Poker dos Cornos (parte 3)

Da série Poker dos Cornos
Um conto erótico de Lucas
Categoria: Heterossexual
Contém 2009 palavras
Data: 10/07/2024 21:41:08

Era sexta-feira, e enviei uma mensagem para o Flávio perguntando a que horas ele iria ao clube. "Nunca jogo na última sexta do mês, é dia do pôquer dos cornos", ele respondeu, como se isso fizesse algum sentido para mim.

"Pôquer dos cornos?", perguntei, imaginando que o nome fosse tirado de uma fanfic de Game of Thrones.

"Toda última sexta-feira do mês tem essa coisa. Basicamente, é um campeonato com 8 participantes, sem taxa de inscrição, onde o vencedor leva tudo."

"Sem entrada? E, qual é o prêmio?"

"O vencedor pode escolher entre 500 mil reais ou um prêmio alternativo."

"Prêmio alternativo? Que tipo de prêmio?"

"Cara, é complicado explicar. Vem comigo hoje à noite, você vai entender."

Chegamos ao clube e o campeonato já estava em andamento. O prêmio era de meio milhão de reais, mas parecia que os jogadores estavam jogando pôquer pela primeira vez. Nenhuma decisão fazia sentido, toda a lógica era jogada pela janela. Nunca vi uma mesa de pôquer tão bizarra.

Entre os jogadores, um se destacava, não pela sua habilidade no jogo, mas por parecer o protagonista do Monopoly se tivesse nascido no Texas. Era um velho de cabelos e bigodes brancos, que lembrava uma versão menos intensa do Sam Elliot. Além disso, na mesa, ele assumia o papel de um pistoleiro do velho oeste: chapéu de cowboy, óculos escuros, cinto com fivela, charuto e whiskey na mão. O que mais chamava atenção era o quão ridícula sua atuação era.

Mais pela sorte do que pelo juízo, a pilha de fichas dele cresceu, até restarem apenas ele e um jovem mulato na mesa. E chamar o rapaz de jovem não é de forma alguma um exagero, pois ele não parecia ter nem dezoito anos, apesar de acompanhar os outros jogadores nas doses de whiskey. As roupas dele contrastavam muito com as vestimentas caríssimas dos outros membros do clube. A sensação era de que ele era o único para quem o prêmio em dinheiro faria alguma diferença na vida. Tremendo, ele empurrou todas as suas fichas para a mesa, sabendo que seria eliminado caso perdesse aquela mão para o Clint Eastwood da Shopee.

Na mesa, tinha virado um quatro, um oito de copas, e um valete de paus. O velho encarou o rapaz, terminou seu copo de whiskey de forma teatral e empurrou suas fichas para a mesa, aceitando a aposta. O momento era tão tenso que seria possível ouvir um alfinete cair num carpete. Não tinha mais volta, os jogadores só precisavam revelar suas mãos e ver qual dos dois levaria o prêmio.

O velho revelou suas cartas, arrancando risadas dos espectadores daquele que deveria ser o pior torneio de pôquer que eu já vi. Um 7 e um 2 de copas. Para quem não conhece pôquer, essa é uma das piores mãos possíveis, e ele estava apostando todas as suas fichas nela. Ao ver as cartas do velho, o rapaz finalmente se acalmou. Ele tinha um par de reis na mão, o que lhe dava 90% de chance de ganhar. Estava praticamente decidido.

Nove em cada dez vezes aquele rapaz levaria para casa o prêmio de meio milhão de reais. Ele não conseguia se controlar, chorava de alegria, sem nem ao menos olhar as cartas que faltavam virar no “turn” e no “river”. Mas, o clima na sala mudou quando a crupiê virou um nove de copas na mesa. O jovem ainda era o franco favorito, mas a última carta poderia mudar tudo. Qualquer carta de copas faria o sonho dele virar pó.

A crupiê fazia mistério, demorando para revelar a última carta. O rapaz escondia o rosto, achando que isso diminuiria o sofrimento da espera. Quando finalmente a última carta virou, era um rei de copas. O rapaz foi tomado pela emoção, continuando a chorar, mas agora com um significado totalmente diferente de antes. Era difícil assistir aquela cena.

