Nossa! Que ano foi esse? Foram muitas emoções pra esse meu coraçãozinho e pro meu rabo também... não posso acreditar que nessas quase 800 horas e 200 dias letivos minha vida tenha virado de cabeça pra baixo, sem contar que o professor mais gato e gostoso da escola estava agora na minha, quer dizer, estamos juntos, namorados... como será que o pessoal vai reagir? Aposto que todos e todas iriam pirar quando soubessem que um cara como o Eric estaria fechado com um cara como eu, não que eu esteja me diminuindo, mas é que eu, um cara baixinho, sem muitos músculos e tal, fisgar um peixão com aquele. Meus pensamentos foram interrompidos quando uma mão passou pela minha cabeça dizendo: “acorda, bela adormecida!” Era o Eric. Estamos dormindo juntos todos os dias agora, ele traz as roupas dele de casa, mas agora, elas estavam acumuladas no cesto do meu quarto e por mais que eu amasse cheirar suas cuecas suadas quando ele não estava olhando, ele precisava de roupas limpas, então, passamos a manhã nisso. Enquanto colocávamos as roupas na secadora, ele chamou minha atenção e disse: “Escuta, Emerson, eu sei que você ainda tá digerindo aquele lance todo, o sequestro da Nina, o meu irmão e tal, mas eu queria te dizer que nossa vida vai continuar como antes, claro que não vai ser exatamente como antes, você entende, já que agora somos...” Percebi a longa pausa dele e completei: “namorados?” Ele sorriu todo sem jeito, coçou a cabeça, me puxou pra mais perto dele e respondeu: “é isso aí, baby! Namorados...” Eu estava adorando a ideia do Eric dizer que somos... namorados... eu nunca pensei que depois de tantas roladas, encontros furtivos e palavras de baixo calão se transformariam num momento tão clichê, por assim dizer, eu não gostava da ideia de se apegar tanto a alguém, o medo da rejeição sempre me deixou com um pé atrás, mas depois de tudo o que enfrentamos incluindo armas e um maníaco psicopata, estávamos firmes e fortes!
As roupas do Eric agora já estavam limpas e cheirosas, mas, depois de tanta lavação de roupa, pegando peças e mais peças eu tinha percebido que... ele estava totalmente pelado! Eu estava tão distraído com a conversa que lavei até as roupas que ele estava usando no corpo, e que corpo! Olhei pra ele espantado, ele se olhou de cima abaixo e rimos muito daquela situação, então, ele me agarrou e disse uma frase bem sacana: “tá fazendo o que de roupa ainda, baitolinha do papai?” Nessa hora meu corpo inteiro se arrepiou! Mesmo estando em outro status, ele continuava aquele Eric safado de antes, então eu disse: “que roupa?” e tirei tudo de uma só vez! Meu pau começou a ficar mega duro e o dele também, estava pulsando descontroladamente, então nos beijamos loucamente ali na área de serviço, nossos cacetes estavam colados e se esfregando loucamente, era uma conexão maravilhosa, boca com boca, pelve com pelve, chapeleta com chapeleta... ele parecia que queria me devorar com toda aquela intrepidez, eu não conseguia sequer respirar, nossa, delícia de macho! Então, ele forçou minha cabeça mais pra baixo, então eu saquei a mensagem, na hora me abaixei e caí de boca em seu colosso majestoso, o sabor estava como sempre divino, o cheiro, tudo de bom, eu me sentia o cara mais feliz do mundo saboreando aquela caceta indomável e ele revirava os olhos, gemia enquanto dizia: “aaaaaisss... eu tava com saudade desse Emerson boqueteiro safadinho!” Eu também sentia falta do Eric dominador e desbocado, apesar da sua versão ter ganhado um upgrade pra mais romântico, eu amava aquela combinação, não tinha nada melhor do que um cara ser durão por fora mas por dentro ser a pessoa mais fofa