pra minha casa pra ouvir sermão da Natália, sendo assim, fiquei de molho por uns dias, mandando trabalhos impressos pras minhas turmas com a ajuda do professor Eustáquio, o velho era gente boa demais, então, não deixei de cumprir meu dever de professor. Apesar de toda essa muvuca eu pensava no Emerson, na boa ação dele, na verdade pensava nele, que doideira... eu sei que minha criação foi rígida, meu pai era homofóbico pra caralho, ele me ensinou a nunca dar confiança pra viado, e se eles mexessem era pra eu descer a porrada neles, mas isso era em outros tempos, mas hoje existem leis que protegem os interesses da comunidade gay e tal, o que eu achava uma chatice. Mas tinha uma coisa no Emerson que me fazia não odiar ele de verdade, porque a maioria dos gays que eu conheci eram escandalosos, cheios de frescura, os trejeitos exagerados, aquilo me dava nojo, mas com aquele carinha era diferente, ele não gostava de se vestir de mulher, era prestativo, os alunos adoravam ele, sem contar a sua disposição para ajudar nos interesses da escola. Era uma pessoa boa e ainda por cima adorava ser minha putinha, então, numa noite, eu desbloqueei ele do WhatsApp e mandei mensagem pra saber como ele tava, eu não queria demonstrar fraqueza e dizer palavras doces e tal, então eu fui o mesmo rude de sempre, apesar de ele estar acostumado, eu queria mudar essa minha postura, mas algo me impedia: minha masculinidade e eu ser casado.
Tudo começou a mudar ainda mais quando voltei da recuperação do acidente, a escola estava do mesmo jeito, mas o Emerson não. Ele estava diferente, não me olhava mais no olhos, parecia estar chateado com alguma coisa. A princípio pensei que não fosse nada comigo, mas depois que eu saquei que ele tinha descoberto meu segredo antigo foi que caiu a ficha, ele foi fuçar no meu armário, eu tinha esquecido a porra do cadeado destrancado e ele achou aquele maldito pen drive e descobriu que eu comia outros gays no sigilo. Ok, esses tempos tinham ficado pra trás, mesmo porque os viados que davam em cima de mim eu geralmente metia a porrada, até que um deles teve a audácia de me denunciar, o que quase me fez ser preso, então, meti a pica nele e em outros que ficavam de tititi pro meu lado. Confesso que não me orgulho disso, não mais, eu devia ter apagado aqueles vídeos mas, por alguma razão, eu tinha esquecido eles e ali então, fui no apartamento do Emerson pra saber o por quê de tanta rejeição, eu não queria acreditar que ele sabia do lance, então eu o confrontei, e eu acabei descobrindo a verdade: era mesmo por causa dos vídeos. Eu senti vontade de bater nele, juro, mas se eu fizesse isso, ele poderia me odiar pra sempre e eu não queria isso, eu estava passando a gostar dele, de uma forma mais profunda, é quando a gente menos percebe que as coisas começam a tomar outro rumo, e foi como eu esperava: ele me rejeitou e mandou ir embora.
Eu tinha me apegado ao Emerson de formas que eu jamais pensei que me apegaria, até meu cu eu dei pra ele, e sinceramente, eu gostei muito, o pau dele não era igual ao meu claro, mas era lindo, desconcertantemente bonito e com um saco perfeito, então, eu caí de boca e deixei ele me possuir, só depois descobri que ele estava ficando com um outro carinha que não era nem aluno da escola, um tal de Micael, foi durante o grêmio estudantil, toda aquela agitação e as neuras do Emerson, ainda me tratando com indiferença e eu achando que era por causa daquele playboyzinho do prédio dele, mas a mágoa ainda não tinha passado e eu tava pra explodir de desejo. Foi então que eu perdi a cabeça quando flagrei o Emerson chupando aquele garoto no banheiro da quadra da escola, o que me fez chegar ao meu limite e eu enfiei a porrada no carinha, dei um soco no olho do infeliz, e acreditem, eu teria quebrado ele inteiro se o Emerson não tivesse defendido ele, que porra! Depois que ficamos a sós na sala de troféus, eu acabei dizendo ao Emerson que amava ele, não sei o que deu em mim, mas eu estava sendo sincero, e eu queria ouvir de volta isso, mas ele só me abraçou e disse: “obrigado”.