“Senhor Markus, qual prêmio o senhor vai querer?”, perguntou a crupiê.

“A mulher dele na sala vermelha”, disse o velho, apontando para o rapaz que agora escondia o rosto e chorava mais do que nunca. Eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo.

Perguntei ao Flávio o que aquilo significava, mas ele manteve o mistério, dizendo para eu esperar, que logo tudo faria sentido. Eu achava que, quando o torneio terminasse, o clube fecharia, mas, aparentemente, na última sexta-feira do mês, havia um coquetel e uma festa.

A surpresa não parou por aí. Antes, a única mulher no clube era a crupiê, que, por acaso, era sensacional. Mas agora, parecia que elas brotavam do chão. A festa estava infestada de ninfetas, uma mais linda que a outra, e eu me arrependia de não estar solteiro naquele momento para aproveitar.

Curtimos a festa por um tempo, até que o Flávio me puxou para uma sala. A iluminação era muito fraca, mas concluí que deveria ser a famigerada sala vermelha, já que tudo naquele lugar estava pintado dessa cor.

Naquele lugar, havia vários caras sentados, com uma distância considerável entre eles. Lá fora, uma animada festa rolava, porém, naquela sala, só tocava música de elevador e todos eles estavam olhando para uma janela que mostrava outra sala vazia. Aquele lugar tinha uma vibe estranhíssima, me sentia como se estivesse no filme “De Olhos Bem Fechados”.

Eu não sabia o que aquelas pessoas estavam aguardando, mas, confiando em Flávio, fiquei em silêncio esperando que algo acontecesse. De repente, o velho que ganhou o campeonato surgiu com uma moça na sala.

Ela era bonita, mas não se comparava às modelos e acompanhantes de luxo que estavam na festa. A moça parecia bem jovem, no máximo vinte anos, com a pele mais escura e longos cabelos negros. Ela usava salto alto e um vestido verde bem colado no corpo, com recortes que mostravam suas costelas. Embora tentasse ser elegante, suas vestes não deveriam ser muito caras devido à baixa qualidade dos materiais.

Eu a tinha visto antes na festa, junto do rapaz que ficou em segundo lugar no torneio. Os dois estavam de mãos dadas e usavam alianças, então assumi que eram casados. Finalmente, a frase “A mulher dele na sala vermelha” começava a fazer sentido para mim. O prêmio alternativo era um encontro com a mulher de um dos perdedores da competição, e o pistoleiro estava disposto a deixar na mesa meio milhão de reais para comer uma garota absurdamente comum, só porque ela era casada.

Ela parecia bem desconfortável, examinando tudo ao seu redor com atenção, como se esperasse ser atacada a qualquer momento. No entanto, quando olhou diretamente para o público que a assistia e não demonstrou nenhuma reação, ficando claro que ela não conseguia nos ver.

“Então, se quiser voltar para a festa com seu marido, pode ir. Eu fico aqui sozinho um pouco”, disse o velho, puxando uma cadeira para ela se sentar.

“Não, seu Markus… estava muito barulho lá. Prefiro fazer companhia para o senhor. Além disso, daqui a pouco, quando meu marido acabar o turno dele, ele se junta a nós.”

“Ah, quanta gentileza. Mas me conta, vocês são muito novos e já estão casados?”

“A gente se conheceu na igreja, e sabe como é, né…”

“Sim, nessa idade os desejos estão à flor da pele mesmo.” Markus conversava com a mulher sem em nenhum momento tirar o olhar dela, articulando cada palavra com certa imponência, deixando clara a diferença de poderes entre eles. A moça corou de vergonha com o comentário sugestivo, mas apenas riu de forma simpática, evitando entrar em mais detalhes sobre seu relacionamento.

“Mas me conta, vocês estão felizes?”, Markus indagou querendo saber mais.

“Ah… quem pode dizer que é feliz de verdade?”, ela fez uma pausa para que os dois pudessem rir juntos da pergunta retórica, mas Markus não riu. Ele continuava a encará-la de forma penetrante, esperando que ela terminasse sua frase. “A gente queria ter filhos, mas nós dois estamos desempregados.”