do mundo, e esse agora era o meu Eric... enquanto ele forçava minha cabeça me fazendo engolir toda aquela anaconda, eu senti meu pau ficar cada vez mais inquieto, ele estava pulsante, rígido como pedra, e depois de tanto mamar, ele disse: “levanta amor, agora é minha vez!” Nossa! Já fazia tempo que o Eric tinha feito isso em mim, a última vez tinha sido naquela sala de troféus da escola e agora, isso ia acontecer no meu apartamento, num lugar mais reservado e eu estava adorando! Eu obedeci e fiquei de pé, ele se abaixou e começou a me mamar. Ele parecia um bezerro recém-nascido e estava com fome! A boca do Eric no meu pau era ma coisa de louco, não sei se ele já tinha feito isso com outros caras porque a técnica dele era uma coisa impressionante! Sua língua se enrolava na minha chapeleta tão sincronizada com seus lábios que eu estava nas nuvens! Eu dizia entre gemidos: “aaaaaah... Eric... que delicia, amoooooor... isso... engole tudoooooooo...” E ele obedecia, fazia de tudo sem desobedecer uma vírgula, eu estava quase gozando, quando pedi pra ele levantar: “empina esse rabo, meu bombado gostoso!” Ele com a boca vermelha e ofegante e sorrindo virou a bundinha, se equilibrando na máquina de lavar, eu cheguei por trás, lubrifiquei minha rola e fui chegando devagar na portinha do cuzinho do Eric, ele começou a gemer, então ele disse: “bota gostoso, amor...” Na hora eu comecei a entrar pra dentro, ele começava a se contorcer, seus gemidos estavam bem safados, seus quadris se mexiam muito, então,, eu segurei com as das mãos e disse: “calma, amor... seu Emersonzinho vai te fazer relaxar...” Nisso, comecei a beijar de leve as costas dele, massageando sua pelve, então, sentir seu cuzinho se dilatar mais e começar a piscar, então, eu continuei empurrando, até meu saco encostar nas nádegas dele... foi uma sensação deliciosa, o cuzinho do Eric era muito macio e quente por dentro, bem como eu me lembrava. A essa altura ele já estava gemendo loucamente, então e comecei a bombar, ele pedia mais e mais, então, eu continuei, até ouvir aquele barulhinho gostoso de pica batendo na beira da bunda, meu pau já estava totalmente com sintonia com aquele rabão molhado, eu comecei a fazer uns gingados que deixaram ele maluco, ele começava a falar: “aaaaaaaah, amooooor... que pau gostoso, heim... aaaaaaaaaaaah, me come assim pra sempreeeee.... aaaaaaaahhhh...” Eu não fazia ideia de que eu podia fazer o Eric implorar por rola, mas agora que ele era só meu eu fiz questão de deixar ele bem feliz. Minutos depois eu disse: “de 4, professor!” Ele se virou de frente, me deu um beijão carinhoso e disse: “vem contudo, baby!” Ele ficou de 4 na mesma hora, ele balançava que nem um cachorrinho no cio, então, eu balancei a rola na frente dele e perguntei: “é isso que você quer, grandão?” Ele sorrindo com uma cara de safado respondeu: “siiiim, amor... me fode com força!” Parti pro ataque, então, entrei com tudo dentro dele de novo, aquela posição tava mesmo do caralho, meu pau parecia entrar mais e ele não parava de gemer, o que me fez socar com mais vontade ainda! As pirocadas estavam ficando cada vez mais intensas, até que eu anunciei que ia gozar, então ele disse: “aaaaaaah, tiraaaaa... me dá leitinho, amor!” Meu pau estava a ponto de explodir de tesão, então, mal eu tirei, Eric já estava de joelhos de boca aberta esperando a enxurrada, então, eu bati com meu pau na cara dele, então comecei a bater uma... sua língua percorria todo o meu saco, chupando meus ovos com delicadeza, minha mão continuava a acariciar o salame, quando de repente avisei: “aaaaaaaaaah, lá vem leite, amooooorrr... abre a