Pra completar, meu irmão mais velho, Ernando apareceu pela cidade pra encher o saco, na boa, ele era um cara muito extremo e odiava gays, bem mais do que eu, então, quando eu e o Emerson já estávamos de boa de novo, fiz questão de avisá-lo, fora o susto que eu levei quando cheguei no apartamento dele e vi uma garota lá, só depois soube que era irmã dele, a Nina, que inclusive é uma ótima pessoa, protetora demais com o irmão, ainda mais quando ela ficou a par do que tava acontecendo, do nosso caso, e sinceramente, eu já não sabia mais o que era viver sem ele, sem o Emerson, meu casamento estava em crise e ele era a única pessoa com quem eu podia contar naquele momento, alguém que, apesar das nossas brigas, não ia me abandonar, eu estava me apaixonando por ele de verdade. O conflito interno que eu enfrentava era o de muitos homens héteros de hoje, a relutância em manter a reputação de macho e seguir seu coração e honestamente, eu estava farto de toda aquela máscara, queria poder aproveitar mais a vida, mas ainda precisava colocar um fim ao meu casamento desgastado com a Natália, e meu irmão não estava facilitando nada, ele era muito amigo dela e não aceitava o fim do nosso relacionamento, o que fez ele questionar se tinha alguma mulher na parada, o que eu neguei, claro, mas ele tampouco suspeitou que fosse um homem, porque se ele soubesse iria matar ele, e eu ia preso, mas dava um fim nele também.
Entre tantas idas e vindas, conversei com a Natália e falei que ia dar continuação com o nosso divórcio, aproveitei que estávamos só nós dois na casa e nos sentamos na mesa pra conversar. A princípio eu ia propor um acordo a ela, mas assim que sentamos ela tirou da bolsa um envelope. Surpreso perguntei: “que envelope é esse?” Ela toda convencida respondeu: “não era isso que você queria, Erickson? Conseguiu! Meus advogados conseguiram a documentação toda! É só você assinar...” Eu fiquei besta, a eficiência dela só aumentou ainda mais a minha vontade de ser livre, então, li cada cláusula com cuidado e depois de alguns minutos, finalmente assinei e entreguei pra ela. Ficamos ali nos encarando por alguns segundos, até que ela se levantou e disse: “quero metade dessa casa, vamos entrar em acordo e vender, acho que é justo!” Eu olhei nos olhos dela e disse: “acho que sim!”
Passei a semana toda escondendo isso do Emerson, eu esperava que o Ernando não soubesse pela boca da Natália, mas é claro que ela deu com a língua nos dentes, o que nos levou para uma conversa que terminou em briga, ele não aceitava meu término e partiu pra agressão, e eu como não sou de deixar barato desci o braço nele, deixei ele no chão, aquele filho da puta só porque é irmão mais velho acha que pode mandar nos mais novos. Quando saí dali, estava me sentindo fraco, eu não consegui nem apanhar a chave do meu carro, então, corri pra rua e peguei o primeiro táxi que eu encontrei, o cara até quis me levar pro hospital, mas eu disse que não era preciso, só queria que ele me levasse pra um lugar: a casa do Emerson. Cheguei lá me arrastando praticamente, bati na porta, era por volta de 2 horas da madrugada, eu acho, bati na porta com tudo o que pude, ele abriu e ficou assustado ao me ver todo arrebentado, ele cuidou bem de mim, mas eu pude enfim mostrar pra ele o documento do meu divórcio, alegando que eu era só dele, ele ficou feliz é claro, e eu mais ainda, então na manhã seguinte, ele tinha preparado meu café da manhã, o que eu achei muito legal, ele sempre foi essa pessoa prestativa e agora comigo, ele me tratava como um rei, como um príncipe que ele era. Uma cena engraçada e assustadora ao mesmo tempo foi quando a Nina apareceu sem avisar no quarto do Emerson e me flagrou totalmente nu na cama dele! Ela tomou um baita susto, na certa foi pelo “material” que eu tenho, na moral, eu sou muito gostoso, o Emerson também riu muito, pelo menos um momento de descontração, que ia durar pouco. Emerson tinha ido trabalhar e eu fiquei no apê com a Nina de babá, ela assim como ele ela era muito protetora, até de cunhadinho ela me chamou, o Emerson nunca soube disso. Enquanto estava arrumando umas coisas por lá, Nina estava pegando sua bolsa e eu perguntei: “tá indo pra algum lugar, guria?” Ela respondeu: “sí, compadre! Tô indo ao mercadinho fazer umas compras, tô afim de fazer uns tacos! Gosta?” Eu me amarrava em comida mexicana, então eu disse que sim e ela saiu. Depois de meia hora eu comecei a achar estranho a demora da menina, deu uma hora e nada, foi quando bateu o desespero, foi quando o Emerson chegou e eu contei que a Nina tinha sumido, só depois é que descobrimos que o doido do meu irmão tinha sequestrado ela por achar que a guria que tinha me feito terminar com a Natália era ela! Porra! O cara era muito zoado da cabeça, e deu uma merda só, porque até o marido dela se envolveu, então, eu tive que convocar artilharia pesada. Quando o Emerson não tava olhando, peguei meu telefone e liguei pro Vargas, um dos meus amigos do tempo da Marinha, ele e mais alguns amigos como o Frazão, o Batalha, o Pezão e o Toddy, que faziam parte do nosso batalhão e passei todo o esquema pra eles pedindo ajuda. Liguei pro Pezão e disse: “cara, tô nunca encrenca! Das grandes! Chama a galera e manda vim tudo armado até os dentes! A irmã de um amigo me foi sequestrada!” Ele disse que ia chamar geral e assim desliguei. A situação foi foda, brotei lá com sozinho, o Emerson insistindo pra ir junto, mas eu não queria que ele se machucasse, acabou que quando a parada tava ficando séria o maluco aparece pra me defender e contar toda a verdade pro Ernando! Eu fiquei: caraaalhoooo! Eu não podia acreditar, ele tava se entregando pra salvar a vida da irmã, mas no final, minha cambada apareceu lá e rendeu o louco, Emerson estava armado e disposto a proteger a irmã. Final da história, levei um tiro na perna, mas com a adrenalina toda meu sangue tava quente e não senti dor. Quando saímos dali, minha turma nos deu carona no carro deles até a casa do Emerson, Nina apareceu depois com um médico que ela catou sabe lá de onde pra cuidar da minha perna, e acabou que o serviço foi bem feito e eu já estava aliviado, ainda mais depois que o Ernando foi preso, eu não ia mais olhar na cara dele depois dessa.