Ao ouvir aquilo, um sorriso sinistro se formou no rosto do velho, sabendo quão boas eram as cartas que acabaram de ir para sua mão. “Sabe, eu posso ajudar vocês. Sou dono de algumas empresas, e seria facílimo conseguir um emprego para você e seu marido.”

“Sério, Markus?! Nossa, você não sabe como isso seria bom.” Sem perceber, ela havia aceitado participar do jogo com uma mão horrível. Sentindo o momento a seu favor, Markus partiu para o “all-in”. Ele estendeu a mão até o outro lado da mesa e a colocou sobre a mão da moça. Instintivamente, ela recolheu seu braço, tentando se proteger das investidas do velho a sua frente. Eu achei que ela seria inteligente o suficiente para correr da aposta.

“Markus… meu marido pode entrar a qualquer momento.”

Ela não tinha como saber, mas a verdade é que seu marido não iria aparecer, pois estava do nosso lado da sala, assistindo a tudo que acontecia, como se fosse um participante do “Teste de Fidelidade” do João Kleber. O rapaz estava tenso, roendo suas unhas e andando de um lado para o outro da sala, mas a pequena resistência de sua esposa o fez vibrar.

“Se ele pode chegar a qualquer momento, estamos perdendo tempo então.” Markus se levantou e foi em direção à moça, que tentou encolher ainda mais o seu pequeno corpo. Sem o mínimo de pudor, ele pegou a mão dela, e colocou em cima de sua calça.

“Se eu fizer isso, você me dá um emprego?”, perguntou a moça encarando as reações de Markus. Ele assentiu com a cabeça, tirou o membro para fora das calças e segurou a mão da moça, guiando-a para que começasse a masturbá-lo. O marido, que não havia parado de se mexer um segundo, finalmente se sentou e, com uma expressão de derrota, assistia a tudo que acontecia.

Apesar de ter começado receosa e com movimentos tímidos, agora os seios da novinha balançavam com a intensidade que masturbava o velho. Ela acelerava o máximo que conseguia, acreditando que a qualquer momento poderia ser flagrada pelo marido.

Markus fez um rabo de cavalo na moça e começou a pressioná-la para fazer sexo oral. Ela resistiu e o encarou seriamente, achando que seu "não" tinha algum valor na sala vermelha. Ele devolveu o olhar, deixando claro que aquilo não era uma negociação, e empurrou com mais força a cabeça dela para perto da sua cintura, forçando-a a abrir a boca e permitir a entrada do seu membro.

O único esforço que a jovem fazia naquela situação era segurar as pernas de Markus, tentando evitar que ele a empalasse, o velho controlava todos os seus outros movimentos. Com as duas mãos na cabeça dela, ele aproximava e afastava a boca dela do seu membro, e, caso ela tentasse resistir, ele movia os quadris com o mesmo intuito. Cada estocada, Markus ganhava mais um centímetro de cacete dentro da boquinha dela. O marido olhava a cena, tocando o vidro, deixando claro que ele desejava estar junto de sua amada para protegê-la do castigo horrível que sofria em nome do futuro dos dois.

Mas o sofrimento dela logo terminaria. Conseguindo enfiar seu pênis por completo na boca da jovem, Markus interrompeu o vai-e-vêm, em uma posição que ela lutava para respirar. Quando o leite começou a jorrar, ele tirou rapidamente o sexo de dentro da boca dela, sujando propositalmente a face e o vestido da moça.

Brutal. Essa é a única palavra para descrever o que eu acabara de ver. Aquele então era o custo de entrada no jogo dos cornos. Você poderia ganhar meio milhão, mas também corria o risco de que sua mulher sofresse o destino que eu acabara de testemunhar.

No entanto, eu tinha estudado pôquer por anos e tinha certeza de que conseguia jogar melhor do que qualquer um naquele clube. Eu não precisava me preocupar com o que aconteceria se eu perdesse. Já tinha tomado minha decisão: iria jogar o jogo dos cornos no mês seguinte. Os “odds” pareciam bons demais.

<Continua>

Quem quiser ler a parte 4 já está no meu blog

http://www.ouroerotico.com.br

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