boquinhaaaaa...” Nossa! Foi uma gozada fenomenal que eu dei! Meu pau parecia uma mangueira de bombeiro jorrando leite na boca do meu homem, que ele bebeu tudinho sem deixar cair um pingo no chão, depois, ele ainda engoliu todo meu pau, então, eu soquei na boca dele por alguns minutos, até que... mais leite veio, dessa vez meu pau estava pulsando na goela do Eric, meu leitinho invadia seu esôfago, descendo como uma cascata de desejo e alegria... ele estava mesmo gamado no meu pau, demorou uns três minutos pra tirar da boca... quando ele finalmente tirou, seu rosto estava super vermelho, mas seu sorriso não desaparecia nunca, então eu perguntei: “gostou, amor?” Ele ofegante disse: “pra caralho, baby! Agora vem aqui que o seu professor vai te dar umas aulinhas de muita pica nesse rabo gostoso!” O pau dele estava em ponto de bala, então, ele deitou no chão, lubrificou o pauzão e ordenou: “senta no seu trono, meu rei!” Na hora eu subi em cima daquele brutamontes, sentindo seu cacete pincelar meu rabo, então, ele colocou as duas mãos no eu ombro e flop! Fez eu sentar de uma vez só, o que me pegou de surpresa, então eu dei uma mega grito, o que fez ele rir muito, então com o cu em brasas eu disse: “aaaah, porra! Devagar, Erickson!” Ele ainda ria da minha cara e fazendo movimentos incríveis respondeu: “pra você aprender quem manda aqui, meu putinho... agora geme nessa picona, geme... issoooooo...” Eu comecei a cavalgar gostoso naquele puro sangue, seu saco gigante batia nas minhas nádegas formando uma sinfonia maravilhosa, algo que eu sempre amei ouvir, nossos corpos juntos podiam fazer uma serenata sexual que duraria uma noite inteira... Meu rabo estava ficando cada vez largo com aquela rolona imensa me empalando, suas mãos estavam apertando minha bunda com tanta intensidade, fazendo meu rabo quicar sem eu ter sequer controle, o que mostrava que ele sabia dominar bem a situação. De repente, sem avisar, ele me segurou pelos braços e sem tirar a pica de mim, me fez rolar junto com ele pelo chão, me deixando na posição frango assado, eu sentia todo aquele mastro tomando conta das minhas entranhas, enquanto e Eric me beijava e sua língua dançava dentro da minha boca, ele começou a acelerar lá em baixo, me fazendo gemer ainda mais, ele não queria mesmo fazer sofrer, então, claro que eu estava adorando aquilo, meu homem sabia muito bem do que eu gostava, então eu disse: “aaaaaah, Eric... você tá me arregaçando pra caralhooooo...” Seus olhos brilhavam em contato com os meus, eu sentia um fogo no meu cérebro que aumentava a cada olhada dele, eu não sabia mais o que fazer, só admirar seu rosto até que ele disse: “eu vou gozaaaaar, amoooor... quer um filho? Quer, amor?” Eu em delírio de prazer respondei: “eu querooooo, meu gostosoooo...” Ele acelerou mais as bombadas até sentir um jato forte pulsando na minha próstata... seu saco se mexia na medida que seu pau pulsava, jorrando seu milhões de espermatozoides no meu rabo, fazendo eu gozar de novo sem encostar no meu pau, nossa! Que fogo aquele homem tinha! Ficamos assim por uns cinco minutos, até que eu disse: “Eric, amor... pode tirar o rolão de mim, já devo ter engravidado de gêmeos a essa altura!” Ele riu, então, bem devagar, foi tirando de dentro do meu, até ouvir um flop! Eu sentia todo aquele leite escorrer no chão, minhas pernas estavam fracas, o que me fez pedir uma ajudinha dele, então, com aqueles braços marombados, Eric me levantou me abraçando com muito calor, nosso suor misturado com aquele cheiro de sexo estava impregnado naquela área de serviço, foi quando ouvimos um bip, então eu disse: “suas roupas secaram, baby!”