Depois de tudo isso, acabamos assumindo nosso namoro, na escola, quando chegamos de carro a primeira vez foi uma cena de filme, todo mundo olhando pra gente assustado, como se namoro com pessoas do mesmo sexo fosse uma coisa monstruosa, até mesmo aquela tal professora Suzana tava fazendo fofoca da gente, por isso que o Emerson nunca foi com a cara dela, no começo eu achava que era frescura dele, mas depois eu realmente percebi que ela não valia nada. Tiramos um tempo pra nós depois da semana corrida, ainda mais com o final do ano letivo e a tal da formatura. Emerson me convidou pra um lugar bem bacana, o tal do Petico’s Lounge, um ambiente show de bola, tinha até uma sala de cinema. Comemos, vemos um filme, zoamos com a cara da Suzana e o casinho dela, tivemos um momento legal no segundo andar, juntinhos ali com uma música tocando, ele até fez uma performance! Eu tava mesmo feliz com aquele garoto, eu nunca pensei que fosse gostar de alguém desse jeito.
A formatura também foi uma beleza, trabalhamos em comitês, apesar de estarmos em grupos diferentes, tivemos várias escapadinhas pra dar uns pegas, afinal, eu não sou de ferro. Eu sempre ficava olhando alguns colegas ainda muito espantados com o nosso namoro, já que pra eles eu era um cara hétero, fechado e introvertido, mas eu mudei graças ao Emerson, eu estava mais vivo, menos ranzinza e sem medo de arriscar. Quando a grande noite chegou, tudo estava muito bem arrumado, os alunos se formando, nosso diretor agradecendo a todos pelo trabalho, mas a parte que eu mais gostei foi a dança dos professores, cada um com seu par e eu com o meu, o meu Emersonzinho... eu tinha dado uma pesquisada em algumas músicas e como o DJ era meu amigo, ele atendeu meu pedido com uma música chamada Lover (Amante), que tinha uma vibe muito boa pra dança. Dançamos à luz dos holofotes, foi um momento lindo, estávamos muito felizes e bem trajados, nossos ternos e o ambiente faziam daquela quadra uma cena de filme, eu nunca fui de assistir filmes assim, mas a convivência com o meu carinha me fez ter costume de assistir e gostei.
E se vocês querem saber como tudo terminou, saibam que depois da formatura, Emerson e eu fomos a um restaurante e jantamos muito felizes. Fizemos planos de morar juntos e com o acordo da venda da casa, minha ex-mulher ficou com a metade do dinheiro da venda e eu com a outra metade e o que eu fiz? Guardei tudo no banco, mais seguro, no ano seguinte, trabalhamos muito e guardamos dinheiro, fizemos um pé de meia e conseguimos uma casa só nossa e mais alguns móveis, não é muito grande, mas era o suficiente pra gente dividir nossas vidas. Hoje, sou um homem totalmente novo e agradeço muito ao meu namorado Emerson, que de acordo com ele já somos praticamente casados, mas eu disse: “calma lá, amor! Pra casar vai ser preciso muito planejamento e investimento!” Aposto que ele ia rir muito se lesse meu lado da história, eu realmente queria fazer como ele fez, mas, infelizmente, meu tempo não permite contar os detalhes, mas para os leitores que já estão por dentro de tudo, sei que vão sacar tudo. Emerson, se estiver lendo isso, saiba que eu te amo, meu baitolinha lindo! É isso aí, galera! Abraço pra geral!
FIM