Depois daquela dose cavalar de sexo, olhamos o relógio e já eram quase 11 horas! O que nos lembrava o almoço, sem contar que a gente tinha trabalho daqui a pouco, então, nos vestimos, fomos pra cozinha e preparamos uma refeição rápida, comemos e depois fomos para o banheiro tomar banho, claro que o sabonete caiu no chão, mas dessa vez foi o Eric que derrubou, o que me fez entrar gostoso nele de novo, nossa, eu podia comer aquela bunda gostosa do Eric todos os dias, mas ele me disse depois que esse momento só pode acontecer quando ele quiser liberar, quando o fogo no rabo chegar, senão ele pode perder o resto de sua masculinidade, o que pra mim seria impossível, pois quem ver o Eric na rua jamais desconfiaria que ele comia homens, quanto mais dar pra eles, mas comigo, ele era diferente, todo meu... como eu amo esse homem!
Ainda bem que as roupas dele já estavam sequinhas, incluindo suas calças de ginásticas e suas camisas que ele usava na escola, que eu tinha todo o cuidado de não deixar ásperas, por isso usei meu amaciante concentrado pra deixar tudo fofinho, o que ele adorou. Dessa vez, fiz questão de vestir ele pro trabalho, ele vestiu uma calça de ginástica preta e uma camisa vermelha escarlate com um tecido leve, já que estaria um pouco quente hoje. Me vesti também, usando uma calça jeans preta que a Nina tinha me dado de presente e aquela camisa que ela me trouxe na noite em que saímos. Tudo estava perfeito, até que surgiu uma dúvida na minha cabeça: como ia ser na escola? Não coloquei os pés lá desde aquela história do sequestro, enquanto eu e o Eric ainda não estávamos oficialmente juntos... como ele ia reagir? Como o pessoal ia reagir? Nessa hora, ouvi um tilintar vindo da sala, quando voltei pra ver, era ele, estava já com a sua mochila nas costas e a chave do seu carro. Ele me olhou meio apreensivo e perguntou: “então... vamos?” Nessa hora eu tremi, era mesmo o que eu tava pensando? Pra não deixar ele no vácuo perguntei: “hãã... nós vamos... juntos?” Ele olhou pra mim sorrindo como se fosse a coisa mais natural do mundo e respondeu: “Lógico! Por quê?” Ao que eu respondi: “Nada, é que... não vai ser estranho a gente chegar na escola juntos? Tipo eu no seu carro, você sempre nunca deu carona pra ninguém, né...” Eric se aproximou de mim, sério, olhou no fundo dos meus olhos e disse: “Para de se preocupar com o passado, cara... já foi! Você sempre vai ter um lugar no banco da frente do meu carro, e no meu coração também... eu te amo!” Nessa hora eu me derreti! Ele estava mesmo disposto a me assumir publicamente? Será? Depois disso, apanhei minha mochila e saímos do apartamento, entramos no carro dele e fomos embora.
Chegamos na frente do portão principal da escola por volta das 12h:35min, os alunos estavam entrando e tinham alguns professores estacionando suas motos e o professor Eustáquio o seu carro. Eu estava nervoso, minhas mãos não queriam soltar o cinto de segurança, então, Eric se aproximou e disse: “deixa que eu te ajudo, amor...” e clec! Abriu de uma só vez, então, ao mesmo tempo, abrimos as portas do carro e... saímos! De repente, todos olhos se voltaram para nós, os alunos olhavam meio que sem entender nada, os professores Teca, Eustáquio, Nanda e Suzana estavam boquiabertos com a cena, vendo o Eric dando carona pra alguém, ainda mais pra mim, então, quando eu menos esperei, ele colocou seu mega braço em volta do meu pescoço e seguimos andando pelo pátio. Eu não pude deixar de notar os olhos curiosos ao nosso redor, foi quando eu disse: “Eric, tá todo mundo olhando!” ele sorrindo apenas respondeu: “eu sei, que olhem! Estamos quebrando todas as regras, mas... eu vou pro inferno mesmo!” Eu comecei a rir daquela situação, até que eu mencionei: “Espera! Eu já vi essa cena em algum filme, sabia? Só não consigo lembrar qual!” Ele olhou pra mim, deu uma piscadela e seguimos em frente até o hall da diretoria. Chegando na sala dos professores, ele tirou o braço de mim, estava lá apenas o professor Tony e a pedagoga, que ao verem aquilo ficaram espantados, então ela perguntou: “olá, professores Erickson e Emerson! Chegaram juntos?” Eu respondi: “sim, querida, chegamos! Boa tarde!” Então, sem dizer mais nada, fomos para os nossos armários tratar da nossa vida, apesar de ser um episódio inédito em toda a história do... universo, sei lá, ainda precisávamos nos acostumar com isso! O primeiro e o segundo tempo correram bem, tudo como era antes, eu lidando com alunos problemáticos, motivando eles a estudar mais, enquanto o Eric seguia para a quadra com as aulas práticas de Educação Física com um humor mais animado, mas as coisas não pararam por aí, não... meu terceiro tempo estava vago, então, caminhava pelos corredores das salas e podia ver alguns alunos olhando pra mim com um sorrisinho no rosto, na certa viram nossa “entrada triunfal” no pátio da escola mais cedo e agora estavam de tititi por aí, e eu estava com medo disso chegar nos ouvidos do diretor Hermínio de forma equivocada, claro que ainda íamos tratar desse assunto com ele para não haver picuinhas e fofocas, ainda mais pela parte dos professores. Cruzei o hall mais uma vez para entrar na sala dos professores e, quando coloquei a mão na maçaneta, ouvi a voz da professora Suzana, a linguaruda falando com alguém que parecia ser a professora Nanda, então, decidi ouvir. Estavam falando de mim e do Eric! ouvi perfeitamente quando ela disse: “mana do céu! Eu tô chocada! Você viu, né? O Erickson saindo do carro dele com o professor Emerson! Até aí nada demais, mas menina... eu fiquei besta quando ele colocou o braço em volta do pescoço do Emerson! Não soou mega estranho? Tipo, primeiro, o Erickson nunca deu carona pra ninguém, aí tipo um belo dia ele aparece na escola com o professor Emerson a tira colo, e você sabe que eles dois nunca se bicaram, né? O que acha disso, Fernanda?” Silêncio. Parece que a professora Nanda estava meio desconfortável com a intromissão da Suzana, então ouvi quando ela respondeu: “Suzi, eu não tenho nada a ver com a vida dos outros, mas... tá insinuando alguma coisa?” Ela bufou e disse: “alô-ôôô... Terra pra Fernanda! Você notou alguma coisa diferente na mão esquerda do Erickson? Não tinha nem aliança! Isso é muito bizarro!” Nessa hora, eu já estava fervendo de raiva, então, meti a mão na maçaneta e entrei com tudo respondendo a pergunta da fofoqueira: “a única coisa bizarra aqui é você, Suzana!” Ela deu um pulo quando me viu, professora Nanda deu uma risadinha como se quisesse dizer “a casa caiu!”, então, na lata eu disse: “Você sempre preferiu cuidar da vida dos outros ao invés de cuidar da sua, não é, professora Suzana? Eu sabia que você não ia resistir em soltar essa sua língua comprida sobre o que você viu mais cedo! E ainda envolver a professora Nanda na história! Tá com inveja? Pois morra de inveja! E tem mais, queridinha: a partir de hoje é bom que saiba que...” nem pude terminar a frase, o diretor Hermínio entrou na sala! Ele estava sério e foi logo dizendo: “boa tarde, professores! Professor Emerson, gostaria de falar com o senhor na minha sala imediatamente, sei que está com tempo vago, então, vamos?” Nessa hora eu travei, mas não ia demonstrar fraqueza na frente daquela naja de saia, então, simplesmente respondi: “como quiser, diretor, estou bem atrás do senhor!” As duas ficaram assustadas com a cena, Suzana fez uma cara maliciosa, mas eu nem liguei, sei que por dentro ela estava explodindo de raiva porque eu sempre soube que ela tinha um crush no Eric desde o primeiro dia de aula, mas agora, que ele era meu namorado, ela que nem pensasse em chegar perto dele com gracinhas, ou ela ia comer o pão que o diabo amassou no ano que vem.
Chegando na sala do diretor Hermínio, ele me fez sentar na cadeira em frente à sua escrivaninha, assim eu fiz. Ele se sentou também e sem rodeios começou: “então, professor Emerson, sei que isso deve um tanto embaraçoso para o senhor, mas preciso estar a par de tudo o que acontece na minha escola...” Eu engoli seco, mas continuava firme, então, ele continuou: “hoje mais cedo, na entrada dos alunos, alguns professores viram o senhor saindo do carro do professor Erickson, até aí tudo bem, mas ele fez um gesto que deixou todos surpresos, como, colocar o braço em torno do seu pescoço, o senhor confirma isso?” Eu respondi: “sim, senhor, confirmo!” Ele continuou: “certo, obrigado pela honestidade. Eu não pude deixar de ouvir as fofocas da professora Suzana e quero reiterar que não aprovo o comportamento dela, sempre achei ela muito forçada e falastrona, honestamente, estou pensando seriamente em remanejá-la para outra escola mas, isso não vem ao caso agora. O que eu preciso saber é que se o senhor sabe do estado civil atual do professor Erickson, ele é casado. Então, essa atitude dele com o senhor, a forma como ele estava lhe tratando pode gerar um grande mal entendido, se esse for o caso, porque eu sei que vocês dois nunca se deram bem, eu até tentei ajudar a quebrar esse gelo, o senhor lembra, então, eu espero que esse gesto dele seja apenas de amizade, não que eu esteja insinuando nada, mas as outras pessoas podem achar que vocês estão...” Nessa hora eu completei: “tendo um caso?” Ele respondeu: “isso mesmo, e o senhor sabe que esse tipo de escândalo não pega bem para ambas as partes e para a escola, então, eu quero ouvir a sua versão da história, sei que toda história tem dois lados e também pretendo conversar com o professor Erickson ainda hoje, se possível, então... a palavra é sua, professor Emerson.” Nessa hora, eu me ajeitei na cadeira, cruzei as pernas e rasguei logo o verbo: “diretor... muita coisa aconteceu comigo nesse ano, o senhor não faz ideia do que eu passei, aqui na escola minha vida é dedicada aos alunos e à instituição, mas lá fora, pouca gente conhece a minha história, e infelizmente isso inclui o professor Erickson. Eu e ele tivemos muitos altos e baixos, fizemos coisas que o senhor não aprovaria, e confesso que me sentia até mal com isso, mas agora, eu lhe garanto que o que as professoras viram mais cedo não tem mais nada a ver com a pessoa que eu era, nem com a pessoa que ele foi, o senhor consegue me entender?” O diretor Hermínio estava de olhos arregalados ao ouvir tudo, então ele disse: “O senhor está querendo me dizer que vocês dois estão... estão...” Percebi que ele não ia conseguir terminar, então, completei: “juntos?” Ele engoliu a seco, pegou a pasta do Eric e abriu bem na minha frente e mostrou a certidão de casamento dele e perguntou: “o senhor está vendo isso?” Me deu vontade de dizer: “não sou cego”, mas apenas respondi apreensivo: “sim, é a certidão de casamento do professor Erickson, eu já entendi, mas isso não vale mais nada, diretor!” Nessa hora ele ficou vermelho e perguntou bruscamente: “como não vale nada?” Tomei coragem e respondi: “ele se divorciou. Já tem três semanas. Ele não lhe contou?” Pensei que o diretor fosse infartar ao ouvir essa bomba, ele mexeu na gravata, deu uma tossida e voltou: “ele não está mais casado?” Eu respondi sorrindo: “não senhor. O senhor entende agora? Não existe violação de nada, Eric é um homem livre, e as escolhas dele não são da conta de ninguém, claro que o senhor como diretor da escola tem o direito de nos questionar sobre tal comportamento, mas, essa é a verdade. Estamos juntos...” Hermínio estava mega surpreso com tudo aquilo, afinal, quem diria que um professor tão sério como o Eric pudesse gostar de alguém como eu, com uma personalidade mais alegre e vibrante, então, depois de tomar um copo de água ele continuou: “Então, o senhor está me dizendo que... vocês estão juntos como um casal? E que ele não está mais com a antiga cônjuge?” Eu já desesperado respondi: “eu não destruidor de lares! Diretor, eu não estou roubando ninguém, o senhor não entende? Ele não tem mais laços matrimoniais a cumprir e por isso, não vejo razão pra isso...” O diretor Hermínio, meio sem jeito, guardou de volta a cópia da certidão do Eric de volta na sua pasta e disse: “eu sei que nem tudo é o que parece ser, professor, eu nunca duvidaria da sua integridade, muito menos da do professor Erickson, que imagino que deve estar sabendo desse falatório, mas quero que saiba que se realmente vocês estão juntos agora, eu posso imaginar que não preciso mais fazer tantas perguntas, mas agradeço pela sua sinceridade em me contar, vou conversar com ele muito em breve e depois com vocês dois pra deixar claro tudo isso. O senhor já pode ir!” Me levantei, apertei a mão dele e disse: “o senhor pode ganhar o prêmio de melhor diretor de escola se transferir a professora Suzana pra outra escola!” Ele riu bastante, apreciando meu senso de humor, então nos despedimos e eu saí dali com ainda mais grilos na cabeça...
No final do dia, já eram 17h:15min, e eu já estava terminando de arrumar meu armário, quando vi o Eric entrar na sala dos professores cabisbaixo, na mesma hora eu tinha captado a mensagem: ele estava com o diretor Hermínio! Ele me olhou e deu um sorriso, e depois saiu, lógico que eu fui atrás dele e gritei no corredor: “Eric! Espera!” Ele parou, olhou pra trás e viu meu passo apressado, então, quando cheguei perto dele, segurei sua mão e perguntei: “tá tudo bem?” ele confirmou que sim e fomos andando até o carro, dessa vez sem contato físico, ao entrar no carro fui logo perguntando: “estava na sala do diretor, não é?” Ele girou a ignição e arrancamos dali, fazendo um trajeto diferente da minha casa, então, preocupado perguntei novamente: “o que aconteceu lá dentro, amor? Me responde...” Ele finalmente disse: “Eu disse tudo o que aconteceu... tudo mesmo... eu não podia omitir nada, Emerson...” Eu fiquei chocado com a resposta dele, ele contou mesmo tudo? O sequestro e tudo o mais? Na hora perguntei: “não me diz que você contou pra ele que transamos na escola!” Ele franziu a testa e disse: “essa parte ficou de fora, cara... não ia comprometer nosso emprego! Eu disse a ele os motivos da minha separação com a Natália, como meti sua família em risco e de como lutamos pra sair daquela situação, precisava ver a cara, parecia que ia derreter...” Eu também estava pasmo com toda a sinceridade daquele homem! Ele contou uma história que parecia coisa de novela pro diretor Hermínio e posso imaginar como tá a cabeça dele agora, então voltei: “Então, como a gente fica? Digo, na escola, porque depois de hoje os holofotes não vão sair da gente tão cedo, você não acha, amor?” Ele sorriu, e com uma mão no volante e a outra na minha disse: “que se foda! Eu gosto é do caos!” Eu ri bastante naquele momento, sozinhos ali nós dois, vivendo aquele dia maluco, então, ele apertou minha mão e me fez olhar pra ele, quando ele fez essa pergunta: “e você? Quer trazer o caos comigo?” Eu sorri de volta e com a maior convicção do mundo respondi: “pode crer, amorzinho!” E assim fomos naquele carro rumo ao por do sol, como em um filme da sessão da tarde, só que a história não ia parar por aí, afinal, o ano já estava no fim e com isso, tínhamos que nos virar nos 30 pra dar conta de fechar notas, frequências e o tudo o mais, mas, naquele dia, não pensamos nisso, apenas seguimos a toda velocidade na estrada quente, vendo tantas pessoas passando, sinais abrindo e fechando, bares e lanchonetes, enfim, vivendo nossas vidas como deve ser: livres sem dar satisfações a ninguém!
CONTINUA...